Após encontro no Supremo, defesa de Temer não quer mais suspender inquérito

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Foto: Agência Brasil

 
Jornal GGN – A defesa de Michel Temer recuou do pedido ao Supremo Tribunal Federal para suspender o inquérito contra o presidente enquantoa s gravações da JBS não passam por uma perícia conclusiva junto à Polícia Federal.
 
Segundo informações do Estadão, o advogado Gustavo Guedes tomou a decisão após encontro com o ministro Edson Fachin, realtor da Lava Jato no STF, nesta segunda (22).
 
O defensor afirmou que mudou de decisão sobre o inquérito porque o STF autorizou a perícia da PF nos áudios da JBS. “Eu vim dizer (a Fachin) que, diante desse deferimento, não víamos mais a necessidade de suspender o processo e que o presidente quer que esse assunto seja resolvido o mais rápido possível”, disse.
 
Guedes ainda afirmou que Temer quer que o processo siga o curso normal para que ele possa provar sua inocência.
 
Delação da JBS aponta que Temer ouviu relatos do empresário Joesley Batista sobre obstrução de Justiça, além de pagamentos a Eduardo Cunha para mantê-lo em silêncio. Outro ponto crítico é que Temer deu aval para Joesley usar seu nome com Henrique Meirelles. A JBS precisa resolver investigações e pendências com órgãos do governo.
 
Temer negou que tenha cometido crime, mas Joesley entregou à Lava Jato o aúdio da gravação da conversa com o presidente, na noite de 7 de março. Isso correu antes da operação Carne Fraca.
 
Assine
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

14 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Outra?
    Vai dar em nada e uma vez mais ficaremos todos com nossa indignação entalada na garganta.

    Quanto mais o tempo passa mais acertos e acordo$$$ são firmado$$$. Vem aí outra bofetada?

  2. O Acordão já tá minutado e a pizza já tá no forno

    O $TF deve ter dado garantia que o inquérito vai parir um rato do tamanho do Temer e do Aécio junto$.

    Putaria. O $TF vai estuprar a Themis

  3. Temer(não o trato mais por

    Temer(não o trato mais por presidente porque para mim já está impedido) é antes de tudo um mentiroso de uma figa. Desde o primeiro dia das denúncias que entra em contradição. Ele não quer pressa coisa nenhuma no processo. Tudo figuração. 

    Bem, se hoje o país se tornou uma usina de conspirações e ilações, eu tenho as minhas. 

    Seguinte: para justificar esse encontro na calada da noite no Jaburu alegou como motivação a Operação Carne Fraca. Uma mentira descarada dado que esse evento só se efetivaria dez dias depois. A partir daí emergem duas hipóteses:

    1 ª) Ele quis inventar um álibi sem observar a contradição entre as datas, o que demonstra um déficit de inteligência acentuado. Mas não só por isso, mas também porque nos diálogos travados NÃO APARECE EM NENHUM MOMENTO QUALQUER DIÁLOGO ENVOLVENDO O EVENTO ALUDIDO(Operação Carne Fraca). Será que ele não atentou para detalhe tão elementar? Que a motivação alegada não surge nos diálogos? Nessa hipótese ele prova possuir carências cognitivas, ou seja, é BURRO!

    2ª) E se, repito: e se, realmente a motivação tenha sido essa, mas que tenha partido dele mesmo a iniciativa para o encontro com o intuito de repassar informações privilegiadas que possuía acerca da iminência dessa Operação? Seria assim tão impossível um presidente da República não dispor dessa informação por mais que ela fosse sigilosa? Para que serve a ABIN? E se a própria alta direção da PF tiver antecipado, o que haveria de estranho? Não custa lembrar que o hoje ministro do STF Alexandre Moraes quando ministro da Justiça de TEMER já fora acusado de antecipar operações da Polícia Federal. 

    Por essa linha conspiratória o Josicley, digo, Joesley não teria gravado o hipotético momento no qual trataram do tema. 

    Quem mente uma vez mente dez. Esse senhor que ainda está presidente perdeu o benefício da dúvida. O que indubitável é que é um farsante obsedado pelo Poder.
     

  4. Ele vai tentar falar que a

    Ele vai tentar falar que a gravação é falsa. Quero muito saber em que a perícia vai se basear, se no audio ou nos metadados do arquivo cache e memória escrita.

    O áudio depois de finalizado vira um arquivo novo e só pode ser analisado no timbre e frequencia mas as mudanças abruptas do áudio pode ser natural (má gravação, carro passando, ruidos externos e internos dos equipamentos). 

  5. CUIDADO c/a PF de Aécio, Serraglio e … Temer!

    Já li por aí que a SUMIU a MALA do assessor de fé de Temer filmado pela PF (do Fachin?), com R$ meio milhão de primeiro pagamento da “aposentadoria” de quase meio BILHÃO .

    É importante estramos atentos que: 1) A gravação NÃO é a única (nem a mais forte) evidência contra Temer; 2) As eventuais edições que possam haver na gravação (ou ruídos) não põem em dúvida os trechos incriminadores que importam, inclusive aceitos pelo presidente usurpador delatado; 3) Peritos da PF já estão declarando que as gravações não poderiam ser aceitas  antes de serem periciadas. Ora, isso é verdade para um processo, não em fase de investigações, onde vale colher até bituca de cigarro.

    O Brasil não pode perder a chance de abater esta quadrilha que governa o país.

  6. Folha, Estadão, Band, Record … em intensa campanha pró-Temer

    Ao contrário das ilegalidades, e pífias evidências JURÍDICAS contra Lula, mascaradas para destacar as “graves” ACUSAÇÔES, feitas (também) por bandidos, este consórcio de patrocinados pela SECOM de Temer agora destaca as FIRULAS juridicas em detrimento da efetivas e graves ACUSAÇÔES. Não se sabe ao certo por que a Globo não está nessa proteção mas até o momento, mas pontualmente … que bom!

    O fato é que o foco deles agora não é a corrupção do presidente usurpador, mas a “qualidade” jurídica utilizada para levantar as avassaladoras evidências, esquecidas por esse nefasto consórcio midiático, que tanto protege a nefasta lava-jato de Curitiba/Moro e agora taca-le pau na de Brasilia/Fachin, demonstrando exatamente que a de Curitiba Moro NÂO é a “lava-jato’ que como já começaram a dizer, cobre “todo” o espectro partidário. Pelo contrário.

    E todos também tacam-le paus na JBS do delator, ao contrário do heróico zelator “delator” candidato a verador. 3 anos (ou melhor 12) de intenso taca-le pau em Lula com pífias evidências e intensa proteção a Temer em apenas 5 dias de avassaladoras evidências.

    Ou seja taca-le pau que bate em Chico Inácio não taca-le pau em Francisco Temer, né?

     

  7. A notícia dessa operação

    A notícia dessa operação policial com origem em Brasília envolvendo os donos da JBS e os intocáveis Temer e Aécio deve ter percorrido o mundo subterrâneo da polícia e da justiça e causado repercussões. Dez dias depois dos diálogos gravados com Temer se faz desde Curitiba a operação Carne Fraca. Foi a maior operação já desfechada pela Polícia Federal, tendo como local de julgamento a 14 vara federal de Curitiba, que funciona no mesmo endereço da 13 vara, a do juiz Moro. Então, pelo menos diretamente, Moro não teve responsabilidade por ela. Esta operação curitibana foi anunciada como a maior da história da PF. 1.100 policiais cumpriram  309 mandados em seis estados e no DF. Os seus resultados são por demais conhecidos, bem como seu açodamento e despreparo, que causaram prejuízos incalculáveis ao negócio da carne e às exportações brasileiras.

    Seria interessante entender a vinculação entre a operação da PF de Braília sob orientação do MPF, com Joesley, Temer e Aécio na berlinda, e essa outra de Curitiba, que atacava, entre outros, o mesmo JBS de Joesley. Será que não existe correlação? Será que a Carne Fraca foi desfechada por motivo de ciúmes da Lava Jato, que não admitiria que outras investigações estivessem invadindo o que julga ser atribuição única dela, já que pensa que é dona exclusiva de todo combate à corrupção no Brasil e toda esta sua luta parece ter um fim único e que se for repartida com outros este foco poderá se perder, e ele é a razão de sua existência? Será que por isso foi tão açodada esta malfadada operação Carne Fraca? Será que a Lava Jato queria melar ou sobrepujar a operação de Janot e Fachin?   

    1. A notícia dessa operação

      A notícia dessa operação policial com origem em Brasília envolvendo os donos da JBS e os até então intocáveis Temer e Aécio, apesar de seu decretado sigilo, deve ter percorrido o mundo corporativo da polícia e da justiça como um raio e causado repercussões internamente. Não há como negar que a Lava Jato se divdiu em duas, a de Curitiba, intrinsecamente política, e a Brasília, qu até agora demonstrou ser profissional e obediente aos limites da lei, e que nem deveria se chamar mais Lava Jato. Obediente ás leis, porque apesar do próprio Janot considerar que o presidente não poderia ser investigado, ficou claro no STF a vitória da tese contrária, de que o presidente deveria sim, ser investigado. E foi isso que Janot e a polícia federal fizeram em seguida. (Ainda bem que esta questão não está definitivamente decidida, e espera-se que quando isso vier a acontecer, prevaleça outro ponto de vista).

      Contudo, dez dias depois dos diálogos gravados com Temer pela equipe de Brasília, emerge de Curitiba a malfadada operação Carne Fraca. Segundo ela própria, foi a maior operação já desfechada pela Polícia Federal, tendo como local de julgamento a 14 vara federal de Curitiba, que funciona no mesmo endereço da 13 vara, a do juiz Moro. A coincidência geográfica não pode deixar de atestar que ela está na órbita da Lava Jato, embora ao juízo de outros magistrados que não Moro. É próprio de Moro evitar responsabilização direta, como no caso da filmagem da prisão midiática de Lula. Quanto à operação curitibana, ela foi anunciada como a maior da história da PF: 1.100 policiais cumpriram  309 mandados em seis estados e no DF. Os seus resultados são por demais conhecidos, bem como seu açodamento e despreparo que causaram prejuízos incalculáveis ao negócio da carne e às exportações brasileiras.

      Seria interessante entender a vinculação entre a operação da PF de Brasília, sob orientação do MPF, com Joesley, Temer e Aécio na berlinda, e essa outra de Curitiba, a da carne, que atacava, entre outros, o mesmo JBS de Joesley. Será que não existe correlação? Será que a Carne Fraca foi desfechada por reação da Lava Jato, que tem dificuldade de admitir que outras investigações estejam dividindo com ela o que julga ser sua atribuição única, já que pensa que é dona exclusiva de todo e qualquer combate à corrupção no Brasil? Será que a Lava Jato de Curitiba acha que o STF e o MPF tinham a obrigação de transferir para Curitiba a tarefa de realizar o trabalho detalhado de investigações também sobre os que detêm foro privilegiado? Será que seguindo este pensamento, a Lava jato não poderia considerar as investigações de Brasília como intrusas, que poderiam em algum ponto botar a perder todo um esquema já preparado por ela e que tem como fim máximo a prisão de Lula e a destruição do PT, razão última de sua própria existência?

      A operação Carne Fraca, apesar de sua gigantesca dimensão, foi de uma falta de preparo tão flagrante, que até seus delegados foram obrigados a reconhecer que não havia nela expertise suficiente para lidar com os problemas que enfrentou, vindo daí absurdos tais como a denúncia de que carnes de aves continham papelão. Será que tudo isso não foi consequência da pressa em realizar a operação para contrastar a operação de Brasília, com apenas dez dias de preparo, para reafirmar ao distinto público que aquele caso que envolvia JBS e Friboi também era área exclusiva dos domínios da Lava Jato curitibana? Será que há motivos para que se considere que existe uma certa rivalidade ou mesmo desavença entre Curitiba e Brasília? Oxalá nada disso tenha inibido a equipe jurídico-policial de Brasília de continuar com suas investigações, já que mostrou profissionalismo e competência que a Lava Jato de Curitiba até agora não conseguiu demonstrar. Enquanto a equipe de Brasília dá um show de profissionalismo, como o próprio Nassif admitiu, a Lava Jato curitibana está prisioneira de sua entranhada e obsessiva destinação política.

  8. Temer vai tentar atrasar a
    Temer vai tentar atrasar a investigação ao máximo com todo tipo de chicana processual e regimental e desqualificar provas, como está tentando fazer contratando o pilantrissimo “perito” Molina, incumbindo-o da missão de bater com força na gravação que o pegou com as calças na mão.
    A estrategia é a de se declarar vítima de um golpe politico. É tudo intriga da oposicao.

  9. Comprou tempo

        E alem de “tempo”, o acordo já está sendo traçado, pois enquanto Temer adquiriu “tempo”, ele e curriola (incluindo proceres do Congresso ), perceberam na pratica que a famosa frase : “ou dá ou desce” não funciona apenas com menininhas, mas com politicos tambem, o grupo Temer e quadrilha ( condominio ) agora está na “mão”.

         Podem esperar, até a Globo irá dar um tempo, já botou ele e seus “amigos”, na linha de obediência irrestrita, e deputado da “base” que não votar como queremos, o cadafalso do JN e do Fantastico os aguardam, pois meus filhos, um pouco de realslumpolitik : Se fizeram isto com um Presidente, imagine a artilharia existente com esta abaixo dele.

  10. Se a poeira baixar, tudo será esquecido e Temer continuará rouba

    Se não malharmos o ferro enquanto ele tá quente, tudo será esquecido e Temer continuará praticando crimes no mais alto posto do País. Foi isso o que disse o Elio Gaspari em “Impaciência Imperial de Aécio”:

     

    “… Se Aécio Neves fosse um senador ou apenas ex-governador de Minas, o assunto poderia ir para o gavetão de casos pendentes onde estão outras questões. Por exemplo: a refinaria de Pasadena, as traficâncias do doleiro Youssef, os guardanapos de Sérgio Cabral e o cartel da Alstom. Coisa de petistas, peemedebistas e tucanos. A diferença está no fato de que ele é candidato a presidente da República. A sua atitude em relação ao episódio instrui o julgamento que se faz de sua postulação, refletindo-se sobre o que faria se episódios semelhantes acontecessem quando ele estivesse no Planalto. “De novo?” e “está tudo esclarecido” são impaciências imperiais.

    A pista de Cláudio incomoda, mas deriva de uma visão patrimonialista do poder. A impaciência imperial é bem outra coisa. Reflete a um só tempo a idéia de que, SEJA O QUE FOR QUE SE DISCUTE, DAQUI A UM MÊS O ASSUNTO ESTARÁ ESQUECIDO, ou ainda que manda quem pode e obedece quem tem juízo, inclusive parando de perguntar o que não deve. Trata-se de um erro crasso de conduta política, até mesmo de marquetagem.

    Uma pessoa pode querer votar em Aécio porque não engole as explicações do comissariado para o mensalão, as petroroubalheiras e o aparelhamento do Estado pelos petistas. Prefere Aécio porque tem uma esperança. Esse eleitor pode ter seguido a vida de Lula indo do pau de arara ao Fusca e dele aos aviões de carreira. Sofre ao vê-lo nos jatinhos de empreiteiras. A esperança era de vidro e se quebrou. Agora ele tem outra: Aécio. Se o aeroporto em Cláudio é tudo o que se pode dizer contra seu candidato, ele ainda acredita que seja a melhor aposta. Há sempre um momento em que pode ser preferível mandar às favas alguns escrúpulos, mas, quando um candidato à Presidência da República veste o manto da impaciência imperial, a vítima de sua atitude é a esperança dos outros.”

     

    Portanto, vamos malhar o Judas enquanto o seu crime está flagrante.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador