Após intimidações de apoiadores de Bolsonaro, MPPR emite nota em defesa da democracia

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Divulgação
 
Jornal GGN – Na semana do primeiro turno das eleições 2018, mais de 50 episódios de violência ocorreram em todo o Brasil, provocados por apoiadores extremistas do candidato à Presidência, Jair Bolsonaro (PSL). A cada dia, novos casos vão sendo divulgados pela imprensa, em uma forte escalada anti-democrática. 
 
Além disso, ameaças e intolerâncias dos apoiadores foram proferidas contra magistrados, incluindo o próprio filho do candidato, Eduardo Bolsonaro, contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e do recente vídeo de um coronel eleitor de Bolsonaro que ofendeu a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber. 
 
Diante deste cenário, o Ministério Público Estadual do Paraná divulgou uma nota pública, nesta quarta-feira (24), contra toda “a onda de violênica, intimidações e intolerância” nas eleições 2018.
 
O comunicado, assinado pelo procurador-geral de Justiça Ivonei Sfoggia, trouxe tópicos de defesa da democracia garantindo o MPPR como “defensor da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”, independente de “quaisquer matizes ou correntes ideológico-partidárias, diante da onda de violência, intimidações e intolerância verificada nos últimos dias no país, ao ensejo do processo eleitoral”.
 
No texto, o Ministério Público reafirma o compromisso com “o regime democrático, os direitos e garantias fundamentais, individuais e coletivos, e das liberdades civis, políticas e sociais”.
 
Ainda, informa que buscará a responsabilização de autores destes crimes, reiterando o “dever legal e constitucional de atuação na repressão de qualquer ato de violência, intolerância ou preconceito, promovendo a responsabilização de seus autores”.
 
E aponta “o compromisso de atuar na defesa do Estado Democrático de Direito, do regular funcionamento das Instituições e no alcance dos objetivos da República Federativa do Brasil, fundada na cidadania e na dignidade da pessoa humana, com a promoção do bem de todos”.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

7 Comentários

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  1. Pois é… os nóias
    Pois é… os nóias anti-petistas do MPF destruíram o campo político e criaram o Coiso, agora estão apavorados porque a criatura se virou contra eles. Conclusão: ao invés de usar seletivamente a Lei para ferir mortalmente o PT eles devem estudar Frankenstein de Mary Shelley.

  2. Medo
    Não tem nada a ver com defesa da democracia, coisa que nunca existiu por aqui em sua plenitude e que se tornou cada vez mais frágil, graças a esse mesmo MP e à justiça seletiva, omissa e covarde.
    Estão é com medo de perder a mamata.

  3. Eles pensavam que iriam ser reis!!!!

    Os bocós da justiça pensavam que iriam ser reis no governo do Bolsa!!! rzrzrzr

    Governo fascita é governo fascista e pretensos direitos constitucionais vão sumir!!!

    Eles terão um capitão do mato como imperador, ainda por cima  apoiado pela nossas gloriosas força armadas.

    Dante Alligrieri estava certo sobre a frase da entrada do ” Inferno”  : Deixem de lado suas esperanças, voces que entraram, ou melhor falando, vcs alimentaram a fera e agora ferram-se! !

  4. A Canalhice

    Videos e fotos de garotos com garotos e garotas com garotas se beijando em salas de aulas imundas, e jovens meninas de seios de fora desfilando sob o olhar do professor.

    Aos milhões nos whatsapps e outras.

     

     

  5. Se os fascistas tratam quem tem dinheiro e poder dessa forma…

    Se os fascistas tratam as autoridades constituídas, que têm dinheiro, poder e que contribuíram, por ação e por omissão, com a ascenção do Bol$onaro, dessa forma, imagina como não tratarão um pé rapado.

    Mas tem pobre, preto e puta achando que, pelo fato de ter votarem no Bolsonaro, vão ser poupados. É como se os fascistas soubessem quem votou, ou não, no Bolsonaro, ou, mesmo que não soubessem, fossem poupar preto, pobre, puta, gay e mulher independentemente de terem votado, ou não, no Coiso.

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