Hoje pela manhã ocorreu na frente do Fórum Rui Barbosa, na Barra Funda, o primeiro ato em defesa da Justiça do Trabalho. O evento foi organizado por diversas entidades da área jurídica e transcorreu sem qualquer incidente.
Ao contrário do que sempre ocorre quando estudantes e operários se manifestam nas ruas de São Paulo, a PM não compareceu ao local para cercear o direito de manifestação ou para agredir os manifestantes. O que deveria ser uma regra democrática em benefício de todos cidadãos indistintamente foi transformado num privilégio generosamente concedido pelo comando da PM aos advogados, juízes, procuradores e servidores da justiça do trabalho. Se a PM baixasse o sarrafo nos advogados como tem feito eles se sentiriam tentados a defender com mais garra os direitos dos outros manifestantes?
O evento iniciou pouco antes das 10:00 e terminou por volta de 12:30. Os organizadores esperavam reunir mais ou menos 5 mil pessoas. As fotos sugerem que eles conseguiram realizar suas expectativas.
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Durante o evento, o caminhão de som tocou uma música de Raul Seixas. Impossível deixar de notar a ironia. Afinal, o Ministro das Relações Exteriores de Jair Bolsonaro citou Rauzito num de seus discursos como se esse desgoverno de direita pudesse se apropriar do legado do cantor baiano.
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Os representantes das entidades organizadoras se revezaram no microfone. Alguns discursos foram inflamados e eloquentes, outros nem tanto. De qualquer maneira, os advogados, juízes e servidores da Justiça do Trabalho deram seu recado. A defesa da Justiça do Trabalho já é uma realidade e o movimento tende a aumentar.
Ao fim do evento a manifestação se dissipou rapidamente, pois a maioria dos manifestantes tinha compromissos na Justiça do Trabalho. Segundo os organizadores, manifestações semelhantes ocorreram em dezenas de outras cidades. A próxima grande manifestação em defesa da Justiça do Trabalho ocorrerá em Brasília.
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