Bolsonaro é intimado: Celso de Mello quer depoimento presencial

Enquanto a AGU tentará que o depoimento seja por escrito, o ministro relator do caso no Supremo, Celso de Mello, já mostrou que não há chances

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Jornal GGN – Jair Bolsonaro foi intimado a prestar depoimento no inquérito que investiga a interferência do mandatário na Polícia Federal, com base na denúncia do ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro. Enquanto a Advocacia-Geral da União (AGU) tentará que o depoimento seja por escrito, o ministro relator do caso no Supremo, Celso de Mello, já mostrou que não há chances.

A intimação da PF ao presidente foi enviada por meio de ofício nesta quarta (16). No documento, o órgão oferece a possibilidade de três datas: as próximas segunda, terça e quarta-feira. Entretanto, a AGU entrou com um recurso, manifestando “irresignação”, ou seja, inconformada com a medida e solicitando que a manifestação do mandatário seja feita por escrito.

“Há de se frisar que a Advocacia-Geral da União recebeu da Polícia Federal, em 16/09/2020, o Ofício nº 0947/2020 – IPL 0004/2020-1 – PF/MJSP – SINQ, datado de 15 de setembro de 2020, no qual consta que ‘fica o Excelentíssimo Senhor Presidente da República intimado para a realização do ato de interrogatório, a ser realizado em um [sic] das seguintes datas: 21, 22 ou 23 de setembro de 2020, às 14 horas, a fim de prestar declarações no interesse da Justiça'”, escreveu a AGU, no recurso.

A AGU usa como argumento o fato de o STF ter possibilitado o depoimento de forma escrita em 2017, a Michel Temer, em dois inquéritos dos quais era alvo.

Celso de Mello já manifestou que não abre a possibilidade para que Bolsonaro deponha por escrito, sustentando que a manifestação em papel é reservada somente a autoridades que figuram como testemunhas e não investigadas diretas. Jair Bolsonaro é o investigado direto da interferência na PF.

 

Redação

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