Bolsonaro teria avisado que Dodge não ficará na PGR

Desde o início do ano, Bolsonaro não se comprometeu a escolher um dos três nomes da lista fornecida pelos procuradores

Foto: Divulgação

Jornal GGN – Mais próximo da disputa interna pelo comando do Ministério Público Federal (MPF), a atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ainda não anunciou se irá tentar a recondução ao cargo. Mas o atual mandatário Jair Bolsonaro já teria dado o recado a ela que suas chances são nulas.

Na lista de candidatos internos, pelas eleições que são realizadas pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), no próximo mês, e que desde 2003 gera uma lista tríplice que é considerada pelo presidente para a nomeação, Dodge é uma das cotadas.

A legislação brasileira não determina que a lista tríplice, que é resultado das eleições dos próprios membros da Procuradoria e Ministérios Públicos, seja uma escolha obrigatória do presidente, partindo dele a palavra final para o nomeado procurador-geral.

Entretanto, o ex-presidente Lula decidiu estabelecer como prática legítima a escolha do primeiro nome, ou seja o mais votado entre os membros do MP, da lista tríplice para comandar o órgão. Desde 2003, somente Michel Temer não nomeou o número 1, decidindo por Raquel Dodge que foi a segunda mais votada.

A lista tríplice será levada a Jair Bolsonaro até o dia 18 de junho. As inscrições serão feitas até o dia 15 de maio e dois subprocuradores-geral já se candidataram: Luiza Cristina Frischeisen e Mario Bonsaglia.

A subprocuradora é candidata pela primeira vez e é coordenadora da Câmara Criminal do MPF. Já Bonsaglia concorreu nas duas disputas anteriores e figurou entre os mais votados.

Também é esperada a participação do subprocurador Augusto Aras, ligado a Dodge; dos procuradores regionais Lauro Cardoso e Blal Dalloul, mais alinhados ao ex-PGR Rodrigo Janot; o procurador regional Vladimir Aras, que também atuou com Janot e é primo de Augusto Aras; e o próprio presidente da ANPR, José Robalinho.

Desde o início do ano, Bolsonaro não se comprometeu a escolher um dos três nomes da lista fornecida pelos procuradores. Ainda, o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, teria articulado junto ao hoje mandatário, logo após o resultado das eleições do ano passado, que ele teria peso nessa escolha. Por isso, figuras como o coordenador da Lava Jato de Curitiba, Deltan Dallagnol, chegaram a ser aventadas.

Independentemente de qual seja a escolha, as chances de Raquel Dodge seriam mínimas: tanto pelos próprios procuradores, que a criticaram durante toda a sua gestão; quanto por Bolsonaro. De acordo com a coluna de Bela Megale, de O Globo, o mandatário teria feito chegar a um integrante da equipe de Dodge que ela está fora das opções.

“Um interlocutor do presidente Jair Bolsonaro já deu o recado para a procuradora-geral da República Raquel Dodge: suas chances de recondução são nulas. A conversa aconteceu com um integrante da equipe da Dodge. Ele foi incumbido de levar a informação para procuradora-geral não pleitear o cargo”, escreveu a colunista.

 

Redação

5 Comentários

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  1. “Luiza Cristina Frischeisen e Mario Bonsaglia”:

    Ambos com sobrenomes estrangeiros.

    PUTA QUE PARIU!

    O Brasil nao aprende merda nenhuma??????

  2. Indicar inimigos pra que? Certo está o Jair. Olha o que o republicanismo ingênuo do PT conseguiu com os PGR e as indicações ao STF. Ninguém leal

  3. Pois é! Acho que o único Ministro do STF que a Dilma nomeou e que era um verdadeiro guardião da Constituição era o sr. Teori Zavascki. E ele teve um fim pra lá de suspeito. Um acidente super estranho.

  4. Será que o tal do Teoria era realmente verdadeiro guardião da Constituição?
    Então, por que será que em março de 2014, quando começaram os primeiros ensaios de prisões preventivas ilegais, em Curitiba, os primeiros passos da operação Farsa a Jato, sob a coordenação do DOJ, o bom velhinho restabeleceu a ordem legal, concedendo HC para todos os presos e depois voltou atrás?
    Recebeu um chega pra lá e mandou todo mundo de volta pra cadeia ilegal? Ele estava errado quando concedeu o HC ou se curvou a pressões quando voltou atrás?
    Qual a medida em defesa do regramento ordinário e da norma constitucional que ele aplicou diante de grampos ilegais da Presidenta da República, vazamento criminoso de conversas gravadas desses grampos, em flagrante ato de propaganda eleitoral criminosa, às vésperas das eleições municipais de 2016?
    Aceitou as despulpas do juiz criminoso. Tudo bem? O menino fez uma travessura, mas desculpou-se? Essa pode ser considerada uma atitude adequada em defesa da Constituição Federal?
    E sobre a invasão criminosa da casa do ex-presidente e sua prisão ilegal, em 2016, também com evidente propósito de fazer propaganda política em favor dos candidatos da Farsa a Jato?
    https://www.conjur.com.br/2016-mar-04/streck-conducao-coercitiva-lula-foi-ilegal-inconstitucional
    E o que o bom velhinho ia fazer em Paraty, em janeiro de 2017, no avião de um empresário de hotelaria, que caiu no mar, quando se aproximava do local de pouso, em que só estavam o piloto, o empresário, ele e uma mocinha? Por que a GLOBO identificou os três mas disse que a moça não foi identificada?
    Por que ele participou do grande acordo nacional, em torno do nome de um criminoso notório, como Michel Temer, “com STF, com tudo”, que deu sustentação pollítica a um GOLPE, baseado em um suposto clamor popular fomentado pela Farsa a Jato, que ele protegeu, e em valores famiiares morais de deputados corruptos, em defesa da memória de Carlos Alberto Brilhante Ustra e outras abominações?
    Que defensor da Constituição Federal é esse?

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