Bresser-Pereira: basta que você seja citado numa delação para ser preso

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O economista e cientista político Luiz Carlos Bresser-Pereira usou sua página no Facebook, na quinta (22), para expressar “indignação” com a prisão e soltura do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega pela operação Lava Jato. Segundo Bresser, a simples acusação de que Mantega teria pedido a Eike Batista uma doação de R$ 5 milhões para pagar dívida de campanha do PT não é motivo para a medida cautelar, principalmente quando o empresário diz que não fez o repasse sob ameaça ou cobranças de Mantega.

O GGN revelou essa semana que Eike Batista tentou entregar à Lava Jato uma lista com doações oficiais e caixa 2 que teria nomes do PSDB, mas a força-tarefa rejeitou o documento. (Leia aqui)

A Lava Jato só estava interessada em obter informações de Eike sobre Mantega. Ele, então, contou que não gostava de fazer doações vultosas a políticos sem contrapartidas. No caso dos R$ 5 milhões que o PT devia ao marqueteiro João Santana, ele disse que tomou a iniciativa de cobrar que o pagamento fosse feito mediante contra prestação de serviço. No caso, Santana fez uma consultoria sobre negócios que poderiam interessar a Eike na Venezuela, onde o marqueteiro tinha bom trânsito político.

Para Bresser-Pereira, a prisão de Mantega nessa situação era desnecessária. “A operação Lava Jato estabeleceu no Brasil um regime no qual basta você ser acusado por alguém em dificuldades com a justiça para que isto seja levado para a imprensa e, em seguida, justifique prisão preventiva.”

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. As coisas até que melhoraram.

    As coisas até que melhoraram. No outro golpe, o militar de 1964, você alem de ser preso sumia. Como a ditadura de hoje é a continuidade de l964, inclusive comandada pelos mesmos civis e militares daquela época, podemos dizer que foi aprimorada para menos pior.

  2. ////

    Que bom ver que o Brasil evolui : em 1964 era o pau de arara  , hoje é o gravador . 

    Só não evoluiu a seletividade : mandou prender Mantega assim que assopraram seu nome. Nada mais. 

    E Claudia Cruz continua soltinha  !

  3. Bresser Pereira

    Genesio

    Eu acho que pioraram.Os militares nunca venderam nossas empresas públicas e quanto a esquerda, se não somem , são jogados na cadeia com pena de 23 anos, caso José Dirceu.

    1. A vontade de que as coisas

      A vontade de que as coisas estejam melhorando é tão grande, que o otimismo me traiu. Na real, você está certa: a situação piorou demais…

  4. O esquema é o seguinte…

    O delator, sob encomenda, cita um nome, que obviamente é do PT, então é expedido o mandado de prisão ad eternum. Simples assim. Quem ainda acredita que essa ‘porra do jucá’ está interessada em corrupção?

  5. 4 P´s

      Bresser-Pereira está errado. Não basta apenas ser delatado por qualquer um sem provas é necessário também fazer parte dos 4 P´s; Pobre, preto, puta ou petista.

     A novidade dos últimos tempos é a entrada desse último P no rol de pessoas que são culpadas só por existir.

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