Caso Marielle: MP do Rio e suspeito desmentem porteiro de condomínio

Coação leva parlamentares da Rede a pedirem que testemunha entre em programa de proteção

Jornal GGN – Tanto o suspeito de matar a vereadora Marielle Franco quanto o próprio Ministério Público do Rio de Janeiro desmentiram o porteiro que citou o nome do presidente Jair Bolsonaro em seu depoimento.

Na terça-feira (29), reportagem exibida no Jornal Nacional mostrava que o porteiro não apenas anotou o número da casa de Bolsonaro nas planilhas de controle, como também afirmou ter interfonado para a residência e falado com “Seu Jair”, que se encontrava em Brasília. O imóvel de número 58 citado é de propriedade do presidente.

Segundo o advogado do ex-PM Élcio de Queiroz, Henrique Telles, tal informação foi esclarecida há bastante tempo e que seu cliente – suspeito de matar a vereadora do PSOL – foi à casa de Ronnie Lessa (vizinho de Bolsonaro e também suspeito do crime). “O porteiro anotou o número errado da casa. O problema é dele”, diz Telles, segundo informações da coluna de Monica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo.

Com isso, os advogados de Élcio e Ronnie Lessa vão apresentar um pedido de suspensão do processo em que são acusados de matar Marielle e o motorista Anderson Gomes, sustentando que as gravações que estão numa denúncia sobre obstrução da Justiça apresentada pela ex-procuradora Raquel Dodge citam novos suspeitos de cometer o crime.

Enquanto isso, a bancada de senadores da Rede encaminhou ofício ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, para pedir a inclusão do porteiro em um programa de proteção a testemunhas ao afirmarem que o funcionário passou a ser “o foco” depois que o presidente solicitou ao ministro da Justiça, Sergio Moro, que ele fosse ouvido novamente.

Segundo a Folha de São Paulo, o documento foi elaborado pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Pedro Ivo Batista (Rede-DF), e aponta que a iniciativa tomada por Bolsonaro e Moro “caracteriza uma verdadeira coação moral e também uma forma de impedir seu testemunho livre e isento”.

 

Redação

4 Comentários

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  1. Porque o Porteiro do condomínio não registrou o número da casa vizinha à casa do Bolsonaro?

    Se o cara anda de 4, tem rabo de jacaré, o que ele é? Um gato, porventura?

    Ora, se a Familicia está envolvida até à medula com o submundo do crime, como o Élcio de Queiroz e o Bolsonaro podem se ignorar?

    É aquela fotografia do Motorista do Assassino ao lado do $ujeito que defendia o assassinato de 30 mil esquerdistas não diz nada?

  2. Já descobriram que a promotora em questão é bolsonarista.
    Ela fez postagem onde definia adversários como “esquerdopatas”
    Leandro Demori, do Intercept Brasil, descobriu inclusive foto dela com o deputado estadual Ricardo Amorim, aquele que posou para foto com a foto da placa em homenagem à Mariele Franco quebrada.

    A pergunta que Demori faz é: “Como será a atuação dela no caso do assassinato de uma – como ela define – esquerdopata, caso este que envolve o Bolsonaro, estampado em sua camiseta?”

  3. O MP do RJ virou um puteiro?
    Uma extensão da milícia?
    Se não afastar imediatamente essa mulher, não restará dúvida sobre as promiscuidades descritas acima.
    Aliás, não basta afastar agora, é preciso punir, pois desde o inicio ela vem fazendo que defende a vítima, enquanto pousa em selfs com seus possíveis carrascos e certamente desafetos de Marielle.
    Ela deveria ter-se declarado suspeita desde o inicio da apuração da morte de Marielle. O quanto ela atrazou o andamento desse processo com essa postura covarde?

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