Condenação por chacinas de Osasco e Barueri soma mais de 600 anos

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Elaina Patrícia Cruz
 
Da Agência Brasil
 
Os sete jurados que compõem o conselho de sentença decidiram hoje (22) condenar os dois policiais militares e um guarda-civil acusados de participação nas chacinas ocorridas nas cidades de Osasco e Barueri no dia 13 de agosto de 2015. Na ocasião, 17 pessoas morreram e sete ficaram feridas.
 
Os parentes das vítimas choraram durante a leitura da sentença. Já os dos réus reclamaram muito da decisão.
 
O policial Fabrício Emmanuel Eleutério foi condenado a pena de 255 anos, 7 meses e 10 dias de prisão. O também policial Thiago Barbosa Henklain Henklain recebeu sentença de 247 anos, 7 meses e 10 dias. O guarda-civil Sérgio Manhanhã foi condenado a 100 anos e 10 meses. As penas somam mais de 600 anos.
 
Os policiais Fabrício Emmanuel Eleutério e Thiago Barbosa Henklain eram acusados de terem disparado contra as vítimas e respondiam por todas as mortes e tentativas de assassinato. Já o guarda-civil Sérgio Manhanhã, segundo a acusação, teria atuado para desviar viaturas dos locais onde os crimes ocorreriam e foi denunciado por 11 mortes.
 
O júri popular foi realizado no Fórum de Osasco e teve início na segunda-feira (18). Durante todos os dias, a sala onde ocorre o julgamento esteve lotada de jornalistas, policiais e parentes dos réus e das vítimas, além de curiosos e membros do Tribunal de Justiça Militar.
 
O caso
 
Os 17 assassinatos ocorreram em um intervalo de aproximadamente duas horas, na noite de 13 de agosto de 2015. Eleutério e o policial Thiago Barbosa Henklain respondem por todas as mortes, enquanto o guarda civil Sérgio Manhanhã, que teria atuado para desviar viaturas dos locais onde os crimes ocorreriam, foi denunciado por 11 mortes. Eleutério, Henklain e Maranhão foram julgados por de organização criminosa e homicídio qualificado.
 
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, os assassinatos ocorreram para vingar as mortes do policial militar Admilson Pereira de Oliveira, que foi baleado ao reagir a  assalto em um posto de gasolina, onde fazia “bico” como segurança, e do guarda-civil de Barueri Jeferson Luiz Rodrigues da Silva, que foi morto após reagir a um assalto.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. agora apliquem a máxima policial: bandido bom é bandido morto!

    pode executar todos, com requintes de crueldade. nada de presídio separado, bota com os caras do pcc…

  2. Essa justiça de olho por olho

    Essa justiça de olho por olho e dente por dente é medieval, mas, infelizmente, faz parte do nosso cotidiano brasileiro. É o Estado falhando nas suas obrigações, e permitindo, às vezes, de forma velada a selvageria, ora praticada por crimosos comuns, organizados, ora por criminosos fardados, que já entram para a corporação com o perfil de criminosos. Então um julgamento desse, muito correto, não encerra muitas das discussões a respeito da nossas polícias. 

    Prosseguirão essas chacinas, de lado a lado, se os legisladores não se ativerem ao fato de que toda a ordem de segurança do País está esfacelada. Há muito a ser feito nessa esfera, e de nada adiantam tantas ações bombásticas, como a hoje ocorrida na Rocinha, se o tumor está no mesmo órgão, pronto para disseminar mais uma sangria e morte.

    Rodrigo Maia diz que o Secretário de Segurança deve ser exonerado. Joga a responsabilidade para o secretário, o vic-presidente, filho de um dos ex-governadores do RJ, que nunca se preocupou com o crime organizado do seu estado, advogando em causa própria. Como Presidente da Câmara, se quer se envolver nos problemas do Rio, por que nunca se refere aos seus comparsas que estão presos por assaltarem as riquezas daquele que é um dos estados mais ricos e improtantes da nossa nação? Tá jogando em duas frentes. Quer poder tomar o cargo de Temer, ou já se pronuncia como possível candidto a governador do RJ. Me engana que eu gosto.

     

  3. Vamos orar para que não se

    Vamos orar para que não se gaste tantos anos de condenação em apenas 3 condenados. São 600 anos que poderiam ser melhor aproveitados distribuindo-os para uns 100 ao invés de apenas 3.

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    1. jovens….

      E julgados conjuntamente foram os Comandantes dos Quartéis? Algum Delegado? Secretário de Segurança? Secretário da Justiça? Governador do Estado? Ou Picolé de Chuchu fará como Luis Antonio Fleury Filho e dirá que estava fora do Planeta quando tudo aconteceu? Que nada tem a ver com isto. E que esta Política de Estado, garotos de periferia abandonados por seu seu estado e seu país. Uns de farda outros não, se matando, é apenas consequência dos atos deles próprios. Judiciário e Imprensa sacramentado a dizer amém. Não é o assassinato incinerador de 250 jovens em Santa Maria/RS? Não temos nada a ver com isto. Bradam Autoridades Públicas. Até porque nunca tiveram nossa autorização, nosso alvará. Ih!! Tem o alvará?! Livremos nossa cara e culpemos a sociedade mesmo assim. É a nossa única saída. Ou vocês acham que algum dia tiveram um Estado, um país? Ou algum dia vocês acharam que estes policiais, os policiais que mataram a Juíza Patricia Aciolly no RJ, ospoliciais que invadiram o Carandiru, agiram sozinhos, sem autorização do Estado? O Brasil é de muito fácil explicação. 

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