Contra vontade do MPF, Justiça Eleitoral acelera inquéritos da Lava Jato

MP chegou alegar que a Justiça Eleitoral não tinha estrutura para julgar crimes complexos, o que poderia levar à impunidade

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Jornal GGN – Ao contrário da previsão da força-tarefa da Lava Jato, a Justiça Eleitoral – pelo menos de São Paulo – tem acelerado investigações inicialmente sob o comando do Ministério Público Federal (MPF), o que à época foi considerado uma derrota para os lavajatistas. As informações são da Folha de S. Paulo. 

Em março do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o envio à Justiça Eleitoral de casos de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados a caixa dois de campanhas, até então tocados pelas forças-tarefas. 

Na época, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu que os casos ficassem sob responsabilidade da Justiça Federal, alegando que a Justiça Eleitoral “não tinha estrutura para julgar crimes complexos, o que poderia levar à impunidade”, destacou a reportagem. 

No entanto, pelo menos em São Paulo, a Procuradoria Regional Eleitoral do estado tem acelerado as investigações. Desde fevereiro, cinco promotores de Justiça trabalham juntos nessas apurações, inicialmente de 29 inquéritos, com apoio da Polícia Federal. 

Entre os processos estão incluídos casos das megadelações da Odebrecht e JBS, firmados pela Lava Jato. E, desde o último dia 14, com a Operação Dark Side a atuação do grupo vem avançando.

Redação

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