Coronel Lima arrecadava propina a Temer, diz novo documento

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O Ministério Público Federal (MPF) apontou o coronel Lima, o aposentado da Polícia Militar e amigo de Temer, João Batista Lima Filho, como o intermediador de políticos e principalmente do presidente para arrecadar propinas.
 
A ligação foi feita no inquérito que investiga os amigos do mandatário, entre eles o advogado José Yunes, que chegou a ser preso na Operação Skala com o coronel, mas foram soltos após o fim do prazo das prisões temporárias.
 
Nesta segunda (09), a Justiça Federal de Brasília aceitou a denúncia contra os dois, acusados de participar de esquema de desvio de dinheiro público, relacionado a integrantes do MDB da Câmara.
 
A decisão do juiz Marcus Vinicius Reis, da 12ª Vara da Justiça Federal de Brasília, acatou aos questionamentos da Procuradoria da República do DF, de que haveria novos elementos para indicar organização criminosa. 
 
A apuração partiu de um dos apontados como o operador do MDB em casos ilícitos na Lava Jato, Lúcio Funaro. Funaro contou que Yunes recolheu R$ 1 milhão da Odebrecht, e que o montante teria como destino final o ex-ministro Geddel Vieira Lima, ex-assessor de Temer. O operador também foi denunciado na Justiça Federal. 
 
Mas, agora, as informações são de que o coronel Batista seria o auxiliar na arrecadação de propina de Temer. A informação foi divulgada pela repórter Andréia Sadi, que acessou documento reafirmando a ligação do coronel com o mandatário.
 
“Seu papel na organização criminosa era o de auxiliar os demais integrantes do núcleo político na arrecadação da propina, em especial seu líder, Michel Temer, conforme já narrado na peça acusatória”, diz o MPF.
 
Em resposta, Temer não negou o apoio do coronel em suas campanhas, mas disse que “todas as atribuições do coronel João Batista Lima Sobrinho em campanhas do presidente Michel Temer sempre foram pautadas pela legalidade, lisura e correção”.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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