Cunha é acusado de se beneficiar de lucro de fundos de previdência

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Danos teriam atingido R$ 2 milhões da Previdência da Companhia de Águas e Esgotos e mais R$ 39 milhões da Cedae do Rio
 

Fotos: Reprodução
 
Jornal GGN – O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi acusado por fraudes em fundos exclusivos de previdência do Rio de Janeiro, juntamente com o dolero Lúcio Funaro e ex-diretores da Prece (Previdência Complementar dos Funcionários da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do RJ).
 
Os danos causados ao fundo da Companhia de Águas e Esgotos teriam atingido R$ 2 milhões, além de outros R$ 39 milhões estimados no fundo dos funcionários da Cedae (Companhia de Distribuição de Água e Saneamento). Por estes motivos, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ajuizou uma ação civil pública contra Cunha e 11 investigados, solicitando o ressarcimento dos montantes.
 
O ex-deputado, o doleiro e mais 10 investigados são acusados de improbidade administrativa na 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital. De acordo com os investigadores, a previdência da Cadae do Rio era usada como “espécie de seguro para as aplicações”.
 
Os lucros obtidos dos rendimentos eram divididos entre os investigados, mas se geravam prejuízos, apenas o fundo tinha que arcar com as perdas. O esquema teria funcionado entre novembro de 2003 e março de 2006. Funaro foi apontado também nesta ação como o operador dos esquemas envolvendo o peemedebista na Operação Lava Jato. 
 
De acordo com os promotores, apenas Eduardo Cunha conseguiu um lucro de mais de R$ 917 mil. Além do ressarcimento, o Ministério Público solicitou o sequestro dos bens dos acusados para atingir o montante de R$ 21,8 milhões, que é a soma total do lucro obtido pelos envolvidos, de acordo com os investigadores. Eles ainda foram acusados na ação civil pela Lei de Improbidade Administrativa.
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

1 Comentário

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  1. E a filha, ostentando a

    E a filha, ostentando a riqueza roubada pelo pai, tem 30 mil seguidores no facebook. Já se lançou candidata a deputada. Cada vez eu sinto maior o sentimento de não pertencer a esse país. O Moro, que contribuiu para a morte de D. Marisa, já inocentou a mãe dela porque ” não sabia que o dinheiro para a vida de luxo depositado lá fora era de corrupção”. Deveria votar na filha para que a dinastia continue.

    Bando de safados. E o indecente juiz Moro, que começa a atacar o Banco do Brasil  através da prisão de Bendini, ganha a eleição do Lula! Quem quer pertencer a esse país?

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