Datafolha: otimismo com economia cresce às vésperas da posse de Bolsonaro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O Datafolha aferiu um aumento no otimismo com a economia às vésperas da posse de Jair Bolsonaro. De acordo com dados divulgados pela Folha neste domingo (23), saltou de 23% para 65% o volume de entrevistados que disseram que a situação econômica do País vai melhorar nos próximos meses. A última pesquisa foi feita em agosto. Outros 67% acreditam que estarão em melhor situação pessoal à frente. Em agosto, eram 38%.

Segundo o jornal, esse otimismo às vésperas de um novo governo é natural, e só não ocorreu com de maneira expressiva com as reeleições de Dilma Rousseff e FHC.

O índice de Bolsonaro empata dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais com o de Dilma em março de 2013, quando 68% se mostraram otimistas com a economica. Pouco depois, a popularidade da presidente começou a corroer a partir dos protestos de junho daquele ano.

Caiu de 31% em agosto para 9% em dezembro de 2018 os que acham que a economia vai piorar. Já os que acreditam em estabilidade caíram de 41% para 24%. 
 
O otimismo após a eleição até alavancou os índices relacionados ao governo Temer. 
 
“Em pesquisa em junho, 72% achavam que o Brasil estava pior nos últimos meses, algo que se refletia na altíssima impopularidade do governo Michel Temer (MDB). Nesta pesquisa, esse índice cai para 37%. Saltou de 6% para 20% o número dos que acham que o país está melhor, enquanto os que veem tudo igual pularam de 20% para 42%.”
 
Ainda de acordo com o Datafolha, a região Nordeste – a única que não rendeu a maioria dos votos a Bolsonaro, mas a Fernando Haddad – é a que menos está otimista com a economia sob o futuro governo.
 
“Acham que o país vai melhorar nos próximos meses 60% dos nordestinos, enquanto os mais otimistas são os moradores do Centro-Oeste, com 71%”, por exemplo.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

14 Comentários

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  1. eterno otimista

    Brasileiro, profissão otimista.

    Tomara eles tenham sucesso e o pessimismo de nós petralhas não sobreviva.

    A partir do dia 1° o Brazil será o céu na terra! …    Não mais PêTê, não mais sexo antes do casamento, petróleo para quem tem o direito divino, alunos não mais receberão o kit gay, Lula continuará preso, a globo vai deixar de ser bolivariana, a goiabeira será a árvore nacional, pobres viajarão em lombo de jegue, 3 aias para cada madame ovelhinha bem amada, kins catarão guris, prefake agora será governake, apês e verbas funcionais servirão ao único propósito de comer gente, juizes e milicos terão seus aumentos salariais ungidos, edires macedarão, malas faiarão, aleluia ermão!

  2. Não tendo onde se apoiar, o incrédulo crê em qualquer coisa

    Melhora na economia de modo que faça diferença para o desempregado e o pobre, é o que menos fará este governo. A classe média já está sofrendo os efeitos da crise, basta ver quantos imóveis comerciais e residenciais sobram nas cidades do país. Considerando, no caso dos comerciais que é uma empresa que deixou de funcionar e gerar emprego e renda. Agora sai Temer e entra os aliados de Trump e o país troca mais uma vez de “moscas” – geram uma m… piorada. A turma que cobra dízimo e outras partes do salário de seus contratados – bancados pelo erário público – se tem uma coisa certa é a total incapacidade de responder pela melhora do país. Vamos ver quanto tempo as fake news ainda enganam a massa.

  3. Daqui a alguns meses, quando

    Daqui a alguns meses, quando a ficha finalmente cair, eu vou ter um trabalhão para desbloquear todos os bolsomínions que bloqueei no Facebook. Mas será uma tarefa que vou fazer com um sorriso no rosto.

  4. Qual é o valor da confiança

    Qual é o valor da confiança do ponto de vista econômico? Bem, consumo e investimento dependem de diversas variáveis correntes e esperadas, renda, taxa real de juros, riqueza, taxa de câmbio, etc. Dependem também da confiança, que talvez seja o fator mais difícil de ser aferido e o mais volátil.

    As respostas a um questionário sobre as expectativas a respeito de um novo governo revelam o quê? Uma avaliação ponderada e fundamentada sobre o futuro ou apenas um forte desejo de superar tempos difíceis? Ou mesmo considerações ideológicas?

    Sempre tive enormes dúvidas a respeito desse tipo de pesquisa. Perguntem a um empresário conservador o que ele acha a respeito do novo governo. Provavelmente, irá expressar todo o seu otimismo. Melhor perguntar-lhe se já tem planos concretos de investimento. Ou sobre o grau de endividamento que já decidiu assumir para realizar investimentos.

    Vivemos uma época de panaceias. A fada da confiança, as reformas (e sempre falta mais uma)… O fato é que não temos um modelo de desenvolvimento e muitos não acreditam sequer que ele seja necessário. Façam as reformas e o mercado resolve… Patético.

    E, no entanto, exemplos internacionais não nos faltam, cada um com suas particularidades históricas e sociais. China, Coreia, etc. e até a Rússia, apesar de todas as sanções. Por aqui vivemos de voos da galinha… e de mitos.

  5. Não é por menos q estamos em 5o. como mais ignorantes do planeta

    Esta sociedade que elegeu Bolsonaro, incluindo sua “elite” é mal formada (conceitos) e mal informada, pensam zero ou um, branco ou preto, e são crentes como aqueles da igreja universal do reino neoliberal, onde manda quem pode e obedece quem tem juízo. Os que não têm são expurgados por morte ou prisão.

    Somos assim desde os capitães (êpa!) hereditários, com raros espasmos de desenvolvimento.

    Uma grande colônia agropecuária-mineral  com capatazes a administrar para terceiros e corretores para vender o que for encontrado neste ” berço esplêndido”, com enorme massa de paraescravos à disposição para o vil trabalho necessário.

    Que vergonha…

     

  6.  Adiamento é uma estratégia
     Adiamento é uma estratégia de manipulação ques consiste em fazer com que os cidadãos pensem que estão tomando uma medida que temporariamente é prejudicial, mas que no futuro pode trazer grandes benefícios para toda a sociedade e, claro, para os indivíduos.

    O objetivo é que as pessoas se acostumem com a medida e não a rejeitem, pensando no suposto bem que trará amanhã. No momento, o efeito da “normalização” já operou e as pessoas não protestam porque os benefícios prometidos não chegam.

    É equivalente à estratégia de manipulação denominada Diferimento, segundo a qual um modo de fazer aceitar uma decisão impopular é apresentá-la como “dolorosa mas necessária”, obtendo o acordo do público no presente para uma aplicação no futuro. É sempre mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro porque a dor não será sofrida de repente. A seguir, porque o público tem sempre a tendência de esperar ingenuamente que “tudo irá melhor amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Finalmente, porque isto dá tempo ao público para se habituar à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegar o momento. 

    Exemplo recente: a passagem ao Euro e a perda da soberania monetária e económica foram aceites pelos países europeus em 1994-95 para uma aplicação em 2001. Outro exemplo: os acordos multilaterais do FTAA (Free Trade Agreement of the Americas) que os EUA impuseram em 2001 aos países do continente americano ainda reticentes, concedendo uma aplicação diferida para 2005.

    Isso mostra que continuamos manipulados.

  7. Mexida
    Se o Bolsomito atuar para reduzir os juros bancários, que sugam o sangue do trabalhador, do micro empreendedor e do pequeno empresário brasileiro já ajuda. As questões previdenciária, de segurança, tributária, partidária, precisam de legislação especifica.

    1. A oferta de crédito proporcional…
      A oferta de crédito é diretamente proporcional à taxa de juros. Ao reduzir a taxa de juros, diminui-se na mesma proporção a oferta de crédito. Se a oferta de crédito diminui, em decorrência da fuga de capitais para outros mercados, em busca de taxas de juro mais atrativas, mantendo-se inalterada a demanda, a taxa de juros se eleva, atraindo o capital especulativo. Em outras palavras, a redução da taxa de juros não vai solucionar o problema, ao contrário, vai agravá-lo.

      1. Duas questões
        As taxas de juros no Brasil são tão exorbitantes, e sua redução a níveis civilizados irá aquecer o sistema produtivo. Os bancos no Brasil poderão ajudar o desenvolvimento ao invés de estorva-lo.

  8. A pergunta nunca deve ser se alguém está mais confiante, mas …

    A pergunta nunca deve ser se alguém está mais confiante, mas sim quem vai tirar dinheiro da renda fixa ou vender seus dólares para investir na produção!

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