Delegado que investigou estupro coletivo é exonerado

Jornal GGN – Alessandro Thiers, primeiro delegado designado para investigar o caso do estupro coletivo da adolescente no Rio de Janeiro foi exonerado do cargo. Ele foi acusado por Eloísa Samy Santiago, advogada da vítima, de ter postura “machista e misógina” com sua cliente.

Diante da gravidade da acusação, o promotor Homero das Neves Filho determinou que Thiers fosse investigado por crime de submeter criança ou adolescente a vexame ou constrangimento, tipificado no Estatuto da Criança e do Adolescente, com pena prevista de seis meses a dois anos de prisão.

O diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada, Ronaldo Oliveira, confirmou que ele entregou o cargo. De acordo com o jornal carioca Extra, sua saída tem relação com a evolução das investigações de estupro pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima.

Da Revista Fórum

Primeiro delegado que investigou estupro coletivo é exonerado

Por sua conduta no caso, Alessandro Thiers, afastado das apurações há dez dias, também está sendo investigado pelo Ministério Público

Alessandro Thiers, ex-titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática e primeiro delegado a investigar o caso de estupro coletivo de uma adolescente no Rio de Janeiro, teve sua exoneração publicada no boletim interno da Polícia Civil nesta terça-feira (7).

Thiers foi afastado do caso há dez dias, depois das advogadas da vítima apontarem sua postura “machista e misógina” na apuração. As investigações agora são conduzidas pela delegada Cristiana Bento, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV).

Diante da conduta do delegado, o promotor Homero das Neves Filho, titular da 23ª Promotoria de Investigação Penal do Ministério Público, havia determinado na última quarta-feira (1º) que Thiers fosse investigado por suposto crime de submeter criança ou adolescente a vexame ou constrangimento, tipificado no Estatuto da Criança e do Adolescente. A pena prevista é de seis meses a dois anos de prisão.

De acordo com Ronaldo Oliveira, diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada (DPGE), o delegado entregou o cargo, mas, segundo o jornal Extra, sua saída teria se dado por conta da evolução das investigações da Dcav acerca do estupro.

Redação

6 Comentários

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  1. delegado….

    Um país constituído para sustentar uma elite politica. Quando estes interesses são atrapalhados, questionados ou comprometidos por atitudes de funcionários de carreira, seja qualquer um, esta elite não pensa duas vezes para fritá-los e condená-los. Só existe um pdrão público a ser seguido neste país. É não dirigir os holofotes para a desgraça pública vigente. Basta ver o que aconteceu  com os policiais militares de SP que balearam um menino que roubava um carro, o “japonês” da Federal ou este delegado. Atrapalhou o interesse político é Estado de Exceção, achincalhamento, guilhotina. 

  2. exonerado do cargo em comissão

    No serviço público, quem é aprovado em concurso público exerce um cargo efetivo o qual só perde por vontade própria ou uma falta grave que é apurada em Processo Administrativo Disciplinar onde é assegurada a ampla defesa.

    Neste caso a pessoa pode ser demitida, como o “japonês da federal” (que cometeu crimes há 13 anos atrás e ainda estava trabalhando).

    Além do cargo efetivo a pessoa pode acumular uma “função de confiança” para ser chefe de alguma seção no órgão.

    Muitas vezes a pessoa ocupa a função de confiança porque não tem outro. No poder executivo, geralmente, a remuneração é muito baixa e a incomodação é grande então muitos aceitam o encargo por amizade ou simpatia com o chefe.

    Quando a pessoa é afastada da função de confiança ela é exonerada e isso em si não tem conotação pejorativa. Se ela “pedir para sair” do cargo efetivo aprovado em concurso também é exonerada.

    A demissão sim é que é uma punição e tem sentido pejorativo no serviço público ao contrário do privado onde pode ser demitido sem justa causa.

     

  3. Está explicado porque ele não

    Está explicado porque ele não queria processar os criminosos.

    Ética corporativa. 

    Um bandido sempre defende o outro. 

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