Denúncia é aceita e ex-diretor do BankBoston se torna réu na Zelotes

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Foto: Reprodução
 
Jornal GGN – Nesta segunda-feira (24), a Justiça Federal aceitou denúncia do Ministério Público, tornando réus onze pessoas investigadas pela Operação Zelotes. Entre eles, está Walcris Rosito, ex-diretor jurídico do BankBoston, além de ex-conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), advogados, lobistas e servidores públicos.
 
Entre outros casos, a Zelotes investiga o perdão de dívidas tributárias no Carf através do pagamento de propinas. De acordo com a denúncia do MPF, o esquema deixou um prejuízo de R$ 509 milhões para a União, valor relacionado às autuações da Receita Federal que deixou de ser recolhido pela instituição financeira.
 
No Brasil, as operações do BankBoston foram adquiridas pelo Itaú-Unibanco. Entretanto, os investigadores dizem que não há executivos do Itaú envolvidos nas irregularidades investigadas, que vão de 2006 a 2015. 
 
Por meio de nota, o Itaú disse que, quando comprou as operações, o contrato de aquisição não envolveu a transferência de processos tributários. 

 
“O Itaú não tem e não teve qualquer ingerência na condução de tais processos nem tampouco qualquer benefício das respectivas decisões. O Itaú esclarece, ainda, que nenhum dos denunciados foi funcionário ou diretor desta instituição”, diz o banco.
 
Segundo a denúncia, os principais nomes do esquema são Eduardo Cerqueira Leite, auditor da Receita em São Paulo, e José Ricardo da Silva, conselheiro do Carf em Brasília. O MPF afirma que os consultores, advogados e lobistas receberam indevidamente mais de R$ 25,8 milhões para ajudar o BankBoston.
 
Entre as acusações, estão crimes de corrupção, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, apropriação de dinheiro de instituição financeira e organização criminosa. Os procuradores dizem que Eduardo Leite e José Ricardo da Silva atuavam no Conselho em favor de empresas que pagavam propinas. 
 
Leite e os conselheiros do Carf eram pagos através de microempresas, diz denúncia. O suposto suborno estaria relacionado com dois procedimentos fiscais abertos pela Receita Federal por suposto não recolhimento de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, que cobravam R$ 597 milhões do banco. 
 
“Créditos tributários de centenas de milhões de reais eram exonerados e o BankBoston, por meio de seu diretor jurídico, Walcris Rosito, gestor fraudulento dessa instituição, eram branqueados num sofisticado esquema de lavagem de dinheiro por interpostas pessoas jurídicas e contratos de advocacia combinados com formalização retroativa de sociedades em conta de participação”, diz a denúncia, assinada pelos procuradores da República Hebert Mesquita e Frederico Paiva
 
O MPF afirma que Leite recebeu R$ 1 milhão e o escritório dos conselheiros Mussi e Sandri, R$ 1,78 milhão. A denúncia afirma que a empresa dos dois conselheiros saiu de uma receita de R$ 51 mil, em 2006, para R$ 129 milhões no período 2007-2013. Eles se tornaram conselheiros do Carf em 2008 e 2010, diz a denúncia.
 
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Redação

7 Comentários

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  1. O nome é Itaubank desde 2006

    BankBoston Banco Múltiplo SA mudou seu nome para o Banco ItauBank SA em 2006. O Banco ItauBank SA atua como subsidiária do Itaú Unibanco Holding SA.

    A corrupção no CARF se deu entre 2006 e 2015, portanto ocorreu já no Itaubank.

     

  2. Este terá o mesmo destino que

    Este terá o mesmo destino que o sr. bradesco, os braços de nosso judiciário só alcança pretos, pobres e putas, banqueiros jamais. 

  3. Meireles, cadê você meu fí?

    Será que nessa época o Meireles ainda tinha alguma ligação com o BankBoston?

    Ele tá em tudo que é merda.

  4. E Você Acreditou?

    Nassif: vai dar em nada. Tanto que a tropa do choque do Itaú/BankBoston já tá na rua. E se necessário aquele general golpista convoca a tropa da Caserna pro calaboca tradicional.

    Enquanto isto a Fadinha da Mata vai costurando os contatos políticos.

  5. E os impostos devidos na fusão com o Unibanco?

    O Roberto Setubal já deu um trampo no CARF com aquela dívida de impostos não pagos devidos na operação de fusão com o Unibanco. Estimada em 24 bilhões de reais. Se o Joesley estava SEGURANDO dois ou tres juízes, quantos será que está SEGURANDO o Roberto Setúbal? Sabe como é que é. Juiz, segundo o José Renato Nalini tem que guardar alguns para poder viajar e comprar ternos em Miami, duas vezes por ano, para aliviar o estresse e evitar a depressão associada ao seu trabalho estafante. Por isso é sempre bom ter alguém SEGURANDO para o cara não cair.

    http://www.conjur.com.br/2017-abr-11/carf-desobriga-itau-unibanco-pagar-autuacao-bilionaria-fusao

    https://www.youtube.com/watch?v=qkiXcTp7lJk&t=6s

    https://www.youtube.com/watch?v=yMzhKdxVC2U

     

     

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