Desmontando a tentativa da Folha de livrar Temer do impeachment

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Mais do que amenizar as acusações contra Temer, Folha simplesmente omitiu todo o trecho da conversa que dá à oposição o 3º motivo para o impeachment, caso o suposto aval à compra de silêncio de Cunha e prevaricação não bastem: o presidente abriu a porteira do governo para a JBS entrar e fazer as modificações necessárias aos interesses da empresa. Tudo através do blindado ministro Henrique Meirelles

Jornal GGN – O jornal Folha de S. Paulo decidiu ocasionalmente abandonar o modus operandi que vinha praticando em relação à Lava Jato nos últimos três anos e comprar a versão do acusado em detrimento das provas e delações divulgadas pelo Ministério Público Federal.

A edição desta sexta (19) prima pela presunção de inocência de Michel Temer num momento em que a cabeça do peemedebista é rifada pela Globo, autor do furo que pode provocar um novo impeachment.

Mas o benefício da dúvida a Temer é dado ao custo da omissão de parte substancial da conversa gravada por Joesley Batista, da JBS. O material foi divulgado na noite de ontem pelo Supremo Tribunal Federal e, no mesmo dia, Folha apressou-se em declarar o conteúdo “inconclusivo”. 

Para ter certeza que o leitor entendeu que Temer não pode ser acusado de dar anuência a pagamento de propina a Eduardo Cunha na prisão, como afirma a Lava Jato, Folha escreveu três vezes a mesma manchete, dentro da mesma edição. Capa e páginas 4 e 10 trazem a informação, de que não ficou claro, dada a péssima qualidade do áudio, que Temer sabia que o “acerto em dinheiro” dado entre a JBS e Cunha era propina para o ex-deputado ficar calado. Na versão do presidente, era uma “ajuda humanitária”. Ajuda mensal e dada após cobrança insistente de Cunha, diga-se.

Esse primeiro esforço da Folha em livrar Temer é derrubado quando lemos o próprio jornal, que cita uma segunda gravação (essa não publicizada), de Joesley com Rodrigo Rocha Loures, deputado indicado por Temer para cuidar dos interesses da JBS junto ao governo e filmado pela Polícia Federal carregando uma mala de dinheiro. Nessa gravação, segundo Folha, Joesley aparece dizendo ao parlamentar: “Eu disse pra Michel, desde quando Eduardo foi preso e ele [Funaro], quem está segurando as pontas sou eu”. Loures concorda: “Cuidando deles lá”. Temer disse algo no mesmo sentido: “Tem que manter isso aí, viu?”.

 

 

Para Folha, o único possível crime cometido por Temer foi o de prevarização. Isso porque o presidente ouviu relatos de Joesley sobre a compra de procuradores e, quem sabe, até de juízes, para desacelerar investigações do Ministério Público contra a JBS, e respondeu: “Ótimo, ótimo.” Claro que o jornal não relatou esse trecho da conversa com tal contundência. Disse que Temer ouviu relatos que dão conta de obstrução de Justiça, de maneira genérica, e nada fez. 

O 3º MOTIVO PARA IMPEACHMENT

Mais do que amenizar as acusações contra Temer, Folha simplesmente omitiu todo o teor explosivo do trecho da conversa que dá à oposição o 3º motivo para o impeachment, caso o suposto aval à compra de silêncio de Cunha e prevaricação não bastem: o presidente abriu a porteira do governo para a JBS entrar e fazer as modificações necessárias aos interesses da empresa. No Cade, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na Fazenda, na Receita Federal. Tudo através do blindado ministro Henrique Meirelles, o adorado do deus mercado.

O leitor que não puder conferir a conversa que cita a pressão por uma mudança de postura de “Henrique” (o GGN ouviu o aúdio e registrou os principais pontos aqui), deve apenas abrir outro jornal da grande mídia e conferir a diferença de tratamento.

O Globo, autor do furo que pode acabar com Temer, publicou que Joesley foi autorizado “a ser firme com Meirelles.” No áudio, um dos trechos mais claros são os relatos de que o ministro da Fazenda vinha sendo cobrado por mudanças em órgãos onde a JBS acumula problemas. Joesley queria um “alinhamento” com Temer, para que Meirelles parasse de dar respostas evasivas e executasse as cobranças.

“É só isso que eu queria, ter esse alinhamento. Para ele perceber que nós temos… Mas quando eu digo ir mais firme no Henrique, é isso… esse alinhamento que eu queria ter…”, disse. Temer respondeu: “Tá bom, pode fazer.”
 
A outra gravação, de Rocha Loures com Joesley, O Globo igualmente tratou como “outro exemplo de sintonia entre Temer e Joesley”.
 
Ao deputado, Joesley relatou interesse em ter “posições-chave” no Cade, CVM, Receita, Banco Central e Procuradoria da Fazenda. “Eu só preciso é resolver meus problemas, não é que eu gostaria que fosse João ou Pedro [o indicado]…”
 
Imediatamente, Loures fez uma série de telefonemas na frente de Joesley para provar que podia ajudá-lo. O deputado foi filmado pela PF, depois, recebendo uma mala com R$ 500 mil da JBS. O jornal dos Marinho tem as imagens, mas a Folha decidiu ignorar esse fato e também omitiu da reportagem.
 
Se a lógica da Lava Jato for aplicada ao caso, Temer está para Loures e JBS assim como Lula está para os ex-diretores da Petrobras e as empreiteiras Odebrecht e OAS. Com uma diferença: contra Lula, não foram apresentadas provas materiais de que o ex-presidente sabia dos pagamentos ilícitos. Contra Temer, há a gravação.

DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS

Quem seguiu os passos de Folha foi o Estadão, com um editorial igualmente fora da curva em relação à Lava Jato.

Nesta sexta (19), o diário tratou os vazamentos contra Temer como uma “arma política” – situação nunca aplicada a Lula ou Dilma Rousseff, por exemplo. Também disse que Temer ficou refém da demora do STF em liberar os áudios, prevalecendo a “versão do acusador” e provocando reação “estapafúrdia” no Congresso, dos que clamam por impeachment sem pensar na estabilidade do País. Preocupação que também não se teve com Dilma. Por fim, e depois de chamar a gravação de “clandestina”, Estadão considerou o material inconclusivo, ignorando que Temer já é alvo de um inquérito instaurado pelo Supremo Tribunal Federal por causa dessas evidências.

Não se sabe o que fez a cobertura da Folha (e em menor grau, a do Estadão) tirar o pé do acelerador quando a Globo parece patrocinar o impeachment de Temer. O que se sabe é que o benefício da dúvida é concedido menos de 24 horas depois do presidente mandar suspender R$ 200 milhões em publicidade.

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

39 Comentários

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  1. Inconclusivo?

    Qier dizer que A Folha resolveu continuar servil para ganhar mais ten-ten, acudiu à linguagem da chantagem, do achaque tão comum na história do Brasil … A história do “inconclusivo” é ridícula, um desserviço ao jornalismo, ao Brasil, aos leitores, à História, a tudo  

  2. a folha mudou quando tiraram a sua verba de RS.200 milhões !

    Quando mexeram no seu bolso a fsp mudou de lado na mesma Isto quando intituláva-se  um jornal que tinha o rabo preso apenas com o leitor! Como mudou!

    Agora o rabo preso com o governo , á trôco de R$ 200 milhões!

  3. O último parágrafo tem pergunta e resposta. Brilhante Cíntia!

    Reportagem da mais alta qualidade, como não se faz no PIG/PPV, escrutinado e desmascarado aqui. Só faltou a repórter questionar o porquê d’O Globo e da Globo mudarem o enfoque. Antes era FSP o único jornal a publicar tìmidamente denúncias contra próceres tucanos; o ‘estadinho’ continua como sempre foi, tucano até a 10ª geração. Mas tanto O Globo como  a FSP mudaram de lado. 

    A repórter sabe que a verba publicitária da JBS para a Globo é ainda maior do que ao do governo golpista. A FSP não pode dizer o mesmo. Vem daí a diferença de postura e enfoque em relação às últimas bombas escândalo-noticiosas.

  4. Comentário.

    É, a Bandeirantes fez o mesmo.

    José Paulo de Andrade fez sua típica e costumeira conversa de boteco, chamando o dono da JBS de bandido e dizendo que o Temer “não devia ter levado o empresário” para uma conversa (para fazer justiça: estavam os dois muito à vontade, pareciam muito intimos).

    Quer dizer, um é um escroque, o outro, um bobo, um santo, ou um inocente útil pego numa fala boba.

     

     

     

     

  5. O PIG TÁ RACHANDO. E A GLOBO OPERANDO DÓLAR.

    Hoje pela manhã a Band também tava nessa de áudio inconclusivo.

    E a Globo hein? Ninguém me convence que os Marinhos não se encheram de dólar durante os 6 pregões de queda na BMF até quarta feira. Esperaram uma semana pra divulgar a conversa do Temer com o Joesley Safadão, que também praticou inside trade com as próprias ações e com o dólar. Por isso a perplexidade dos apresentadores globais. O patrão tinha “virado a mão” no editorial para provocar uma virada do dólar na quinta feira. Óbvio que os Marinho não iam contar uma semana antes para o Merdal ou para a Leitoa. Tavam comprados e devem ter vendido com uns 10% de lucro.

    Todo mundo sabe que a Globo não lucra com a operação tv aberta/meios impressos e apenas – quando muito – se paga na tv por assinatura. A Globo ganha dinheiro com operações de tesouraria, mercado financeiro. Juros e dólar. Tem cara de  uma operação combinada com o Joesley.

    A Band, que não deve ter tanta grana pra trade financeiro, ficou a ver navios. Ou a ouvir áudio inconclusivo.

    1. Eles estão se auto

      Eles estão se auto destruindo. Paulo Henrique Amorim tinha alertado isso antes deles terem derrubado a Dilma. O feitiço iria-se virar contra o eles.

  6. Vergonha

    A Folha colocou até seus colunistas para o serviço sujo. Marcelo Coelho repete essa mesma ladainha e Reinaldo Azevedo faz um texto vergonhoso colocando Temer e Aécio como vítimas de armadilha e conspiração.

    1. O Rola Bosta já deve ter

      O Rola Bosta já deve ter recebido recadinhos dos Neves cobrando as faturas. Fala qualquer coisa aí ele inventou essa conspiração doidaça do PT contra Aécio, Temer. E no dia seguinte descobrimos que a conspiração ficou mais doida ainda. Parece que o PT conspirou contra si também. Vai ser difícil explicar isso até pro seus leitores.

  7. Situação quase

    Situação quase esquizofrênica, pois o Meirelles era presidente do banco Original, do Joesley Batista. Mesmo quando virou ministro, ainda faz parte do Conselho Administrarivo da JBS, empresa do Joesley Batista. Aí vai esse mesmo Joesley Batista e grava o presidente Michel Temer, que em teoria seria o chefe do Meirelles. Tem boi na linha.

  8. Melhor a gente não se

    Melhor a gente não se preocupar, amanhã estarão todos (tv, rádios, jornais, etc, etc), em total concordância com a globo; melhor dizendo, hoje mesmo, estou ouvindo na rádio bandeirantes o massacre contra o michel temer. Não demorou muito. E, quando a mídia nacional diz algo, é melhor ficarmos preocupados. Por que esse massacre agora se, na semana passada estavam todos até o datena, louvando temer, aí tem. Temos que ter cuidado, olha ai o golpe dentro do golpe. Acho que devemos observar o meirelles.

  9. A Folha e o Estadão estão

    A Folha e o Estadão estão “certos”: não há nada nessas gravações que justifiquei essa barafunda toda. Aliás, pode-se até suspeitar que essa fita seja uma montagem São dois rádio-atores contratados para fazerem o papel(ão) de Temer e do empregado do Lulinha.

    Mesmo se concedendo o benefício  certeza a ambos, não há nada de comprometedor. Se os diálogos se dessem nesse tom, aí sim, não haveria dúvidas: 

    Josescley Safadão(JBS): TEMER, TEMER!

    Temer: ouvir-te-ei com todo o prazer!

    JBS: Eu estou dando uma mesada ao Eduardo Cunha, brasileiro, advogado, casado, residente na Rua tal nº tal, CEP: XXXXXX, Celular: xxxx, Fixo:XXXX, ex-presidente da Câmara Federal, nascido a tanto de tanto e com uma marca de nascença no lado esquerdo da bunda. O “CALA A BOCA É PARA RESGUARDAR, VOCÊ TEMER, REPETINDO: MICHEL TEMER, ora presidente da República”(em tom de grito)”. 

    Temer: Estou de pleno acordo, JBS, Continue a dar essa mesada ao Eduardo Cunha, meu chapa, para que ele não  abra a boca e descubra o que fizemos para lascar a Dilma. Coisas que fariam o capiroto corar de vergonha. Como diria uma famoso jurisconsulto: amigo é para acudir outro. 

  10. Também chama a atenção essa

    Também chama a atenção essa firma, “Folha”, ter ido perguntar à Janaina Gardenal, ops! Paschoal o que é que ela achava disso, e o mais impressionante, pedindo para ela falar não como operadora do Direito.

    Jornaleco, o dessa firma…

  11. Impeach se inocente não deve caber, se culpado pode não ocorrer

     

    Cintia Alves,

    A Folha de S. Paulo sem dúvida que tem interesse em proteger o presidente antes provisório agora definitivo em razão do golpe, Michel Temer, do impeachment, mas o presidente antes provisório agora definitivo em razão do golpe, Michel Temer, não precisa dela para se proteger de qualquer tentativa de impeachment. Quem protege o presidente antes provisório agora definitivo em razão do golpe, Michel Temer, do impeachment é o apoio que ele tem no Congresso Nacional.

    É preciso entender que o impeachment da ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff é diferente de qualquer tentativa de fazer o impeachment do presidente antes provisório agora definitivo em razão do golpe, Michel Temer. O que se discute em relação ao impeachment da ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff é se é possível o impeachment quando não se tem o crime. Eu acho que não pode, mas a menos do argumento de Luis Roberto Barroso, de que procurando acaba-se encontrando, o STF lavou as mãos.

    Já no caso do presidente antes provisório agora definitivo em razão do golpe, Michel Temer, o que se discute é se é possível não haver o impeachment de quem é culpado. A resposta a essa questão já foi dada pelo próprio Michel Temer como se pode ver no comentário de Pontara enviado segunda-feira, 24/08/2015 às 15:16, lá no post “Constituição é contra impeachment de Dilma por fato do mandato anterior” de segunda-feira, 24/08/2015 às 14:57, aqui no blog de Luis Nassif reproduzindo artigo de Lenio Luiz Streck publicado no Consultor Jurídico e com o mesmo título que saiu no post. O endereço do post “Constituição é contra impeachment de Dilma por fato do mandato anterior” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/constituicao-e-contra-impeachment-de-dilma-por-fato-do-mandato-anterior

    O comentário de Pontara é só a reprodução de um parágrafo do livro “Elementos de Direito Constitucional” publicado pela Editora Malheiros, do presidente antes provisório agora definitivo em razão do golpe, Michel Temer. Reproduzo o mesmo parágrafo a seguir:

    “Convém anotar que o julgamento do Senado Federal é de natureza política. É juízo de conveniência e oportunidade. Não nos parece que, tipificada a hipótese de responsabilização, o Senado haja de, necessariamente, impor penas. Pode ocorrer que o Senado considere mais conveniente a manutenção do presidente no seu cargo. Para evitar, por exemplo, a deflagração de um conflito civil; para impedir agitação interna.”

    É claro que o presidente antes provisório agora definitivo em razão do golpe, Michel Temer, procede mais como um títere do que como alguém a serviço próprio. Em princípio parece que ele tem o apoio de mais de metade dos parlamentares que aprovam medidas encaminhadas por ele com mais de 2 terços de apoio. O difícil é saber se esse apoio é a ele ou ao titeriteiro.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 19/05/2017

  12. Depois sou eu…

    Depois de ver meus colegas de serviço público defendendo o Temer em nome da “estabilidade na economia”, fiquei pensando em quantas vezes me acusaram de ter corrupto de estimação. Quantas vezes me jogaram na cara, desde 4ª feira, “fala agora que só pega o PT!”. Quantas vezes, durante o impeachment da Dilma, me disseram que se o preço a pagar pelo “fim da corrupção” era uma crise política ou econômica, estavam dispostos a encarar. Quantas vezes me disseram “primeiro a Dilma, depois o resto!”…

    Coxinha é um bicho filhadaputamente canalha, vou te contar!

    1. A punição de ricos poderosos é exceção, não a regra

      Eles estão tentando passar a idéia de que a regra não é a perseguição a pretos, pobres, putas e petistas mas de todos. Mentira. A impunidade dos ricos é a regra. Só estão fazendo isso com o Aécio e com o Temer porque não tinha como não fazê-lo, já que suas maracutaias vazaram pelo ladrão.

  13. Abraço de afogados


    O Globo e Globa manobrando as evidências para ganhar na cotação do dólar, a Folha tentando salvar a cara do Temer com um ‘inconclusivo’, Estadão idem, Bandeirantes idem estão prestando um bom serviço ao Brasil do amanhã destruindo as suas imaculadas imagens de que faziam jornalismo kkkkkkkk. Nunca tinha visto um abraço de afogados tão burro e atrasado. Detalhe: jornal quem lê não é povão, é gente com estudinho aqui e ali que dá um tantinho de entendimento para ver quando alguém está escondendo a verdade pelas incongruências que apresenta.

  14. Abraço de afogados


    O Globo e Globa manobrando as evidências para ganhar na cotação do dólar, a Folha tentando salvar a cara do Temer com um ‘inconclusivo’, Estadão idem, Bandeirantes idem estão prestando um bom serviço ao Brasil do amanhã destruindo as suas imaculadas imagens de que faziam jornalismo kkkkkkkk. Nunca tinha visto um abraço de afogados tão burro e atrasado. Detalhe: jornal quem lê não é povão, é gente com estudinho aqui e ali que dá um tantinho de entendimento para ver quando alguém está escondendo a verdade pelas incongruências que apresenta.

  15. O último parágrafo tem pergunta e resposta. Brilhante Cíntia!

    Reportagem da mais alta qualidade, como não se faz no PIG/PPV, escrutinado e desmascarado aqui. Só faltou a repórter questionar o porquê d’O Globo e da Globo mudarem o enfoque. Antes era FSP o único jornal a publicar tìmidamente denúncias contra próceres tucanos; o ‘estadinho’ continua como sempre foi, tucano até a 10ª geração. Mas tanto O Globo como  a FSP mudaram de lado. 

    A repórter sabe que a verba publicitária da JBS para a Globo é ainda maior do que ao do governo golpista. A FSP não pode dizer o mesmo. Vem daí a diferença de postura e enfoque em relação às últimas bombas escândalo-noticiosas.

  16. A roleta está girando

    Esse racha da mídia merece uma análise mais aprofundada, no entanto para nós que lutamos por democracia, é um fato auspicioso, embora pense que estão divididos não em relaçao a saída de Temer, mas em relação ao que a Gglobo tem na manga, que é a Carme Lucia.

    Diante desta possibilidade, os jornalões preferem manter os golpistas, visto que a CL nada mais seria do que uma testa de ferro dos Marinho, entronizando de uma vez por todas as Organizações Globo no comando de fato do país.

    O apego da Globo a figuras ligadas ao poder de judiciário tem se destacado cada vez mais e aponta que a Organização resolveu assumir a República atravez do controle do poder judiciário.

    A aparição da ministar no programa do Bilal diz muito sobre as pretensões da emissora e é uma espécie de preparação de corações mentes para a aceitação do fato.

    Uma figura ligada, presidindo o supremo comandando essa travessia é um filé para uma sociedade manipulada aceitar com menos resistencia esse fato.

    O silencio da ministra diante de todo esse imbroglio é revelador das peretenssões da Oragnização crim…, digo globo.

    Mas povo na rua pode levar o tiro sair pela culatra e fazer com que mesmo os jornalões prefiram eleições diretas como um mal menor, a ficar totalmente refem da Globo e sua presidente.

    O prpóprio Temer pode entornar o caldo e jogar tudo pro alto, renunciando e provendo emenda das diretas como forma de vingança contra a globo.

    Para mim os irmãos Marinho estão a fazer a aposta mais audaciosa da história do grupo.

    É tudo ou nada. Façamos nossas apostas. 

  17. Banqueiros Originais e seus Moinhos de Vento
    Vários jornalistas da grande imprensa bege (patrocinados pelos interessados) comemorando que o Joesley livrou a cara do Henrique Meirelles dizendo que ele se recusou a atender os pedidos, mas não falam que HM justificava não atender porque o então presidente não ia aceitar.
     Aliás, é isso mesmo que o Joesley falou com o Temer: autorização para falar pro HM que ele concordava que os pedidos fossem aceitos.
    Na verdade, essa narrativa propalada pelos jornalistas (que também incluem Rodrigo Maia, nomeado como fraco por Aécio!), mostra que o Joesley por estar sendo o agente do grampo, pode ter incluído isso exatamente para manter seu parceiro de longa data de negócios de alguma forma no governo.
    Na gravação, ele diz muito timidamente que HM tinha trabalhado com ele e tinha uma boa relação.
    Ora, HM era simplesmente o presidente da holding J&F e sócio acionista majoritário junto com os irmãos, inclusive no Banco Original, do qual até foi presidente e garoto propaganda, pouco antes de assumir o ministério, portanto fica claro que se trata de uma artimanha de criminosos para se manter no comando da organização, legalizando a ação de seus comparsas e entregando outros.
    Este tipo de crime deveria ser incluído numa lei anti terrorismo e a delação premiada deveria apenas contemplar a liberdade monitorada dos delatores, após a recuperação de todos os valores corrigidos referentes ao produto dos crimes, inclusive indenização a vítimas diretas e indiretas.

     

    1. Protagonismo

      E assim, lenta e paulatinamente, HM vai assumindo um protagonismo, com certo retardo há de se admitir, que lhe foi conferido pelos donos do poder (Brasil não é para principiantes).

      Agora um momento de reflexão, será que não é melhor ceder agora e negociar depois? As forças vivas da nação não pereceram, mas estão desarticuladas e ele teria de promover bondades para se firmar, logo o começo seria alvissareiro.

      A solução me parece simples e elegante.

      Cede-se agora e negociasse a posteriori, sabendo com que tratamos às claras desta vez.

      A se discutir…

      1. Pois é, Alexandre…Na atual

        Pois é, Alexandre…

        Na atual conjuntura, ceder um pouco, tipo “vão-se os anéis, ficam os dedos”, me lembra uma piada antiga:

        O sentinela de um forte no velho oeste vê a aproximação de índios galopando, gritando e agitando suas armas contra o quartel, então dá o alarme:

        _Índios, índios!!!

        O comandante pergunta do lado de dentro:

        _São amigos ou inimigos?

        E o sentinela responde:

        _Devem ser amigos, estão todos juntos.

        Pano rápido.

        O que acho mais revelador nessa história da delação e que ainda não se fala mais abertamente é o fato inédito de que a tal gravação da conversa com Temer parece ter sido feita de maneira independente pelo cara mais esperto do mundo, o goiano Joesley, inclusive com equipamento próprio e com direito até a fazer edição e masterização depois.

        O truque de usar um programa de rádio para “provar” que não houve edição ou cortes por causa do tempo de intervalo entre o começo da gravação e o final, poderia ser feito por qualquer amador ainda na época das fitas k7.

        Dito isso, convém perceber que ele tinha absoluta consciência e controle da gravação e do que interessava entregar para o MPF depois, então fica claro que foi cirurgica a fala sobre o ministro da fazenda, que também lucrou muito financeiramente com as consequências da delação bomba, mas também foi incensado por hipoteticamente resistir a investidas de seu sócio.

        Ora, se jornalistas que tem salário milionário em jornais patrocinados pelo Banco Original não se importam em ostentar uma ingenuidade pueril para puxar o saco dos donos do dinheiro, o que esperar de quem não recebe um tostão e muito pelo contrário, pagam a conta?

        É uma pergunta retórica, porque pelo que tem saído nos jornais nacionais, a nossa maior crise não é institucional, política, judicial ou criminal.

        O nosso drama é cultural, porque insistimos em não sair da pré adolescência e somos uma sociedade que acampa na fila do show do justin bieber 3 meses antes do show e somos pisoteados depois antes de conseguir entrar.

        A notícia boa é que acompanhei as ocupações das escolas e posso dizer que os verdadeiros adolescentes brasileiros são de outra estirpe que estes cinquentões corruptos que se comportam como crianças perigosas, essa geração com toda inovação gerada pelo uso intensivo da internet vai derrubar o cinismo da vanguarda do atraso que se aproveita da hipocrisia dos que aceitam a escravidão disfarçada.

  18. Quer dizer então que o Folhão

    Quer dizer então que o Folhão vergonhoso quer salvar o corrupto golpista sujo imoral Temeroso, a folha não enganha ninguém, esse frias ssão sujos também, golpístas dissimulados de mmodernos.

     

    Hoje mesmo esse lixo continua dando manchetes para salvar o corrupto lixento e vagaba, falando em cinquenta edições da fita gravada pelo Joesley com o palavreado à moda marcola do do MAFIOSO, folhão é da série “C”, tá com inveja da Globo, dona do Brasil, que joga na série “A” e manda de cabo a rabo na república de bananas.

     

    Ai Folhão você agora está desnudada , é uma m… mesmo.

  19. Sucessão de Temer: guerra civil nas instituições? Ou acordão?

    O “jogo” da sucessão de Temer: guerra civil nas instituições? Ou acordão?

    Bate-bola do Núcleo Duro (versão editada):

    – Análise (a várias mãos) do terremoto político desta semana.

    – E mais de todas as “réplicas” do sismo até aqui.

    – Quem ganhará a queda de braço Globo + Casta Jurídica do Estado (“República dos Concursados”) vs. direita da classe politica (Temer e aliados)?

    – Esta guerra é em dois fronts, já que a dobradinha Globo + Casta Jurídica também voltou suas baterias – como sempre… – contra Lula e a esquerda.

    – Será que vai ter “vencedor”?

    – Em havendo, é por nocaute (“tudo ou nada”) ou por pontos?

     

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