Dodge adere à posição da ANPR sobre inquérito de ofensas a STF

A poucos meses de eleições internas para a PGR, a procuradora pediu a suspensão da investigação sobre ofensas a ministros do Supremo

Jornal GGN – Na contramão do que vem defendendo diversas instituições e associações de direito, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, voltou a pedir que seja suspenso o inquérito que investiga ameaças e ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (03). O gesto pode ser um aceno de Dodge de que tenha a intenção de apresentar candidatura para permanecer na PGR.

Em ação apresentada pela Rede Sustentabilidade, que tramita no Supremo, Dodge já havia defendido que o caso fosse arquivado, mas o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, negou. Agora, a procuradora-geral volta a pedir a suspensão da investigação, criticando o teor sigiloso da apuração.

“A investigação por ministro do STF previamente escolhido, de fatos genéricos, de modo sigiloso, sem a participação do Ministério Público, é prática compatível com o sistema inquisitorial, mas não com o sistema acusatório”, defendeu Dodge.

Ao expor a sua discórdia quanto ao teor sigiloso das apurações, Dodge disse que, assim, o caso pode ser direcionado até mesmo “contra jornalistas, parlamentares, membros do governo, membros do Judiciário, Ministério Público, detentores de foro especial, além da cidadania em geral”.

A postura é similar ao que defendeu os procuradores da força-tarefa de Curitiba e também como se posiciona a própria ANPR – Associação Nacional dos Procuradores da República, que em junho deste ano realizará as eleições internas para formar a lista tríplice de sucessão à PGR.

Tanto a Lava Jato de Curitiba, quanto a ANPR vinham se manifestando de maneira contrária a este inquérito do STF, alegando justamente uma tentativa de cerceamento contra as liberdades individuais, de expressão e manifestação. Entretanto, as apurações dão conta de ofensas e até mesmo uso de Fake News para derrubar a imagem de ministros do Supremo.

“Tal circunstância coloca, de certo modo, um número indeterminado de pessoas na condição de permanente alvo potencial da aludida investigação. A situação de insegurança social que daí decorre é patente”, defendeu Dodge.

Redação

8 Comentários

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  1. Nasssif …. anassif … nao ha como ler as reportagens … a propaganda tomou a tela … sao quatro e duas nao fecham ….

  2. Agora ela vê “sistema inquisitorial” ???? A excrescência chamada Lava-jatismo não é isso??? Que a investigação do Supremo continue.

  3. A democracia, é liberdade de opinião, em nenhum dos casos, ultrapassou o direito de opinião, as críticas direcionam o criticado, melhorando o meio termo para todos.

  4. Imaginemos que um dia normal surja no Brasil e elejamos novamente alguém que se preocupe com distribuição de renda, justiça social, desenvolvimento, soberania e por aí vai. Como ficarão estas instituições: judiciário, MP, PF e o “gloriosos das FFAA brasileiras? Por onde andam as boas e dignas pessoas dessas instituições que embora sejam minoria ou até agulha em palheiro em outras, imagino que existam, onde estão? Como um país sai de uma desgraceira se por exemplo milicos de perfilam com um lunático e deixam entregar sua nação na boa, ao mesmo tempo que pressionam o judiciário para deixar o cidadão que mais fez pelo país em uma conversa idiota de corrupção? Tamo ferrado. Ao que parece, teríamos que reconstruir as instituições porque desse mato…

  5. Alem de se mostrar disponivel para uma reeleição, também pretende permitir que, nas sombras, os fofoqueiros de curitiba continuem livres para atacar quaisquer organizações que não façam coro às suas demências.
    Acho que o STF está partidarizado e acovardado, mas esta turma da famiglia lava-jato têm se mostrado perniciosa para o Brasil. Eles, junto com a mídia familiar hipócrita e sedenta por verbas (globo, FSP, Estadão, principalmente) somados a generais e coroneis de chinelo, alçaram a heróis anticorrupção esta turma da lava-jato, que hoje não mais consegue esconder sua verdadeira cara e sua submissão aos EUA.
    Este conjunto de forças negativas, criaram um buraco negro que hoje suga toda esperança de futuro para o povo brasileiro. Este governo nefasto, composto por rentistas, não somente entrega nossos ativos para o capital estrangeiros. Este grupelho, mostra na precarização da educação sua face mais preconceituosa, cruel e maldita, pois claramente favorecem a educação privada aumentando exponencialmente os já imorais lucros de poucos grupos dominantes na educação.
    Como Lula falou: “Um bando”

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