Doleiros presos pela Lava Jato já passaram pela Satiagraha, Banestado, Castelo de Areia e caso Siemens

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Dario Messer. Foto: Reprodução (OGLOBO)
 
Jornal GGN – Os doleiros presos na fase da Lava Jato do Rio deflagrada nesta quinta (3) já foram citados nas operações Satiagraha, Castelo de Areia, Banestado e caso Siemens. Mais de 40 mandados de prisão cumpridos pela Polícia Federal foram autorizados pelo juiz Marcelo Bretas.
 
Segundo as informações divulgadas nesta manhã, a operação surgiu a partir da delação premiada de Vinicius Claret, mais conhecido como Juca Bala, um doleiro utilizado pelo grupo do ex-governador Sergio Cabral.
 
O Estadão acrescentou que Alberto Youssef já havia dito que o líder do grupo e principal alvo da operação, Dario Messer, é o “doleiro dos doleiros.”
 
Parceiros de Messer no mercado paralelo, os Matalon, cujo patriarca Marco Matalon é um dos “mais conhecidos doleiros de São Paulo”, foram alvos da operação. A família foi investigada na Satiagraha por suspeita de ser atuado para Naju Nahas. O caso foi anulado pelo Supremo Tribunal Federal.
 
Segundo a operação “Câmbio, Desligo”, a família Matalon movimentou 100 milhões de dólares entre 2011 e 2017. É o aponta a delação de Juca Bala.
 
“Outro alvo da operação de pedido de prisão por parte do MPF é o doleiro Marco Antônio Cursini. Alvo do caso Banestado, Cursini assinou um acordo de colaboração premiada que deu origem á operação Castelo de Areia. A investigação, anulada pelo Superior Tribunal de Justiça, investigou a construtora Camargo Coorrêa e foi a primeira a descobrir o cartel de empreiteiras depois alvo da Lav Jato. De acordo com Juca Bala, o doleiro teria voltado a atuar no mercado de câmbio paralelo em 2010”, escreveu o Estadão.
 
O Estadão divulgou em 2013 uma matéria dizendo que Cursini foi condenado em 2009 “a uma pena de 3 anos e 3 meses de prisão por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação no caso Banestado. Foi beneficiado com redução de pena em delação premiada. Ele revelou clientes e pagou indenização significativa, R$ 4 milhões ao todo, por imposição da Justiça Federal no Paraná e em São Paulo.”
 
Entre os alvos de pedido de prisão da “Câmbio, Desligo” também está o doleiro Raul Srour, que foi preso na primeira fase da Lava Jato, em março de 2014. “Srour também foi alvo do caso Banestado e recebeu dinheiro da conta secreta aberta por ex-diretores da Siemens em Luxemburgo”, apontou o jornal nesta quinta (3). Há suséita de que a conta tenha servido para pagar agentes públicos.
 
 
 
 
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

17 Comentários

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  1. Por Que

    voltaram agora? Emparedar/calar os “Homens Públicos”

    Messer operou para todos os donos de meios de comunicação;todo o PIB – agro, industrial e FINANÇA;igrejas/ tráfico de drogas (tubarões e não “aviõezinhos”).membros do Judiciário e do Ministério Público, incluindo Ministros de Tribunais Superiores – STJ e STF! – e da PGR.TODOS os grandes partidos políticos do Brasil. …..Romulus Maya

     

     

  2. Tutto amici…

    Coincidentemente o dólar ficou mais caro de uns dias para cá.

    Será que alguém foi avisado para comprar agora, já que os cambistas iam ficar com as lojinhas fechadas, pelo menos até que Sérgio Banestado Moro assim o deseje? Parece que tem até procurador que “trabalhou” tanto na Satiagraha quanto na Lava Jato, tem não?

  3. Resposta da Carta Aberta de Lindbergh a Lula.

    Meu querido Lindbergh Farias. Muito me emocionou a sua maravilhosa carta. Essa sua atitude só prova aquilo que sempre pensei de você. Um guerreiro, um amigo de todas as horas. Meu amigo de fé, meu  irmão camarada. Quero só lhe dirigir um pergunta querido companheiro. Se sou tudo isso que você falou, se sou inocente como todos sabem, se represento tudo isso para o povo que você escrveu, te pergunto: O que estou fazendo aqui trancafiado até agora? Não confie na justiça nem no discurso dos políticos traidores que me entrgaram lá em SBC. Dos meus algozes, entretanto,você já sabe o que se pode esperar. A liberdade Lindbergh ,muitas vezes só se conquista com sangue, suor e lágrimas.

    Um abraço do seu amigo e irmão: Luiz Inácio

  4. São espetaculosos esses

    São espetaculosos esses juizites de araque: prendem doleiros a varrer, desde que o dólar existe e, no entanto, ninguém – NINGUÉM – para quem operam até hoje foi incomodado. Como se os doleiros trabalhassem – apenas – entre eles, tipo confraria. Afinal, quem são mesmo os bandidos-dolarizados?

    Como no caso banestado o youssef “batalhou” junto com o desMoronado para acabar com a concorrência no paraná, agora, talvez o youssef esteja na “frente-bretista-desMoronada” para abarcar todo o “mercado-doleiro” deste país de merrecas.

    Nada como ter um juizite de lado para dar ares “legais” a essa guerra-de-tomada-de-pontos-dolarizados, não?

    País mafioso é isso…

    Aí está a tal intervenção militar no riojaneiro que, mais de 2 meses, nada apresentou de útil e bom para a população carioca, mas, como sempre, há muita gente “mamando-grana-pública” na encenação. E são milhões e milhões de reais escoando pelas cloacas oficiailizadas.

  5. otários são os petistas…

    que só entram no STF pedindo o possível,  ou o garantido pela Constituição

    se era com STF, com tudo, o certo é mostrar a munição que se tem e entrar pedindo o impossível

    porque, com STF, com tudo, o impossível sai mais rápido que o possível

    querem apostar quanto?

  6. Como já falei antes

    Sou um ignorante. Por isso alguém me esclareça: Todos os meios de comunicação estão noticiando a ação da PF contra os “doleiros”. Os indivíduos têm como atividade principal, assim dão a entender – transacionar dólar ( ilegalmente é claro). E pelo visto com total desembaraço, a vista e com conhecmento de meio mundo neste metier onde milhões é troco. Eu, pobre professor assalariado, não me aventuro a ter uma nota fria na ceclaração do imposto de renda. Sendo assim vai a pergunta: O Leão, coitado, desconhece a existência desses indivíduos?

    1. Evandro, querido
       

      é por isso que eles existem.

      Para o Leão continuar coitado e só comer carne de pobre.

      Quanto mais dinheiro sem origem você recebe, mais difícil lidar com ele.

      E nem adianta ser criativo, não dá pra recolher imposto sobre dinheiro sem origem.

      É quando o dinheiro cai do céu que os doleiros ativam a lavanderia.

       

  7. Lendo essa matéria e

    Lendo essa matéria e observando o sentido temporal de atuação dos envolvidos constato que os detentores do verdaeiro “Foro Privilegiado” na Justiça não são os políticos, mas sim os “Doleiros Brasileiros”.

  8. Messer?

    Segundo informações fornecidas por outro blog, esse doleiro Messer é protegido pela CIA e pelo MOSSAD. Ainda segundo informações do mesmo blog, Messer “já trabalhou” para toda a “grande elite” brasileira, para os grandes banqueiros e grandes industriais e, ainda, ministros do Supremo  e do STJ e quando do “caso” Banestado, o tal de Moro teria sido orientado a nao “mexer ” com ele que, inclusive, se mandou para o Paraguai e lá se naturalizou. Afirma-se ainda que toda essa ação não passa de jogo de cena numa tentativa de esconder o Lula!! Pode ser que sim, e pode ser que não. No entanto, cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Mas, tem gato nesse telhado!!!

  9. Gemeos Rzezinski, os Picciani, Fux, Aécio e Huck

    Roberto Rzezinski, um dos gêmeos presos como doleiros, tem uma rede de relacionamentos extensa no Rio:

    1) Sócio dos Picciani em negócios de gado nelore (detalhe: o mandado de prisão os cita como operadores de políticos do PMDB).

    2) Foi ou é sócio na “Give Me 5 Marketing Esportivo Ltda” de Alexandre Accioly, Bernardinho (do volley e agora do Partido Novo), Carlos Alberto Parreira (ex-técnico da seleção).

    3) Teve como padrinho de casamento Aécio Neves, Ronaldo Fenômeno, Wanessa Camargo e Alexandre Accioly. Luciano Huck compareceu e aparece ao lado em mais uma foto a ser apagada.

    4) Seu irmão mais velho (que não está envolvido na operação da PF) teve o escritório de advocacia Rzezinski e Fux, em sociedade com o filho do ministro do STF.

  10. Doleiro preso hoje esteve envolvido na própria lava jato

    Raul Henrique Srour foi preso no marco zero da lava jato, mas não veio ao caso para Moro aprofundar investigações.

    Ele era sócio de Richard Andrew de Mol Van Otterloo (preso hoje) em offshore em paraíso fiscal onde transitou propinas da Siemens do trensalão paulista.

    O dinheiro desviado da Siemens para propina a autoridades tucanas foi depositado no Itaú de Luxemburgo e depois transferido para a offshore na Ilhas Virgens Britânicas. Informações oficiais do próprio compliance da Siemens alemã.

    Não veio ao caso os procuradores se interessarem pelo fato, e Moro liberou Srour em condições camaradas sem exigir delação premiada. Um tratamento VIP, para gente diferenciada.

    http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2014/12/lava-jato-tem-tratamento-diferenciado-para-doleiro-envolvido-no-caso-siemens-1862.html

  11. Não brinca…

    Não brinca. Toda a turma do Banestado está aí livre, leve e solta, roubando à vontade? Pensei que o único juiz do brazil tinha enjaulado todo mundo. Por que será que estão soltos?

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