Dono da Telexfree quer ser de novo brasileiro para fugir da extradição

Wanzeler optou pela nacionalidade norte-americana ao se mudar para lá, antes que a Telexfree, que nasceu em Vitória, no Espírito Santo, se tornasse um caso mundial.

Jornal GGN – Carlos Nataniel Wanzeler, o número um da Telexfree, responde por diversas ações penais no Brasil e nos Estados Unidos. Seu envolvimento no esquema de pirâmide financeira explodiu e ele foi condenado. Agora sua defesa pede pesa rescisão da regra que levou à perda de nacionalidade brasileira, isto é, nascido no Espírito Santo, Wanzeler luta para ser novamente naturalizado brasileiro.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio, suspendeu temporariamente a extradição para os Estados Unidos enquanto o tema é apreciado.

Wanzeler optou pela nacionalidade norte-americana ao se mudar para lá, antes que a Telexfree, que nasceu em Vitória, no Espírito Santo, se tornasse um caso mundial. A perda da nacionalidade brasileira abriu caminho para sua extradição para os EUA, tendo sido autorizada pela Segunda Turma do STF, em setembro, a pedido do governo norte-americano.

O advogado então entrou com pedido de tutela de urgência quanto à rescisão, por discordarem da perda de nacionalidade brasileira. O processo foi suspenso temporariamente, mas não acabou, ainda vai ser julgado. O advogado Rafael Lima entende que se Wanzeler voltar a ser brasileiro nato, a extradição não poderá acontecer.

Wanzeler foi condenado no Brasil por formação de pirâmide financeira e outros crimes contra o sistema financeiro. Além disso, é acusado por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Todos os crimes estão relacionados com a Telexfree, que tinha razão social no Espírito Santo como Ympactus Comercial.

Nos Estados Unidos ele é acusado por suposta prática dos crimes de conspiração, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro em Massachusetts. A Justiça dos EUA considera que a Telexfree operou com esquema Ponzi e causou prejuízo de mais de US$ 3 bilhões a mais de um milhão de pessoal em todo o mundo.

A autorização do STF para extradição de Wanzeler aos EUA dizia respeito somente ao crime de fraude eletrônica, no qual se verificou o requisito da dupla tipicidade, isto é, a correspondência entre os tipos penais previstos na legislação dos dois países.

O STF colocou como condição para a extradição que os EUA se comprometeriam a não impor pena que ultrapasse 30 anos de prisão em seu cômputo individual. Condicionou também a entrega de Wanzeler à conclusão dos processos penais a que ele responde.

No tocante ao crime de conspiração, o STF entendeu que ele não equivale ao delito de organização criminosa previsto na lei brasileira. Segundo Ricardo Lewandowski, a imputação de lavagem de dinheiro não corresponde à forma como o crime é previsto na legislação brasileira, pois não ficou demonstrada a ocultação ou a dissimulação de valores.

O relator observou que os delitos que justificaram o pedido de extradição não são idênticos aos que estão sendo apurados no Brasil e que o empresário não foi condenado ou absolvido, aqui, pelos mesmos fatos em que se baseou a solicitação.

O ministro Ricardo Lewandowski salientou que, embora haja uma relação entre as acusações em cada um dos países (a Telexfree e o modo de agir do acusado), os fatos investigados não são os mesmos, pois não ocorreram nas mesmas datas e não envolveram as mesmas pessoas.

Com informações de A Gazeta.

Redação

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Nassif: um Ôme desse, com qualidades ideais para auxiliar pessoal no governo, não pode ser extraditado, em hipótese alguma. Já imaginou a “perda” de gênio? Inclusive, é o cara ideal para compor equipes econômicas, em qualquer NaçãoBanana deste PlanetaPindorama, e assessorar congressistas e os empresários corruptos, base civil do pessoal, em qualquer lugal do mundo. Imagine tal fulano dando consultoria pra gangue do Tanque e da BarraDaTijuca. É rechadinha e compra de imóveis que não tem mais fim. Inda mais se der “dízimo” pra ungidos. Fazendo dupla com aquele divogadis de Atibaia, aí sim vale a paródia VerdeSauvas —

    “Eu te amo, meu Brasil, eu te amo / Meu coração é verde, amarelo, branco, azul anil / Eu te amo, meu Brasil, eu te amo / Ninguém segura a “robalheira no” Brasil”.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador