Donos das marcas Sadia, Perdigão, Seara e Big Frango são alvos da operação Carne Fraca

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Os grupos JBS e BRF, responsáveis pelas marcas Seara e Big Frango, além da Sadia e Perdigão, respectivamente, foram alvos da Polícia Federal nesta sexta (17), em função da operação Carne Fraca. A investigação apura esquema de pagamento de propina a fiscais do Ministério da Justiça para evitar fiscalização. Os investigadores flagraram venda de carne com agentes químicos cancerígenos para disfarçar a deterioração do produto.

No total, a PF anunciou 38 mandados de prisão contra executivos das duas empresas. A Justiça Federal do Paraná determinou o bloqueio de 1 bilhão de reais nas contas da JBS e BRF. Segundo informações do El País, “além das duas gigantes do setor, outras 29 companhias também são alvo da operação”.

Em coletiva de imprensa na manhã de hoje, os investigadores apontaram que escolas da rede pública do Paraná foram abastecidas com alimentos adulterados. “Inúmeras crianças de escolas públicas estaduais estão se alimentando de merendas compostas por produtos vencidos, estragados e muitas vezes até cancerígenos para atender o interesse econômico desta poderosa organização criminosa”, apontou o delegado Maurício Moscardi Grillo, que atuou na Lava Jato.

Segundo ele, a operação “mostra que o que interessa a esses grupos corporativos na área alimentícia é, realmente, um mercado independente da saúde pública, independente da coletividade, da quantidade de doenças e da quantidade de situações prejudiciais que isso [a prática criminosa] causa.”

A PF diz que a Carne Fraca já é a maior operação da história da corporação, por ter empregado mais de mil agentes ao longo de dois anos de investigação.

Segundo o delegado Grillo, há indicios de que o esquema tenha abastecido partidos políticos como PMDB e PP. Mas não há dados exatos sobre as cifras envolvidas nem quem são os políticos beneficiados.

A operação foi deflagrada em sete estados: São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás. 

JBS e BRF negam as acusações e afirmam que os produtos que colocam no mercado são de qualidade.

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

8 Comentários

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  1. “Os investigadores flagraram

    “Os investigadores flagraram venda de carne com agentes químicos cancerígenos para disfarçar a deterioração do produto”:

    Eu tava falando disso ONTEM pra minha esposa e o resultado foi que ela nao comeu a comida chinesa que eu pedi, nem levou hoje pro almoco…  que tragedia!

  2. Tiro no pé .

    As empresas em questão tem forte presença no Parana & Santa Catarina.

    Os produtores locais vão fazer o que?

    Vender para tradings multinacionais (chinesas especialmente) a preço vil? A onda de desemprego chegara ao Parana?

    Daqui a pouco o churrasquinho de fim de semana será ato subversivo! Que comam calango!

     

    1. carne….

      Temer para Alckmin é o retorno de Itamar para FHC. É a volta das Privatarias. Agora ainda mais degradantes e lesa-pátria. Vejam a ignóbil destruição da economia,  marcas e empresas brasileiras. É a mais canalha politica contra o próprio país que existiu na nossa história. Além de crime é a traição contra todos os cidadãos brasileiros. É trabalhar contra nossas familias e nosso futuro. É inacreditável !!! 

  3. sei não, mas nada como comprar no açougue,

    uma carne fresquinha. de animal morto na véspera. essa porcarias embaladas a vácuo “maturadas” (qua qua qua) não prestam.

  4. A POLÍTICA DA PF É DE TERRA

    A POLÍTICA DA PF É DE TERRA ARRAZADA. INCRIVEL O MP, E PARTE DO JUDICIÁRIO, CONCORDAR COM ISSO.

    Totalmente fora de controle, não alcançam os membros da PF a importância para o país do significado “interesses nacionais”. Preferem o caminho dos holofotes e estrelismo.

    O caso da Petrobrás, entregue aos interesses internacionais, e agora o da carne são exemplares disso.

    Ao invés do estardalhaço pirotécnico mediático, a tomada imediata de medidas administrativas duras, completas e rápidas (contra às empresas) poderiam ter sido coordenadas, casadas com o interesse maior nacional, como apreensão dos produtos acompanhadas de pesadas multas. Em relação aos funcionários faltosos, a instauração imediata de procedimentos administrativos de demissão. E tudo no mais absoluto sigilo (interesse nacional estratégico).

    Solucionado o problema, levantamento do sigilo, a mais ampla divulgação dos fatos, das medidas tomadas e da normalização da situação.

    Medidas criminais devem ser presididas pelo princípio da “ultima ratio”.

    Em meio a grave crise econômica interna e internacional, só falta o bloqueio internacional as nossas carnes. 

  5. A tática …

    … A opinião pública está começando a suspeitar desse pessoal da lava jato, eles agora estão querendo maior apoio, não por acaso, estão fazendo o serviço da vigilância sanitária, estão ” preoculpados ” com as crianças do Paraná …

        Grupos da direita estadunidense e de israelita tem uma tática parecida, eles legitimam os atentados terroristas deles fazendo uso de uma campanha que tem uma legitimidade das relações humanas, como a homofobia, questão sobre o véu, o direito de ir a escola, eles sempre criam um drama que refere-se aos direitos humanas para legitimar ações terroristas contra grupos políticos, agora o pessoal da lava jato tentam gerar maior apoio público, é incrível a PF agora se ocupou de questões sanitárias.

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