‘É clara interferência no processo eleitoral’, diz Paes sobre ação de busca contra ele

O mandado foi expedido pelo juiz Flávio Itabaiana Nicolau, que acatou denúncia contra Paes e outros quatro investigados pelo Gaecc

(Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Jornal GGN – Próximo das eleições municipais, juiz do Rio de Janeiro investe contra ex-prefeito Eduardo Paes, tornando-o réu na Justiça Eleitoral. Sobre a ação de busca e apreensão cumprida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, em sua casa, na manhã de hoje, Paes classificou a ação como uma ‘tentativa clara de interferência no processo eleitoral’. O ex-prefeito oficializou sua candidatura na semana passada pelo partido Democratas.

Em nota, a assessoria disse que ‘às vésperas das eleições para a Prefeitura, Eduardo Paes está indignado que tenha sido alvo de uma ação de busca e apreensão numa tentativa clara de interferência do processo eleitoral – da mesma forma que ocorreu em 2018 nas eleições para o governo do Estado’.

O mandado foi expedido pelo juiz Flávio Itabaiana Nicolau, que acatou denúncia contra Paes e outros quatro investigados pelo Gaecc – Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção, junto à 204ª Zona Eleitoral. A denúncia os torna suspeitos dos crimes de corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Na denúncia, o MP-RJ afirma que Paes teria recebido da Odebrecht quantia próxima a R$ 10,8 milhões para financiamento de campanha de reeleição em 2012 por meio de caixa 2. Além dele, foram denunciados o deputado federal Pedro Paulo e os empresários Benedicto Barbosa da Silva Junior, Leandro Andrade Azevedo, e Renato Pereira e Eduardo Bandeira Villela ligados à agência de publicidade Prole.

A denúncia faz parte de um inquérito de abril de 2017 que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes supostamente praticados nas campanhas eleitorais de 2010, 2012 e 2014, por Eduardo Paes e Pedro Paulo, com base nas delações de executivos da Odebrecht.

Além das delações, o MP diz a prática de crimes é confirma por provas obtidas de fontes independentes em documentações obtidas da Trans-Expert.

A denúncia, e consequentemente a ação de hoje, não torna Eduardo Paes impedido de disputar a eleição, já que não há condenação neste processo.

Redação

2 Comentários

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  1. Na verdade, o Janot aliviou para o Eduardo Paes na delação da Odebrecht, a ponto de o delator dizer que não houve propina, só caixa dois. Foram muitas as obras da Odebrecht no governo Eduardo Paes, inclusive algumas remoções de comunidades foram feitas no contexto das obras da Odebrecht. De qualquer forma, o Eduardo Paes já comemorou quando os adversários dele foram alvo de juízes que estavam fazendo campanha política a favor dele, agora teve que provar do próprio veneno para se dizer “indignado” quando se sabe que é culpado.

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