Jornal GGN – A Polícia Federal deflagrou nesta terça (28) a nova etapa da Operação Lava Jato, que prendeu preventivamente um ex-gerente da Petrobras acusado de ser “herdeiro” da propina recebida por Pedro Barusco.
Segundo a denúncia dos procuradores da República, quando Barusco deixou a gerência da diretoria de Serviços da Petrobras, a propina já acertada com empresários passou como “um bastão” para as mãos de Roberto Gonçalves.
Gonçalves foi preso em Roraima, onde visitava familiares, embora a Lava Jato tenha saído à sua procura no Rio de Janeiro. Ele ocupou o cargo na Petrobras entre março de 2011 e maio de 2012.
A Lava Jato afirma ter evidências de que ele possuia uma conta na Suíça em nome de offshores para receber a propina. Essa conta migrou para países como China e Bahamas quando a Lava Jato explodiu, em 2014. O Ministério Público da Suíça enviou essas informações no início deste ano, após realizar bloqueio de 4 milhões de dólares.
Gonçalves também é acusado de emprestar a conta para um ex-executivo da Odebrecht, Rogério Araújo. A força-tarefa aproveitou o episódio para fazer propaganda da delação premiada, dizendo que essa é a única maneira de investigados acertarem suas contas.
A nova fase foi batizada de Paralelo, porque investiga um “mercado clandestino de valores para pagamento de propinas.” Entre as empresas investigadas está a Advalor, uma corretora de valores do Rio, alvo de buscas e apreensões, por determinação do juiz de primeira instância Sergio Moro.
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