“Em uma democracia, juiz não transmite vídeo a apoiadores”, diz Zanin sobre Moro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Cristiano Zanin, advogado do ex-presidente Lula, publicou um video nas redes sociais, no domingo (7), apontando que ação recente do juiz Sergio Moro só reforça sua “parcialidade” em relação ao petista. Isso porque Moro usou sua página oficial nas redes sociais para pedir que manifestantes a favor da Lava Lato não compareçam à sede da Justiça Federal, em Curitiba, no dia 10, paara evitar conflito com a militância a favor de Lula. Neste dia, o ex-presidente vai depor no caso triplex.

“O juiz Moro, que deveria ser imparcial, fala diretamente a seus apoiadores. Isso não é normal em um sistema democrático. Em uma democracia, políticos têm apoiadores e oponentes. Juízes não. Em uma democracia, juizes não são personalidade. Em uma democracia, juizes não transmitem videos para seus apoaidores. Numa democracia, juizes nao procuram nem tentam influenciar a opinião pública. Em uma democracia, juizes obedecem a lei e seguem o Estado de Direito. Em uma democracia, juizes não estão acima da lei. Os atos do juiz Moro reforçam a minha visão de que os processos abertos contra Lula têm motivação política e, por isso, são ilegítimos. Os juizes devem parecer e ser imparciais”, disse o advogado.

Zanin voltou a dizer que Lula não é dono do triplex, mas sim a OAS, que inclusive usou o imóvel para obter financiamento. Além isso, o defensor apontou que os últimos depoimentos da Lava Jato – de Leo Pinheiro e Renato Duque, principalmente – são uma “clara a tentativa de chamar pessoas presas e condenadas para falar algo contra Lula antes de quarta, objetivando ofuscar a real causa. O que chama atenção é que essas pessoas falaram sem compromisso com a verdade, de olho em uma delação.”

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

23 Comentários

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  1. Sérjo Mouro é a esposa de César

    Ele não parece, mas é imparcial.

    Eu não tenho provas de sua imparcialidade, mas tenho convicções profundas.

    1. Reforçando a Ironia Sobre o “Imparcial” de Curitiba

      Como assim, Rui, “não tenho provas”?

      Por onde esteve nos últimos dois anos?

      1. Estive fazendo um tour pela Grande Nuvem de Magalhães

        É por isso que não tenho provas da imparcialidade do Roedor de Curitiba. Mas para quem tem convicção, – e eu tenho-, provas são supérfluas.

         

  2. Olhos lassos

    Um dia desses alguém me perguntou.

    Você está triste?

    Menti.

    Disse que não.

    Não menti, porém, por qualquer outra razão que não fosse por saber que ela não entenderia as razões pelas quais estava certa.

    Estava triste.

    Corrijo.

    Tenho andado triste.

    Como poderia ser diferente?

    Até pouco tempo me sentia envolvido em algo que poderia definir como um embate político.

    Entretanto, algo que já vinha acontecendo antes ganhou corpo na campanha política da presidenta Dilma Rousseff.

    Ali, a tristeza já acenava.

    Entregara-me a uma luta que nunca tinha sido tão minha.

    Tão nossa.

    Portanto, feliz, pleno.

    Mas ali estava a tristeza, batendo insistentemente à porta.

    Já não era uma luta política.

    Junho de 2013

    Em março de 2013 a pesquisa CNI/Ibope era manchete na Folha: Dilma é aprovada por 79% e supera Lula e FHC.

    De repente, os protestos em São Paulo contra o governo de Geraldo Alckmin (PSDB), pelo aumento de 20 centavos na passagem de ônibus.

    Protestos contra o governo de São Paulo, mas que foram transformados em protestos contra o governo federal, logo ele que acabara de alcançar incríveis 79% de aprovação.

    Disseminaram-se pelo país.

    Em junho de 2013, debaixo de muita festa, a revista Veja fazia a sua manchete: Popularidade de Dilma despenca após protestos.

    Em apenas três meses, a popularidade de Dilma Rousseff foi de 79 para 30%.

    Só Fernando Henrique Cardoso tinha conseguido isso, mas aí é fácil explicar.

    Quantos tinham sinapses neuronais suficientes para perceber que era simplesmente impossível tamanha queda em tão pouco tempo sem que houvesse uma indução muito bem concebida e posta em prática pela imprensa?

    Mas foi fácil.

    Aquela plateia não exigia muito.

    Eles estavam no ponto.

    Marchavam.

    E como seguidores de uma cartilha, nada percebiam.

    Algo muito maior, que nunca deixou de estar presente, se manifestou com toda sua força.

    Era o momento de fazer valer a sentença de Jorge Bornhausen (DEM – SC), o “Alemão”, como também era conhecido por causa da ascendência germânica.

    Era preciso eliminar aquela raça.

    O preconceito saiu do armário com uma violência inimaginável.

    “Ei, Dilma, vai tomar no…, vagabunda, puta, bandida…”.

    Jamais um presidente da república tinha sido tratado daquela maneira.

    Do alto da sua sabedoria, a classe média se manifestava.

    Jalecos, capas, togas, gravatas, tudo foi direto para o lixo.

    As máscaras caíram e importantes personagens e segmentos da sociedade se desnudaram.

    Eterna candidata ao ingresso na elite, a classe média estava nua.

    O preconceito e o ódio deixaram as esquinas e vieram para as principais avenidas e praças do país.

    As avenidas paulistas se multiplicaram pelo Brasil.

    Tudo se tornou possível e permitido aos olhos de determinados segmentos da sociedade, desde quando fosse para destruir um homem e um partido.

    Tiveram como mentor a Rede Globo. E o resto da imprensa, já que disso não passam; resto.

    Eram todos Cunha.

    Agora o condenam como inimigo do Brasil.

    Só souberam agora quem ele é?

    São todos Gilmar Mendes e Sérgio Moro.

    Entre tantas outras coisas, o ministro Gilmar Mendes se notabilizou por dar Habeas Corpus a inúmeras figuras ilustres no Brasil, como o banqueiro Daniel Dantas e o médico Roger Abdelmassih, para citar somente dois. Ninguém se importou nem questionou a seriedade desses Habeas Corpus, tratando-se de dois homens que feriram frontalmente os interesses do país e a honra de muitas mulheres.

    Entre muitas ações juridicamente ilegais de Moro, condenadas por advogados, professores de Direito e juristas renomados, algumas se destacam.

    A gravação ilegal da conversa entre Lula e a presidenta Dilma Rousseff e a sua divulgação para a Globo e o resto da imprensa.

    A analogia que se fez à época mostrava bem o absurdo sob todos os aspectos e mais ainda sob o jurídico; alguém consegue imaginar um juiz de primeira instância fazer isso com uma conversa entre Obama e o ex-presidente Bill Clinton?

    No país símbolo deles e do próprio Moro, no mesmo dia o juiz seria preso.

    No Brasil, coube tão somente um puxão de orelhas, que ninguém viu, ao juiz Moro vindo de um covarde e vergonhoso STF, através do então ministro Teori Zavascki.

    Nada mais.

    A condução coercitiva de Lula, que gerou orgasmos múltiplos nos segmentos de baixo nível mental e intelectual do país, feriu não só conhecimentos elementares do Direito, como o mínimo de bom senso que mesmo seres intectualmente frágeis possuem.

    Diante de tamanho poder demonstrado pelo juiz-delegado-promotor, como não chegar ao topo do autoritarismo que, como todo autoritarismo que se preze, atinge o ridículo com extrema facilidade

    E sua excelência, o juiz Sérgio Moro, presenteia a sociedade brasileira com a ridícula imposição da obrigatoriedade de Lula ter que comparecer aos 87 depoimentos das testemunhas arroladas por seu advogado.

    Até Reinaldo Azevedo apontou para o absurdo da decisão e criticou Moro.

    E, diante do desespero do juiz, joga-se a última carta no jogo de baralho que eles mesmo armaram; tentam barganhar a liberação de Lula da obrigatoriedade imposta com a proposta de diminuição do número de testemunhas às quais ele teria que assistir.

    Ridicularizando-o mais ainda, Lula fez Moro menor do que é.

    Disse que se fosse necessário ele, Lula, mudaria para Curitiba por algum tempo, mas estava à disposição dele para assistir a todos os depoimentos.

    Apesar de já ter demonstrado outras vezes o seu nervosismo, ali estava mais uma prova contundente do seu desejo de demonstrar a força que já não tem mais, ainda que continue poderoso pela retaguarda Global que tem; uma ridícula tentativa de imposição da sua autoridade e uma mais ridícula ainda tentativa de barganha.

    Resultado.

    O TRF-4 desautorizou Moro a obrigar Lula ter que estar presente nos depoimentos.

    Dispenso-me de comentários sobre esse mesmo TRF-4. Neste caso, entretanto, não tinham como agir em parceria com Moro, tamanho o ridículo e o grotesco da intenção do juiz.

    Alguma ilusão de que algum dia irão perceber o que alimenta a postura do juiz Moro e os riscos que isso representa para o Brasil?

    Nenhuma.

    Estiveram com Gilmar Mendes e o STF durante todo o tempo, mas agora assumem postura fascista contra Gilmar Mendes pela soltura de José Dirceu, cuja prisão é reconhecida como abusiva e irregular.

    Como sempre, não têm a menor ideia de coisa nenhuma para perceber que Gilmar Mendes em nada mudou.

    Muito menos o STF.

    Gilmar acabou de proibir qualquer investigação sobre Aécio.

    Na verdade, estão somente usando José Dirceu como adubo para o que virá na sequência.

    Aguardem só mais um pouquinho, não demora.

    Entenda uma coisa.

    A Lava Jato chegou onde não queria.

    PSDB.

    Era simplesmente inevitável.

    Mas a chegada ao PSDB não se deu, como mais uma vez mentes débeis imaginam, pela luta contra a corrupção (meu Deus!!!).

    E chegou ao PSDB com provas, não por convicção.

    Provas que não foram investigadas e descobertas pela Lava jato, mas oferecidas pelos delatores.

    Provas!!!

    Já tinham “chegado” lá desde o início, mas seguraram até onde puderam.

    Mas, sem querer, a Lava Jato chegou além, muito além.

    Você já ouviu falar de algum tríplex no Brasil?

    Ah, com certeza.

    Mas já ouviu falar do triplex de Paraty (RJ)?

    Um triplex com praia particular cercada por seguranças.

    Um triplex que nem por embarcação se chega (a não ser com autorização dos donos) porque a praia onde foi construído (em área de preservação ambiental, o que torna irregular o seu uso) é protegida por redes.

    Um triplex aonde também se chega de helicóptero.

    Você faz ideia de quem são os donos?

    Você sabe das ligações desse tríplex com o grupo Mossack Fonseca?

    Você sabe que grupo é esse, Mossack Fonseca?

    Você sabe que a Lava Jato prendeu 5 membros da Mossack Fonseca imaginando que tinham ligação com Lula e o tríplex da OAS e quando soube do que se tratava imediatamente os cinco foram soltos?

    Você sabe do que se tratava?

    Busque informações sobre esse episódio.

    Não, não busque na Globo. Você vai continuar como está.

    Sem saber de nada.

    Como eram todos Cunha e não são mais (por que será?), eram e ainda são Temer (até quando for conveniente; não são muito dignos?). O PSDB, como sempre, na primeira fila.

    Foi particularmente no pós-eleição que a tristeza à qual me referi fincou sua bandeira no peito dos brasileiros.

    Como estar alegre se vejo com a clareza do Sol que entra pela minha janela neste exato momento que segmentos importantes desse país fizeram e fazem parte de todo esse processo?

    Como estar alegre se, para o espanto de todos, pela primeira vez na história contemporânea do Brasil professores por esse país afora fizeram e fazem parte disso?

    Como estar alegre se vejo títulos acadêmicos que “nos fazem” diferenciados mostrarem toda sua fragilidade e desimportância diante dos reais valores da sociedade brasileira?

    Como estar alegre se vejo com clareza que esses “diferenciados” se deixaram conduzir tão facilmente pela Globo e o resto da imprensa?

    Como estar alegre se vejo que, com todo o poder que emana do “ser professor”, induziram alunos e ajudaram segmentos adoecidos da nossa sociedade a “construir” este país que aí está?

    Um país inchado de preconceito e ódio.

    E corrupção.

    Não percebem, entretanto, que o preconceito e o ódio disseminados ficaram impregnados somente nas suas mentes doentias, mas não conseguiram implanta-los no seio do povo brasileiro.

    Não percebem que nada propõem, só se repetem em palavras, gestos e ações violentas e por isso se tornaram cansativos, chatos e repulsivos. 

    Não percebem que quanto mais tentam instilar o preconceito e o ódio na alma do brasileiro mais geram indiferença e desprezo.

    Banalizaram de tal maneira que o preconceito e o ódio só crescem no estado patológico que criaram e no qual vivem.

    Denuncismo midiático repetitivo, cansativo, onde as manchetes são requentadas a cada momento de necessidade maior, como as vésperas de um depoimento, numa clara demonstração de que nada encontram para incriminar o alvo.

    Compartilhamento dessas denúncias requentadas nas redes sociais, numa evidente exibição da pobreza que habita essas pessoas tão carentes de tudo.

    Ah, como já foi nobre a nossa função!

    Como foi lindo acreditar que nos cabia, como professores, formar jovens que viriam a ser homens e mulheres que lutariam pela soberania do país e seu povo!

    Como já foram plenos nossos corações e almas!

    Oh, como fomos reduzidos a tão pouco.

    Não, por favor, não falem de luta contra a corrupção ou qualquer outra coisa.

    Encontro enorme dificuldade para acreditar que homens e mulheres tão diferenciados pelo nível de formação que possuem não conseguem ver, por exemplo, como estão conseguindo as delações de última hora dos mesmos homens que já prestaram seus depoimentos inúmeras vezes e agora, condenados a 30-50 anos de prisão, ao “vislumbrarem” a saída da prisão em breve, fizeram um “novo” depoimento.

    Não se violentem tanto.

    Diante do que estamos vendo, a indignidade seria maior ainda.

    “Eu olho-os com olhos lassos
    Há nos meus olhos ironias e cansaços
    E cruzo os braços
    E nunca vou por ali…”
    José Régio

    Obs. Dedico a todos eles essa magnífica interpretação de Paulo Gracindo de um bonito e breve texto inicial de Antônio Maria, poeta e compositor brasileiro, incorporado ao belo poema “Cântico Negro”, de José Régio (Zé Régio, como Gracindo diz no momento em que une os dois textos), poeta português. Retirado da peça “Brasileiro, Profissão: Esperança”, de Antônio Maria.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=vjzWJTB5-I4 align:center]

    1. Nassif, muito bom, merece uma postagem exclusiva!

      Até printei essa foto absurda do filho do Bolsonaro!

       

      só complementando a DITADURA a partir de Curitba da juíza que quer desmobilizar  a luta pela DEMOCRACIA

    2. E nunca vou por ali

      Isso mesmo, Ronaldo, ha muito tempo que escolhi o caminho que tem mais espinhos e, por ser assim, tenho também sentido o cheiro bom das rosas selvagens. 

      Estamos tristes por nosso Pais, por nosso povo que não é nação. Mas assim como Lula e Dilma governaram este Pais, tenho a esperança de que homens e mulheres dignos e bons, justos e batalhadores, voltem a governar este Pais e consigam fundar uma nação.

      O jornalista Julio Maria se refere a à Brizona, na Biografia Nada Sera como Antes de Elis Regina, que durante a campanha da legalidade, Brizola estava “babando de odio”. Brizola, por quem alias eu escolhi o caminho das rosas selvagens, era o brasileiro, assim como o bom João Goulart e o ferrenho Getulio, que queria fazer desse Brasil uma Nação. 

      Se viver é melhor que sonhar (Belchior), vamos viver e lutar!

      Um abraço camarada.

    3. Olhos Lassos!!!

      Isso não é um comentário!  Ronaldo está contribuindo com um excelente POST ao GGN.  Que, com muita justiça, seja elevado!  Parabéns Ronaldo!    

  3. Vamos aceitar esta constatação triste:

    a grande maioria da dita “classe média” paulistana e paulista (falo destas por que são as com quem tenho que conviver) já rejeitaram claramente a democracia como ela foi conceituada no ocidente.

    Não tenho a menor ideia de onde tudo isto vai chegar. Mas já dá para ver que jornais e TV’s são uma cópia em lingua portugesa da Pravda.

  4. Se manifestantes a favor da

    Se manifestantes a favor da Lava Jato deverão ficar em casa, o Moro não irá trabalhar? Como ficará o Delagnol? É aquele outro promotor de bigode branco, vai tomar multa?

  5. Inocente até…

    O objetivo do pedido de Moro não seria o de evitar o confronto? Alguém teria mais autoridade para fazê-lo? Não, ninguém aqui vai, nem de longe , concordar com estas hipóteses. Compreensível.

  6. Este país está se convertendo…

    Com todo esse circo vigente na república de curitiba, o Brasil mostra ao mundo que é um país-piada, tendo Moro conduzindo o show-bufo e, também, que é um brasiliquistão com o mesmo Moro no papel de seu aiatoláh blá, blá, blá

    1. Brasilquistão, Aiatolah? 

      Brasilquistão, Aiatolah? 

      Tá faltando mais “referências”….

      As dos chamados “países livres” (que piada!).

      O modelo rapidamente implantado aqui é padrão global.

      Quem detém o controle, o poder de fato está cuidando disso. Em todo planeta.

      Alguns ainda não foram totalmente submetidos. Mas as grandes guerras estão no horizonte para esse fim.

      Democracia é só uma palavra, uma encenação.  E faz tempo…

  7. são fajutas as acusações contra Lula, por isso Moro precisa

    são fajutas as acusações contra Lula, por isso Moro precisa encenar, fazer filme pra Globo…

    Divulgue:

    Os processos contra Lula, por Luis Nassif, no post Xadrez dos processos de Moscou e Curitiba

    Hoje em dia, há três processos correndo contra Lula.

    1.O do Power Point, que analisa três contratos da OAS com a Petrobras e tenta estabelecer relações com o triplex, que seria supostamente de Lula.

    2.Os contratos da Odebrecht e o prédio do Instituto Lula,

    3.A acusação de obstrução da notícia, a partir da delação do ex-senador Delcídio do Amaral.

    Caso 1 – o triplex

    Até agora foram ouvidas 73 testemunhas, 27 de acusação.

    As últimas declarações de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS – atribuindo a Lula a propriedade do tríplex – não tem o menor valor legal. Leo depôs da condição de co-réu, Como tal, não depõe sob juramento e nem tem a obrigação de falar a verdade. Seu depoimento não tinha o menor valor para o processo. Mas foi tomado para garantir as manchetes do dia seguinte.

    Os advogados conseguiram provas cabais da inocência do Lula, não só documental, mostrando o verdadeiro proprietários das propriedades, mas a testemunhal também. Todas as testemunhas inocentaram Lula.

    O próprio administrador judicial – do pedido de recuperação judicial da OAS – já informou os credores que o imóvel em questão faz parte dos ativos em garantia.

    Léo Pinheiro ainda não fechou a delação. Mas já admitiu não ter provas com base em uma desculpa padrão: Lula pediu para ele destruir todas as provas. E ele destruiu.

    Segundo a acusação da Lava Jato, o triplex teria sido transferido para Lula no dia 7 de outubro de 2009. Esse é o dia em que foi selado o acordo entre a Bancoop e a OAS, para assumir a construção do edifício Solaris, sob a supervisão do Ministério Público Estadual e a Justiça estadual de São Paulo.

    No dia 6 de novembro de 2009, o próprio Léo Pinheiro protocolou na Junta Comercial a escritura de uma emissão de debêntures incluindo o imóvel nos ativos da companhia. Ao contrário da sua confissão, a escritura de debêntures era encimada por um “declaro sob as penas da lei que as informações são verdadeiras”.

    Dona Marisa possuía uma cota do edifício, adquirida em 2005. A tese da Lava Jato supõe que dona Marisa adquiriu a cota em 2005 sabendo antecipadamente que a obra seria transferida para a OAS em 2009 e o triplex seria transferido para ela, embora só ficasse pronto em 2014.

    Fora os factoides, a Lava Jato não possui um documento sequer comprovando posse do tríplex por Lula, nenhum depoimento sustentando que ele tenha passado uma noite sequer no edifício ou recebido as chaves, menos ainda, as escrituras. Nada.

    Há, ainda, um braço do processo que questiona o contrato entre OAS e Granero para armazenamento do acervo presidencial. O próprio Leo Pinheiro disse que a empreiteira fez o arranjo por interesse em ser um “apoiador cultural”, com recursos lícitos e sem nenhuma contrapartida.

    Caso 2 – o imóvel para o Instituto Lula

    É mais um processo que explora a relação Palocci-Odebrecht – o mesmo em que Moro tentou, sem sucesso, obrigar Lula a ouvir as suas 87 testemunhas de defesa. Sustentam os procuradores de Curitiba que Odebrecht comprou um terreno para o Instituto Lula que, na prática, jamais foi usado pelo ex-presidente. Segundo depoimento de Marcelo Odebrecht em outra ação penal envolvendo Palocci, os recursos para essa compra sairam de um caixa virtual onde ele guardava dinheiro para o PT. As oitivas estão em andamento.

    A defesa de Lula está solicitando acesso aos documentos da Petrobras desde outubro do ano passado.  Com os documentos, julgam provar que não houve nenhum ato ilícito.

    Há, inclusive um de autoria da Price confirmando que não reportou nenhum ilícito de Lula, nem levantou nada que pudesse identificar as falcatruas cometidas.

    Questiona-se, inclusive, as acusações de sobre preço. Ora, toda obra tem seguro e contratos de financiamento. Se havia sobre preço, como nenhuma instituição identificou?

    A disputa jurídica tem sido desigual.

    A procuradoria tem acesso a toda a documentação da Petrobrás há três anos, sem contar o serviço de inteligência da Polícia Federal e a assistência luxuosa da NSA, FBI e Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

    A defesa, nenhum aceso. A Petrobras tornou-se assistente de acusação, não permitindo acesso a nenhuma ata societária.

    Os advogados de Lula solicitaram perícia contábil e acesso às atas e documentos que entendem serem capazes de refutar integralmente as teses da acusação.

    O juiz Sérgio Moro negou, alegando simplesmente que não tinha relevância.

    Os advogados recorreram ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) que também indeferiu a prova pericial, alegando que seria muito alto o custo de xerocar todos os documentos.

    Os advogados reforçaram o pedido e sugeriram consultar in loco os documentos e só xerocar os que fossem necessários, às suas próprias custas.

    O tribunal concedeu. Inicialmente, o diretor jurídico da Petrobras concordou. Depois, voltou atrás. Alegou que a entrada de advogados causaria constrangimento aos funcionários da Petrobras. Depois, alegou sigilo estratégico.

    Os advogados peticionaram a Moro, mas até agora não obtiveram nenhuma resposta.

    Caso 3 – a obstrução da Justiça

    Esse processo nasceu da delação do ex-senador Delcídio do Amaral, que descreveu – sem provas – um diálogo travado com Lula no qual ele supostamente teria manifestado interesse em calar Nestor Cerveró, um dos diretores-chave do esquema de corrupção.

    Posteriormente, o próprio Cerveró declarou que apenas Delcídio tinha interesse em calá-lo. Mais tarde, Delcídio voltou atrás e declarou que sobre por terceiros que Lula teria informações sobre os esquemas de corrupção.

    Faltam ainda 40 dias para terminar as diligências desse processo.

    Peça 6 – a conclusão dos processos

    Recentemente, o juiz Sérgio Moro tentou exigir a presença de Lula em todos os depoimentos de testemunhas arroladas pela defesa. A intenção foi induzir a defesa a diminuir a quantidade de testemunhas, porque, por lei, ele não tem o poder de recusar testemunhas.

    O TRF4 derrubou essa exigência.

    Os próximos passos, então, serão acabar de ouvir as testemunhas. Em seguida, encerra-se a instrução e há as alegações finais da defesa e da procuradoria.

    Finalmente, abre-se um prazo para o juiz dar sua sentença e o caso ser encaminhado ao tribunal superior.

    Mas o capítulo mais relevante acontecerá na próxima semana, no julgamento da liminar pedindo a libertação do ex-Ministro Antônio Palocci.

    Ali se verá se o STF (Supremo Tribunal Federal) irá seguir a lei ou se curvar ao clamor da turba, a que se manifesta nas ruas, nas redes sociais e nos veículos da Globo.

  8. Quantos são esses
    Quantos são esses “apoiadores” de juiz (que tem lado)? Deve ser uma MERRECA, porisso veio de onda…fiquem em casa…Desta forma, as cabecinhas “made in Miami” serão manipuladas a achar que a falta de “manifestantes” verdamarelos é resultado do apelo do o juiz parcial.

  9. Zanin está rigorosamente

    Zanin está rigorosamente certo.

    Todavia, Moro só continua abusado porque os tribunais e o CNJ nada fizeram quando ele começou a colocar as asinhas de fora.

    Agora ninguém mais consegue segurá-lo. Ele se transformou numa besta fera, confirmando minha hipótese divulgada há um ano:

    https://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/vidas-paralelas-sergio-moro-e-cabo-bruno

    Tudo bem pesado, o cabo Bruno fez menos mal ao país do que Sérgio Moro.

    Todavia, ainda é impossível dizer qual a verdadeira extensão do dano que ele produziu. 

  10. Se restasse alguma dignidade
    Se restasse alguma dignidade no judiciario brasileiro esse juiz nao conduziria esse depoimento na quarta feira. A segunda opção seria controlar a situação até o dia 10 e afasta-lo imediatamente no dia 11. A unica excepcionalidade desta operação e impedir que a esquerda exista no Brasil. O sujeito precisa ser menor que um analfabeto político pra não entender essa situação atual do país. E Marina e Luciana Genro acha que da pra governar apenas com boas intenções. Essa é a a pior das piadas.

  11. Se alguém ainda tinha dúvidas

    Se alguém ainda tinha dúvidas sobre a postura parcial do juiz, já tem mais um forte elemento para pensar!

  12. Testemunha de acusação

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    Lula é santo? Não creio, o meio político está sujo por demais para eu crer em quaisquer “virgens imaculadas” neste meio. Todavia, penso eu, Sérgio Moro é a principal testemunha de acusação no processo contra Lula no qual, não por acaso, ele mesmo é o “juiz”. Posso até ser tachado de tratar a coisa toda como sendo uma pura e simples teoria da conspiração, contudo, não duvido em nada que agentes infiltrados tentem criar tumulto durante as manifestações de apoio a Lula. Não é um fato que envolve meramente um ataque pessoal ao ex-presidente Lula ou aos apoiadores. Antes, se houver tal manifestação, a busca por dissuadi-la através de quaisquer meios terá como fim último criminalizar ações e movimentos populares. E isto está muito para além de quaisquer interesses pessoais de Moro. Talvez por isso é que o “juiz-ídolo” de Curitiba tenha pedido para que “seus apoiadores” não se desloquem para as imediações da Justiça Federal daquela cidade. Do mais, a afirmação feita por Getúlio Vargas a mais de 70 anos permanece latente: “no Brasil impera hoje uma democracia capitalista comodamente instalada que não sente a desgraça dos que sofrem”. Ainda na compreensão de Vargas, o objetivo das ações naquele momento tinha como intuito fazer com que o Brasil permanecesse “numa situação de simples colônia exportadora e matérias-primas e comprador de mercadorias manufaturados do exterior” (Link para a fonte das citações – http://acervo.folha.uol.com.br/fdn/1946/12/24/1). Parafraseando Marx, a história se repete como farsa, mas talvez seja ainda mais trágica desta vez.

  13. Se aqui é uma democracia, o Moro não é juiz

    E se o Moro é juiz, aqui não é uma democracia

    Por isso, tal qual um político, ele grava vídeos e os veicula na internet

  14. Um político não pode aceitar
    Um político não pode aceitar qualquer benefício de empresa.

    Juiz pode sim se dirigir a população. Nas cidades pequenas onde sempre morei os juízes sempre foram pessoas admiradas pela população. Por que eles intervirem sempre com sabedoria e bom senso estabelecendo o que é de direito.
    O juiz Sérgio Moro agiu de muita boa fé para preservar a integridade tanto de quem torce para que o Lula seja condenado como aquelas que não.
    O juiz simplesmente aplicará a lei sobre as provas que tiver. Se tiver que absolver o Lula se provado inocente o Sérgio Moro fará certamente.

  15. O $érgio Moro é o Balaio cômico

    No século XIX o Maranhão foi palco de uma Revolta chamada Balaiada. O principal líder da Revolta, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, era apelidado de Balaio, em razão de ser fabricante de balaios. Diz-se que os revoltosos foram cercados pelas tropas do governo numa área do Sertão. Durante certo tempo do cerco, quando amanhecia, o Manuel Francisco dos Anjos Ferreira distribuía as tarefas em alta voz para que as Tropas do Governo não fechassem o cerco e os dizimasse. Nada obstante os Revoltosos fossem numericamente bem inferiores às Tropas do Governo, o Manuel Francisco dos Anjos gritava em alta voz:

    – Hoje dois mil homens vão rachar lenha, 3 mil homens vão ficar de tocaia, mil e quinhentos homens vão trabalhar na lavoura.

    Os Revoltosos não chegavam nem a 200 homens. As Tropas do Governo, ouvindo o Balaio, não fecharam o cerco senão depois de receberem reforços. Quando fecharam o cerco, descobriram que foram ludibriados pelos Revoltosos.

    Sérgio Moro sabe que só viriam alguns gatos pingados em defesa de suas arbitrariedades e os convocou a não se manifestarem. Assim, muita gente vai pensar que ele tem míriades de Coxinhas que o apoiam e que os Coxinhas so não se fizeram presente porque Moro pediu a eles que não saíssem às ruas.

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