Jornal GGN – O estado do Rio de Janeiro foi condenado pela Justiça a pagar indenização à família do pedreiro Amarildo de Souza, que desapareceu após prisão quando foi levado para uma base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) pela Polícia Militar, em 2013, na Rocinha.
A juíza da 4ª Vara de Fazenda Pública da Capital, Maria Paula Gouvêa Galhardo, condenou o estado a pagar a sete integrantes da família de Amarildo uma indenização de R$ 500 mil, além de pensão de dois terços do salário mínimo (equivalentes a R$ 586,66), no caso da viúva Elizabete Gomes da Silva, até os 68 anos, e aos seis filhos, até completarem 25 anos.
Ainda dentro da decisão da juíza, uma mãe de criação e dois irmãos de Amarildo deverão receber R$ 100 mil cada. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, dia 10, na página do Tribunal de Justiça na internet.
“Não resta a menor dúvida de que houve a ação dos agentes públicos nessa qualidade, a qual foi suficiente e necessária à causação do resultado morte da vítima, que foi torturada até a morte, na ação de policiais que no combate à criminalidade agem como criminosos”, relatou a magistrada na decisão, segundo a nota.
(com informações da Agência Brasil)
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estado do rio…
Continuamos e continuamos o país que só funciona a base da mídia, cuja rapidez e competência só se apresentam quando autoridades públicas querem “tirar o seu da reta” o mais breve possível. Indenização vultosa, pagamentos céleres para um caso de repercussão nacional e internacional. E os outros milhares de cariocas esperando suas indenizações. A Justiça e o Poder Judiciário, para estes, é um direito dferente, menor? Sua cidadania vale menos? A Justiça deles é menos justa que a do Amarildo? Aquela menina, engenheira do carro alvejado por policiais cujo corpo nunca foi devolvido à família? A vida dela valia menos? A famíla dela menos consideração? Para todos estes, menos vistosos, com menor repercussão e menos interesse político sobram o esquecimento, menosprezo e os precatórios ( que no fundo são a mesma coisa)?