Ex-assessores de Bolsonaro são atingidos na quebra sigilo bancário do filho Flávio

Pelo menos cinco pessoas que trabalharam nos gabinetes de Bolsonaro e de seu filho tiveram dados fiscais abertos para investigações

Jornal GGN – As investigações sobre movimentações financeiras do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) acabaram gerando a necessidade de quebra de sigilo bancário e fiscal de pelo menos cinco ex-assessores do pai e presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Todos já trabalharam tanto no gabinete de Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando deputado estadual, quanto de Jair Bolsonaro, na Câmara dos Deputados, no período de janeiro de 2007 a dezembro de 2018.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, quem teve os dados quebrados para as investigações são Daniel Medeiros da Silva, Fernando Nascimento Pessoa, Jaci dos Santos, Nelson Alves Rabello e Nathalia Melo Queiroz (a filha de Fabrício Queiroz, policial militar aposentado e ex-assessor de Flávio). No total, a quebra de sigilos atinge 86 pessoas e nove empresas.

Queiroz chamou a atenção do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que detectou movimentações consideradas atípicas para seu perfil – entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, movimentou R$ 1,2 milhão em suas contas. Além disso, o relatório da entidade que examina atividades suspeitas de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, mostrou que pelo menos oito servidores da Alerj, que também travalhavam para Flávio, fizeram transferências bancárias para contas mantidas por Queiroz.

Os investigadores viram ainda que, entre 2014 e 2017, o ex-motorista e PM movimentou R$ 7 milhões em suas contas bancárias. Outro fator que causou estranhamento foi o fato de o primogênito do presidente ter recebido 48 depósitos fracionados no valor de R$ 2 mil totalizando R$ 96 mil em um mês. Além disso, Fabrício Queiroz realizou um depósito de R$ 24 mil na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Entre os cinco ex-assessores que tiveram os dados bancários quebrados pelos investigadores, o que tem mais tempo de serviço prestado ao presidente e Flávio é Nelson Rabello. Ele é tenente da reserva E no Exército serviu ao lado do Presidente. Desde 2005, Rabello trabalha em algum gabinete relacionado à família Bolsonaro, incluindo o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).

Com Jair Bolsonaro, Rabello trabalhou seis anos, de 2005 até 2011. Depois se tornou assessor de Flávio, num período mais curto, de maio a agosto de 2011. Após esse tempo voltou a atuar na Câmara dos Deputados, onde ficou até 2018. Hoje é assessor de Carlos Bolsonaro na Câmara do Rio, segundo informações da Folha de S.Paulo.

Redação

2 Comentários

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  1. Por falar em Queiroz e em Dona Micheque Bolsonaro, o Pig já não está mais unânime nos ataques a Lula, conforme se pode conferir nos trechos a seguir transcritos, extraídos do Editorial do Jornal O Globo de ontem e de um texto do Jornalista Reynaldo Azevedo:

    “Em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, o senador Flávio Bolsonaro, como já ocorreu em tantas situações semelhantes, se vitimiza, considera ter sido escolhido como alvo porque a real intenção seria atingir o governo do pai.

    Não é boa estratégia denunciar supostas maquinações por trás do MP e da Justiça. É o que não parou de fazer o PT, e isso não impediu a prisão “ilegal” do ex-presidente Lula.

    No momento, advogados de Lula e ele mesmo se curvam à realidade e pedem progressão da pena. Não reverteram investigações nem sentença na base do grito e da “mobilização política””. Editorial do Jornal O Globo

    Por sua vez, o Reynaldo Azevedo assevera:

    “Saibam, vocês, brasileiros, que eventualmente estão com uma pendência judicial, não importa se querelante ou querelado. Segundo doutora Gabriela Hardt, o pensador, o inspirador, o guia, o parâmetro, a baliza, a fundamentação de um magistrado não são os códigos legais, mas o tal “e-proc”. Faz-se ali um copia/cola, muda-se uma coisinha aqui e outra ali e pronto! No caso, Gabriela foi um tanto descuidada. Como redigiu a sua sentença “em cima da de Moro”, esqueceu que estava julgando o caso do sítio e acabou largando lá algumas vezes a palavra “apartamento”. E isso faz supor que nem tomou o cuidado de reler um documento que simplesmente condena uma pessoa a mais de 12 anos de cadeia…

    […]

    Não custa lembrar: a juíza atribuiu a Lula crime de “corrupção ativa” quando queria dizer “corrupção passiva” e escreve esta pérola: “Embora a defesa de Luiz Inácio Lula da Silva tente diminuir a credibilidade dos depoimentos prestados por colaboradores e pelos co-réus Léo Pinheiro e José Ademário […]”

    Leu com tanta atenção os autos que não se deu conta de que Léo Pinheiro e José Adelmário são a mesma pessoa.

    É o fundo do poço.

    A gente tem o direito de suspeitar que a sentença já estava dada, pouco importando a existência ou não de provas, NE? Para lembrar: antes de Moro ser dinamitado por Jair Bolsonaro, o Ministro da Justiça havia acenado com uma cadeira no Supremo para João Pedro Gebran Neto, relator dos casos da lava Jato de Curitiba no TRF-4. O Supremo agora virou uma zona de ocupação do lava-jatismo – como se não bastassem os que lá já estão a serviço do que entendem ser uma causa, não a serviço da lei.

    Uma pergunta: será que o acórdão de condenação de Lula no TRF-4 no caso do sítio também já está redigido? Cuidado, Senhores, para não trocar “sítio” por “apartamento”.”

    https://reinaldoazevedo.blogosfera.uol.com.br/2019/05/14/lei-penal-para-lula-1-juiza-diz-por-que-sentenca-tem-de-ser-anulada/

    https://reinaldoazevedo.blogosfera.uol.com.br/2019/05/14/lei-penal-para-lula-2-acordao-de-condenacao-no-trf-4-tambem-esta-pronto/

    https://reinaldoazevedo.blogosfera.uol.com.br/2019/05/14/lei-penal-para-lula-3-juiza-do-copia-cola-decide-dar-bronca-no-congresso/

  2. Se esses falsos assessores confirmarem ao MP que eram “laranjas” da família Bolsonaro, os milicianos serão mais eficientes do que a Justiça ? Será que o bandido Adriano executará a própria mãe ?

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