Extraditado pela Itália, Pizzolato chega ao Brasil

Jornal GGN – Condenando pela Ação Penal 470, que julgou o esquema do mensalão, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi extraditado pela Itália e chegou ao Brasil na manhã desta sexta-feira (23). 

Em agosto de 2012, Pizzolato foi condenado elo Supremo Tribunal Federal (STF) a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro no julgamento da AP 470. Em novembro de 2013, ele fugiu para a Itália usando um passaporte falso para evitar sua prisão. Preso no país europeu por autoridades italianas e brasileiras, ele teve sua extradição autorizada em fevereiro deste ano, após recurso apresentado pelo Brasil. Após chegar em São Paulo, ele deve seguir para Brasília, onde deve cumprir o resto de sua pena.

Enviado por Maria Carvalho

Da Deutsche Welle

Pizzolato está a caminho do Brasil
 
Ex-diretor do Banco do Brasil, condenado por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro no mensalão, é extraditado a Brasília. Pizzolato havia fugido para a Itália, em 2013, usando o passaporte falso de um irmão morto.

O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato embarcou de volta para o Brasil no Aeroporto de Malpensa, em Milão, nesta quinta-feira (22/10). Sua chegada ao aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, está prevista para o início da manhã de sexta-feira.

Segundo comunicado da Polícia Federal, após longa disputa judicial, o catarinense de 63 anos foi extraditado nesta quinta-feira e escoltado por uma equipe formada por três policiais federais e uma médica.

De São Paulo, em aeronave da Polícia Federal, Pizzolato será conduzido até Brasília, onde realizará exames no Instituto Médico-Legal. Em seguida, será transferido ao Complexo Penitenciário da Papuda.

Em agosto de 2012, Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro no julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão. Em novembro de 2013, ele fugiu para a Itália com o passaporte falso de um irmão morto para evitar ser preso no Brasil.

Em 18 de novembro, o nome dele foi incluído na lista de procurados internacionais, conhecida como difusão vermelha, da Interpol. Três meses depois, a Polícia Federal, em conjunto com a polícia italiana, localizou-o no norte do da Itália. Em 5 de fevereiro de 2014, ele foi preso em Maranello por porte de documento falso. Ele estava escondido na casa de um sobrinho.

O ex-diretor do Banco do Brasil chegou a ser solto em outubro de 2014 pela Justiça italiana. Em fevereiro deste ano, após recurso apresentado pelo Brasil, a extradição foi autorizada e Pizzolato retornou à prisão. Em 24 de abril, a Justiça italiana confirmou a decisão de extraditá-lo.

E em 6 de outubro, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos rejeitou a última tentativa de recurso de Pizzolato contra sua extradição para o Brasil. No recurso protocolado na corte, a defesa de Pizzolato, como nas demais ações contra a extradição, voltou a alegar que os direitos humanos não são respeitados nos presídios brasileiros. O argumento foi usado pela defesa para pedir que o ex-diretor do Banco do Brasil continuasse na Itália.

 

Redação

15 Comentários

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  1. Globo

    No “Mau Dia”, a tal repórter Ana Paula parece estar chupando um limãozinho azedo cada vez que fala de PT e Pizzolato. À chegada dele ao Brasil está tendo cobertura jornalística de visita papal ao Brasil (papa ao estilo Bento XVI, é claro).

  2. Pizzolato é carniça pros urubus golpistas

    Já que o Zé Dirceu, mesmo preso, insiste em não abaixar a crista, Pizzolato vai ser, ou já está sendo, vandalizado em praça pública, para alegria dos que cultivam sombras e trevas. Um Tiradentes esquartejado.

    Aqui no blog, Pizzolato é figura contraditória. Há os que o acusam e os que o defendem. Segundo Miguel do Rosário, que apurou sua história, a condenação do STF foi forjada, já que o dinheiro que supostamente desviou foi usado para pagar publicidade a veículos como Globo e Folha, e a ele foi negado o direito de se defender.

    Culpado ou inocente, o Estado de Direito é mais importante que a ideologia. Essa é a questão que está em jogo, quando se nega a um cidadão, qualquer um, FHC ou Marcola, o direito legítimo de se defender.

    Essa também foi a grande lição de Sobral Pinto, que era conservador, apoiou o início da ditadura militar para, depois, tornar-se o maior defensor de presos políticos de esquerda que esse país já conheceu. Sem ele, o Brasil seria hoje politicamente mais instável que a Venezuela.

    Mais Sobral e menos PSDB é o que irá salvar esse país, mas infelizmente, hoje é sexta-feira, tradicional dia do show de horrores da velha mídia, e tudo cheira a carniça.

  3. Pizzolato está vivento, mais

    Pizzolato está vivento, mais uma vez, um verdadeiro calvário. A CBN já reporta que ele passou quase doze horas de viagem sem se levandar da poltrona do avião nem mesmo para ir ao banheiro, e que ao chegar em Guarulhos, foi recebido por vaias.

    Depois dizem que o povo brasileiro é cordato. O nosso povo está contaminado por um ódio selvagem. 

    No MSN, além de matéria do mesmo gênero, tem até a foto do home  sentado na poltrona da aeronave. Isso deveria ser proibido. 

    Por fim, como a cada final de semana deve ter algum assunto a mais para envolver o PT negativamente, as próximas manchetes serão todas envolvendo Pizzolato, mensalão, PT, …

      1. Calvário sim

        Calvário sim, desde que foi condenado sem direito a recurso num julgamento fraudulento, farsesco, em que provas que poderiam inocentá-lo estavam escondidas em outro inquérito (Inquérito 2474) por artes de Joaquim Barbosa e do PGR, à época.

        Sua manifestação parte da premissa de que houve um julgamento correto e justo, o que é rematada mentira.

    1. [  O nosso povo está

      [  O nosso povo está contaminado por um ódio selvagem.  [[  esse é o dado importante, pois na hora que incentivaram sentar porrada em blogueira cubana , como ocorreu, estavam despertando um lado nojento que o brasileiro comum já tinha esquecido

  4. Absurdo total

    Esta volta é um verdadeiro absurdo.

    Duplo absurdo, sua condenação já que não ha dinheiro publco nem era ele o responsavel por isto no BBvisanet e o Governo brasileiro brigar por extradita-lo. Só um Ministro da Justiça como este mesmo, dando aval a esta pantomina.

    Triplo absurdo então!

  5. Pizzolato papudo com complexo de vira-lata

    Pizzolato papudo com complexo de vira-lata ao denegrir, na Itália, a cara hospedagem do sistema prisional brasileiro aqui agora preso na papuda, para aprender a ser um bom cadeieiro cívico como o chefão zé dirceu o reincidente.

  6. Acho que a justiça italiana

    Acho que a justiça italiana fez uma troca com o PGR Rodrigo Janot. Pizzolato por Pasquale Scotti mafioso fugitivo e preso em maio no Recife.

    O PGR está comemorando como um grande feito. O Janor poderia explicar, como o Cunha com tudo que está provado no lava a jato, só prenderam a PROPINA.

  7. E quando vão desengavetar o Inquérito 2474?

    É completa minha sensação de desalento e injustiça com a extradição do Pizzolato. E mais ainda depois de saber que o PGR quer processá-lo novamente.

    Fico a pensar: quando ocorrerá a revisão criminal desta fraude processual em que se consumou a Ação Penal 470? Quando o Inquérito 2474 sairá da gaveta e verá a luz do dia?

    O que fazer diante de tamanha injustiça e barbaridade?

    Maus tempos os que vivemos!!!

     

  8. Na Itália seria diferente?

    Ué, e cadê o pessoal que dizia que “na Itália seria diferente”? Que, na Itália, o Pizzolato iria ter um novo julgamento e tal?

    Nada disso.

    A Itália simplesmente mandou o Pizzolato de volta.

     

     

  9. um cartão-postal, sem envelope, sabendo que passaria pelo chefe

    nazistóide denunciando um então camarada discreto superrespeitado naquele setor vital,CPD do BB,na época dos poucos no país. Chefes foram forçados a se aposentar(o Chefe maior tinha passado sindicalista e visitado Havana).Havia rumores de influência comunista para o qual chefias fecharam os olhos e compartilharam até de greve.O cartão-postal enviado de Toledo-PR:Isso muito antes do caso mal explicado acusando Gushiken.Toledo:não à-toa a cidade,então,de maior concentração de PCB-istas do país. Uns poucos,com quem tentava se aproximar,cativar não só politicamente,mas pela habilidade de conquista emocional: ampliação de bases e de admiradores.A convivência com PTistas era tão fraterna que,de fora,PTistas pensavam que estávamos os cooptando.

    1. Esquerda e militância não são atestados de caráter.

      Não fomos ao churrasco de despedida(exceto um camarada seu amigo)na transferência requerida tão rápida quanto sua escalada partidária e sindical.Se por aqui se opina quem não leu os autos do processo,também me sinto à vontade quanto à minha intuição no seu olhar,nas palavras que dirigiu a mim,a sós,nas manobras que,como vítima,surpreendentemente,foi beneficiado chegando a ser eleito em encontro sindical nacional.Sim,teve passado de exemplar militância e foi o 1º representante eleito diretamente pelo funcionalismo para uma Diretoria dos Funcionários.Adoraria estar enganado. Falei “a sós”. Esqueçam.

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