Fachin prorroga inquérito de Temer por 60 dias

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) prorrogou por mais 60 dias a investigação sobre suposto favorecimento da Odebrecht ao presidente Michel Temer e aos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presdiência).

Fachin atendeu ao pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em junho, e após pedido da Polícia Federal em junho. A PF, segundo consta, já colheu alguns depoimentos do caso, incluindo de José Yunes, advogado e amigo de Temer, suspeito de ter recebido quantias em nome do presidente.

O ministro entendeu ser necessária uma prorrogação devido a diversificação de frentes investigativas, após as providências iniciais da PF. Os delegados querem novos depoimentos, inclusive o de Marcelo Odebrecht, ex-presidente-executivo da empreteira.

O caso refere-se ao suposto favorecimento à Odebrecht durante a estada de Padilha e Moreira Franco na Secretária de Aviação Civil, entre os anos de 2013 e 2015. Em março último, Michel Temer foi incluído como alvo no inquérito por Fachin.

Segundo o depoimento em delação premiada de Claudio Melo Filho, ex-executivo da Odebrecht, Temer participou de um jantar no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, enquanto vice-presidente, em tratativas de um repasse de R$ 10 milhões como forma de ajuda de campanha para o MDB, como contrapartida do favorecimento à empresa.

O Palácio do Planalto confirmou o jantar no ano passado, mas disse que foram tratados temas relativos à campanha presidencial, negando que tenham discutido valores na conversa.

Para dar substância ao pedido de prorrogação de prazo, a PF pediu mais tempo para analisar celulares entregues pelos ex-executivos da Odebrecht Claudio Melo Filho e José de Carvalho Filho.

Temer é alvo de quatro inquéritos no Supremo. Dois deles tiveram denúncia apresentada, mas foram suspensos após a Câmara dos Deputados entrar no circuito e barrar a investigação em votação. Um quarto processo fala de suspostas irregularidades na edição do Decreto dos Portos.

 

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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