Gilmar defende Congresso barrar abusos da Lava Jato

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Gilmar se vê como a figura a “apontar rumos”, “alguém que tenha responsabilidade institucional, que passou pela presidência do Supremo, que não deve ser um idiota e que não tem medo de críticas”
 
 
Jornal GGN – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, concedeu entrevista à Folha de S. Paulo para se posicionar contra a Operação Lava Jato. Após mais de dois anos de mira da investigação sob o comando de Sérgio Moro em membros do PT e início de ameaça a outros partidos, como o PMDB e PSDB, Gilmar menciona “corporação”, “privilégios” dos procuradores da Lava Jato, “oportunismo” e critica a “canonização” de Moro e da força-tarefa.
 
Gilmar Mendes defendeu a interferência do Congresso Nacional para barrar o que, somente agora, ele vê como abusos da Lava Jato. “[Procuradores] estão usando a Lava Jato para fortalecer a corporação e seus privilégios e, além disso, a visão de mundo deles. Que não é necessariamente a de todos nem coincide, em suas linhas básicas, com o Estado de Direito. O Congresso tem que examinar isso de maneira crítica.”
 
Ainda, acusou a manipulação de massas para a coleta de assinaturas das 10 Medidas Contra a Corrupção, proposta levantada por Deltan Dallagnol, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato. “Quando pessoas de certa credibilidade [como os procuradores] colocam a pergunta ‘Você é a favor ou contra o combate à corrupção?’, é claro que muitos firmarão o documento. As pessoas não são do mundo jurídico e não conhecem suas peculiaridades. Mas certamente não concordam que se valide tortura ou prova ilícita nem que se dificulte o habeas corpus”, disse.
 
Em um dos primeiros movimentos de defesa da legitimidade do Congresso Nacional para decidir sobre propostas que se referem ao Judiciário ou partiram dele, Gilmar deu seu apoio aos parlamentares, que hoje representam a grande base aliada de Michel Temer. “O Congresso é mais do que essas pessoas. Ele representa a sociedade. E não somos uma comunidade de botocudos. Temos analfabetos, mas temos pessoas que sabem ler e escrever. Que não precisam de pacotes de iluminados”, afirmou, completando: “O Supremo não pode banalizar suas ações.”
 
Ao comentar sobre a exposição que o ministro se coloca, Gilmar defende que haja “pessoas que cumpram a função de fazer as críticas adequadas”. Sem se preocupar com o excesso de auto-elogios, Gilmar disse se ver como a figura a “apontar rumos”: “alguém que tenha responsabilidade institucional, que passou pela presidência do Supremo, que não deve ser um idiota e que não tem medo de críticas”.
 
Leia a entrevista completa concedida à Folha de S. Paulo:
 

Folha – Os juízes estão se insurgindo contra a proposta de lei que pune o abuso de autoridades. Sergio Moro diz que ela é um atentado à magistratura. Procuradores ameaçam deixar a Operação Lava Jato. Eles têm razão para temer?

Gilmar Mendes – Parece que eles imaginam que devam ter licença para cometer abusos! O projeto é de 2009 e não trata exclusivamente de juízes e de procuradores, mas sim de todas as autoridades: delegados, membros de CPIs, deputados. Tanto que a maior resistência à proposta partiu de delegados de Polícia Civil na época. Por isso o projeto ficou tanto tempo arquivado.

Agora, nós temos que partir de uma premissa clara: a definição de Estado de Direito é a de que não há soberanos. Juízes e promotores não são diferentes de todas as outras autoridades e devem responder pelos seus atos.

E a verdade é que nós temos um histórico de abusos que vai de A a Z, do guarda de trânsito ao promotor, de prisões abusivas, de vazamento de informações sigilosas, para falar apenas das coisas correntes. Esse é o quadro.

Há também insurgências contra a PEC 241, que limita gastos. Nota da PGR (Procuradoria-Geral da República) faz criticas a ela. E defende que, se a receita crescer, seja destinada ao “combate à corrupção”, ou seja, ao próprio Ministério Público, entre outros.

A AGU (Advocacia-Geral da União), a Receita Federal, a PF também fazem o discurso de que os salários deles têm que ser elevados porque são combatentes da corrupção. Isso se tornou estratégia de grupos corporativos fortes para ter apoio da população.

É uma esperteza midiática. Não tem nada a ver com a realidade. Os juízes todos estão agora engajados no combate à corrupção? São 18 mil Sergios Moros? Sabe? No fundo estão aproveitando-se oportunisticamente da Lava Jato.

Mas não há uma luta legítima pelo fortalecimento do Estado em suas funções essenciais?

A questão do devido aparelhamento dos órgãos vai muito além da questão salarial. O Judiciário estadual tem salários extremamente generosos, mas estrutura mínima. Não tem funcionários, faltam peritos. E a discussão está concentrada no salário dos juízes. Nós não vemos juízes estaduais defendendo a melhoria do Judiciário estadual.

Nós chegamos a discutir no STF portaria [do procurador-geral da República, Rodrigo Janot] que determinava que os procuradores viajassem de classe executiva. Quer dizer, perdemos as medidas! E isso é preciso ser dito para o distinto público, que é quem paga a conta. Se o procurador que vai à Itália fazer um convênio, ou à Suíça obter o retorno de dinheiro, viaja de classe executiva ou de econômica, isso tem a ver com combate à corrupção?

O Judiciário brasileiro é um macrocéfalo com pernas de pau. É o mais caro do mundo. E muito mal estruturado. Há uma distorção completa.

O governador do Maranhão, Flávio Dino, me disse que não há nenhum desembargador ganhando menos do que R$ 55 mil no Estado. O teto nacional é de R$ 33 mil.

Eu estive com o governador Francisco Dornelles, do Rio, que enfrenta situação extremamente difícil. Ele tem receita de R$ 34 bilhões. Gasta R$ 17 bilhões com 220 mil aposentados, muitos do judiciário, do legislativo e do MP.

Ele tem dificuldade de saber quanto ganha um juiz. Um representante do Ministério Público pediu a ele que antecipasse o repasse [ao órgão], num total alheamento da realidade. E nenhuma disposição para participar do sacrifício pedido a todos. É uma loucura que tem método. Chegou-se ao caos porque se escolheu esse caminho. E isto em razão do quê? De governos débeis, às vezes com base ética frágil, que se curvam às imposições.

Com medo do Judiciário?

Com medo do Judiciário. Diante da sugestão de que levasse para a Assembleia Legislativa os cortes necessários e a divisão por todos os partícipes, Dornelles me disse: “Dificilmente a Assembleia aprovaria porque está submetida a constrangimentos impostos pelo MP e pelo Judiciário, decorrentes da Lei da Ficha Limpa”. Foi uma surpresa para mim. Algo que aparentemente veio para o bem empoderou grupos que transformaram isso num instrumento de chantagem.

A PEC dos gastos não pode estender ao país o que ocorre no Rio? Cortes na saúde em benefício de poderes organizados?

Será a grande chance de se trazer todos os poderes para uma realidade institucional, com publicidade de seus gastos na internet para que sejam submetidos a uma supervisão geral.

A autonomia administrativa e financeira não dá blindagem para ninguém sair gastando de maneira secreta.

A autonomia, pensada para tirar o Judiciário e o MP da dependência do Executivo, está sendo manipulada, lida como soberania, o direito de fazer qualquer coisa. A Defensoria Pública da União conseguiu autonomia e seu primeiro ato foi se conceder auxílio moradia.

Órgãos que poderiam cumprir função racionalizadora, como o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), acabaram cooptados. O último ato da gestão passada do CNJ foi estender o recesso de 20/12 a 6/1, da Justiça Federal, que deveria ter sido extinto, para a Justiça Estadual. O CNJ se transformou, em certas gestões, num instrumento de corporação.

Quando há alteração de vencimentos na esfera federal, cada legislador estadual teria que deliberar sobre os vencimentos na esfera estadual. O CNJ decidiu que isso seria automático, violando a autonomia dos Estados. Em suma, criamos um monstro.

As autoridades não estariam navegando na Lava Jato também para fortalecer projeto político de avanço de ideias que defendem, como as “10 medidas contra a corrupção”?

Deixa eu dizer logo: a Lava Jato tem sido um grande instrumento de combate à corrupção. Ela colocou as entranhas do sistema político e econômico-financeiro à mostra, tornando imperativas uma série de reformas.

Agora, daí a dizer que nós temos que canonizar todas as práticas ou decisões do juiz Moro e dos procuradores vai uma longa distância.

É preciso escrutinar as decisões e criticar métodos que levam a abusos. Eu mesmo já votei em favor da concessão de habeas corpus e defendo limites temporais para as prisões preventivas. Da mesma forma, as chamadas dez medidas têm que ser examinadas com escrutínio crítico. Medidas propostas como iniciativa popular não têm que ser necessariamente aprovadas pelo Congresso.

O senhor acha que as 2,2 milhões de pessoas que assinaram a proposta das dez medidas leram e entenderam cada uma delas?

Claro que não. E vocês em São Paulo já nos ensinaram que não é tão difícil obter uma massa de assinaturas, desde que se conte com um sindicato competente como o dos camelôs.

Quando pessoas de certa credibilidade [como os procuradores] colocam a pergunta “Você é a favor ou contra o combate à corrupção?”, é claro que muitos firmarão o documento. As pessoas não são do mundo jurídico e não conhecem suas peculiaridades. Mas certamente não concordam que se valide tortura ou prova ilícita nem que se dificulte o habeas corpus.

Cada um tem seu ofício por verdadeiro, e talvez eles [procuradores] estejam traduzindo essa visão. Mas estão usando a Lava Jato para fortalecer a corporação e seus privilégios e, além disso, a visão de mundo deles. Que não é necessariamente a de todos nem coincide, em suas linhas básicas, com o Estado de Direito. O Congresso tem que examinar isso de maneira crítica.

O Congresso tem condições de fazer isso, com o número de parlamentares que estão envolvidos na Lava Jato?

O Congresso é mais do que essas pessoas. Ele representa a sociedade. E não somos uma comunidade de botocudos. Temos analfabetos, mas temos pessoas que sabem ler e escrever. Que não precisam de pacotes de iluminados.

O STF não poderia ser incluído nas críticas que o senhor faz ao Judiciário? Ele não é moroso em casos como o de Eduardo Cunha (PMDB-RJ)?

Cunha foi eleito presidente da Câmara, com uma força e respaldo institucional enormes. Era parlamentar, tinha imunidade, só poderia ser preso em flagrante.

A competência penal do STF foi pensada para casos excepcionais. Não se esperava que a criminalidade na política se instalasse de forma tão ampla. Ele não tem, portanto, a dinâmica de quem se dedica a isso exclusivamente [juízes]. E suas decisões são paradigmáticas, têm efeito irradiador. O Supremo não pode banalizar suas ações.

O senhor jantou com o presidente Michel Temer recentemente. E foi criticado, já que vai julgá-lo numa ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Sobre questões ligadas ao processo não se conversa. Nós dois sabemos os limites éticos. Agora, é impossível um presidente do TSE não conversar com o presidente da República. Há questões, por exemplo, orçamentárias que precisam ser discutidas. Quando Lula era presidente da República e eu, do STF, cansei de visitá-lo em sua residência. Jantei com o pessoal do PC do B recentemente, almocei com o José Eduardo Cardozo [ex-ministro da Justiça e advogado de Dilma Rousseff]. Converso com inúmeros políticos. No mais é trololó, é mimimi, tentam na verdade fazer carimbos.

O senhor se expõe mais do que outros ministros. É natural que receba mais críticas.

Convivo com isso com naturalidade. Há uma falta de institucionalidade no país, de pessoas que cumpram a função de fazer as críticas adequadas. Os parlamentares temem criticar juízes porque amanhã estarão submetidos a um deles. Não falam sobre o Ministério Publico nem sobre a Ordem dos Advogados. É razoável que alguém que não tenha que ter esse tipo de reverência possa falar e apontar rumos. Alguém que tenha responsabilidade institucional, que passou pela presidência do Supremo, que não deve ser um idiota e que não tem medo de críticas.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

40 Comentários

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  1. Como todo cappo mafioso,

    Como todo cappo mafioso, Gilmar Mendes defende os privilégios e a impunidade dos outros cappos: Aécio Neves, José Serra, Aloysio Nunes, FHC, Michel Temer, etc…

    Francamente… se não é possível meter todos estes cappos na prisão (Gilmar Mendes incluído entre os tais), a população brasileira deve virar a mesa em cima deles. 

  2.  
    … “O supremo” gilMAU é um

     

    … “O supremo” gilMAU é um calculista:
    deve estar sentindo o bafo da lama beirando o CU(nha) dos DEMoTucanos!
    E da quadrilha do amigão ‘MimiSHELL TEMERário/TEMERo$$$o CUnha dos Neves (S)erra’!
    Não se deve levar o gilMAU a sério!
    Tirante pelas vias tortas!
    gilMAU (DEMoTucano-PMDBosta/MT)!

     

    ***

    … O habeas corpus em favor do [GÂNGSTER] eduardo CUnha do Temer já deve estar assinado!

    Falta – apenas e tão somente – comunicar oficialmente ao congênere correligionário rábula psicopata “juiz” “Savonarola ‘mor(T)o’” dos Trópicos!

    1. Parabéns !!
      Como é bom ser

      Parabéns !!

      Como é bom ser honesto, e poder escrever todas as verdades. Não é o caso do sujeito da entrevista que, para quem não o conhece, engana mais que o chifrudo.

  3.  
    CONFIANÇA INDUSTRIAL CAI EM

     

    CONFIANÇA INDUSTRIAL CAI EM OUTUBRO E COMPROVA RECESSÃO MAIS FORTE

    A prévia do Índice de Confiança da Indústria (ICI) registrou queda em outubro, com piora tanto das expectativas quanto da percepção do cenário atual, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV); o resultado preliminar do ICC apontou recuo de 1,3 ponto na comparação com setembro, o que confirma o aprofundamento da recessão Temer-Meirelles

    24 DE OUTUBRO DE 2016 ÀS 11:44

    (…)

    FONTE [LÍMPIDA!]:http://www.brasil247.com/pt/247/economia/261894/Confian%C3%A7a-industrial-cai-em-outubro-e-comprova-recess%C3%A3o-mais-forte.htm

     

    $$$$$$$$$$$$$$$

     

    Quá, quá, quá!

  4. ele se entregou!

    Disse que um presidente do STF “não deve ser um idiota”. Só que no caso dele, foi! Só um imbecil como ele pode achar que ninguém percebe suas manobras interesseiras. Que o timming era de começar a parar a porra da sangria agora que arrancaram o PT, já tinhamos clareza antes do processo de impeachment começar. Que o ministro formado em cursos nas Organizações Tabajara fosse bater no peito e dizer “deixa comigo”, para colocar arreios nos cavalos curitibanos, até eu duvidava.

    Este indecente, se tivesse alguma coragem e não só proteção midiática, ao comentar a atitude de conluio dos operadores da justiça com a mídia, que ele disse que fazem para buscar simpatia popular, deveria dizer com todas as letras que não passa de um troca-troca de favores igualzinho à corrupção que eles acham que são capazes de perseguir.

  5. Tambem concordo. Juiz existe

    Tambem concordo. Juiz existe para julgar e não para dar declarações! Principalmente interferindo fora da sua esfera para tentar mudar procedimentos que estão desfavoráveis aos seus próprios interesses…

  6. Gilmar

    Pode-se dizer tudo do Gilmar menos que ele não seja inteligente e não entenda de leis.Quando eu disse aqui que haviam criado um “monstro”, ninguem me apoiou, agora o Gilmar diz, e é verdade.Claro que ele quer beneficiar seus amigos do PMDB, PP e PSDB, mas aí cabe a sociedade pressionar que as benesses que forem dadas a estes beneficiem o PT, ou melhor ajam de forma retroativa,

    1. Você tem razão.

      Duas incontestáveis inteligências brasileiras, sem dúvida alguma: Eduardo Cunha e Gilmar Mendes. Uma pena que não foram utilizadas pelo bem e pela justiça de nosso país! Muito pelo contrário…

  7. Rara ocasião em que a

    Rara ocasião em que a aberração falou alguma coisa decente, sou totalmente favorável a lei que pune o abuso de autoridade porque no Brasil de hoje inexiste o mínimo de segurança jurídica.

    Chega da ditadura do MP, PF, mídia e judiciário.

    1. A quem Gilmar engana?

      Só agora ele vê abusos da Lava Jato? Logo após a prisão de Cunha que, embora eu não acredite, pode fazer o mundo cair nas cabeças que ele sempre afagou?  Não esqueçamos que os maiores corruptos, alguns já delatados e outros ainda não, estão livres leves e soltos. A mesma opiniaõ desse senhor detestável eu ouvi de Reinaldo Azevedo no Canal 6, na semana passada. Ele é totalmente contrário à qualquer delação de Cunha.  

  8. Sinceramente, ele falou

    Sinceramente, ele falou muitas verdades. E a principal delas é que o mp, judiciarios e pf estão de fato chantageando os legisladores. Se não aprovar isso, entro com processo que pode te levar à lei da ficha limpa…e pronto, com isso, conseguem tudo.

  9. Interessante…  Justo o

    Interessante…  Justo o maior criminoso  do judiciário Brasileiro de repente muda da água para o vinho e resolve defender as leis que ele sistematicame deturpa ou ignora quando é do interesse dele?

    Bullshit, muito mais provável que ele esteja tentando se garantir por acreditar que a bunda dele está na reta, e eu estou curioso em saber qual seria o perigo que ele está tentando evitar. Moro estaria fora de controle e realmente acreditando que pode acabar com a corrupção no Brasil (tendo assim que partir para cima dos intocáveis do PSDB)? Alguém decidiu que ele não é mais necessário e está juntando um dossiê que nem a mídia nativa irá conseguir negar? Ou os verdadeiros autores da conspiração decidiram tirar o apoio ao verem a reação global e agora Gilmar está tentando salvar a pele tentando dizer ser parte dos “mocinhos” antes que a coisa desabe?

    Quantas possibilidades, exceto crise inesperada de consciência.

  10. Para o Ataque

    minha melhor sugestão é vcs irem para o contra-ataque

    mas mirem o inimigo certo, esqueçam Temer e GM

     

    OS MILITARES se afundaram em escandalos de corrupção e crise economica

    até um Celso Daniel, João jobim, eles carregam nas costas.

     

    Os militares estão por trás do Golpe.

    vão pegar primeiro os peixes pequenos do PT, depois lula, depois o resto

    Bolsonaro é só uma marionete para calar e doutrinar a baixa patente.

  11. Esse Gilmar Dantas é um

    Esse Gilmar Dantas é um velhaco. Ficou calado esse tempo todo e agora que o PT jå foi destruído e só sobraram pmdbistas e tucanos, virou o paladino da legalidade. 

    1. Calado?

      Não, ele só mudou a sua opinião, porque com atos e palavras ele ajudou na destruição do PT e do governo Dilma. Só mudou o rumo das palavras. Um ser despresível, uma figura grotesca que enlameia essa já tão obscura justiça!

    2. Como a Fênix, o PT pode renascer das próprias cinzas

      PT destruído?

      Acho que você está por fora das últimas pesquisas de intenção de voto. Lula seria eleito no primeiro turno.

      Acho que o Lula tá se fingindo de morto para detonar os coveiros.

  12. Gilmar também poderia

    Gilmar também poderia responder por que só agora tem este posicionamento;

    Não serão os políticos que vão “estancar a sangria”, será o STF (mas, só agora, antes era preciso tirar a Dilma);

    Concordo com muitas coisas que ele falou;

    Agora, dizer que ele e Temer “sabem os limites éticos”, por favor. Aconselho ele a usar óleo de peróba no rosto, urgente!!

  13. “Nós dois sabemos os limites éticos.”

    Quer dizer então que as ações anti-éticas são com conhecimento de causa??? Sempre pensei que  golpe foi dado por pura ingenuidade…

     

  14. Essas palavras de GM apenas

    Essas palavras de GM apenas explicitam o plano original de Jucá, que disse a Machado que um eventual governo Temer deveria construir um pacto nacional, “com o Supremo, com tudo”. “Delimitava onde está e pronto.” “Tem que trocar o governo para estancar essa sangria”. 

    Pronto, o governo já foi trocado. Agora, vem a segunda etapa. Delimitar onde está.

  15. Para, para, para

    O Gilmar falando no juciário mais caro do mundo, com desembargadores ganhando acima do teto e outros temas???

    Por que ele não dá uma lida na Lei da Magistratura???

  16. Não foi o Ministro Gilmar

    Não foi o Ministro Gilmar quem impediu a nomeação de Lula na casa Civil, baseado no famoso grampo ilegal?  Talvez a divulgação desse grampo, no meu ver, tenha sido a maior agressão às instituições democráticas que se tenha notícia aqui no Brasil. Pra prejudicar alguns desafetos pode? O que é abuso? Se ele tivesse levantado essa bandeira desde o inicio da “imaculada” operação moriana, talvez lhe desse alguma credibilidade.

     

  17. Gilmar e esposa viajaram durante recesso por conta do $TF

    Veja abaixo autoridade moral do Gilmala Dantas para falar da carestia do judiciário:

    “De 2009 a 2012, o Supremo destinou 608.000 reais para a compra de bilhetes aéreos para as esposas de cinco ministros: Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, ainda na Corte, e Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Eros Grau, já aposentados. No período divulgado pelo STF, as mulheres dos cinco ministros e ex-ministros mencionados realizaram 39 viagens, sendo 31 para destinos no exterior como Paris (França), Lisboa (Portugal), Veneza (Itália), Washington (EUA), Cairo (Egito) e Pequim (China). As viagens realizadas pelos ministros são a título de representação da Corte, fazendo com que a maioria seja dos magistrados que ocupam a presidência e a vice-presidência do Supremo”

    https://jornalggn.com.br/noticia/gilmar-defende-congresso-barrar-abusos-da-lava-jato

    Façam o que eu digo, não o que eu faço. Esse Roger Mendes é um hipócrita.

  18. Impressões

    Comparando com outras declarações e até mesmo decisões do Ministro, sua entrevista parece significar uma indignação preventiva. Todavia, disse as verdades que todo observador atento do lado da cá já constatou há tempo e alguns até denunciaram. Claro, aqui no rés do chão, nossas denúncias são palavras ao vento. As do Ministro ao menos terão alguma repercussão.

  19. Acórdão HC 95518/PR Gilmar versus Moro

    Em 2010, no STF, Acórdão HC 95518/PR, Gilmar Mendes fez pesadas críticas ao Sérgio Moro, acusando esse juiz de absolutista, que se julga acima da Justiça, conduz os processos ao seu livre arbítrio, faz uso abusivo da prisão preventiva e tergiversa com a liberdade do cidadão e com os postulados do devido processo legal. Diz mais o ministro que, para combater o crime, Sérgio Moro e seus agentes adotam postura de bandidos.

  20. Manera, manera, manera, Mané

    Manera, manera, manera Mané

    Não vou segurar pepino

    Se a coisa não me compete

    Você faz seu desatino

    Depois vem jogar confete

    Não estou aqui pra brincar

    Só gosto de jogo à vera

    Por isso é melhor parar, sai pra lá

    Manera, Moro, manera, Mané

     

    Zeca Pagodinho

  21. Gilmar descobrindo a roda…

    Agora que a Vaza-Jato prendeu o Cunha (que pode melar o Temer et caterva) e ameaça Renan, Gilmar acordou e descobriu a roda: Moro, o Judiciário e o MPF usam a Lava-Jato pra legitimar o ilegítimo…

  22. Acho que começaram os conflitos criador X criatura

    A mídia conservadora, as “otoridades” jurídicas, empresários e tantos outros representantes da direita criaram um monstro, chamado Lava Jato, cuja face é  Sérgio Moro, para acabar com Lula e o PT. Mas como este processo não foi tão rápido como o esperado, a Operação Lava Jato está ameaçando muitos dos articuladores do golpe.

    Neste momento em que a criatura se volta contra muitos de seus criadores, a nossa elite, que sempre se beneficiou dos abusos de poder, começa a se tornar vítima dele. É uma ótima oportunidade para um avanço básico na cidadania.

  23. Esse cara é o pior bandido do

    Esse cara é o pior bandido do nosso pais.

    Trabalha para o PSDB e a globo 24 horas por dia. Muda de opinião como muda de calcinha de acordo com a cor que a gloo escolhe.

    E os outros juizes?

    Os outros adoram ver ele em roupas intimas.

     

    Por isso andam dizendo que juiz bom é juiz morto.

  24. Post atualizado:

    Inclusive com contribuição luxuosa do cartunista Aroeira!

    😀

    *

     

    FMI e TV estatal francesa desmascaram Gilmar Mendes, por Romulus
     

     ROMULUS
     DOM, 23/10/2016 – 02:57
     ATUALIZADO EM 23/10/2016 – 07:16

    FMI e TV estatal francesa desmascaram Gilmar Mendes

    Por Romulus

    Gilmar Mendes parece ter tirado a semana para testar os (novos) limites deste Brasil pós-democrático (apud Wanderley Guilherme dos Santos).

    Num dia ataca juízes e procuradores, taxando-os de chantagistas – no que não discordo de todo!LEIA MAIS »

    Vídeos

     

    Veja o vídeo

     Veja o vídeo

     (i) 20-10-16 – FMI e TV estatal francesa desmascaram ataque vil do Min. Gilmar Mendes ao programa de transferência direta de renda Bolsa-Família; (ii) Chico Buarque – “Apesar de Você”, Gilmar Mendes. 

     

  25. O fulano está querendo que

    O fulano está querendo que todo mundo saia em defesa da corrupta lava jato , para daí prenderem o presidente Lula.

    Vade retro gilmarmorro, levem a corrupta rede grobo, psdb, dem pmdb e todos os ladrões deste país

  26. Se a receita crescer, a quem destiná-la?
    Se a PEC 241 for aprovada, os gastos públicos nas áreas sociais vão diminuir. A receita continuará igual, podendo inclusive aumentar. Ou seja, haverá superávit. A quem o Gilmar acha que esse aumento do superávit deve ser destinado?
    Eu também sou contra que esse aumento de receita seja destinado ao combate à corrupção, até porque até agora eles tem combatido o PT, e não a corrupção.
    Será que ele acha que o destinatário do superávit deve ser o mesmo destinatário que eu acho?

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