Diante da possibilidade de Haddad ser intimado em dia de debate da Band e por figurar como o atual vice de Lula, advogados desistem da testemunha
Foto: Ricardo Stuckert
Jornal GGN – Como parte da estratégia eleitoral, os advogados do ex-presidente Lula irão desistir de ter Fernando Haddad como testemunha da defesa nos processos da Lava Jato, mais especificamente, das obras no sítio de Atibaia (SP).
O ex-prefeito era um dos convidados pela defesa a prestar informações no caso. Mas além de ser o coordenador de campanha de Lula e ser listado como advogado, agora Haddad é o vice na chapa petista, e o partido quer evitar mais exposição jurídica do possível cotado a assumir a disputa eleitoral, caso Lula seja impedido.
Além disso, enquanto o ex-presidente está sendo impedido pela Justiça de participar de debates políticos, ainda que tendo a seu favor o respaldo jurídico e eleitoral para participar, Haddad deve ser orientado pela Executiva Nacional do PT a acompanhar os debates, para pelo menos apresentar o projeto de governo de Lula.
De maneira pública, mesmo após ser registrado como o vice no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Haddad continua evitando ser relacionado a um plano B do partido, e segue afirmando que Lula é a única opção.
Na Justiça, os advogados que sustentam a defesa de Lula nos processos penais na Lava Jato informaram que Haddad agora é vice do ex-presidente do pleito eleitoral e, por isso, desiste de intimá-lo como testemunha do caso de Atibaia. Além disso, sustentou que Haddad está registrado como advogado de Lula.
O atual vice do petista seria convocado pelo juiz Sérgio Moro no processo de Atibaia para prestar depoimento nesta quinta-feira (09). A data é a mesma do primeiro debate entre candidatos a presidente, realizado pela Band. Caso Lula seja impedido de participar, Haddad é quem deve marcar presença.
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Veneno no “Mecanismo”
[video:https://www.youtube.com/watch?v=McX1Ss_r43w%5D
Evidente q para a midia, os debates não são de interesse público
Fazem parte do esforço de campanha para seu(s) candidato(s).
Vide Collor x Lula na Globo
Uma análise: Wanderley Guilherme dos Santos
“Balancete” [ sugestão pra se ler devagar, em tela grande, e reler – dá no que pensar – e repensar ]
http://insightnet.com.br/segundaopiniao/?p=559
Em matéria de estratégia, a do PCdoB foi a de maior êxito. Ameaçado pela nova legislação de perder privilégios parlamentares, sem assento em comissões, mesas diretoras, fundo partidário e tempo de televisão, as eleições proporcionais são o objetivo primordial do partido. Associando-se a chapas fortes, contará com votos dos partidos das coalizões para eleger seus candidatos. A apresentação de Manuela como candidata a presidente foi audaciosa. Destinada a ser absorvida, a candidatura ficou à beira do precipício com a escolha de Katia Abreu por Ciro Gomes. Se Lula continuasse a recusá-la o PCdoB teria que enfrentar sozinho a competição presidencial, provavelmente não tendo votos para atender à exigência da lei eleitoral para a representação no parlamento. Estratégia bem traçada e bem executada.
Ciro Gomes é o único capaz de promover duas campanhas simultâneas. Katia Abreu dispõe de personalidade e capacidade de articulação que a permitem fazer campanha em um lugar enquanto Ciro circula em outra praça. Marina Silva ou Geraldo Alkmin não contam com tal recurso. No PT, já com o problema de informar a seu eleitorado que o candidato não é o Haddad, mas Lula, exceto se Lula for impugnado, Manuela não tem como se apresentar senão junto com Haddad, deixando claro que, se Lula for candidato, o vice não será o Haddad, ali presente, mas ela, que, por ora, não é nada. Um pequeno transtorno será explicar, caso perguntem, o que acontecerá com Haddad, se Lula for candidato: voltará a dar aulas no INSPER, colégio de radicais antipetistas, ou será confirmado, não como o mensageiro de Lula, mas como vice mesmo? Aí o destino incerto será da Manuela. Nada disso tem importância para o eleitor, segundo os estrategistas do PT e seus porta-vozes na imprensa alternativa, porque eleger Lula ou seu preposto é o que importa. Mais nada.
Quanto a programas, Marina Silva, não obstante assessores de peso, não abre mão de confundir o eleitor com seu estilo baixo austral de Augusto dos Anjos. As votações que tem obtido são o maior mistério do comportamento eleitoral brasileiro. Se ela afirmar que, com os erros e roubalheiras do passado recente, pior do que está não pode ficar, será considerada uma declaração socrática – tipo, eu só sei que nada sei -, embora um plágio de Tiririca, cuja votação é igualmente incompreensível. Alkmin dispensa apresentar programas porque já é conhecido há vinte anos. O cartapácio do PT rebobina programas conhecidos, acrescenta velhuscas bandeiras como um imposto sobre fortunas e ignora por completo o complexo desafio da revolução industrial ponto 4 sem fazer ideia do problema de emprego que o País terá pela frente. Refere-se à intervenção no mercado da informação, sem maiores esclarecimentos, e serve a fantasia de reforma política junto com a promessa de uma Assembleia Nacional Constituinte. Mas a segunda, se cumprida, não promoveria a primeira? Talvez não, pois, segundo os pensadores petistas, os deputados não alteram as condições que lhes proporcionaram o mandato. Bem, fora a grosseira análise de como funciona um parlamento, onde pensam buscar candidatos e eleitores distintos dos atuais? Quanto a isso o programa oferece o conhecido escapismo de que tudo será feito depois de ampla consulta à população. Bem, não importa porque o projeto real é eleger Lula ou quem ele mandar.
O programa de Ciro Gomes tenta apresentar diagnósticos específicos de vários problemas materiais e esboça linhas de ação para minorá-los. Há substância para discussões relevantes, inclusive sua tese de que o presidencialismo é a fonte de todos os males e o parlamentarismo um primor de engenharia: se não está funcionando, o grupo deixa o governo e outra eleição, ou indicação do próprio parlamento, escolhe o grupo substituto. Não haveria o problema agônico da sucessão que precisa esperar quatro, cinco ou seis anos para solucionar um vexame como o de Michel Temer, por exemplo.
Ocorre que a Alemanha dos anos 30 era parlamentarista, na companhia de Portugal salazarista e outros da mesma cepa. Ciro está equivocado quanto à história das formas políticas. Em compensação, tem revelado conhecimento e preocupação com o ingresso do Brasil na ordem robótica, com a perspectiva de se tornar um dos países cronicamente proletários no mundo da automação. Mas todas as entrevistas são desperdiçadas com debates sobre o temperamento do candidato, suas relações com o PT e Patrícia Pilar. Ou seja, a imprensa convencional também não quer saber do programa de ninguém: já tem seu candidato tanto quanto parte considerável da imprensa alternativa. Pensamento único em todos os canais de comunicação.
vai desistir? não tem problema.
mo(a)rinho manda uma coercitiva, e trás arrastado para depor!