Janot contraria Raquel Dodge sobre aumento do salário dos procuradores

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
 
 
Jornal GGN – Prestes a sair do cargo, o procurador geral da República Rodrigo Janot contrariou sua sucessora, a procuradora Raquel Dodge, em relação ao reajuste salarial de 16,7% para a categoria, que vai custar cerca de R$ 116 milhões só em 2018.
 
Raquel esperava transferir para Janot a responsabilidade de indicar quais seriam os cortes necessários no orçamento do Ministério Público Federal para cobrir o aumento do salário dos procuradores. A solicitação foi feita por ela em um ofício, já que ela não compareceu à reunião no Conselho Superior do MPF que discutiu a questão, nesta terça (1).
 
Janot, porém, se recusou a atender a demanda da procuradora.  “Não vou fazer indicação de corte que suporte os 16%. Já estou avisando que não farei”, disse Janot, segundo relatos de O Globo.
 
O procurador geral disse ainda que o país “atravessa grave crise econômica e um reajuste dessa ordem dependeria de capital político e muita negociação”.
 
Ele também Janot argumentou que, “como a execução do orçamento de 2018 estará sob a responsabilidade de Raquel, caberia a ela o ônus e o bônus de indicar as áreas de cortes e, com isso, assegurar, da parte do Ministério Público, as condições para o reajuste.”
 
As críticas de Janot não começaram hoje. Na semana passada, ele já havia se manifestado contra a ideia de cortar salário dos assessores para promover o reajuste aos procuradores. Isso porque a primeira categoria ganha menos do que a segunda. Seria como tirar dos pobres para dar aos ricos, apontou.
 
Embora tenha sido aprovado na semana passada pelo Conselho Superior do MPF, o reajuste só terá validade se o Supremo Tribunal Federal também pedir o mesmo percentual e o Congresso Nacional aprovar o aumento para toda a magistratura. 
 
Em Brasília, ventila-se que não há a menor chance do Supremo aprovar a medida. Os ministros se reúnem para debater o assunto no próximo dia 9.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Tirariam dos barnabés,
    como

    Tirariam dos barnabés,

    como já há na justiça federal um movimento para aumentar contribuições de servidores por falta de $$$$$$, não tem mágica, ou a viuva dá o tchuli ou cortam de algum lugar, geralmente da parte mais fraca, como disse esse um mihão da lava a jato para diarias é dinheiro que vai parar no bolso de quem as receberá, gostaria de saber quem as recebe e quanto..

  2. Espero que Janot provoque muito os seus antes de sair.

    Pois quero saber o que será de Janot sem o poder. Já noto ( sem trocadilho) que Janot está perdendo seu sorriso debochado. Já noto que as pressões em Minas Gerais estão fortes, afinal seu protegido Francisco, dos Neves, deve estar jogando pesado. Janot não tem flechas para alguns, mas   ainda pode dar suas bordoadas  com a taboca que sobrou. Diante do bullying dos Neves,  Janot foi correndo delatá-lo como bom menino que é.  Mas deve correr para a proteção de Serra, que sem dúvida continua rindo enquanto o guri das Alterosas esta ficando de cabelo branco.

    Janot ainda vai querer  atirar contra alguns desafetos, pois se acostumou ao poder, mas seu caminho agora é o Aeroporto,  Nova York talvez.

  3. Fechamento de unidades

    Um possível lugar de cortes já esta sendo levantado dentro do MPF, ” Transformação de PRMs polo em satélites é tema de estudo apresentado aos procuradores-chefes” com este título matéria vinculada em informativo interno demonstra estudos do MPF para fechar unidades. Assim provocando economia para o órgão, pena que as comunidades afetadas não estão sendo perquiridas neste momento. Também os servidores afetados até o momento não sabem o que será feito de suas vidas.

      

  4. Consciência cívica

    O procurador disse ” o pais atravessa grave crise econômica e um reajuste dessa ordem….”

    e eu fui lendo , na esperança de uma conclusão lógica,   mas ao  terminar de ler a sentença a decepção bateu forte.

    Onde eu esperava  ler “e um reajuste dessa ordem seria indecente para uma  categoria tão regiamente paga como a nossa”

    escreveu-se “e um reajuste dessa ordem dependeria de capital político e muita negociação”

    Haja consciência cívica!

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