Janot denuncia Dilma e Lula de novo, agora por obstrução de Justiça

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

 
Por André Richter
 
Da Agência Brasil
 
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou hoje (6) nova denúncia contra a ex-presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por suposto crime de obstrução de Justiça. No entendimento de Janot, a nomeação de Lula para ministro da Casa Civil em 2016 teve objetivo de combater as investigações porque ele já figurava como réu em um dos processos da Lava Jato. O ex-ministro Aloizio Mercadante também foi denunciado.
 
Em março de 2016, por uma decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, a nomeação de Lula foi suspensa, por entender que a nomeação para o cargo teve o objetivo de retirar a competência do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, para julgá-lo e passar a tarefa ao Supremo, instância que julga ministros de Estado.
 
Terça-feira (5), Janot apresentou outra denúncia contra Lula e Dilma, além dos ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci, pelo crime de organização criminosa. Na denúncia, Janot sustenta que os acusados formaram uma organização criminosa no Partido dos Trabalhadores (PT) para receber propina desviada da Petrobras durante as investigações da Operação Lava Jato.
 
Outro lado
Em nota, a defesa do ex-presidente Lula declarou que Janot tem atuação “afoita e atabalhoada” nos últimos dias do seu mandato. “Essa é a denúncia apresentada pelo Procurador-Geral da República para o próprio Supremo Tribunal Federal, talvez na busca de gerar algum ruído midiático que encubra questionamentos sobre sua atuação no crepúsculo do seu mandato”, diz o texto.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Os golpistas estão

    Os golpistas estão desesperados. Como bandidos acuados, estão atirando pra tudo quanto é lado, desde que acerte em Lula ou Dilma. Enquanto isso nossos milicos preparam as caixas de engraxates para engraxar coturnos ianques quando estes desembarcarem na Amazonia para preparar a invasão da Venezuela…

  2. Reportando-me ao tempo em que

    Reportando-me ao tempo em que dilma pretendeu dar a Lula o cargo de Ministro da Casa Civil, iediatamente tendo sido o ex-presidente impedido e acusado de estar tentando um foro privilegiado para se livrar de Moro, eu ainda tenho como ideia da importância daquele ato de Dilma, que até mesmo que fosse para tirar seu amigo de situação constrnagedora, estava em primeiro plano um real plano, ou um dos planos mais inteligentes da Guerrilheira Dilma: de conseguir que Lula, a seu lado, com experiência e sabedoria de poucos, lhe desse o respaldo necessário para melhor conduzir seu governo, enquanto Lula, que é consenso e justiça, pudesse concentrar entre tantos o sentimento patriótico, por conseguinte, dando ao Brasil as condições necessárias, por acordos políticos, republicanos, de termos uma coalizão congressual normalizada, com embates naturais, porém em circunstâncias absolutamente ponderáveis.

    O que fez a turma da bagaça foi o que jamais se viu em tempo algum: uma Presidente da República tendo seu sigilo telefônico quebrado por Moro, num ato criminoso aceito apenas neste nosso País, e, como consquência a tomada do poder por um deliquente, raivoso, invejoso, mas também cruel pela sua insignigficância, que pôde se aproveitar de uma chance única para se assenhorar de uma cadeira jamais feita pra ele, na medida em que nenhum brasileiro lhe deu essa autoridade nos limites em que se formalizaram os acordos com juristas, parlamentares, e coxinhas de todas as hordas, estes, por sinal, quase em primeiro plano, enquanto a justiça, a mesma que seguiu aquele julgamento do mensalão, parecia se credenciar pelas vozes das ruas, não aquels vestidas de vermelho, mas as de camisas com 09 dedos, e de tênis de marca, cujos donos seuqer sabiam o que faziam ali em dfesa de um Aécio que se resumiu a um coitado, carente de colo.

    Quisera Lula ter tido a chance de ser um baita assessor de Dilma, e a nossa História estaria tendo outra narrativa, embora Moro pudesse ainda estar na frente de suas cassadas selvagens, porém  sem o mesmo viés que tivera e, por infelicidade, prosegue tendo. 

     

  3. O Alienista

    O homem despirocou de vez, é caso de internação ou de autointernação, como fez Tião Bacamarte na hitória de Machado.

    Mais alguns dias a frente da PGR e ele denuncia a si mesmo e pede prisão preventiva.

  4. Janota covardão e traidor da pátria

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=yCqr6ox4E7A%5D

    Os EUA segguem com o modus operandi aplicado nas PRIMAVERAS na Nigeria…Siria…Iraque. –

    paises que continuam abundants em petróleo mas nada que pertença ao povo e sim às mega-corporações estrangeiras – a este respeito há um video bem didático do Leonardo Stoppa..-

    ..de forma que matar Lula faz parte da estrategia…matar politicamente e se possivel fisicamente…e esconder o  corpo para evitar homenagens do povo

    Vídeo: o ataque do PGR ao PT e a nova doutrina de segurança dos EUA para o Brasil, por Miguel do Rosário

    https://www.ocafezinho.com/2017/09/06/video-o-ataque-do-pgr-ao-pt-e-nova-doutrina-de-seguranca-dos-eua-para-o-brasil/

    Entenda porque a Nigéria é aqui…

    Leonardo Stoppa: Golpe do Petróelo na Nigéria 

    https://www.facebook.com/stoppaleonardo/videos/1776038675757068/


    Além de roubar petróleo, a Shell poluiu regiões interias, como no delta do Níger (foto)

    Nigéria exige que a Shell devolva 
    o campo de petróleo que roubou

    A petroleira propinou o ex-presidente Goodluck Jonathan e o ex-ministro do Petróleo, Dan Etete, para ficar com campo avaliado em US$ 500 bi pagando apenas US$ 1,3 bi

    No dia 12 de junho o Parlamento Europeu aprovou uma medida que obriga toda companhia europeia que trabalhe com mineração ou petróleo a divulgar todo pagamento acima 100 mil euros de qualquer projeto que venha a participar. A aprovação da medida foi consequência da repercussão do escândalo envolvendo o governo do ex-presidente, Goodluck Jonathan, e seu ministro do Petróleo, Dan Etete, que teriam recebido ao menos 500 milhões de dólares de propina paga pela Shell para repassar à petroleira o campo de petróleo OPL245, com reservas estimadas de 9,3 bilhões de barris, o que, em valores de hoje equivaleriam a 500 bilhões de dólares, pelo valor de US$ 1,3 bilhões.

    O governo atual da Nigéria aciona a Shell pela devolução do campo usurpado pela Shell. No dia 10 de abril, deste ano, depois de ter repetidamente negado a participação na corrupção na Nigéria, a Shell e sofrendo processos e investigações em diversos países, inclusive na Nigéria, através de seu porta-voz, Andy Norman, reconheceu ao repórter Stanley Reed, do jornal New York Times, que “com o passar do tempo, ficou claro para nós que Etete estava envolvido na Malabu [companhia que recebeu o dinheiro em troca do campo de petróleo] e que a única forma de resolver o impasse através de acordo negociado era um acerto com Etete, quer gostássemos ou não”. Norman acrescentou ainda que a Shell “sabia que o governo da Nigéria compensaria a Malabu por acertar sua demanda no bloco”.

    Ainda assim, e depois de todas as comprovações da falcatrua lesiva ao povo da Nigéria, subtraindo do país um campo de petróleo que poderia (para se ter a ideia da dimensão) atender às necessidades de petróleo de todo o continente africano por quase dez anos, o porta-voz teve a cara de pau (não encontro outro termo) de dizer: “Acreditamos que o acordo foi uma transação inteiramente legal”.

    O escândalo ainda está sendo investigado pelo parlamento nigeriano, pelo Tribunal de Milão (a transação fraudulenta envolveu também a petroleira italiana ENI) e pela polícia inglesa, mesmo assim as repercussões já acontecem, e além da medida já citada, aprovada pelo Parlamento Europeu, dois deputados norte-americanos Carolyn Maloney (democrata-NY) e Peter King (republicano-NY), entraram, no dia 28, com um projeto de lei, com base nestes processos denominado Lei de Transparência Corporativa (Corporate Transparency Act).

    A organização Jubilee USA, que esteve entre as que idealizaram e apoiam a iniciativa, declarou que a lei vem da necessidade de “prevenir que empresas como a Shell escondam atividade criminosa e corrupta”.

    A proposta é que as corporações norte-americanas ou em atividade nos Estados Unidos, informem a órgão judiciário designado, todas as participações societárias minoritárias, bem como os demais sócios e eventuais beneficiários destas sociedades. 
    Eric LeCompte, diretor da Jubelee saudou a iniciativa e disse que a lei vai ser uma tentativa de inibir que governos inescrupulosos “usem sigilo financeiro para roubar dinheiro de seus povos e traficantes de usarem companhias ligadas à Shell”.

    GOODLUCK

    A propina e a passagem do campo à Shell se deu durante o governo de Goodluck Jonathan, apropriação que é hoje questionada pelo governo atual de Muhammadu Buhari, que aciona a Shell pedindo a devolução do campo.

    Vejamos os principais passos desta história, com episódios que guardam similaridade com os escândalos que estão sendo desvendados pela Lava-Jato:

    Em 1998, o governo nigeriano, que já tinha como ministro do Petróleo, Dan Etete, cedeu o campo OPL245 à empresa nigeriana Malabu.

    Essa empresa tinha sido constituída dias antes e não tinha empregados registrados ou ativos (não consigo resistir a comparar com os acertos dos governos petistas com Eike Batista). O preço pela concessão do campo que a Malabu se encarregaria de explorar, foi estabelecido em um “bônus de assinatura” de 20 milhões de dólares (dos quais a companhia acabou pagando somente US$ 2 milhões).

    A firma declarou que estava em negociações para trazer a Shell como sócia e exploradora do campo, com 40% de participação (como informa a revista The Economist).

    Os planos foram interrompidos por um novo governo que assumiu em 1999 e cancelou o contrato. O campo foi imdiatamente leiloado e a Shell recebeu o direito de operar o campo. O bônus a ser pago pela Shell era agora de 210 milhões. A Shell, por razões que se nega a esclarecer não pagou nada, mas começou imediatamente as operações para explorar o campo.

    A empresa Malabu acionou o governo requerendo o campo de volta. Em 2006, a empresa conseguiu que o campo lhe fosse devolvido, o que pegou a Shell, desprevenida, seus executivos não esperavam tal decisão. A transnacional petroleira iniciou várias ações legais, inclusive procurando o Centro de Acerto de Disputas em Investimentos do Banco Mundial. Foi aí que entrou a ENI, convidada pela Malabu para apoiar a operação do campo que conseguira retomar. 

    O REPASSE

    Depois de muita negociação a Shell e a ENI acabaram concordando em operar em conjunto o campo e em 2011, pagaram 1,3 bilhão pela operação do bloco. A empresa Malabu retirou todas as queixas e repassou o direito de operação ao consórcio Shell/ENI.

    O dinheiro foi pago ao governo da Nigéria, que ficou com os 210 milhões de dólares do bônus que estava acertado com a Shell desde o início, e entregou os restantes 1,1 bilhão de dólares à Malabu. As denúncias investigadas são de que, desse dinheiro, pelo menos 200 milhões de dólares foram parar nas mãos do então presidente, Goodluck Jonathan.

    O ex-ministro Etete – segundo informa matéria da Economist – teria ficado com 250 milhões de dólares a título de “consultoria” da Malabu. A Malabu repassou grande parte do dinheiro. Uma certa companhia, a Rocky Top Resources, recebeu US$ 336.5m, que foi repassado a “várias pessoas desconhecidas”, de acordo com informe do órgão ligado à Presidência, EFCC, Economic and Financial Crimes Commission da Nigéria (Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros).

    Apesar das recentes declarações do porta-voz da Shell, tanto esta quanto a ENI, nos processos em que respondem, seguem negando que a compra foi uma pouco disfarçada forma de repasse de propinas. A Shell diz que agiu de acordo com as leis nigerianas e que “não agiu de forma alguma fora do que é norma na prática comercial e industrial”.

    A ENI diz que os pagamentos ao governo da Nigéria foram “feitos de forma transparente através de arranjos de ‘contratos de depósitos’ com um banco internacional de primeira linha”. O banco foi o JP Morgan Chase.
     

     

    NATHANIEL BRAIA

     

    http://horadopovo.com.br/2017/06Jun/3549-30-06-2017/P6/pag6a.htm

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador