Janot e Moro entrarão para a História. Pela porta dos fundos, por Weden

por Weden

Na primeira semana de dezembro, Rodrigo Janot, o Procurador Geral da República que parecia, nos primeiros seis meses de mandato, ser um dos melhores das últimas décadas, enterrou seu nome de vez na História. Dias antes, a defesa do ex-Presidente Lula entrou com uma ação por danos morais contra o procurador Deltan Dallagnol, que usou a midia para fazer uma série de acusações sem prova contra o investigado. De forma corporativa e apressada, Janot tentou jogar o ex-presidente contra o corpo do Ministério Público. No que foi rebatido imediatamente por um dos integrantes mais respeitados do MP no país: Eugênio Aragão.

Não foi a primeira vez que Janot surpreendia as mentes mais equilibradas com ataques diretos a Lula. Quando DIlma ainda era presidente, antes do Golpe de Estado, o PGR tentou impedir que o ex-presidente fosse nomeado ministro. Dias antes, num dos atos mais graves cometidos na história do país por um juiz, Sérgio Moro tinha usurpado a competência do STF para gravar e distribuir à imprensa um grampo telefônico da Presidência da República. Com isso tentava impedir a posse de Lula na Casa Civil. Janot fez sua parte: entrou com pedido de suspensão da nomeação no Supremo, afirmando ser “inusual” a escolha feita por Dilma. Meses depois, Janot mostra que convive bem com ministros investigados no Ministério do Golpe. 

Os gritos de Moro com a defesa de Lula, no início de dezembro, mostra que o juiz de Curitiba é outro que vai afundando seu nome no limo da História. Não é comum que juízes tenham ataque de histeria em plena audiência. É estranho que juízes se satisfaçam com agressões verbais feitas por testemunhas contra o investigado e a defesa. E bastante inusual que defenda o uso de provas ilícitas, que invada competências do Supremo, que aceite direcionamento de pergunta por acusadores, ou que seja visto como do “time da acusação” pelos próprios procuradores.

Mas o que querem Janot e Moro? Entrar para a História como os “Caçadores de Lula”? Se pensam que isso será uma boa credencial para a fama, podem esperar um destino perverso. A notícia tem pernas curtas, mas a História tem braços longos. Muito longos.

Nomes de peso do mundo jurídico sabem perfeitamente o que está acontecendo. Personalidades internacionais já perceberam que a perseguição a Lula é tão somente política, e ultrapassa em muito o Estado de Direito. A comunidade acadêmica também já se apercebeu, e vem ganhando força na sociedade a consciência de que o que querem, na verdade, é tão somente materializar judicialmente a sede de vingança de uma direita ultra-conservadora e retrógrada, vocalizada pelas corporações midiáticas, que os têm como aliados no limite da responsabildade.

É evidente que academia, juízes sérios, procuradores conscientes do seu papel republicano, comunidade política, jurídica e acadêmica internacional terão vozes muito mais perenes do que a caducidade própria dos produtos midiáticos. Janot e Moro acreditam realmente que, em sendo heroicizados e bajulados por jornalistas e um grande esquema publicitário em torno de seus nomes, terão vida longa como baluartes da moralidade.

Ao menos poderiam ver o eclipse que um outro juiz super-herói experimentou. Só que o outro, que atuou sob os holofotes voltados para o Supremo, não ousou perseguir politicamente um dos mais conceituados líderes populares do país, um dos políticos mais reverenciados pelos mais pobres e necessitados, e também admirado por toda uma parcela de classes médias progressistas, além de nomes internacionais.

Moro e Janot são muito pequenos diante da grandeza de um Luis Inácio da Silva. No máximo, se igualam aos brutamontes da Comissão Geral de Investigações, que perseguiam os desafetos da ditadura, como Juscelino Kubitschek ou Leonel Brizola.

No máximo passarão à história como personagens de uma nova “República do Galeão”. E deveriam se perguntar desde já: “Alguém se lembra do nome de alguns desses perseguidores políticos?”. Se essa pergunta for humilhante demais, poderiam tentar outra: “Como passaram à História os perseguidos?”

 

 

Redação

29 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    1. Bem lembrado, Jose. Moniz

      Bem lembrado, Jose. Moniz Banderira, como sempre, afiadíssimo !! Nassif, se der, publique a entrevista dele inteira ou partes dela. O Moniz sempre disse o que verdadeiramente havia por tras dessa lava jato e do golpe de Estado travestido de impeacjment. 

      https://leonardoboff.wordpress.com/2016/12/04/moro-e-janot-atuam-com-os-estados-unidos-contra-o-brasilmoniz-bandeira/ “Moro e Janot atuam com os Estados Unidos contra o Brasil”:Moniz Bandeira Jornal do Brasil Eduardo Miranda  :03/12/2016Moniz Bandeira é indiscutivelmente o nosso melhor analista de política internacional que temos no Brasil. Sua vasta obra se caracteriza por uma documentação minuciosa e segura. Com seus 80 anos está profundamente preocupado com o destino de nosso pais, pois conhece as entranhas da estratégia de dominação norte-americana sobre o mundo todo (full spectrum dominance). Sua última obra A desordem mundial mostra como o Brasil entra nas preocupações geopolíticas dos USA e como corremos o risco de sermos recolonizados e forçosamente alinhados às estratégias do Império. O que publicamos aqui representa um alerta feito por uma das inteligências mais brilhantes de nosso país. Vale ouvi-lo e armar-se de precauções face ao que poderá vir com a colaboração de brasileiros que não assumem um projeto de nação, não amam a soberania de nosso povo e preferem ser sócios menores e agregaados do grande poder exterior e mundial. Moniz Sodré cita corajosamente seus principais protagonistas: LboffRespeitado pela vasta obra em que disseca o poderio dos Estados Unidos a partir do financiamento de guerras e da desestabilização de países, o cientista político brasileiro Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira afirma, em entrevista ao Jornal do Brasil, que representantes da Lava Jato, como o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o juiz de primeira instância Sérgio Moro, avançam nos prejuízos provocados ao país e à economia nacional. Segundo o professor, os “vínculos notórios” de Moro e Janot com instituições norte-americanas explicam a situação atual das empresas brasileiras. “Os prejuízos que causaram e estão a causar à economia brasileira, paralisando a Petrobras, as empresas construtoras nacionais e toda a cadeia produtiva, ultrapassam, em uma escala imensurável, todos os prejuízos da corrupção que eles alegam combater. O que estão a fazer é desestruturar, paralisar e descapitalizar as empresas brasileiras, estatais e privadas, como a Odebrecht, que competem no mercado internacional, América do Sul e África”, argumenta Moniz Bandeira, que está lançando o livro A Desordem Mundial: O Espectro da Total Dominação. “A delação premiada é similar a um método fascista. Isso faz lembrar a Gestapo ou os processos de Moscou, ao tempo de Stálin, com acusações fabricadas pela GPU (serviço secreto)”, critica professorNa entrevista a seguir, o cientista político, que é autor de mais de 20 obras sobre temas como geopolítica internacional, Estados Unidos, Brasil e América Latina, faz críticas severas ao presidente Michel Temer, que, segundo ele, “não governa”, mas segue apenas as coordenadas do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, “representante do sistema financeiro internacional”. “Seu propósito é jogar o peso da crise sobre os assalariados, para atender à soi-disant, ‘confiança do mercado’, isto é, favorecer os rendimentos do capital financeiro, especulativo, investido no Brasil, e de uma ínfima camada da população – cerca de 46 bilionários e 10.300 multimilionários”, critica Moniz Bandeira. Confira a entrevista com o cientista político: Jornal do Brasil – Um livro como Quem pagou a conta?, da historiadora britânica Frances Stonor Saunders, aponta a cultura como estratégia de dominação e força dos Estados Unidos em relação aos seus artistas e intelectuais e em relação a outros países durante a Guerra Fria. Essa dominação ainda se dá da mesma forma? Ela passou por novas configurações? Moniz Bandeira – Sim, o inglês é a língua franca e os Estados Unidos ainda possuem o maior soft power. É através do controle dos meios de comunicação, das artes e da cultura que influenciam e dominam, virtualmente, quase todos os povos, sobretudo no Ocidente. E os recursos financeiros correm por diversas fontes. Jornal do Brasil – Como o senhor vê o modo como os EUA elegem seu presidente da República? É um método seguro? A Rússia chegou a anunciar que enviaria fiscais para acompanhar o processo de votação até a apuração do resultado. Moniz Bandeira – Os grandes bancos e corporações, concentradas em Wall Street, são, geralmente, os grandes eleitores nos Estados. George W. Bush não foi de fato eleito, mas instalado no governo por um golpe do poder judiciário. Agora, porém, a tentativa de colocar na presidência dos Estados Unidos a candidata de Wall Street e do complexo industrial-militar, a democrata Hillary Clinton, falhou. Elegeu-se Donald Trump, um bilionário outsider, como franco repúdio ao establishment político, à continuidade da política de guerra, de agressão. Trump recebeu o apoio dos trabalhadores brancos, empobrecidos pela globalização, dos desempregados e outros segmentos da população descontentes com o status quo. E o fato foi que mais de 70 milhões de cidadãos americanos (59 milhões em favor de Trump e 13 milhões em favor Bernie Sanders, no Partido Democrata) votaram contra o establishment, contra uma elite política corrupta, e demandaram mudança. Jornal do Brasil – De que modo os EUA participaram da destituição da presidente Dilma Rousseff? Essas intervenções se dão em que nível, quando comparadas às do período da ditadura militar no Brasil? Moniz Bandeira – Conforme o historiador John Coatsworth contabilizou, entre 1898 e 1994, os Estados Unidos patrocinaram, na América Latina, 41 casos de “successful” de golpes de Estado para mudança de regime, o que equivale à derrubada de um governo a cada 28 meses, em um século.  Após a Revolução Cubana, os Estados Unidos, em apenas uma década, a partir de 1960, ajudaram a derrubar nove governos, cerca de um a cada três meses, mediante golpes militares, como no Brasil. Depois de 1994, outros métodos, que não militares, foram usados para destituir os governos de Honduras (2009) e Paraguai (2012). No Brasil, o impeachment da presidente Dilma Rousseff constituiu, obviamente, um golpe de Estado. Houve interesses estrangeiros, elite financeira internacional, aliados a setores do empresariado, com o objetivo de regime change (mudança de regime), através da mídia corporativa, com o apoio de vastas camadas das classes médias, abaladas com as denúncias de corrupção. Jornal do Brasil – E qual teria sido o papel norte-americano na destituição? Moniz Bandeira – Há evidências, diretas e indiretas, de que os Estados Unidos influíram e encorajaram a lawfare, a guerra jurídica para promover a mudança do regime no Brasil. O juiz de primeira instância Sérgio Moro, condutor do processo contra a Petrobras e contra as grandes construtoras nacionais, preparou-se, em 2007, em cursos promovidos pelo Departamento de Estado. Em 2008, ele participou de um programa especial de treinamento na Escola de Direito de Harvard, em conjunto com sua colega Gisele Lemke. E, em outubro de 2009, participou da conferência regional sobre “Illicit Financial Crimes”, promovida no Rio de Janeiro pela Embaixada dos Estados Unidos. A Agência Nacional de Segurança (NSA), que monitorou as comunicações da Petrobras, descobriu a ocorrência de irregularidades e corrupção de alguns militantes do PT e, possivelmente, forneceu os dados sobre o doleiro Alberto Yousseff ao juiz Sérgio Moro, já treinado em ação multi-jurisdicional e práticas de investigação, inclusive com demonstrações reais (como preparar testemunhas para delatar terceiros). Jornal do Brasil – O sr, cita também o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no desmantelamento de empresas brasileiras… Moniz Bandeira – Rodrigo Janot foi a Washington, em fevereiro de 2015, apanhar informações contra a Petrobras, acompanhado por investigadores da força-tarefa responsável pela Operação Lava Jato, e lá se reuniu com o Departamento de Justiça, o diretor-geral do FBI, James Comey, e funcionários da Securities and Exchange Commission (SEC).  A quem serve o juiz Sérgio Moro, eleito pela revista Time um dos dez homens mais influentes do mundo? A que interesses servem com a Operação Lava-Jato? A quem serve o procurador-geral da República, Rodrigo Janot? Ambos atuaram e atuam com órgãos dos Estados Unidos, abertamente, contra as empresas brasileiras, atacando a indústria bélica nacional, inclusive a Eletronuclear, levando à prisão seu presidente, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva. Os prejuízos que causaram e estão a causar à economia brasileira, paralisando a Petrobras, as empresas construtoras nacionais e toda a cadeia produtiva, ultrapassam, em uma escala imensurável, todos os prejuízos da corrupção que eles alegam combater. O que estão a fazer é desestruturar, paralisar e descapitalizar as empresas brasileiras, estatais e privadas, como a Odebrecht, que competem no mercado internacional, América do Sul e África. Jornal do Brasil – Levando-se em consideração a destruição de empresas de infraestrutura no país, projetos para acabar com a exclusividade da Petrobras na exploração da commodity, o senhor acredita na tese de que o cérebro da Lava Jato está fora do país? Se sim, como se daria isso? Moniz Bandeira – Não há cérebro. Há interesses estrangeiros e nacionais que convergem. Como apontei, os vínculos do juiz Sérgio Moro e do procurador-geral Rodrigo Janot com os Estados Unidos são notórios. E, desde 2002, existe um acordo informal de cooperação entre procuradores e polícias federais não só do Brasil, mas também de outros países, com o FBI, para investigar o crime organizado. E daí que, provavelmente, a informação através da espionagem eletrônica do NSA, sobre a corrupção por grupos organizados dentro da Petrobras, favorecendo políticos, chegou à Polícia Federal e ao juiz Sérgio Moro. A delação premiada é similar a um método fascista. Isso faz lembrar a Gestapo ou os processos de Moscou, ao tempo de Stálin, com acusações fabricadas pela GPU (serviço secreto). E é incrível que, no Brasil, um juiz determine, a polícia faça prisões arbitrárias, ilegais, sem que os indivíduos tenham culpa judicialmente comprovada, um procurador ameace processá-los se não delatarem supostos crimes de outrem, e assim, impondo o terror e medo, obtêm uma delação em troca de uma possível penalidade menor ou outro prêmio. Não entendo como se permitiu e se permite que a Polícia Federal, que reconhecidamente recebe recursos da CIA e da DEA, atue de tal maneira, ao arbítrio de um juiz de 1ª Instância ou de um procurador, que nenhuma autoridade pode ter fora de sua jurisdição, conluiados com a mídia corporativa, em busca de escândalos para atender aos seus interesses comerciais. A quem servem? Combater a corrupção é certo, mas o que estão a fazer é destruir a economia e a imagem do Brasil no exterior. E em meio à desestruturação da Petrobras, das empresas de construção e a cadeia produtiva de equipamentos, com o da “lawfare”, da guerra jurídica, com a cumplicidade da mídia e de um Congresso quase todo corrompido. O bando do PMDB-PSDB apossou-se do governo, com o programa previamente preparado para atender aos interesses do sistema financeiro, corporações internacionais e outros políticos estrangeiros. Jornal do Brasil – O economista Bresser-Pereira, ex-ministro de FHC, afirma, na apresentação de A Desordem Mundial, que os EUA, segundo a tese do senhor, passaram por um processo de democracia para a oligarquia. Que paralelo se pode fazer com o Brasil nesse sentido, tomando como base as últimas três décadas? O sr. acredita que passamos brevemente por um momento de democracia e agora voltamos à ditadura do capital financeiro/oligarquia? Moniz Bandeira – Michel Temer, que se assenhoreou da presidência da república, não governa. É um boneco de engonço. Quem dita o que ele deve fazer é o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como representante do sistema financeiro internacional. E seu propósito é jogar o peso da crise sobre os assalariados, para atender à soi-disant, “confiança do mercado”, isto é, favorecer os rendimentos do capital financeiro, especulativo, investido no Brasil, e de uma ínfima camada da população – cerca de 46 bilionários e 10.300 multimilionários. Jornal do Brasil – O senhor afirma que onde quer que os EUA entrem com o objetivo de estabelecer a democracia, eles entram na verdade por interesses políticos e econômicos. É esse o caso da aproximação dos norte-americanos com Cuba? Fidel Castro é um dos que compartilhavam dessa visão de interesse. Moniz Bandeira – Sim, havia forte pressão de empresários americanos para o restabelecimento de relações com Cuba, por causa de seus interesses comerciais. Estavam a perder grandes oportunidades de negócios e investimentos devido ao embargo econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba desde fins de 1960, portanto mais de 50 anos, sem produzir a queda do regime instituído pela revolução comandada por Fidel Castro. Era um embargo de certa forma inócuo, uma vez que outros países, como o Brasil, estavam a investir e fazer negócios com Cuba. A construção do complexo-industrial de Mariel, pela Odebrecht, com equipamento produzidos pela indústria brasileira e o apoio do governo do presidente Lula, contribuíram, possivelmente, para a decisão do presidente Barack Obama de normalizar as relações Cuba. Essa Zona Especial de Desarrollo de Mariel (ZEDM), 45 quilômetros a oeste de Havana, tende a atrair investimentos estrangeiros, com fins de exportação, bem como opção para o transbordo de contêineres, a partir da ampliação do Canal do Panamá, ao permitir a atracagem dos grandes e modernos navios de transporte interoceânicos. Tenho um livro sobre as relações dos Estados Unidos com Cuba (De Martí a Fidel – A Revolução Cubana e a América Latina). Jornal do Brasil – O processo de apoio financeiro de instituições políticas às religiões cristãs de direita, tal como o senhor descreve ao tratar do governo Bush, se assemelha de alguma forma ao contexto do Brasil, levando-se em conta o crescimento da bancada evangélica no Congresso Nacional e a conquista de cargos do Poder Executivo por representantes da Igreja? Moniz Bandeira – Sim, o processo é secreto. Ocorre através de ONGs, muitas das quais são financiadas pela USAID, National Endowment for Democracy, conforme demonstro em A Segunda Guerra Fria e A desordem mundial, bem como através de outras agências semi-oficiais e privadas. Essas igrejas também coletam muito dinheiro dos crentes, acumulam fortunas. E as bancadas de deputados recebem dinheiro de empresas não nacionais, mas de grandes empresas estrangeiras, muitas das quais apresentam no Brasil balanços com prejuízos, conquanto realizem seus lucros nas Bahamas e em outros paraísos fiscais. Tais empresas multinacionais não foram investigadas pelo juiz Sérgio Moro, o procurador-geral Rodrigo Janot e a força-tarefa da Operação Lava-Jato et caterva. A quem eles servem? Racine, o dramaturgo francês, escreveu que “não há segredo que o tempo não revele”. Não sabemos exatamente agora, porém podemos imaginar.

       

  1. Lixo
    Dos 3 citados, Moro e Barbosa sempre foram promotores de acusação. Por seu perfil jamais poderiam ocupar a posição de magistrados.

    Os 3 agem e agiram com desonestidade, os 3 ultrapassaram os limites da Constituição Federal, os 3 traíram o país, provocando perseguições injustas, fomentando o ódio, destruindo empresas, arruinando a vida de trabalhadores humildes e inocentes.

    O 3 são imprestáveis. Barbosa foi descartado, como um bagaço de laranja chupada. Os outros 2 serão em breve.

  2. O que disse o Juiz Odilon de Oliveira numa entrevista

    Um trecho da entrevista do juiz Odilon de Oliveira:

    É mais perigoso para um juiz investigar a corrupção política do que o tráfico?

    A justiça penal no Brasil, no meu entender, virou ficção. Tem uma justiça para aquela pessoa que é cheia de pendor político, social e econômico. Nitidamente separada da outra justiça. Olhe: 23% do trabalho da polícia federal é dedicado ao combate à corrupção. E 15% é dedicado ao combate às drogas. Em 2010, todos os presos por tráfico no Brasil somavam 105.500 pessoas. Como a atuação da PF é maior para corrupção, você imagina que deve ter um número bem grande de presos também. Mas são 794 detidos. E desses 794 você vai achar só aquele servidor que pegou uma fiança de R$ 500 e embolsou. Isso responde a sua pergunta? E tem outra coisa que acho muito grave também. O sistema penal já é feito para beneficiar os grandes, alguns exemplos provam isso.

    Que exemplos?

    Na área do tráfico a legislação prevê de 5 a 15 anos de prisão, independente da quantidade de droga. Se um sujeito trafica 10 kg, ele é primário, de bons antecedentes, vai pegar cinco anos. Se ele trafica 10 t, nas mesmas condições do outro, ele vai pegar no máximo uns cinco anos e meio. Ou seja, a legislação incentiva a prática do grande crime. Isso vale para crimes financeiros, como remessas de dinheiro para o exterior. Se a pessoa mandar para o exterior R$ 10 mil ou R$ 10 milhões a pena vai ser quase a mesma. E quem trafica grandes remessas para o exterior? Claro que é quem tem muito dinheiro. Então a legislação brasileira é uma grande hipocrisia na esfera penal, ela é frouxa. O grande paraíso fiscal está aqui no Brasil, porque não dá nada mesmo.

    E como o senhor se sente com relação a isso?

    É uma decepção. A grande maioria dos juízes está totalmente desgostosa. Acha que a justiça penal virou efetivamente uma justiça que atende prontamente os ricos, para beneficiá-los. E atende prontamente também os pobres, mas para deixá-los na cadeia. Eu que já tenho 30 anos de magistratura, sendo 24 na Justiça Federal, chego no fim da minha vida funcional com uma grande decepção. Tremendamente decepcionado.

    A entrevista completa está em

    http://www.amambainoticias.com.br/cidades/com-uma-gaveta-cheia-de-ordens-para-mata-lo-o-juiz-odilon-de-oliveira-vive-sem-liberdade

  3. A solução deles é simples…

    Serão feitos abaixo assinado de 2 milhões de assinaturas para tirar a história dos currículos nas escolas e editar uma PEC para transformar o período de 2003 a 2023 em período inconstitucional.

    Simplesmente não existiu…

    Vai ser mamão com açúcar!

    Não esqueça que coisas mais difíceis já passaran neste congresso…

  4. O nocivo janot

    Janot está metendo os pés pelas mãos, alem de enviar pedido fajuto para afastar Renan (devolvido por Teori), agora se arrouba, ao estilo Carmen Lúcia,  como defensor máximo do corporativismo da procuradoria.

    Quando será que pedirão o impeachment  desta figura deletéria que parece estar na contramão do que se espera da Procuradoria Geral da República.

  5. Caia na real WedenO Brasil é
    Caia na real Weden

    O Brasil é do submundo. Inda mais agora que as veias estarão mais abertas ainda para o capital internacional. Pouco estão se importando com a nossa justiça.

    Lembre – se, o mundo inerte com a deposição de Dilma, e na prática o governo Temer reconhecido internacionalmente, inclusive participando da reunião dos BRICS.

    Dirceu, coitado, recorreu à Corte Americana que notificou o Brasil e nós nem respondemos, demos uma banana para a Corte assim como os EUA dão constantemente para a ONU.

    Quem acredita em justiça além dos interesses econômicos?

  6. Moro não é juiz, é justiceiro vingador

    Sérgio Moro é aquele tipo de pai que, quando um outro veículo colide com o dele, a bordo do qual esão seus filhos, um destes ficando gravemente ferido, ele não presta socorro ao seu filho, sem vez disso passa a perseguir o motorista, até que seu filho morre.

    Não precisava tantos desempregados para punir os corruptos e corruptores. Nos Estados Unidos, país de referência do referido justiceiro vingador, não ficaria desemrpegado nem os corruptos impunes, como aqui, além te terem o dinheiro sujo, produto dos seus crimes, branueado pela justiça.

  7. A utilidade do papel higiênico

    O papel higiênico embora todo branquinho, é oco e enrolado, sua utilidade se limita a limpar a área suja pelos dejetos, nunca faz o serviço muito bem,  sendo assim meio incompetente, pois sempre se faz necessário um acabamento com água e sabão. Ao final ele fica todo sujo e amarrotado, e finalmente é descartado, no cesto de lixo, junto dos seus pares e acaba seguindo para o lixão onde vai se juntar a outras sujidades. Inicialmente limpinho, cheiroso e importante, torna-se um mero objeto descartável, sujo, amarrotado e fedorento, pois parte da sujeira que ter por missão limpar acaba grudando nele. Aos poucos vai se desenrolando e sendo usado, então vai aos poucos sumindo, desaparecendo, até que ao final resta apenas o tubo oco. 

  8. A Destruição a Jato leva 8 milhões de passageiros de volta bus

    A Destruição a Jato leva 8 milhões de brasileiros a trocar o avião por ônibus, parabéns Moro, Janot et caterva  por terem dado grande contribuição à ruina economica e politica de nosso pais, parabéns pelo fim da democracia e pelo fim de um futuro luminoso para o povo brasileiro, prabéns pelo Golpe de Estado do qual vcs fizeram parte

    Oito milhões de passageiros aéreos volta a viajar de ônibus

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/oito-milhoes-de-passageiros-aereos-voltam-a-viajar-de-onibus/

  9. Médici, Castello Branco,

    Médici, Castello Branco, Costa e Silva, General Mourão, todos entraram para a história pela porta dos fundos…

    E garanto que nenhum deles ligou para isso um segundo sequer !!!

    Eles podem conviver com isso, assim como a quadrilha atual…

  10. A estória

    Comovente e compreensível a presunção de que a história será escrita pela esquerda. Mas, que os citados agentes do judiiciário não sejam motivo para encobrir com a mesma porta ,a suposta lama ética e moral das outras instituições do poder constituído e que os corruptores não se tornem vítimas daqueles a quem querem colocá-los no ostracismo.

  11. O futuro de Moro?
    Fácil.
    O futuro de Moro?
    Fácil. Basta ver o que é JB hoje.
    Muso dos coxas, depois desprezado, como bagaço.
    Cunha tb já foi muso dos coxas. Hoje, descartado.
    Coxa não tem ideologia,muito menos apego a quem quer que seja.
    São simplesmente antipetistas e o odeiam as esquerdas por permitirem a redução na desigualdade social.

  12. Moro de verdadeiro Juiz, de

    Moro de verdadeiro Juiz, de verdadeiro Magistrado, pouco tem.

    Falta-lhe a mais importante caraterística de um verdadeiro Juiz, de um verdadeiro Magistrado, a imparcialidade.

    Defeitos todos podem ter, mas o único defeito que o Juiz, que o Magistrado não pode ter é de ser parcial.

    Moro está na Magistratura, mas não é Juiz, não é Magistrado.

  13. Os brasileiros precisam parar

    Os brasileiros precisam parar de se contentar com o julgamento da história e exigir o julgamento propriamente dito, no presente. Chega de anistias para criminosos que violentam o regime democrático.

    1. Presente e futuro
      Sem uma perspectiva historica, o presente fica contaminado. O presente em Moro fica sendo o passado dos regimes ditatoriais tipicos do Brasil colonia. É mortal para a democracia que queremos em nosso futuro.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador