Janot pede que Gilmar seja impedido de julgar caso de Eike

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Foto: Lula Marques/Agência PT
 
Jornal GGN – Rodrigo Janot, procurador-geral da República, entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ministro Gilmar Mendes seja considerado impedido e suspeito de julgar casos envolvendo o empresário Eike Batista.
 
O PGR também pediu que as decisões de Gilmar sobre Eike sejam anuladas, sendo que, no final do mês passado, o ministro deu habeas corpus ao ex-executivo do grupo X, que foi preso em um dos desdobramentos da Operação Lava Jato.
 
Janot alega que a esposa de Gilmar, Guiomar Mendes, trabalha no escritório do advogado Sérgio Bermudes, que defende Eike em vários processos. 

 
“Incide no caso a hipótese de impedimento prevista no art. 144, inciso VIII, do Código de Processo Civil, cumulado com o art. 3º, do Código de Processo Penal, a qual estabelece que o juiz não poderá exercer jurisdição no processo ‘em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente”, argumentou Janot. 
 
Entretanto, foi outro escritório, o Teixeira Martins, que entrou com o pedido de habeas corpus atendido pelo ministro. 
 
O procurador-geral alega que Eike, como cliente de Bermudes, “caracteriza-se como devedor de honorários, mesmo que indiretamente, de Guiomar Mendes, por meio de sua participação nos lucros da sociedade advocatícia”.
 
A solicitação da procuradoria foi protocolada ontem (8) e encaminhada para Cármen Lúcia, presidente da Suprema Corte. Na arguição, Janot também pede que Mendes, Guiomar, Eike e Bermudes prestem depoimento. 
 
Em entrevista para a Folha de S. Paulo na qual afirma que a Operação Lava Jato faz “reféns”, Gilmar afirmou que o escritório de sua esposa representa Eike em processos cíveis, “não tem nada a ver com o tema colocado”. 
 
“Eu já tinha negado habeas corpus do Eike. E ninguém lembrou que eu poderia estar impedido. Isso mostra a leviandade e o oportunismo da crítica”, disse o ministro do STF.
 
Leia também: Gilmar diz que Lava Jato não precisa de “reféns” e “extravagâncias” para ter sucesso
 
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Redação

10 Comentários

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  1. Dizem que a mulher do Moro trabalha para o P$DB

    Porque o MPF não pede o impedimento e suspeição do Sérgio Moro nos processos contra petistas?

  2. Isso vem da terra natal

    Provavelmente essa briga tem um arsenal do Janot escondido contra o Gilmar, que em algum momento ainda vai aparecer.

    Se o Nassif investigar, vai achar o rumo. Tudo começa na aquisição de uma Universidade, na terra natal do Ministro Supremo, pelo Estado natal, por meio de uma encampação pela Universidade estatal local.

    Alguns milhões de motivos (falam em 7) levaram à transação. Tais motivos transitaram até chegar às contas pessoais do dito cujo e de seus familiares próximos, em operações regulares e formalmente legais, até onde se sabe.

    O problema é de imagem, e nessa era de versões, o que o negócio aparenta ser.

    E o pior: há quem diga que tais informações foram obtidas pelo MPE de maneira ilegal.

    Isso porque as autoridades estaduais de altíssimo escalão, que realizaram a transação, estão enroladas até o pescoço (inclusive com prisões) e negociam badaladas delações premiadas com o MPE local e o MPF.

    Daí, isso pode vir à tona e turvar a imagem da autoridade suprema, jogando-a no balaio dos culpados perante a opinião pública, mesmo que ela não o seja neste caso, apenas porque se envolveu com as personagens erradas, com o agravante de que não seria a primeira vez.

    É o feitiço voltando contra o feiticeiro na exploração exaustiva do Direito Penal do Inimigo e da guerra de versões midiáticas.

    A conferir.

     

  3. Uma autêntica “briga de

    Uma autêntica “briga de cachorro grande”. O paralelo é meio vulgar, mas não encontrei outro mais adequado. Assim, rememorando aquela saudosa práxis da nossa infância, resta traçarem dois riscos no chão, cada uma representando as genitoras dos brigões, e esperar algum deles, ou os dois,  passar o pé em cima para a refrega se iniciar. 

    Bem, agora sério: com certeza abre-se mais um front nessa guerra de todos contra todos em que se transformou essa República. 

    1. Equanto as “excelências”

      Equanto as “excelências” brigam entre si as riquezas do nosso (?) país escorrem pelo ralo e os projetos “modernizantes” de séculos atrás são aprovados no comgrsso a troco de algumas verbas liberadas como “mimos”. Sem contar, claro, os enormes tellhafos de vidro, elementos de persuasão bastante efetivos.

  4. Ôba. Começaram a brigar entre

    Ôba. Começaram a brigar entre si! Mas é bom não ser otimista. Se for para beneficiar os Setúbal e os banqueiros, os Marinhos e toda a plutocracia nacional o Poder Judiciário eo Monistério Público se acerta contra o povo brasileiro.  No encontro de conciliação a Carmén Lucia puxa o terço, Facchin se ajoelha, Gilmar faz a homilia e os juizes do STF e a maior parte do Judiciário entram em contrição. Janot e seus procuradores messiânicos se encarregarão das aleluais e dos cantos no grande encontro. 

    Alguém sabe se no Brasil tem algum vulcão? Porque começo a acreditar que essa é a única solução para o país. Uma grande erupção que enterre todos os sicários que desde sempre roubam e destroem o país.

    Oh! Maldição divina. Todos os paises latino americanos tem vulcão, nos Estados Unidos tem o vulcão de Yellowstone e no Brasil nem um vulcãozinho. E nós aqui, Sisifos condenados a eternamente carregar a enorme pedra montanha acima e vê-la rolar abaixo empurrada pelos bandidos que nos comandam.

  5. estranheza

    Acabei de transcrever parte do art. 102 da Constituição da República, demonstrando que cabe sim ao STF o processo e julgamento do incidente de impedimento ou suspeição.

    Isso, porque alguém tinha emitido a opínião de que esse julgamento cabia ao Senado Federal.

    O estranho é que tanto a referida manifestação, como meu comentário sumiram imediatamente, mas com a delonga bastante para meu comentário ter sido lido.

    Ressalvado um bug de computação, um incidente assim transmite a péssima impressão e que há algo de podre neste reino.

  6. Farpas entre os Golpistas e seus Lacaios

    “Esta matéria imputa esta prática como corriqueira nos três poderes da República, e, apesar da imputação expressa de até o STF [fazer tal prática], não vi uma só palavra de quem teve uma disenteria verbal a se pronunciar sobre esta imputação ao Congresso, ao Palácio e até ao Supremo” – Janot, referindo-se ao Gilmar Mendes

    “Eu já tinha negado habeas corpus do Eike. E ninguém lembrou que eu poderia estar impedido. Isso mostra a leviandade e o oportunismo da crítica”. – Gilmar Mendes, referindo-se ao Janot

    “Procuramos nos distanciar dos banquetes palacianos. Fugimos dos círculos de comensais que cortejam desavergonhadamente o poder político. E repudiamos a relação promíscua com a imprensa. Ainda assim, meus amigos, em projeção mental, alguns tentam nivelar a todos a sua decrepitude moral, e para isso acusam-nos de condutas que lhes são próprias, socorrendo-se não raras vezes da aparente intangibilidade proporcionada pela posição que ocupam no Estado” – Janot, em referência ao Gilmar Dantas

    “Sempre houve, na história da humanidade, homens dispostos a sacrificar seus compromissos éticos no altar da vaidade desmedida e da ambição sem freios. Esses não hesitam em violar o dever de imparcialidade ou em macular o decoro do cargo que exercem; na sofreguidão por reconhecimento e afago dos poderosos de plantão, perdem o referencial de decência e de retidão”. – Janot, em alusão ao Gilmar Dantas

  7. Nessa briga entre Gilmar,

    Nessa briga entre Gilmar, Janot e Moro, já sei para quem vou torcer.

    Torço pelo capeta, para destruir os três.

  8. E se fosse alguém ligado ao

    E se fosse alguém ligado ao PSDB, principalmente ao Aécio, Janot teria a mesma postura.

    Nessa briga quero que todos se lasquem.

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