João de Deus não vai responder por maioria dos crimes denunciados, diz delegada

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O médium João de Deus não vai responder pela maioria dos crimes sexuais denunciados por mulheres nas últimas semanas. A delegada Karla Fernandes, que cuida de 15 casos em Goiás, disse que os relatos são tipificáveis como “violação sexual mediante fraude” (quando a fé da mulher é usada para cometer atos libidinosos com ela) e a lei prevê que situações do gênero precisam ser denunciadas aé seis meses após a data da ocorrência. No caso de João de Deus, a maioria dos supostos crimes foram comunicados vários anos após o ocorrido.


Segundo a delegada, em setembro passado houve uma mudança na lei e o chamado “prazo decadencial” foi excluído, mas só é válido para situações que tenham ocorrido a partir daquele mês. Situações do passado não são alcançáveis pela mudança.

Ainda segundo Karla, os relatos sob sua investigação não se enquadram como estupro porque não houve “conjunção carnal” ou mediante “violência ou grave ameaça”.

Há somente um caso que teria ocorrido depois de setembro de 2018, que envolve uma mulher de 43 anos que foi buscar ajuda de João de Deus. Ele quis fazer o atendimento num sala com as luzes apagadas. Fez uma massagem sob a “região do ventre da mulher”, mas ela notou que ele havia colocado o pênis para fora e reagiu. Ele interrompeu a sessão e pediu que ela não contasse nada a ninguém.

Apesar da notícia, a delegada pede que as vítimas continuam denunciando o médium para somar força no “conjunto probatório”.

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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