Justiça restabelece prisão preventiva de Cachoeira e Cavendish

Jornal GGN – Ontem (6), o desembargado Paulo Espírito Santo, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, atendeu a um pedido do Ministério Público Federal e restabeleceu a prisão preventiva de cinco detidos na Operação Saqueador, entre eles o contraventor Carlinhos Cachoeira e o empreiteiro Fernando Cavendish, da construtora Delta. 

A Operação Saqueador foi realizada na semana passada pela Polícia Federal e investiga o desvio de R$ 370 milhões em contratos de obras públicas. Também foram presos Adir Assad, Marcelo Abbud e Cláudio Abreu. 

Os detidos conseguiram o benefício da prisão domiciliar, mas continuaram no presídio por falta de tornozeleiras eletrônicas. Na terça (5), o MPF pediu que Ivan Athié, desembargador do TRF-2 que havia concedido a prisão domiciliar, fosse impedido de julgar recursos ligados à Operação Saqueador, alegando que ele tem ligações com Fernando Cavendish. Pouco depois, Athié se declarou suspeito para atuar no caso. 

Da Agência Brasil

Carlinhos Cachoeira, Cavendish e mais três têm prisão preventiva restabelecida
 
O desembargador federal Paulo Espirito Santo, presidente da 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, decidiu hoje (6) atender liminarmente a pedido do Ministério Público Federal (MPF) e restabeleceu a prisão preventiva dos cinco envolvidos na Operação Saqueador, deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira passada (30). Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, Adir Assad, Marcelo Abbud, Cláudio Abreu e Fernando Cavendish tiverem a prisão preventiva restabelecida.
 
Os presos haviam sido beneficiados com prisão domiciliar, mas continuaram no sistema penitenciário, pois o governo do estado não tem tornozeleiras eletrônicas. Ontem, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro pediu que o desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), que concedeu a prisão domiciliar aos presos, fosse impedido de julgar recursos ligados à Operação Saqueador e para que as decisões tomadas por ele fossem anuladas por conflito de interesses, pois o advogado Técio Lins e Silva, que defende Fernando Cavendish, um dos cinco presos na operação, defendeu Athié no passado. Pouco depois, o desembargador Athié declarou-se suspeito para atuar no caso. 
 
Paulo Espirito Santo esclareceu que, como o relator do processo reconheceu estar impedido para julgar o caso, coube a reapreciação da liminar, “como requerido pelo MPF, ante a redistribuição do feito para novo relator”. Na decisão, o juiz destacou ainda que há provas de materialidade e indícios suficientes de autoria dos crimes denunciados para justificar a prisão preventiva. O magistrado também ressaltou que a medida é necessária para garantir a ordem pública.
 
“Desse modo, considerando que o acervo probatório demonstra a probabilidade de reiteração criminosa e que a defesa não logrou desconstituir tal constatação, autorizada está a excepcional segregação cautelar para preservar a ordem pública, de modo a impedir a repetição das condutas delitivas e, em consequência, evitar, no seio da sociedade, a sensação de impunidade e de descrédito do Poder Judiciário”.
Redação

4 Comentários

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  1. Justiça Podre

    E esse desembargador Ivan Athié ? Nada acontece com ele ?

    Quando as provas dos crimes cometidos por algum magistrado são tão enormes que transbordam e geram o insuportável, o excelentíssimo magistrado é aposentado com todos os benefícios.

    É tão bom ser magistrado, quanto delator da Lava Jato.

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