Lava Jato dá 1º passo contra lavagem em joalherias, diz defesa de Cabral

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A Lava Jato no Rio de Janeiro deflagrou nesta sexta (3) a Operação Hashtag, nova fase que cumpriu quatro mandados de busca e apreensão mais a prisão temporária do banqueiro Eduardo Plass e duas sócias minoritárias por lavagem de mais de R$ 90 milhões envolvendo joalheira de luxo na Zona Sul da capital fluminense.

A defesa de Sergio Cabral enviou nota ao jornal Estadão afirmando que a operação “foi o primeiro grande passo para se comprovar que os ‘bons moços’ que se arvoraram em delatores nos processos julgados até o momento, são, em verdade, oportunistas que trocaram benefícios por mentiras. Talvez agora apareçam as joias e o dinheiro que atribuíram a Sérgio Cabral injustamente.”

Segundo informações divulgadas pela Procuradoria da República, o banqueiro Eduardo Plass, ex-presidente do Banco Pactual e sócio majoritário do TAG Bank, no Panamá, e da gestora de recursos OPUS, teria comandado esquema que ajudou joalherias em operações de lavagem e evasão de divisas.

“O esquema consistia no recebimento de dinheiro em espécie dos diretores administrativos de joalheria em Ipanema, Zona Sul do Rio, e, posteriormente, transferência no exterior de valores de uma conta sob seu controle (The Adviser Investmentes Limited S.A.) para uma empresa offshore de fachada (Fleko S.A. ou Erposition S.A.), que, por sua vez, ainda transferia esses valores para uma outra empresa offshore de fachada (Robilco S.A.), e que, por fim, transferia os valores para a empresa holding do grupo da joalheria.”

Para dar aparência de legalidade, a equipe de Plass “assinava contratos fictícios de empréstimos com os diretores da joalheria, muitos deles com datas retroativas ideologicamente falsas, forjados como se fossem empréstimos entre a empresa The Adviser Investments e as offshores Fleko e Erposition, que recebiam os valores no momento inicial de cada transação.
Assim, durante o período em que se realizaram essas transações ilegais, entre 2009 e 2015, foi cometida uma série de crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, pelos diretores da joalheria, que agora colaboram com as investigações do MPF, e pelos investigados Eduardo Plass, Maria Ripper Kos e Priscila Moreira Iglesias”, publicou o Estadão.

No total, foram entregues em espécie e transferidos no exterior em dólares os valores equivalentes a U$ 24.371.000,00, em reais, mais de 90 milhões. 

 

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

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  1. E a joalheria?

    Investigados: Eduardo Plass, Maria Ripper Kos e Priscila Moreira Iglesias

     

    Empresas citadas na reportagem: 

    TAG Bank

    OPUS

    The Adviser Investmentes Limited S.A.

    Fleko S.A.

    Erposition S.A.

    Robilco S.A.

    Até o Banco Pactual q Eduardo trabalhou

     

    Só faltou o nome da joalheria…?

  2. na república de…
    … uma estudante de jornalismo me contou: todo mês, o senador “tal” vai à joalheria em que trabalho e gasta X mil em jóias; isso em 2005… em 2014, um estudante de RP: – A empresa multinacional em que trabalh, na tegião meetropolitana, estava com problemas, fomos a Brasília, contatamos esse velho senador e resolvemos o problema… mandato de 8 anos, agora ela é andidato a…. ( foi um cavalo nos anos.80 com os professores e nunca majs voltou ao govverno

    .

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