Loft e Outback cancelam anúncios na Gazeta do Povo por não demissão de Constantino

Empresas anunciaram publicamente que estão cortando vínculo por não concordarem com a postura do jornalista Rodrigo Constantino.

Jornal GGN – Dois anunciantes a menos. Isso foi o que a Gazeta do Povo conseguiu por insistir em manter em suas páginas o controverso Rodrigo Constantino. E controverso não por posições políticas, mas pela inconstitucional defesa do estuprador em detrimento dos direitos da vítima.

Constantino, na sede de polemizar por likes, extrapolou ao se referir ao caso Mariana Ferrer. E envolveu a filha. A história correu solta na internet. Logo em seguida, o polêmico cidadão foi afastado de quatro veículos, entre eles a Jovem Pan. Mas a Gazeta do Povo o manteve.

Agora, duas grandes empresas que anunciavam em suas páginas e site resolveram não mais compor com o jornal. Anunciaram publicamente que estão cortando vínculo por não concordarem com a postura do jornalista Rodrigo Constantino. As empresas? Loft e Outback.

“Ainda que não concordemos com a forma de muitos dos seus posicionamentos e com muitas das suas opiniões, continuamos acreditando na importância da diversidade de ideias e na importância do diálogo para a construção de uma sociedade melhor e de uma democracia cada vez mais madura, razão pela qual, após várias ponderações e análises, decidimos pela manutenção de Rodrigo Constantino em nosso quadro de colunistas”, diz a nota do jornal Gazeta do Povo.

A redação do jornal se levantou contra a decisão e, em texto de repúdio, mais de cem jornalistas se levantaram contra a permanência de Constantino. O manifesto foi endereçado à direção do jornal, à família controladora e ao grupo de comunicação GRPCOM.

“As colaboradoras da Gazeta do Povo abaixo assinadas receberam o comentário com incômodo e enxergam no episódio uma violação às convicções do jornal”, diz a carta.

O Sleeping Giants Brasil questionou o OutBack, que respondeu no próprio Twitter. E a Loft soltou nota pública.

Redação

4 Comentários

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  1. E viva a liberdade de expressão, não é mesmo…? Cadeia moral para o “horrível” R. Constantino!
    E o Juiz entendeu que não havia prova suficiente do estupro, mas aqui – porque certamente leram integralmente os autos – o réu já é “o estuprador”…
    Uma coisa é criticar a condução de uma audiência judicial esdrúxula; outra é assumir publicamente o lugar dos atores processuais e consolidar seu próprio julgamento, com certeiro e costumeiro conhecimento de causa…
    E o LN, não vai fazer o discurso anti-manada…? Que tanto o distinguia dos demais.

  2. A pergunta nem é “por que demitiram Rodrigo Constantino?” Estas empresas deveriam explicar quais foram os aspectos técnicos é éticos que levaram a contrata-lo. Ou será que eles não sabiam quem era Rodrigo Constantino quando contrataram Se não sabiam, não podem ser considerados veículos de comunicação decentes.

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