Luis Roberto Barroso, o camaleão que travou, por Luis Nassif

Foto: Agência Senado
 
O estilo camaleão sempre foi uma tecnologia dos políticos, especialmente em períodos de grandes transformações. Confira a destreza de José Sarney ou Antônio Carlos Magalhães, baluartes do regime militar, tornando-se democratas desde criancinha no alvorecer da Nova República.
 
Não é exercício banal. Exige conhecimento histórico, discernimento, intuição, senso de oportunidade e coragem. Senão, vira pó.
 
À medida em que o Judiciário vai se articulando como partido político, esse estilo passa a ser assimilado por alguns de seus próceres, que passam a se comportar como coronéis da Constituição, administrando seu latifúndio de acordo com os ventos do momento.
 
Nenhum caso é mais significativo do que do Ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal). Toda sua carreira dependeu do Estado, do curso de direito na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), ao cargo de procurador do Estado do Rio de Janeiro, que acumulou com uma banca de advocacia bem sucedida.

Em um tempo em que as teses humanistas estavam em voga, fez um belo investimento em sua imagem, atuando pro bono (sem honorários) em casos de grande repercussão no STF. É só conferir seu perfil na Wikipedia para se ter uma ideia do alto retorno de imagem que obteve.
 
Tornou-se conhecido por seu trabalho acadêmico voltado ao direito público, bem como
por sua atuação como advogado em casos de grande repercussão perante o STF, tais
como a defesa da pesquisa com células tronco embrionárias e da união entre pessoas
do mesmo sexo. Além de exercer a advocacia desde 1981, foi também procurador do
Estado do Rio de Janeiro desde 1985 até sua indicação para o cargo de ministro do STF
pela presidente Dilma Rousseff em 2013.
 
Quando os ventos mudaram em direção à direita, depois de alguns suspiros de respeito à Constituição, Barroso deu início à sua rumba.
 
No início, foi meio light, cavalgando a bandeira do empreendedorismo. Em qualquer voto, tratava de incluir um parágrafo atribuindo os malfeitos ao Estado e a salvação ao empreendedorismo. Mesmo que o caso analisado não tivesse a menor relação com o tema.
 
Aí, se deu conta de que a grande corneta era a Lava Jato. Tratou de deixar as firulas econômicas de lado e transformar-se em um anjo vingador, lançando dardos retóricos contra os ímpios, e transformando a ação penal em instrumento de “refundação” do país.
 
Mas não dava para mudar de feijoada para comida vegana sem uma boa nota de rodapé. E Barroso decidiu se transformar em pensador social. Foi encantador acompanhar esse desfraldar sociológico de Barroso, seu deslumbramento quando descobriu a palavra “empoderamento” e quando passou a recitar lugares-comuns capturados nas orelhas das brasilianas.
 
Descreveu o jeitinho brasileiro, descobriu a malandragem das empregadas domésticas, saudou seu colega Joaquim Barbosa, o negro que deu certo. E indignou-se, indignou-se, indignou-se repetidamente, reiteradamente, com a corrupção vigente. A cada brado de indignação, despertava rugidos dos pitbulls do MP, do Judiciário, da Polícia Federal e da malta, os brutos que habitam a alma do povo em qualquer tempo da história, e saem às ruas espalhando destruição assim que se rompem as amarras institucionais do país. E Barroso prosseguia no seu trabalho de desconstrução das instituições, tirando um parafuso da porta, quebrando o cadeado, tirando as algemas legais das bestas.
 
Seu apogeu foi quando descobriu o termo “refundação”. Ninguém segurou mais. Refundava o Brasil em cada palestra, em cada entrevista na Globonews.
 
Ele, advogado de grandes corporações, parecerista em defesa do amianto, com um escritório que oferecia serviços tipo textos de anteprojetos para serem apresentados naquele lupanar chamado Congresso Nacional pelos lobistas bancados por seus clientes, indignou-se como uma donzela pudica em uma sauna masculina.
 
Mas assim como os políticos dos partidos, os políticos do Judiciário não podem ficar só no discurso negativo. Há a necessidade de um final feliz, um prá frente Brasil. Barroso desenvolveu, então, o mote da bonança depois da tempestade. O quadro atual é feio, mas é prenúncio de um futuro radioso. Pois, como disse Norberto Nobbio, quando o passado morreu e o futuro ainda não nasceu o cenário fica momentaneamente ruim.
 
Não havia nenhuma indicação de melhora, pelo contrário. A cada dia, piorando. A coisa tá ficando feia, Ministro. Pois é, quanto mais feia, mais radioso o futuro que nos espera. E a besta ganhando o formato de um capitão da reserva…
 
Aí ele emendava com votos de fé no Brasil. Afinal, foi um país que venceu a hiperinflação e conseguiu reduzir a miséria pode tudo. Nem adiantava pontuar que todos os instrumentos de combate à miséria estão sendo eliminados pelo governo que ele ajudou a colocar no poder e por uma lei do teto, que ele ajudou a legalizar. E o país voltou a conviver com manchas de fome crônica.
 
Até que chega o fator Bolsonaro. Ou seja, depois da tempestade, anuncia-se um terremoto de proporções ciclópicas. A cada dia que passa, a cada aumento da ameaça Bolsonaro, mais nítido fica sendo o papel de Barroso, de estimulador do discurso de ódio e de desacato a princípios básicos de direito. Até os mais lerdos já conseguem entender relações claras de causalidade entre o discurso de legitimação do Estado de Exceção, de Barroso, e o caos político que o país passou a enfrentar.
 
Como é que o nobre Barroso vai dar o salto tríplice, agora?
 
Na posse de Dias Toffoli na presidência do Supremo, via-se um Barroso, claramente derrubado, repetindo pela enésima vez o discurso anticorrupção. O escultor ficou prisioneiro da escultura que modelou para si. Dorian Gray finalmente conseguiu se enxergar no espelho.
 
Não mais o bravo constitucionalista defensor das grandes causas – imagem que Barroso construiu para si, com a habilidade de um marqueteiro. Mas apenas o boquirroto envelhecido, temendo o momento decisivo, em que irá parar na frente do Alvorada balbuciando slogans incompreensíveis, até que Bolsonaro mande um guarda tirar aquele chato dali.
 
No segundo turno haverá muita gente torcendo pela derrota do bolsonarismo. Nenhuma com o fervor de Barroso, em pânico com o bebê de Rosemary que ele, Barroso, colocou no mundo.
 
Luis Nassif

56 Comentários

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  1. Às vezes tenho a impressão

    Às vezes tenho a impressão que jogaram LSD no aquífero Guarani e nem estamos percebendo a viagem que estamos vivendo. O pessoal está muito louco. 

    Esse Barroso, Fachin, Carmen Lúcia, Celso de Mello e Dias Toffoli ainda se arrependerão de muita coisa que fizeram em nome dessa Lava à Jato. Não é uma praga, só uma constatação.

  2. Lembrando que uma das

    Lembrando que uma das primeiras pautas-bomba de Eduardo Cunha contra o Brasil foi a PEC da Bengala, que amarrou o Brasil nas costas destes onze péssimos ministros do STF.

  3. o que mais me causa asco,

    o que mais me causa asco, azia, revolta estomacal é que um almofadinha do direito como este vai virar homem invisível quando o incêndio que ele ajudou a criar se tornar um inferno social, em que os primeiros encinerados serão os desprotegidos que tinha no herói nacional inocente sua esperança de redenção e que ele ajudou a colocar na cadeia.

  4. péssimos e perigosíssimos…

    os que abalam as leis e os estritos limites da Constituição com interpretações acomodatícias

    perigosíssimos, pois, os que se solidarizam com uma causa nojenta sem precisar sujar as mãos

     

    mas não se enganem, no bolsonarismo todos terão que sujar, porque já sujaram

    1. em tempos de revoluções outras, de verdade…

      os que se recusaram a sujar as mãos foram os primeiros a ter que provar fidelidade

      havia um teste no nazismo com uso de parentes

  5. Aforismo de Wilde, epígrafe de Dorian Gray
    A aversão do século XIX (anagrama: XXI) pelo Realismo é a fúria de Caliban ao ver a sua cara no espelho.

  6. paria!!!

    Parce-me que esses juizes passaram a ser uma paria internacional. Terão o céu no Brasil e a serjeta internacional, com a decisão de desobedecer ao parecer da ONU o majestoso juiz conseguiu destruir seu futuro internacional e da sua filha nos Eua e em Harvard. Fico feliz que o ódio o levou ao precípicio. 

    Vida a Longa a Lula. 

  7. Boi-Sol Barroso, o Alumiador, não passa de um…

    Boi-Sol Barroso, o Alumiador, não passa de um…

    … Toga Honoris Causa de Puteiro, assim homenageado pelo cafetão Maroni no seu Puteiro-Bar Bahamas-Brasil.

  8. Um homem que se faz tao pequeno
    Esse sujeito ao se olhar no espelho, e contemplar sua verdadeira dimensao… Resta lhe apenas a pos verdade mas ele realmente anteve que o seu papel na historia e de apenas mais um pusilanime farsesco e ele se achava um Farol.kkk

  9. Um homem que se faz tao pequeno
    Esse sujeito ao se olhar no espelho, e contemplar sua verdadeira dimensao… Resta lhe apenas a pos verdade mas ele realmente anteve que o seu papel na historia e de apenas mais um pusilanime farsesco e ele se achava um Farol.kkk

  10. Excesso de otimismo ou ingenuidade?

    Caras como esse nao têm arrependimento nem vergonha de nada. Se Bolsonaro ganhar, ele estará entre os primeiros a ir lhe beijar as maos.

    1. Isso ele fará, com

      Isso ele fará, com certeza.

      Acho que ele teme a pecha de “ministro indicado pelo PT” por parte dos bárbaros ou teme o pós-barbarie (se estiver lá), quando será apontado como um dos responsáveis.

  11. Com Supremo, com tudo.

    O Supremo se apequenou ao se deixar manipular pela imprensa na sua parecia com o MPF e Sergio Moro para levar a cabo a cruzada que é a Operação Lava Jato tendo como objetivo a aniquilação de Lula e, como consequência, desacreditar o PT face à população. Seguindo as sucessivas ondas pseudo-moralizantes da Lava Jato, o STF também embarcou no impeachment que foi nada menos que um golpe parlamentar com ares de legalidade. Aparência essa que o STF não hesitou em emprestar sua credibilidade para tal.  O STF perdeu face a juristas, politicos e à classe média respeitabilidade. Vai se preciso ainda um longo caminho até que ela recupere sua credibilidade e respeitabilidade e vai depender, e muito, de como ira julgar o processo de Lula, quando este chegar ao Supremo. 

    Quanto ao fator Bolsonaro presidente do Brasil, essa loucura que parece que os brasileiros estão dispostos a cometer, parece que não preocupa tanto assim os ministros do Supremo. Se pudéssemos saber o voto deles, eu apostaria minhas fichas que a maioria vai votar, no segundo turno, no reacionario Bolsonaro porque Haddad é PT. Luis Roberto Barroso talvez esteja lucido sobre o que podera significa para o proprio Supremo um Bolsonaro ladeado por um ex-general, mas fica a questão se as figuras que representam as instituições brasileiras ja realizaram de que o que resta de democracia e de estado de Direito podem ser totalmente suprimidos. 

    1. Ao lado e Assessores
      Bolsonaro ladeado por um ex-general equivale a um presidente do supremo assessorado por um ex-general.
      Em breve teremos um ex-general assessorando o presidente do Congresso Nacional. Tudo muito discretamente, para que ninguém perceba. Já somos uma ex-democracia com “eleições” periódicas, lembram-se disso?

  12. Quando a pluma tem mais poder que a espada

    O texto de Nassif sobre Barroso é demolidor, embora tenha todos os elementos para que a sua descrição psicológica do Juiz esteja correta.

    Tirando os seus méritos acadêmicos, que não tenho condição de julgar e, ainda, sem a intenção de desrespeita-lo, o Ministro Barroso me parece ser um sujeito deslumbrado, que gosta de se escutar a sim mesmo, e que superou até o Marco Aurélio nos melhores tempos deste último, capturando para sim todos os holofotes do STF, o microfone e até o palco psicológico que leva junto para todo lugar e em qualquer hora. Todo o que Barroso fala parece estar coberto de um ar de sagrado, palavras “em aspas” e em negrito. O seu olhar para o além quando se empolga; a surpresa de novela de Agatha Christie ao dar pistas falsas e aparecer no final com o nome do assassino; a paradinha antes de soltar uma frase de efeito, como batedor de pênalti esperto antes de chutar.

    Mas, percebo ainda outro elemento que ajuda a caracterizar o Barroso, que é a sua aparente falta de personalidade e de atitude para assumir a sua própria vida real e cotidiana, quando desprovido da toga; vida esta diametralmente oposta ao que sustenta desde a sua cadeira. Barroso deixou nas mãos da sua mulher a tarefa doméstica de enfrentar a sua realidade coxinha e mesquinha, do seu verdadeiro dia-a-dia, de tomar as decisões triviais da vida cotidiana do casal, inclusive a responsabilidade de montar uma off-shore no exterior e comprar imóvel na Flórida, de planejar a aposentadoria de chinelo que se preparam para viver, em Miami, em forma nababesca, distante do mundo retórico com o qual Barroso se escondeu estes anos da realidade. As cores do seu pijama, o short que usará para passear cachorro pela orla da Florida, e até o drinque do happy-hour diário deve estar sendo planejado pela sua esposa, sem a sua participação (ocupado como está, falando frases de efeito), como faria a Marlene Matos para a Xuxa nos camarins, atrás do palco, onde Barroso faz as suas últimas apresentações.

    Barroso esconde-se com retórica, como ator de teatro que fala de empreendedorismo, de meritocracia, de empoderamento e de refundação, enquanto a sua vida pessoal caminha em outra direção, a mesma direção servil, alienada e egoísta de qualquer coxinha que ocupa cargos importantes dentro de um país que parece ser apenas uma casa alugada temporariamente.

    Barroso carece então, do básico para interpretar o papel messiânico que tenta exercer, a credibilidade.

    1. Toda a classe média-alta é

      Toda a classe média-alta é acima de tudo deslumbrada.

      Eles necessitam montar uma imagem, um título, uma visita, uma amizade ilustre, escravos, tudo que possa passar “status”.

      Quando vão à Disney, ou à Harward (fazer os famosos cursos pagou-passou) sentem a mesma emoção de um muçulmano quando visita Meca ou um Cristão visitando a Basílica de São Pedro.

      Enfim, são uns castelos de cartas.

  13. Até o fim do segundo turno,

    Até o fim do segundo turno poderemos verificar se a tese de “arrependimento” do Barroso, levantada pelo Nassif, é verossímil ou não. Basta acompanharmos sua atuação no TSE.

  14. O único drama do Boi Barroso

    O único drama do Boi Barroso com Bozonaro é lhe pagarem bem e em dia.

    O resto, as palavras bem escolhidas e as gravatas Hermès  resolvem …

  15. Prezados Camaradas
    1 – Como

    Prezados Camaradas

    1 – Como sempre, Luis Nassif vai no nervo. E o nervo daquele sujeito afetado é a vaidade (que é vazia, oca e pedante; como toda vaidade)

     

    2 – Infelizmente, o sujeito afetado com sua cara de pau, vai continuar embolsando sua grana preta e indecente; engordada por auxílios imorais

     

  16. Aguardando a patroa

    No 2º turno ele vai aguardar o que a Globo, sua patroa, vai dizer.

    Se a Globo disser pra votar no fascista, assim ele votará.

    Se ela disser pra votar em Ciro ou Haddad, assim ele votará.

    Se ela disser que teremos que escolher entre o menos pior, ele repetirá monotonamente, com biquinho e fingindo falsa indignação, que escolheremos entre o menos pior.

     

    Como diversas vezes tenho dito, se a Globo disser rola, LRB rola. Se a Globo disser deita, ele deita.

    Simples assim.

  17. Barroso é feito de argila

    Sempre foi moldável, ardiloso e argiloso, mas mesmo sendo argila pretendeu aparentar ( e possuir)  ouro ( outra substância muito moldável). Gostou de ir a Harvard, gostou dos rapapés televisivos,onde escondendo seu vazio, fazia discursos de orelha de livros. A aparência acima de tudo. Como disse Nassif uma escultura oca por dentro, pois o prisioneiro é puro vácuo.

    Qualquer jurista que se coloque ao lado dos autos judiciais risíveis criados por Moro e Cia. demonstra o seu vazio jurídico. Se Bolsonaro vier a argila vai se moldar, mesmo que incomodado pela aparência. Se não vier, Barroso também vai se moldar clamando aos quatro ventos que esqueçam o que escrevi, o que falei o que defendi. E até a próxima chance dirá que não foi compreendido. O veremos quase chorar nas secções do STF defendendo a democracia e os direitos dos cidadãos. Sequer terá a esperteza  de sair rapidamente da luz dos holofotes como o fez Barbosa, aquele do Domínio do Fato e surfista da onda do mensalão. Como um vampiro as avessas Barroso só existe sob a luz dos holofotes. Pela vitalicidade do cargo estamos condenados a conviver com esta silhueta vazia.

    1. Ele vai tentar se moldar, mas

      Ele vai tentar se moldar, mas aos bárbaros será eternamente “mais um ministro indicado pelo PT”.

      É isso que ele teme.

      A barbárie é passageira, e no final, nos escombros, ele será apontado como um dos responsáveis pela tragédia.

      Isso ele também teme.

    1. Entendi o teu comentário.

      Entendi o teu comentário. Penso frequentemente a mesma coisa. Essas personagens deletérias do atual momento possuem podres, mil esqueletos no armário. São alavancas para transformá-los em fantoches do poder. O Brasil é mesmo uma republiqueta de bananas (é, mas poderá um dia deixar de ser, para isso muitas cabeças precisão ser cortadas).

  18. Definitivo, demolidor. O

    Definitivo, demolidor. O Nassif como um cientista dissecando um sapo, mostrando todas as suas vísceras internas escondidas por penas de pavão.

    Ps: Coitado do batráquio que não tem nada a ver com isso

  19. Na eventualidade de uma

    Na eventualidade de uma vitória do Bolsonazi, não me surpreenderia se o togado malandro Barroso se colocasse à disposição para servir o fascismo à brasileira.

  20. Quais provas são exigidas para decretação da prisão preventiva?

    O $TJ firmou o entendimento jurisprudencial segundo o qual para a decretação da prisão preventiva não se exige PROVA CONCLUDENTE da materialidade ou da autoria delitivas, reservada à condenação criminal, mas apenas indícios suficientes desta última e comprovação da existência do crime.

    Pois bem. Jurisprudência é a interpretação reiterada e uniforme conferida às normas jurídicas pelos tribunais nos casos concretos submetidos à sua apreciação jurisdicional. Em sendo assim, confrontemos a interpretação dada pelo $TJ do art. 312 do Código de Processo Penal, o qual dispõe que ‘a prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria’.

    Tendo em vista que o art. 312 do CPP não se refere à concludência ou inconcludência da prova da existência do crime, de onde o $TJ concluiu que a prova da materialidade do fato prevista no art. 312 do CPP não deve ser concludente?

    Exige-se prova inconcludente para decretação da prisão preventiva?

  21. Nassif só deram corda(Globo e
    Nassif só deram corda(Globo e Cia (de Cia(EUA)mesmo ou companhia, tanto faz)!)ao Barroso pq Gilmar se indispôs com o PIg,Gilmar alça vôo próprio,o PIg precisa de um funcionário,Barroso vendo q Gilmar deitava,rolava e nada de reação do povo/corporações/Instituições contra os seus “abusos dentro da lei”,pensou(por inveja da laranja podre Gilmar)”Pq eu tb não faço o mesmo,meus amigos(PIg) estão comigo agora me apoiando e é chato ficar só na burocracia ou nos discursos na lei,vamos REAFUNDAR o Brasil!”
    Obs:PT tem q reservar a última semana de propaganda p relembrar as armações já feitas contra o partido e sendo assim começar a desprogramar/acordar/despertar o Brasil e mostrar q não é o santinho mas tb não é o capeta q dizem a vários anos q é !!

  22. Nassif só deram corda(Globo e
    Nassif só deram corda(Globo e Cia (de Cia(EUA)mesmo ou companhia, tanto faz)!)ao Barroso pq Gilmar se indispôs com o PIg,Gilmar alça vôo próprio,o PIg precisa de um funcionário,Barroso vendo q Gilmar deitava,rolava e nada de reação do povo/corporações/Instituições contra os seus “abusos dentro da lei”,pensou(por inveja da laranja podre Gilmar)”Pq eu tb não faço o mesmo,meus amigos(PIg) estão comigo agora me apoiando e é chato ficar só na burocracia ou nos discursos na lei,vamos REAFUNDAR o Brasil!”
    Obs:PT tem q reservar a última semana de propaganda p relembrar as armações já feitas contra o partido e sendo assim começar a desprogramar/acordar/despertar o Brasil e mostrar q não é o santinho mas tb não é o capeta q dizem a vários anos q é !!

    1. Em meu comentário acima
      Em meu comentário acima utilizo palavras com vários parênteses ao qual chamo de Português matemático de equação do segundo grau,quero dizer a todos q acho o Nassif xarope pq dá espaço a mim aqui e a várias outras pessoas tb, Nassifão não é uma pessoa normal!
      Obs:Nassif vc é Maçom?

  23. Não só o Barroso.
    Vejo muito

    Não só o Barroso.

    Vejo muito coxinhas e paneleiros apavorados com a possibilidade de triunfo do fascismo via Bolsonaro.

    Muitas coxinhas “do mundo feminino”, como diria o pior presidente da História do Brasil, hoje se agarram ao slogan #Elenão ao mesmo tempo que continua vociferando contra o “petê” e militando à favor do Amoêdo.

    Muito coxinha “do mundo masculino” realmente está disposto a votar em Bolsonaro. Os que não querem votar no fascista, também fazem pregação do Amoêdo,

    Claro que os coxinhas tentam fazer-se espantados, mas é visível que eles sabem que contribuíram com a acenssão do fascismo no Brasil desde as Jornadas de 2013 (ou como diria uns desavisados, a “rapaziada querendo participar”).

    Barroso é o retrato do coxinha.

    É responsável pela barbárie que se avizinha, sabe disso, sabe do que está por vir.

    O Barroso é um mero oportunista que está preso na própria arapuca que armou, mas o coxinha em geral ainda está naquela de odiar o “petê” irracionalmente.

  24. Esse pilantrão togado já pôs o galho dentro

    Alguém tem dúvidas de que, antes nas sombras e nos bastidores, os generais gorilas já ocupam, agora, ostensivamente os poderes políticos? Alguém tem dúvidas de que o (des)governo golpista e quadrilheiro de Michel Temer et caterva é, de fato, conduzido por um a junta militar cuja figura mais conhecida é o generla Sérgio Westphalen Etchegoyen? O RJ já está sob teste/interbvenção militar direta deste fevereiro deste ano; e quem comanda essa intervenção é um general do exército, Walter Braga Neto.

    O STF, na prática, é agora presidido por outro general, Fernando de azevedo e Silva, recém-egresso do Estado Maior. Ouvindo a gravação oriunda daquele ilegal e criminoso grampo feito no gabinete presidencial, em março de 2016, captando conversa entre a então Presidenta Dilma Rousseff e o Ex-Presidente Lula, alguém tem dúvidas de que a escuta era ambiental, colocada no Palácio do Planalto? E quem era o responsévle pela segurança do Palácio? Será que não vêem as digitais do SNI e seu chefe, em parceria com o líder da ala quinta-coluna na máquina petista, na época ocupante de um ministério que tinha a PF como “subordinada”?

    Alguém tem dúvidas de que o generalato golpista possua dossiês contra deputados e senadores e que os tenha usado chantageando, coagindo e  ameaçando – para aprovação do golpe na casa parlamentar,vestindo-lhe máscaras de “legalidade” e “institucionalidade”? Se as alas vira-latas e entreguistas não dominassem a cúpula do exército, vocês acham que todo o desmonte e entreguismo seriam feitos com tanta rapidez pelas ORCRIM judiciárias, pelo parlamento governo golpistas?

    Essa eleição farsesca e fraudulenta será usada para legitimar o golpe de Estado e a tomada oficial do poder político pela turma dos coturnos, vira-latas e entreguistas até agora.

  25. “Senão vira pó”… Diria que

    “Senão vira pó”… Diria que “senão, ao invés de camaleão, vira barata ou ainda rato”…

    Esse é o barroso perdido na história do Brasil… corrupto que mostrou a cara e quer aparecer de bonzão…

  26. Quase Sui Generis

    Nassif: Barrentão, também dito “El Camaleón”, é gato de muitos fôlegos. Caindo do telhado há de conseguir virar para amortecer o tombo. E plástico como tem demonstrado ser se configurará com o contorno do pote, tão logo seja convidado para um papocabeça no Jaburu. Dona “Charged” não resistiu à tentação…

  27. Que cenário orwelliano, Nassif?
    Nassif, parabéns pelo perfil, a única ressalva que faço é a de que o arrependimento de Barroso ao final de tudo será uma cópia do arrependimento de FHC, ao pedir que esquecessem tudo o que havia escrito antes de assumir a presidência do Golpe desde então em curso (uma vez que o interregno de Lula e Dilma apenas o consolidou à medida em que fortaleceu o republicanismo que o viabiliza agora). Ou seja, assim que o generalato capitaneado por Bolsonaro for execrado por Trump e demais comensais de nossos despojos, Barroso pedirá para esquecermos o que falou e sentenciou, bem como o histórico dos seus outros dez pares atuais, já devidamente aquinhoados com os ministérios que dão nome àquela esplanada do DF. Dito isso, aprovará o voto distrital ou um parlamentarismo capaz de sobreviver ao sufrágio popular que no momento ainda ameaça Bolsonaro e demais tucanos que se opõe ao Haddad/Lula – que entretanto acabará vencendo o pleito, caso continue sem abrir a boca até o próximo dia sete, bem como seu vice e seu futuro ministro da Economia. Afinal, basta Alckmin e Ciro continuarem a bombardear o candidato petista (como no debate de ontem, na rede católica sob o comando do cardeal direitista de São Paulo) que este naufragará, principalmente durante debates globais comandados apenas por Renata Lo Prete, que o impede de concluir as respostas e profere as mais horrorosas acusações infundadas sem temer reações mais aguerridas do bem educado e comportado ex-prefeito paulistano. Principalmente caso continuemos a praticar essa onda de resistência virtual ou protesto digital em que o écran da webb é a nova rua dessa cidadania figurativa que nos assola, em que a inação participativa ou militância à distância surgem como sequelas de nossas instituições nacionais destituídas. Afinal, quando o Judiciário rasga a Constituição e ninguém se insurge, como falar na existência de instituições nacionais? Como o patriotismo sem pátria em voga deflagra uma inapetência cívica nunca vista, seguimos o leilão da nação – só falta aquela placa tipo “Quadrilha em Mudança de País Leiloa ou VendeTudo” – sob o signo da passividade perante tanta mentira, falsidade e hipocrisia. Se aqui, na trincheira do bom senso e vigília civilizacional que manténs, vemos apenas algumas dezenas de comentaristas quando há pouco seríamos centenas, no restante do PIG e redes sociais sobejam drones e escasseiam oponentes à rediviva Marcha da Tradição, Família e Propriedade rumo ao abismo. Muitos de nós se auto-consolam, dizendo que a história nos fará justiça, esquecendo-se de que sem historiadores só arqueólogos poderão questionar o que mumificou a nacionalidade brasileira e desertificou aquele outrora festejado celeiro de esperanças; aonde foram parar os historiadores que deveriam estar ensinando à população o martírio que foi a resistência à ditadura militar e o quanto nos custou redemocratizar o país e até conquistar uma Constituição de 1988 que já se pretende trocar pela de l967? Por certo não faltará laudo necrológico atestando que o fim do trabalho acabou com os trabalhadores e seu partido, mas como explicar o motivo pelo qual ninguém ingressou com ação civil pública e outros instrumentos legais disponíveis para propor a dissolução de instituições inúteis, como o CNJ que não destituiu o juíz de primeira instância que afrontou o Direito e toda Jurisprudência ao prender um ex-presidente sem prova alguma depois de viabilizar a deposição de uma presidenta eleita e inocente dos crimes a ela imputados? Como explicar a razão pela qual a Oposição remanescente no Congresso não desencadeou um abaixo-assinado destinado a convocar um referendo ou plebiscito exigindo a reforma do Judiciário e MPF, bem como o fim de seus rendimentos inconstitucionais? Só esta última medida poderia ter levados próprios magistrados a impugnar Luiz Roberto Barroso et caterva, evitando-se a consumação do atual crime em andamento (além dessa prática que institucionaliza o Ouro para o Bem dos Golpistas Privatistas em execução pelos beneficiários da marcha da TFP em andamento), qual seja, a lavratura desse atestado mortuário da democracia republicana brasileira, sob a coordenação do TSE. Em síntese, se George Orwell fosse vivo, certamente mudaria o nome de seu profético “1984” para “Brazil made in USA” e chamaria sua novilíngua simplesmente de “brasileirês”, este idioma fake dessa mídia que legitima todo esse quadro acima descrito, em pleno processo de falência por falta de leitores, ouvintes e espectadores por falta justamente de credibilidade…

  28. Ele, o ministro Barroso,

    Ele, o ministro Barroso, disse que a AP 470 era um ponto fora da curva. Podemos dizer que o ministro Luis Barroso é uma curva todinha fora do ponto. 

    1. Crítica a nassif
      Estão decepcionados com o BARROSO por ele não defender o pai de todos os lados( LULA). Barroso é inteligente, ele sabe que estava pisando em terreno perigoso, daí a sua postura correta como um bom brasileiros.

      1. Pelos ares do criado pode-se avaliar o patrão…

        Outro “bom brasileiro” que fez história no supreminho :

        Gama e Silva na leitura do AI 5

        Resultado de imagem para gama e silva

         

  29. Barro seco

    Realmente foi grande a decepção com os ministros do supremo, em especial, o Barroso.

    Mostraram-se oportunistas e egocentricos.

    Antes tarde do que nunca, espero o mais breve que se tenha mandatos de no máximo 10 anos para estes juizes, assim, não precisamos ficar a vida inteira tendo enjoos sempre que somos obrigados a assistir seus lamentáveis shows.

  30. Em bom carioquês: um escracho!

    O Nassif vem se superando na arte de desnudar a hipocrisia! Aí junta com o Barroso “nobre com pés de barro “, um ministro cuja dissimulação nos faz lembrar de algum ator canastrão das séries da Netflix…. Resultado: farto material para a produção desta pérola de texto.

    Quando o Nassif escrever o seu livro sobre os atores do golpe, nosso pomposo ministro pés de barro terá um capítulo só sobre ele.

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