A condenação do Estadão às atitudes de Joaquim Barbosa

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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O desfecho do mensalão

De “O Estado de S.Paulo”

 

 

Seria apenas irônico, se o episódio não pudesse tisnar a imagem da nova composição do Supremo Tribunal Federal (STF): parece ter sido finalmente provada a tese do PT de que o julgamento da Ação Penal 470 tem um componente predominantemente político. Uma “maioria de circunstância, formada sob medida”, como afirmou em seu voto um inconformado ministro Joaquim Barbosa – mas, de qualquer modo, um colegiado diferente daquele que julgou o mensalão em 2012 -, reverteu a decisão original da Corte e absolveu José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoino e mais cinco do crime de formação de quadrilha, livrando os dois primeiros do cumprimento da pena em regime fechado. 

Essa nova decisão não livra da cadeia os ex-dirigentes petistas condenados agora a penas inferiores a 8 anos, mas oferece ao partido no poder o argumento, extremamente útil num ano eleitoral, de que seus ex-dirigentes não formaram uma quadrilha para comprar apoio parlamentar. 

Agiram então, segundo o STF, por iniciativa individual, como criminosos avulsos. O que não impede de estarem inapelavelmente encarcerados. 

A acusação de atuar politicamente, ou de armar “uma farsa”, que a companheirada lançou contra a Suprema Corte quando percebeu que seus líderes seriam inevitavelmente condenados, foi uma tentativa, muito bem-sucedida pelo menos no que diz respeito à militância petista, de transformar em mártires criminosos como José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino e preservar a imagem de um partido que alardeia ser monopolista da virtude.

Essa estratégia se tornou evidente durante a sustentação oral dos advogados de defesa dos petistas, na abertura do julgamento dos embargos infringentes. Numa ação obviamente articulada, relegaram a segundo plano as razões e os argumentos jurídicos para promover um ato de desagravo político aos seus clientes. 

Todos os ex-dirigentes petistas que a Justiça colocou atrás das grades depois de um longo e meticuloso julgamento pela Suprema Corte transformaram-se, na retórica de seus causídicos, em heróis com admirável folha de serviços prestados ao País e injustamente condenados por um tribunal que se comportou como se fosse de exceção. 

Ninguém mencionou, é claro, o fato de que 8 dos 11 ministros que então compunham o STF foram nomeados pelos governos petistas. Mas o defensor de Genoino foi mais longe: garantiu que o fato de o PT estar no poder há quase 12 anos é indesmentível “sinal de que o povo concorda com as práticas que vêm sendo adotadas”. O que não é verdade. 

O desfecho do julgamento do mensalão merece uma reflexão que, acima das paixões ideológicas e partidárias, contribua para o aperfeiçoamento institucional do Brasil. É impossível, por exemplo, haver estabilidade, precondição para o desenvolvimento, numa sociedade que não respeita suas instituições fundamentais. E o Judiciário é uma delas. 

Pode-se discordar de suas decisões que, afinal, são tomadas por falíveis seres humanos. E, para garantir a incolumidade dos direitos individuais diante de eventuais erros da magistratura, existe uma ampla legislação processual. Mas questionar a legitimidade do Poder Judiciário e de seus agentes é conspirar contra a estabilidade institucional. Numa sociedade democrática a ninguém é dado esse direito. 

Assim, é lamentável a necessidade de registrar e reprovar a insistência com que o presidente do STF e relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, tem atropelado o decoro de um colégio de altos magistrados para se comportar com acintosa agressividade e intolerância sempre que seus pares divergem de seus votos. A recente elevação do tom desses rompantes pode sugerir que não se trata mais, apenas, de uma questão de temperamento irascível, mas de cálculo político. 

Ainda falta o exame de embargos menos relevantes, mas é chegada a hora de o triste episódio do mensalão sair de cena – sem prejuízo de ações correlatas, como o chamado mensalão mineiro, ou tucano – para que a Justiça produza seus efeitos e continue a cumprir seu curso.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

32 Comentários

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  1. Até que enfim reconheceram o

    Até que enfim reconheceram o autoritarismo, a deselegancia e a falta de compromisso e respeito de Joaquim Barbosa com o Poder Judiciário!!!!!

    Só observando que o argumento “o fato de que 8 dos 11 ministros que então compunham o STF foram nomeados pelos governos petistas” citado no texto já derruba a tese “da maioria de circunstância do inconformado Joaquim Barbosa”.

     

  2. Não se enganem com o Estadão

    Conforme todo mundo sabia, com a farsa doMensalão sendo desvendada, o Barbosa de triste figura já está começando a ser fritado. Não se enganem com o Estadão, só estão queimando o presidente do Supremo por que ele não cumpriu direitinho a missão lhe dada pela imprensa.

  3. Não é temperamento irascivel. Eh truculência mesmo.

    Um jornal que faz um editorial nesse tom ?  Desde o inicio a imprensa sabia tudo, estava sempre certa, condenaram, pregaram na cruz etc e tal, e qualquer outra versão era tratada com desprezo. Faça-me o favor… Não vejo condenação em si a Barbosa, apenas um “paga mais leve”, pois agora todos virem o que fizemos.

  4. criminosos são os que

    criminosos são os que escreferram esse artigo lamentavel… fez uma criticazinha ao barvosa para mais uma vez tentar fazer as pessoas acreditarem que genuino e dirceu são “bandidos” …vão lamber sabão..agora quero ver como vão tratar os bandidos do psdb no mensalão tucano

     

    1. essa mídia bandida, unida e cretina não desiste nunca…

      dá mil voltas, como se fosse contra tudo o que aconteceu, mas na realidade só reforça as cretinices para que leitores sigam acreditando que os condenados são bandidos mesmo

  5. no meu entender não reconheceu nada, só repetiu baboseiras

    pegou todo o entulho de mentiras que usaram contra o PT e fez um sopão para ontem…………..

    esquecendo-se apenas de chamar o JB de petista pelo que ele fez

      1. salve, Ivan………………….aquele abraço!!!

        a tendência de atribuir maior responsabilidade por tudo que acontece de ruim no judiciário e no país aos petistas já virou marca registrada dos membros dominantes de uma mesma e antiga máfia das comunicações…………….

         

        traga desde a saída dos militares e veja que só passou a mudar mesmo com a chegada do Lula à presidência

         

        triste é saber que 40 milhões de mentes vazias ainda desconhecem como ela foi criada e para que foi criada

        1. e se ainda não mudou muito…

          pode ter certeza que é porque tem muito político safado na parada, incluindo petistas, infelizmente……………

           

           

  6. o mequetrefe ridículo só quer atrapalhar nossas pautas

    Gente, o mequetrefe ridículo só quer atrapalhar nossas pautas. Observem que não tivemos tempo/espaço para comemorar a grande vitória. Era o que devíamos estar fazendo agora. Sempre inventa sucessivos escândalos midiáticos para embananar tudo, e dispersar até mesmo a nós. Havia apenas 1 juiz no STF, agora tem 3, já mudou bastante, é comemorável. Também dia 15 de novembro, quando iriamos, após 50 anos do golpe, comemorar o reimpossamento simbólico de João Goulart, ele inventou de fazer aquela exibição oposta, tipica da ditadura, se utilizando dos presos, ofuscando o significativo fato histórico. Para sua significância, já ocupou demais nosso tempo, acho que deveríamos, além de comemorar, e divulgar que não se pode mais falar em quadrilha petista, pensar nos próximos julgamentos, o seguinte é lavagem de dinheiro, ainda não li opiniões sobre esse tema, sobre os quais já foram feitas as sustentações orais, será que há chances nesses ?  João Paulo Cunha apelou. 

    1. boa tarde, nilccemar…

      e os preparitivos para cair de corpo e alma na alegria do carnaval de rua? já no embalo?

      posso de perguntar uma coisa? e já perguntando, porque não tem como ser de outra forma online

       

      considerando as leis e as portas abertas para interpretações em forma de gãos e não empacotadas, faz sentido dizer que quem lava dinheiro lava porque não precisa dele de imediato?

      percebeu a incógnita da questão?

      lavar e usar como se afimou e provou nos autos que seria usado tem força de quebrar o entendimento inicial?

       

      simples curiosidade, coisas da minha equação doida, e agradeço de antemão pelo sim ou pelo não da sua atenção

       

      aquele abraço!!!

  7. Depois de todo o monte de

    Depois de todo o monte de m… que escreveu nos parágrafos anteriores, o hidrófobo editorialista sai-se com esta frase:

    “O desfecho do julgamento do mensalão merece uma reflexão que, acima das paixões ideológicas e partidárias,”…

    Haja hipocrisia, cara de pau e falta de evrgonha na cara! No fim, pra não dizer que não falou das flores, chuta cachorro morto. pois é, brabosa, agora a culpa pela mensalônica patranha do mentirão vai cair nas tuas costas. Bem feito!

  8. Vou contar uma historinha…

    … que parece não ter nada a ver, mas…

    Um amigo meu (“sempre”, né…) namorava uma garota e o restante da família desta garota se mostrava muito renitente em aceitá-lo. Ele negro. Uma vez, para humilhá-lo, a irmã da sua namorada falou de sua aparência. Ele, tímido, fechou-se.

    Meses depois, essa tal irmã perderia seu namorado. Foi à terapia. A terapia a debulhou por inteiro.

    Depois disso, ela passou a tratá-lo melhor. Mas nunca pediu-lhe desculpas.

    Mas vou cortar a história.

    Hoje em dia, o rapaz tímido se separou da namorada e não quer receber gente nem nada, mal faz as coisas para si mesmo. A irmã de sua ex-namorada casou e está tudo bem com ela.

    A irmã da ex-namorada está de consciência limpa, “redimiu-se”, uma boa pessoa, claro. O rapaz negro tem que “optar” entre a esquizofrenia, a síndrome do pânico, a depressão ou matar alguém.

    Enfim, o Estadão fez o que fez e, em uma página aqui, um artigo acolá, ele se redime?

    A gente, antigamente, dava um nome a isso: MEA CULPA.

    Parece que tem mais gente seguindo o raciocínio Batman: onde se quer chegar com isso?

    Vergonha de tudo, meus amigos.

  9. Estadão se entregou…

    Na frase: “Assim, é lamentável a necessidade de registrar… ” no início do penúltimo parágrafo, o Estadão se entrega em lamento indicando, talvez, que a mídia corporativa já vê o Barbosa como um desequilibrado e que só servirá como um capacho útil para bagunçar as eleições, mas não creio que entrará na aposta de bancar esta escrotice louca de toga para um cargo majoritário, seja agora ou em 2018.

    Nós sabemos, e a mídia está descobrindo agora, que não há qualquer garantia de que este supremo imbecil preservará os interesses da máfia midiática num hipotético cargo presidencial.

  10. ” à militância petista, de

    ” à militância petista, de transformar em mártires criminosos como José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino e preservar a imagem de um partido que alardeia ser monopolista da virtude.”

    Não, quem alardeia isso é o Psol. Mas quem de fato é “monopolista da virtude” é o PSDB. Constatei isso nas próprias páginas do pig.

    Quanto ao Barbosa, jogado na beira da estrada pelo pig, ele só tem uma saída. Juntar-se ao black blocs, que são contra o PT e contra a mídia. Com os coxinhas do Faceburro não dá para contar. Estes são muito voluveis, principalmente aos ventos midiáticos

  11. Não entendi o título do post

    Não entendi o título do post – acho que o Estadãoestá condenando quem fala mal do Barbosão.

     

    “O desfecho do julgamento do mensalão merece uma reflexão que, acima das paixões ideológicas e partidárias, contribua para o aperfeiçoamento institucional do Brasil. É impossível, por exemplo, haver estabilidade, precondição para o desenvolvimento, numa sociedade que não respeita suas instituições fundamentais. E o Judiciário é uma delas. “”

    Quem não respeita o Judiciário? Os petistas e a sociedade que acha injusta a prisão de seus líderes? 

    Ou não deveria ser :   O Judiciário não  respeita os petistas e a sociedade. 

    Parece mais realista se levarmos em conta o palco promovido pelo Estadão, Follha, Veja, Globo para o destemido Gilmar Dantas do grampo sem áudio, dos HCs gangurus;  Marcos Grillo de Mello que fala qualquer coisa desde que tenha holofotes e microfones; Ayres Brito…um poeta atrás de editoras da mídia  para os seus livros e ,segundo o Estadão, o imcompreendido justiceiro Barbosão.

    “Pode-se discordar de suas decisões que, afinal, são tomadas por falíveis seres humanos. E, para garantir a incolumidade dos direitos individuais diante de eventuais erros da magistratura, existe uma ampla legislação processual. Mas questionar a legitimidade do Poder Judiciário e de seus agentes é conspirar contra a estabilidade institucional. Numa sociedade democrática a ninguém é dado esse direito”.

    Agora são falíveis? Até o julgamneto do dia 26/27 não eram.Eram heróis !

    Questionar a legitimidade do poder judiciário não pode ? Isto é ou não uma democracia. Se não se questionasse estes petistas iriam mofar na cadeia. Se não se questionassem as injustiças talvez ainda estivéssemos na Ditadura que o jornal apoiou.

    “Assim, é lamentável a necessidade de registrar e reprovar a insistência com que o presidente do STF e relator do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, tem atropelado o decoro de um colégio de altos magistrados para se comportar com acintosa agressividade e intolerância sempre que seus pares divergem de seus votos. A recente elevação do tom desses rompantes pode sugerir que não se trata mais, apenas, de uma questão de temperamento irascível, mas de cálculo político.”

     A dubiedade causada pelo grifo-  é lamentável continuar insinuando que Barbosão está errado  como os petistas estão a proclamar. Fora Petralhas ! Deixe meu ídolo em paz – como o jornal sempre sugeriu.

    Ou é lamentável a atitude de Barbosão de ser grosso e ditatorial – mas só agora que o jornal percebeu? Só agora que o jornal percebeu que isto era um mote político para voos mais altos  do Barbosão apoiado pela mídia, Estad~~ao incluso.

    Viva os Blogs sujos ! 

  12. Uma distorção absurda!
    Coloca

    Uma distorção absurda!

    Coloca a presidencia da República como manipuladora do STF!

    “Uma “maioria de circunstância, formada sob medida”…

    Passou-lhes desapercebido, não por acaso, o fato dele TER INFLADO AS PENAS DOS RÉUS para que houvesse prisão dos mesmos…

    O QUE É UM ABSURDO!

    Deveria a Dilma INTERPELAR O PRESIDENTE PARA QUE EXPLIQUE SUA TESE!

    QUE PROVE O QUE DISSE OU PEÇA DESCULPAS!

  13. A hora e a vez do Psdb

    O estadão está com medo do Batman julgar o mensalão mineiro. O homem é uma incógnita. Vai que resolve encanar a tukanalha. É melhor se garantir desde já. 

  14. Que lixo!

    Os absurdos deste julgamento, pelo jornal, fica circunscrito às últimas atitudes de Barbosa.

    Comentei, acompanhando as denúncias da blogosfera,  no ano passado:

    Para quem acompanhou todo o processo, inclusive a academia, ficou a sensação de que nada se sabe, e a nítida impressão que o STF estava perdido nos conceitos de raiz, nos princípios fundamentais do direito e da própria democracia.

    Desde o seu inicio, ainda na fase preliminar, que a divergência entre pontos basilares, -os princípios elementares -, do direito estão sendo postos em debates como se os nossos mais altos juízes tentassem redescobrir a própria essência do direito.

    Foram muitos os momentos em que os nossos ministros se dividiram quando a esses princípios primordiais e universais, como o amplo direito de defesa, o instituto universal da dúvida a favor do réu, o momento do crime, a conceituação do que são provas e indícios de provas, e mesmo a indicação do juízo competente, entre tantos outros.

    Foi assim que os nossos ministros não conseguiram se entender quanto ao desmembramento do processo, aceitaram frágeis indícios de provas como elemento probatório suficiente para condenações, tiveram sérias divergências quanto ao momento do crime de corrupção.

    O princípio do direito penal mínimo que o mundo jurídico universal tanto preza foi jogado no lixo com a constatação da irresistível corrente condenatória. Os ministros optaram por um retrocesso em que se atropelaram princípios constitucionais construídos ao longo dos últimos anos.

    Foi observado que ministros tidos como os mais garantistas do STF, como Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes e Celso de Mello, tolheram a única chance dos réus em dirimir dúvidas da própria corte amplamente representadas pela grande divergência e mesmo no reconhecimento de erros que fizeram o STF modificar algumas condenações.

    https://jornalggn.com.br/noticia/mensalao-um-processo-que-mudou-conceitos-e-desnudou-a-fragilidade-da-justica

  15. Sei, o Estadão.,,,entendi

    (…) É impossível, por exemplo, haver estabilidade, precondição para o desenvolvimento, numa sociedade que não respeita suas instituições fundamentais. E o Judiciário é uma delas. 

    (…) mas é chegada a hora de o triste episódio do mensalão sair de cena 

    Destaquei estas duas partes do lacrimoso editorial do Estadão por notar que não sem motivo estas duas preocupações da nossa elite:

    1- Segundo Marx, o Judiciário faz parte da superestrutura da sociedade capitalista. Se há a estrutura, que é o aparato dos meio de produção produzindo mais-valia, por outro lado há a superestrutura, que se ocupa em fazer com que o povão pesse dessa ou daquela forma e tenha medo disso ou daquilo. Tais forças são a religião, judiciário, cultura(meios de comunicação). Como parte do sistema dos 1%, o Judiciário tem que ser seletivo de forma a condenar “dissisdentes” do sistema ao mesmo tempo em preserva os “brilhantes( Daniel Dantas, Cachoeira, Azeredo, Demóstenes Torres…). A nossa elite sabe o que faz, e o que fala, enfim, pode ser tudo, menos boba!

    2- Pode ficar tranquilo Estadão, não vamos deixar o mensalão sair de cena, pois fazer isso é jogar a injustiça para debaixo do tapete, vamos luar pela revisão criminal, prá isso as provas que beneficaam os réus e surrupiadas por Barbosa, serão colocadas na mesa. Passar bem.

  16. Isso. O Estadão critica o

    Isso. O Estadão critica o Barbosa para que este não haja com o PSDB da mesma forma que agiu com o PT, forma esta que o próprio Estadão sempre elogiu. Os caras criam cobras e não querem ser picados.

      1. Teu posicionamento

        Teu posicionamento conservador enraizado o impede de interpretar texto, teu cérebro está calcificado, não mais é (se é que algum dia foi) crítico, segue no automático. Mas farei a interpretação para vc : os caras que ele diz, é entre eles o próprio Estadão, tal qual a “grande mídia” alienante e mentirosa, que criou a cobra. Uma coisa é indicar, outra é alimentá-la. Consegue entender a diferença, cara-(não)pálida ?

  17. Não é hora de apagar o julgamento

    Gilmar Mendes declarou ao 247 que o affair “mensalão” estava finito. Talvez alertado pelos comentários que sua declaração ensejou, corrigiu-se em plenário, admitindo as revisões criminais que provavelmente virão, afinal, parece haver provas não levadas aos autos, ou, até mesmo, deles sonegadas, que demonstrariam a inocência da maioria dos condenados.

    Contudo, como se vê pelo editorial do Estadão, não só Gilmar Mendes quer, agora, se livrar do “mensalão”, mas, também o Estadão quer apagá-lo da pauta política (e não judicial) nacional. Diz o Estadão, “…é chegada a hora de o triste episódio do mensalão sair de cena …”. Au contraire, agora é a hora do triste julgamento – este, sim, triste – entrar na cena política de 2014. É hora de mostrar a toda população que o triste julgamento produziu, sim, mártires, explicitação que inquieta o jornal.

    Mas não só isto: é hora de mostrar politicamente a esculhambação que Gilmar Mendes, Luís (mato no peito) Fux, Marco Aurélio (a ditadura foi mal necessário) Mello e, acima de todos, Joaquim Barbosa promoveram no judiciário, a começar pelo STF. Gilmar Mendes, por exemplo, em seu voto, fala em evitar o bolivarianismo no Brasil, isto ao julgar formação de quadrilha. O que, sob a ótica do direito, uma coisa tem a ver com a outra? Nada. Ser bolivariano, ou ser simpático ao bolivarianismo não é proibido por lei, e nada tem a ver com os autos da 470. É, ou não é, uma esculhambação? Uma esculhambação explícita?

    Luís Fux, além das atitudes processuais canhestras, para se dizer o mínimo delas, tem, afora declarações estapafúrdias como a “mato no peito”, o physique du rôle do malandro carioca de outrora (pobre do meu Rio de Janeiro com gente como essa a envergonhá-lo), um Coalhada, aquele personagem do Chico Anísio, judicial com peruca de cabelos lisos, enquanto os de Coalhada são crespos. No resto, são iguais. Luís Fux é outro motivo de tristeza nesse julgamento.

    Mas, acima de todos, muito acima, paira Joaquim Barbosa com uma capacidade destrutiva impressionante. Como o clássico carreirista profissional que não contribui para a instituição da qual tira o sustento, pisa nos colegas. Fez assim com Lewandowski, com Toffoli, com Gilmar, com Barroso e com a maioria do plenário! Despreza os clientes institucionais, os jurisdicionados no caso. Faz deles trampolim para projetos pessoais desavergonhadamente, projetos políticos, pois é esta a única razão plausível para promover injustiça contra os réus. Joaquim Barbosa quer ser presidente da república, mas não será. Joaquim Barbosa é uma das razões para o Estadão querer esquecer o “mensalão”, pois é um sujeito indefensável e perigoso até para os aliados de ocasião.

    Joaquim Barbosa não parece conter-se aos ditames da lei. A suspeita de sonegação de provas em favor dos réus na 470; a exacerbação das doses penais para prejudicar os réus (talvez para prevenir, humilhando-os, a instauração do bolivarianismo no Brasil); o desrespeito de direitos básicos de, pelo menos, 37 réus sem prerrogativa de foro com uma tese fajuta de poupar trabalho à Corte, como se este bem fosse mais importante do que o direito à dupla jurisdição; a determinação de que o Estado lhe pague 14 diárias enquanto estava de férias; e o imbróglio Miami  são alguns sinais alarmantes de que o nobre presidente do STF descumpre as leis.

    Joaquim Barbosa começa a ser contestado no Legislativo, o é nos blogs e “redes sociais”, também pela comunidade advocatícia, por intelectuais, e mesmo pelos veículos de comunicação que há pouco o apoiavam.

    O legado da 470 será a depuração do STF, onde remanescem representantes de um conservadorismo atrevido e baderneiro, assentado em falso moralismo populista,  cujo objetivo é o de fraudar, por meio de golpe de Estado, a vontade popular manifestada nas urnas. Tal depuração, contudo, somente será efetiva se o que aconteceu no julgamento da AP 470 for amplamente noticiado e discutido pela sociedade. As facilidades que a legislação eleitoral oferece neste ano de eleições faz o momento oportuníssimo. A hora é de lembrar do julgamento da 470 e debatê-lo em profundidade, não de apagá-lo da pauta política como querem Gilmar Mendes e o Estadão..

     

  18. Haja contorcionismos do

    Haja contorcionismos do Estadão para disfarçar sua cumplicidade com ministros que rasgaram a constituição brasileira durante o julgamento da AP 470. 

  19. Induzido
    Não leio a folha, veja e estadão. Quem manchetou este post, não viu ou não leu, se leu não entendeu, assim fui levado a ler essa “desculpem” merda.

  20. Que lixo, Nassif!

    Nassif, com a devida vênia, seu site está entre os meus favoritos justamente porque nele procuro as notícias e opiniões que não encontro na grande imprensa. Uma vez um professor de Português recomendou que nós, meninos, lêssemos bastante, só a leitura apagaria a ignorância de nossas mentes e corações. Ele disse ainda, leiam até o Estadão, “dez quilos de entreguismo”, mas leiam alguma coisa.

    Hoje, sou adulto e não preciso mais ler “qualquer coisa”. Procuro qualidade naquilo que leio e procuro convergência ideológica. É certo que deveria ler a grande imprensa se honesta intelectualmente ela fosse para ter outro ponto de vista. Mas como chamam herois nacionais de bandidos como Genoíno e Dirceu, que arriscaram suas vidas contra a Ditadura, enquanto os Mesquitas com seus ternos exclusivos a apoiavam, essa imprensa para mim tornou-se lixo e neste post, eu reclamo e critico a publicação desse lixo, mesmo que tangencialmente se refira à exuberante falta de educação do Barbosa. Ele é um homem grosseiro, porque grosseria não escolhe classe social, é um defeito genético que pode vir em pobres ou ricos, burros ou inteligentes, intelectuais ou ignorantes. Mas é mais comum em bandidos do que em outras classes sociais.

  21. As RATAZANAS já estão pulando fora do barco???

     Sinceramente! a mídia brasileira trata o cidadão como se ele fosse anecéfalo, o JB virou cachorro morto, não que já não fosse!! chegou a hora de chutá-lo, e o Estadão, Folha, Veja e até o plim-plim o farão com certeza. Estadão!!!, poupe-nos da sua demagogia barata,lá se vão aproximadamente 100 anos ou mais, que os seus interesse e objetivos sempre foram contrários aos desta nação. Temos que estar atentos, pois no lugar deste Joaquim virão outros…

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