Ministro do Meio Ambiente não vai exonerar auxiliar acusada de improbidade

Salles diz estar “zero preocupado” com o caso e que “se for rotular todo mundo, não sobra ninguém”
 
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
 
Jornal GGN – Ainda em dezembro, antes de tomar posse como ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles foi condenado na Justiça de São Paulo por improbidade administrativa. Nesta semana, foi a vez da secretária-executiva do Ministério do Meio Ambiente, cargo equivalente ao número dois na hierarquia da pasta, Ana Maria Pellini, ser apontada em situação embaraçosa na Justiça.
 
O Ministério Público do Rio Grande do Sul move uma ação contra Pellini a acusando de improbidade administrativa e danos aos cofres públicos quando secretária Estadual. A ação foi acolhida em abril de 2016 e corre na 16ª Vara Cível de Porto Alegre.
 
Em entrevista ao blog de Andréia Sadi, no G1, o ministro Ricardo Salles disse que não pretende exonerar a secretária-executiva da pasta. “Eu não posso ser hipócrita, quer dizer: para o meu caso vale tolerância e para o dela, não? Estamos em um momento em que é preciso mais do que nunca vigorar o estado democrático de direito”, afirmou, completando estar “zero preocupado” com o caso e, ainda, que “se for rotular todo mundo, não sobra ninguém”.
 
No dia 19 de dezembro, a Justiça de São Paulo condenou Salles sob a acusação de fraudar o processo do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê, em 2016, quando foi secretário estadual do Meio Ambiente no governo Geraldo Alckmin.
 
A denúncia foi feita pelo Ministério Público. Na decisão, o juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital destacou que o então secretário praticou a “violação de normas legais e regulamentares com a plena consciência de que tolhia a participação de outros setores que compunham o sistema ambiental e de que atendia a interesses econômicos de um grupo restrito em detrimento da defesa do meio ambiente escopo de sua pasta no Poder Executivo” e, ainda, de promover perseguição a funcionários da Fundação Florestal, com o propósito de beneficiar setores empresariais, especialmente de filiais da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), que também foi condenada no processo. 
 
A organização e o atual Ministro do Meio Ambiente recorrem na segunda instância. A 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital determinou, entre outras coisas, a suspensão dos direitos políticos de Salles por três anos, além de multas e proibição de contratos públicos aos envolvidos no crime. 
 
Já a ação contra a nova secretária-executiva do Ministério do Meio Ambiente, Ana Maria Pellini ainda está em fase de audiências e instrução. O caso envolve a contratação da Metalúrgica Big Farm, em 2009, para construir albergues penitenciários. 
 
O Ministério Ministério Público do Rio Grande do Sul acusa Pellini da lesar o erário público em R$ 1,6 milhões, por não fazer estudos técnicos suficientes à contratação da empresa e que o método de construção do projeto era inadequado. Na época Pellini era uma das gestoras que conduziram o processo. 
 
Redação

1 Comentário

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  1. Metralha 10 x Petralha 0

    “Desta hora, sim, tenho medo” — Drummond, “Anoitecer”.

    Nassif: o jogo tá só começando. Mas, digam o que disserem, esse ministro está coberto de razão (?). Não é burro de dar tiro no pé. Mandar embora uma possível corrupta, só porque foi denunciada pelo pessoal do JardimBotâncio? Isto só valia quando era prá incriminar o grupo do SapoBarbudo.

    Se esse governo daBala, monitorado pelos VerdeSaúva e orientado pelo bando da Justhiça, começar a botar corrupto da atual administração prá fora, quem sobra? O próprio titular da pasta seria um dos primeiros a sair.

    Essa é a hora de compor governo e cumpri promessas.

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