MP denuncia Alckmin por falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

A denúncia aponta o recebimento de R$ 2 milhões da Odebrecht na campanha de 2010 ao governo de São Paulo e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014.

Foto Agência Brasil

Jornal GGN – O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo recebimento de mais de R$ 10 milhões em doações da Odebrecht que não foram contabilizadas.

A denúncia aponta o recebimento de R$ 2 milhões da Odebrecht na campanha de 2010 ao governo de São Paulo e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014. O MP apurou que as doações foram solicitadas pelo candidato Geraldo Alckmin e não foram registradas nas prestações de conta da campanha, o que configura os crimes de corrupção passiva e falsidade ideológica.

O MP aponta que os pagamentos foram feitos pelo setor de operações estruturadas da Odebrecht por meios ilegais, inclusive doleiros, para dificultar o rastreamento, e aqui entra a denúncia de lavagem de dinheiro.

Os promotores alegam que os pagamentos feitos pela Odebrecht visavam manter influência junto ao governo Alckmin. A empresa estaria impedida de fazer doações ao então candidato pois participava do consórcio para a construção da linha 6-Laranja do Metrô e por controlar a concessionária que administra a Rodovia Dom Pedro I.

O escritório de Adhemar César Ribeiro, cunhado de Alckmin, recebeu o os R$ 2 milhões repassados em 2010, durante a campanha e os R$ 9,3 milhões, de 2014, foram pagos ao tesoureiro da campanha, Marcos Antônio Monteiro, em 11 repasses.

Além de Alckmin, foram denunciados: Marcos Antônio Monteiro, tesoureiro da campanha de 2014; Sebastião Eduardo Alves, funcionário de Marcos Antônio Monteiro; Benedicto Barbosa da Silva Júnior, da Odebrecht; Luiz Antônio Bueno Júnior, Odebrecht; Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, Odebrecht; Maria Lúcia Guimarães Tavares, Odebrecht; Fernando Migliaccio da Silva, Odebrecht; Luiz Eduardo da Rocha Soares, Odebrecht; Alvaro José Gallies Novis, doleiro.

Adhemar César Ribeiro, cunhado de Alckmin, não foi denunciado porque tem mais de 70 anos e os crimes imputados a ele prescreveram.

Com informações de O Globo.

Redação

5 Comentários

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  1. E a turma insiste em crime eleitoral. Não que não tenha importância mas e as obras paradas? E o metrô? E a Sabesp? Crime eleitoral é uma coisa, enriquecimento ilícito, a popular “bola” é bem pior. E pior que isso tudo, a queima de documento público do metrô, a corrupção estrutural e generalizada – verter a coisa pública para atendimento a demandas escusas da iniciativa privada como o sucateamento, a precarização da educação estadual, por exemplo.

    (***)

    E falando em ministério público, é correto que a Lava Jato comece a trabalhar direito, que acuse os verdadeiros bandidos – os finíssimos do PSB, a saber – e retire acusações infundadas, que haja segundo o Direito e não visando política, mas isso não isenta os procuradores dos crimes que cometeram e que estão causando prejuízos a todos nós e às instituições democrática de forma continuada. Até que se restabeleça a ordem democrática – e isso é muito mais do que eleições – o golpe continua em curso.

    1. Justiça paulista… É o Ministério Pública de São Paulo, do Sarrubbo, escolhido de Dória. Dória age apenas como empresário privado, eliminando a concorrência. Agora que é muita ingenuidade tanto de Dória quanto de Sarrubbo achar que ninguém percebe… ora, Alckmin comete crimes muito mais graves que os meramente eleitorais há quanto tempo? A “bola” na gestão PSDB Alckmin-Serra foi tão absurda que até a Siemens e a Alstom pularam fora… Mas pode deixar: o imbróglio BTG-Zona Azul é só um, tem muito mais por aí. Não adianta, é como naquela história do sapo e do escorpião: privatista, pinta de empresário, administrador competente etc. na administração pública, corrupção na certa.

  2. Dois anos depois da eleição presidencial, a Justiça inocenta Haddad e denuncia-se Alckmin e Serra.
    A cada dia tenho reforçada a convicção de que em Política NÃO há coincidência.

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