Jornal GGN – As mulheres que exercem o jornalismo foram agredidas, ofendidas, intimidadas e ameaçadas durante a realização de seu trabalho em 75 ocasiões diferentes ao longo de 2021, o que dá mais de seis ataques por mês.
Os dados são de monitoramento elaborado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) com foco no viés de gênero, o que mostra um quadro de afronta à liberdade de imprensa, tendo como principal arma a violência de gênero.
Ao todo, foram 59 vítimas ao todo e 34,6% dos ataques sofridos usaram o gênero, a sexualidade ou a orientação sexual como ferramenta de ataque.
Em 60% dos casos identificados, mulheres jornalistas foram alvos dos chamados discursos estigmatizantes, agressões verbais com o intuito de hostilizar e descredibilizar as vítimas.
Dentro desse contexto, termos como “militante”, “jornazista”, “lixo” e “comunista” foram empregados para desacreditá-las como profissionais. Do total de agressões contra comunicadoras em 2021, 61,3% ocorreram enquanto as profissionais cobriam questões políticas.
Expressões misóginas também fizeram parte da dinâmica de agressões e estiveram presentes em 29,3% dos discursos voltados a jornalistas e comunicadoras: elas foram chamadas de “vagabundas”, “putas”, “biscates”, “feias”, “velhas”, “burras” e “loucas”, entre outras palavras sexistas que instrumentalizam aparência e sexualidade na tentativa de calar suas vozes.
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