Na Lava Jato, doleiros que operaram US$ 85 milhões cumprem apenas 1 ano de domiciliar

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Reprodução/GLOBO
 
Vinicius Claret, mais conhecido como Juca Bala
 
Jornal GGN – Fazer um acordo com a Lava Jato no Rio de Janeiro foi um grande negócio para os doleiros Vinicius Claret e Cláudio Barbosa, segundo coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha desta sexta (4).
 
Claret e Barbosa foram presos em março de 2017 no Uruguai, sob a acusação de terem operado a evasão de 85,4 milhões de dólares para Sergio Cabral (equivalente a  mais de R$ 282,4 milhões), sendo que esse montante foi apenas uma “fração” de todos os recursos já movimentados pelos doleiros.
 
Após fechar acordo de delação com os procuradores do Rio, Claret e Barbosa, os “doleiros dos doleiros”, deixaram o presídio de Benfica e agora vão cumprir 1 ano de prisão domiciliar, dividido em seis meses de regime domiciliar fechado e mais seis meses de semi-aberto. Depois disso, estão autorizados a voltar a viver no Uruguai, de onde atuavam como doleiros há décadas, junto com Dario Messer.
 
A dupla havia sido condenada a 18 anos de prisão e teve de pagar multa de R$ 4 milhões, segundo Bergamo.
 
Na delação premiada, Claret e Barbosa detalharam “como funcionava um sistema que reunia doleiros de todo o país que movimentou cerca de US$ 1,6 bilhão (o equivalente a cerca de R$ 5,3 bilhões) envolvendo mais de 3.000 off-shores em 52 países”, escreveu a Folha.
 
Os depoimentos se desdobraram na operação Câmbio, Desligo, deflagrada na quinta (3), com mais de 40 ordens de prisão contra doleiros.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

13 Comentários

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  1. Quem rouba um tostão é ladrão, quem rouba um bilhão é barão

    Se fossem condenados por furtos famélicos, iriam apodrecer na cheirosa durante muitos anos.

    É isso aí, Jateiros. O crime não compensa… desde que seja de pequeno valor.

  2. Doleiros parecem atuar de propósito em ações controladas

    Parecem bicheiros que de vez em quando dão uma volta de camburão, passam algumas semanas ou meses na cadeia (raras vezes no máximo uns dois anos), mas nunca saem do negócio do jogo do bicho. Geralmente tem acordo com a polícia para fazer vistas grossas.

    Com os doleiros virou caso semelhante. Então tem caroço nesse angu.

    Além das suspeitas de sempre, acho até que eles se tornaram uma espécie de espiões colaboracionistas com os EUA para mapear o fluxo de capitais clandestino. Se o dinheiro ilegal sempre passa por eles, então os mais espertos como Dario Messer que nunca foi preso até hoje, devem avisar os serviços de inteligência dos EUA quando dinheiro é remetido para países árabes, ou para fora do circuito geopolítico dos EUA, como para a China ou Rússia. E até mesmo para os EUA, de forma aos EUA terem controle sobre os países: os corruptos obedientes e dóceis são deixados em paz. Aos “rebeldes” à geopolítica estadunidense, sendo ou não corruptos, são derrubados com escândalos.

    Os doleiros mais burros ou do baixo clero, que não tem essas conexões, tiram algum tempinho de cadeia, e fazem o trabalho de divulgar os escândalos via delação premiada (apenas os que interessam), saindo livres.

    E voltam à liberdade para continuarem mapeando o trânsito do dinheiro, como se fosse uma operação controlada.

    1. Geopolítica da corrupção que interessa.

      Pense em um país como a Venezuela. Interessa aos EUA que os mais ricos endinheirados oposicionistas paguem impostos na Venezuela que fortaleça o governo ou que soneguem e mandem clandestinamente para Miami para circular na economia estadunidense? É claro que é a segunda opção. Então não interessa aos EUA investigar banqueiros e doleiros venezuelanos que conseguem evadir dinheiro ilegalmente para os EUA, seja de sonegação, corrupção de direita, roubo de dinheiro público ou da economia popular. Só interessa quando a corrupção envolva alguém ligado ao governo Maduro.

      Lógica senelhante aplica-se ao Brasil e outros países da América Latina.

  3. Enquanto isso

    Triplec e pedalinho dá cana dura. 

    Pobre, seu lugar é longe.

    Novela, futebol e cachaça, e já riem à toa, são boa gente, geralmente conhecem o seu lugar e a sua função.

    “Graças a Deus.” “Vá com Deus.” sempre dizem entre si

    “Olha como samba no pé.” diz as madama

  4. arriba

    helicoca+aecio e perrelas(cbf)+careca no $upremo+PCC(maiúsculo como deve ser)+moro e carwash+doleiros(corretores intermediários-mulas)…

    welcome to mexico

    siga o dinheiro, la plata

    1. seguir o dinheiro é coisa do passado…

      tornou-se praticamente impossível

      perdoar sem ninguém ter visto pecado, também só confirma

      milhões, num desses casos 18, como a fumaça que do cigarro se desprende e sobe até desaparecer

  5. Profissão de sucesso!

    O pai chega a seu filho e lhe diz:

    – Meu filho, o que você vai ser quando crescer?

    – Ora, papai. Vou ser doleiro e delator.  Ganho dinheiro, fico uns dias  preso, delato  e pronto: ganho a liberdade e continou rico e, é claro,  doleiro.

    – E se prenderem você, de novo?

    – Ora, meu pai, parece bobo, se me prenderem continuou delatar e pronto. Volto à liberdade, continuou exercendo minha profissão de doleiro. Hoje, o doleiro delator é considerado como um grande herói, salvador da Pátria.

    – Meu Deus, você, meu filho,  é muito mais inteligente do que eu imaginava.

  6. Profissão de sucesso!

    O pai chega a seu filho e lhe diz:

    – Meu filho, o que você vai ser quando crescer?

    – Ora, papai. Vou ser doleiro e delator.  Ganho dinheiro, fico uns dias  preso, delato  e pronto: ganho a liberdade e continou rico e, é claro,  doleiro.

    – E se prenderem você, de novo?

    – Ora, meu pai, parece bobo, se me prenderem continuou delatar e pronto. Volto à liberdade, continuou exercendo minha profissão de doleiro. Hoje, o doleiro delator é considerado como um grande herói, salvador da Pátria.

    – Meu Deus, você, meu filho,  é muito mais inteligente do que eu imaginava.

  7. Profissão de sucesso!

    O pai chega a seu filho e lhe diz:

    – Meu filho, o que você vai ser quando crescer?

    – Ora, papai. Vou ser doleiro e delator.  Ganho dinheiro, fico uns dias  preso, delato  e pronto: ganho a liberdade e continou rico e, é claro,  doleiro.

    – E se prenderem você, de novo?

    – Ora, meu pai, parece bobo, se me prenderem continuou delatar e pronto. Volto à liberdade, continuou exercendo minha profissão de doleiro. Hoje, o doleiro delator é considerado como um grande herói, salvador da Pátria.

    – Meu Deus, você, meu filho,  é muito mais inteligente do que eu imaginava.

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