Novo delator da Lava Jato diz que abriu conta na Suíça para pagar Eduardo Cunha

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O lobista do PMDB João Henriques disse à Polícia Federal, na semana passada, que abriu uma conta na Suíça para pagar propina referente a um negócio da Petrobras na África, a pedido de Felipe Diniz, filho do deputado Fernando Diniz (PMDB), morto em 2009. Segundo o delator, há dois meses ele descobriu, por meio de autoridades suiças, que o destino do repasse era o deputado Eduardo Cunha (PMDB).

O Estadão publicou o trecho da delação de Henriques nesta segunda-feira (28). Nela, o lobista afirma que teve problemas com a conta, que acabou passando por processo de bloqueio. A Folha de S. Paulo apurou que o empresário é investigado na Suíça, mas as autoridades não quiseram informar a situação de Eduardo Cunha, que seria o titular da conta que recebeu a propina.

No depoimento divulgado, Henriques não fornece detalhes sobre o valor e a data em que teria feito o depósito. Há a informação de que a propina é referente à compra pela Petrobras de um campo de exploração em Benin.

Ainda de acordo com o jornal, Henriques teria dito à força-tarefa da Lava Jato que seu nome foi indicado pelo PMDB à diretoria da Petrobras para a área de Internacional. Mas ele afirmou que o PT não concordou com a indicação.

“O relato de Henriques, ocorrido na sexta-feira, 25, amplia as suspeitas sobre o presidente da Câmara. Outros dois alvos da Lava Jato, o executivo Júlio Camargo e o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, relataram que Eduardo Cunha recebeu US$ 5 milhões em propinas na contratação de navio sonda da Petrobrás, em 2006. O presidente da Câmara foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção e lavagem de dinheiro”, escreveu o Estadão.

Cunha, dessa vez, decidiu não comentar as novas revelações da Lava Jato. O deputado informou à imprensa que o assunto é de competência de seu advogado. Na mesma entrevista cedida a jornalista na tarde desta segunda, Cunha falou que ainda essa semana pretende destravar a análise dos pedidos de impeachment de Dilma Rousseff.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

15 Comentários

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  1. Já virou palhaçada.
    Ou afasta

    Já virou palhaçada.

    Ou afasta esse camarada da Presidência da Câmara ou devolve o Brasil para os índios.

    É muita inércia ou hipocrisia.

    Esse cidadão está metido em falcatruas desde que me conheço por gente.

    Fala sério.

  2. E………………..

    Mais sujo que pau de galinheiro e ainda continua presidindo a Câmara !!!

    Somos ou querem nos fazer de idiotas !!!!!

    O Brasil merece melhor sorte !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  3. O quê falta para botarem a tornozeleira nesse senhor?

    Se um cachorro latir em frente a PF do Paraná, os delegados vão dizer que em vez de “au au” o cachorro disse que o Lula e a Dilma receberam dinheiro das empreiras.

    O Juiz Moro vai incluir o cachorro da delação premiada, a veja vai estampar novamente os dois na capa, o jn vai entrevistar o cachorro (Imagina a cortezia do bonner com o cachorro!), o psdb vair protocolar mais um pedido de impeachement da Dilma, o aécio reaparece como salvador da pátria, a “elite” brasileira vai pra varanda das coberturas bater panela de teflon, o kim vai pra rua mostrar a bunda e tudo isso por causa de um latido de cachorro.

    Agora o quê falta para botarem a tornozeleira no Cunha?

  4. Quando critico duramente

    Quando critico duramente veículos de mídia, alguns leitores entendem ou interpretam mal; alguns chegam a fazer ilações e mesmo me acusar de ‘desinformado’. Os veículos da mídia comercial brasileira – sobretudo os do Rio de Janeiro, base política de Eduardo Cunha – possuem nos seus arquivos extensíssima ficha corrida do, agora, presidente da Câmara Federal, com diversas falcatruas protagonizadas por ele ou com participação destacada desse corrupto profissional. Eduardo Cunha ‘estagiou’ com PC Farias. 

    Estivessem mesmo empenhados em combater a corrupção, investigando e denunciando os políticos e homens públicos que a praticam, os veículos da mídia comercial poderiam ser tão implacáveis com Eduardo Cunha que ele não teria sequer lançado a candidatura à presidência da Câmara. Mas a imprensa não tem o propósito de informar e formar; ela tem interesses econômicos e políticos.  Eduardo Cunha atraiu a simpatia da mídia quando afirmou que durante a gestão dele não haveria regulamentação dos artigos da CF que tratam dos meios de comunicação (artigos 220 a 223). Como os veículos de mídia querem toda a liberdade (para injuriar, caluniar, difamar, destruir reputações, etc. todos os que não rezam na cartilha deles), mas nenhuma responsabilidade, limitação ou penalidade por infringir a Lei não regulamentada, foi estabelecido um pacto com Eduardo Cunha e todo obaixo clero por este cooptado. Eduardo Cunha foi protegido e poupado  de críticas, até o mês de julho; naquelas manifestações golpistas de 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto, foi possível ver faixas e cartazes enaltecendo o deputado corrupto e achacador.

    Só agora, depois que Eduardo Cunha foi denunciado pelo PGR no STF, os veículos de mídia passaram a noticiar com a devida ênfase as acusações e denúncias que se avolumam contra o deputado. E por que a imprensa agiu assim? O que percebo é que para aniquilar o governo federal, a presidente Dilma, o PT, os petistas e simpatizantes, a mídia comercial aceitou acobertar as mesmas práticas criminosas que procura denunciar no partido do governo, quando tais crimes são praticados por oposicionistas. Ao divulgar notícias sobre Eduardo Cunha nas páginas policiais e de denúncias a mídia comercial não se redime, pois está sendo apenas reativa. Os jornais NADA investigam; eles apenas reproduzem o que lhe vazam ou passam em primeira mão a PF e o MP. Reproduzir, compilar ou resumir informação da PF e do MP é mole; qualquer estagiário pode fazer isso. Jornalismo investigativo, que descobre antes da polícia, que faz grandes reportagens, ah, esse ficou num passado longínquo.

  5. O jornalista vai entrevistar

    O jornalista vai entrevistar Cunha acerca de suas lambanças, esse se nega a dar declarações e se sai com uma resposta sobre o impedimento da Presidente. E assim é publicado. Estilo folha e congêneres. Ou é materia copiada?

  6. Se não fosse pelo bonzinho do Teori Zavaski,

    este crápula ja estaria afastado do Congresso.  O Teori a cada semana dá mais prazo para o crápula  explicar o inexplicável.  Teori,  parece ter sido conquistado pelos golpistas e está esperando o Cunha iniciar o impedimento da  Dilma, para o mandar para os cafundó do judas. Ainda bem que a maioria resolveu retirar muitos casos das mãos deste ministro.

    Com esta nova denúncia, está fácil de apresentar o recibo do dinheito embolsado pelo cunha. Agora era para não ter mais jeito, mas o cunha vai dizer que o recibo é falso e o Teori vai encaminhar o papel para ser periciado pelo Molina de Campinas.  Tudo tem um jeito!

  7. “teoria do delator” by ggn-nassif pra quem calunia doutor Cunha

    buenos

    pela brilhante “teoria do delator”, um arrazoado místico de “causos históricos” religiosamente pregado por aqui… doutor cunha pode ficar tranquilo impassível que tal delação premiada a sua honra e reputação será, aqui no ggn-nassif, execrada, enterrada, advogada com unhas e dentes…

    #morte aos delatores!

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