O ataque às religiões afro

Por weden

A verdade silenciada

O Extra, o jornal mais vendido do país em banca, e que por vezes se choca contra as linhas gerais do próprio primo rico da família, O Globo (e da Globo, como no caso Boninho), vem com uma série de reportagens importantes sobre o preconceito e a discriminação contras as religiões afro-brasileiras.

No capítulo de ontem, o preconceito contra alunos candomblecistas em escolas públicas – com casos de meninos expulsos de sala de aula, por portarem indumentárias ou acessórios referentes à religião.

Hoje, a reportagem foi sobre a agressão contra religiosos, incluindo um caso de agressão policial.

O jornal Extra tem sido a única voz da imprensa brasileira a denunciar com alguma frequencia problemas de preconceitos raciais ou religiosos no Brasil.

Os jornais geralmente silenciam – para expurgar ou para negar o problema. No Globo, por exemplo, é quase tabu (com exceção da voz solitária de Miriam Leitão).

A Folha tem alguma cobertura, mas geralmente limitada a datas específicas, como o 20 de Novembro. Outros jornais lembram do racismo para falar mal (e não colocar em debate) das cotas.

Há pouco mais de três meses, o mesmo jornal denunciou um curso de PM no Rio que “ensinava” aos alunos como identificar um traficante, utilizando-se da imagem de um negro no site.

O mesmo Extra há uma década mostrou como a PM do Rio executava prioritariamente jovens pobres e negros em troca da Gratificação Faroeste (implantada por Marcelo Alencar).

O Extra vai rompendo os silêncios, silenciosamente.

Aqui, a capa da reportagem de hoje no Extra.

http://extra.globo.com//_img/capas/capa.asp

E olha que não é O Maior Jornal do País…

Uma correção.

O curso em que se detectou material preconceituoso não era da PM, mas da Polícia Civil.

Clique aqui.

Por Tereza Ramos

Segue um artigo da jornalista Stela Caputo, que defendeu tese com o tema “Educação nos terreiros e como a escola se relaciona com crianças que praticam candomblé”, em julho de 2005.

Clique aqui

Luis Nassif

41 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Escola normalmente tem
    Escola normalmente tem uniforme. Se alguem aparecer por la com outras roupas deveria ser impedido de entrar, qual o problema nisto?

  2. O Extra é um jornal voltado
    O Extra é um jornal voltado para as classes mais, digamos assim, populares. Como o problema do preconceito e ataques aos praticantes do candomblé é, na maior parte dos casos, restrito às comunidades mais carentes, tais notícias ganham mais destaque no Extra.

    Na verdade, esse tipo de problema incomoda muito pouco a “classe média”, que é a principal consumidora de O Globo. Não sei se o erro é de O Globo, ou da classe média.

    De qualquer forma, lembro de já ter lido no Globo, algum tempo atrás, sobre ataques cometidos contra terreiros de candomblé a mando de traficantes auto-definidos “evangélicos” (que de “evangélicos” não têm nada, diga-se de passagem…).

  3. Já O Globo é notoriamente um
    Já O Globo é notoriamente um jornal católico de direita, que não perde oportunidade para dar destaque às notícias que possam denegrir as outras religiões, sobretudo as igrejas evangélhicas. Não se vê o mesmo destaque, por exemplo, às notícias sobre padres pedófilos…

  4. escola publica é laica . se
    escola publica é laica . se catolico que levar cruz, muçulmano de veu ou umbandista com estatua de iemanjá, procurem sua turma ! tá certo a frança. e além do mais tinha que tirar crucifixo de repartição publica e excluir / deletar ensino religioso de escola publica. Religiao só serve prá isolar/dividir, guerrear e enganar. Sem elas seríamos mais felizes, honestos e pacificos e mais humanos sem essas asneiras de ceu, inferno paraiso com virgens e tamaras e reciclagem de alma (vai e volta depois de cursinho com xico chavier). Vade retro religioes !

  5. Gostaria de salientar que,
    Gostaria de salientar que, por causa da internet, onde se encontra e se lê de tudo praticamente ao mesmo tempo e pelo custo único da mensalidade do provedor, os jornais estão migrando de clientela, passando a ser consumidos pelos mais pobres, ainda sem posse de computador. Claro que os mais pobres sempre consumiram jornais baratos, porém, verifico que são exatamente esses jornais que ainda vendem quantidade expressiva, os demais, para os com mais dinheiro, estão em queda de exemplares, substituídos pela internet.

  6. Senhor Legal, escolas,
    Senhor Legal, escolas, principalmente as publicas, “normalmente” não tem uniformes, tenho 4 filhos, 3 estudam em escolas publica, nenum deles obrigam o uso de uniformes, no máximo recomendam uma camiseta, que os alunos ” às vezes” usam com saias ou jeans. Não vem com essa de defender o preconceito em cima de legalismos, até porque a questão levantada não contempla a hipótese que voçê levanta. Onde está escrito que as criançãs foram expulsa por não portarem uniformes?

  7. Copiamos tantas e tantas
    Copiamos tantas e tantas coisas sem sentido ou nefastas dos países desenvolvidos, e deixamos muitas vezes de importar bons costumes ou práticas, como por exemplo da França, a proibição de escolares portar, nas escolas, qualquer símbolo, indumentária ou objeto religioso, tais como véus, xadores, chapéus religiosos, medalhinhas, santinhos, burcas, etc.
    Isso homogeneíza a indumentária dos estudantes e dificulta a discriminação religiosa (é para isso que servem as religiões, para dividir e discriminar).

  8. Interessante reparar também a
    Interessante reparar também a persguição que sofre a Igreja Renascer no episodio do desabamento. Fosse uma sinagoda a desabar, o assunto nao seria se a sinagoga teria alvara (apesar do templo estar de acordo com a lei), esquecendo as pobres vitimas, se outras sinagos estao colocando as pessoas em risco e nem veriamos manchetes como a do UOL de ontem: “Prefeitura multa clube que abrigou ‘culto’ evangelico” (na verdade, dps percebemos que o clube Holms foi multado diversas vezes pois nao pode fazer nehum evento lá. E ja foi multado inclusive por causa de um casamento). Nao sou evangelico, mas nem por isso compartilho este desrespeito pela opcõa individual das pessoas. Ricos ou pobres. Mais pobres.

  9. Fico pensando em que momento
    Fico pensando em que momento essas seitas “evangélicas” invadiram as comunidades pobres no Brasil…

    Os traficantes em aliança com os “evangélicos” das grandes favelas cariocas não permitem a prática do candomblé, expulsando os religiosos da comunidade.

    O buraco é mais abaixo: são MILHÕES de votos em jogo. Na última eleição para prefeito os dois candidatos visitaram os representantes desse braço forte ideológico.

    Acreditem que o controle sobre os votos nessas comunidades é ferrenho.

    A impressão é de um relacionamento em rede: políticos, tráficos, milícias, em que a religião- uma nova versão dos jesuítas – pra variar é a fachada fundamentalista tupiniquim.

    Os favelados do Rio de Janeiro são reféns dessa trama.

    Se o Extra, concorrendo com o DIA (um jornal muito melhor), veiculasse notícias que não fossem apenas sobre a crimilnalidade das favelas ou da baixada – o que ajuda a cristalizar a imagem infernal desses locais -, e os casos dos artistas das novelas globais, a questão do candomblé refletiria outros aspectos dessa realidade.

    Defender o candomblé, na perspectiva da pluralidade religiosa, é também defender a democracia!!!

    De qualquer modo, a denúncia do Extra é louvável (ops!).

  10. não às religiões(sinonimo de
    não às religiões(sinonimo de mentira, vaidade, hipocrisia, loucura) e sim a LIBERDADE de pensamento.Só a Paz e o Amor podem nos libertar de nós mesmo.
    e tenho dito!!!

  11. O grande preconceito já
    O grande preconceito já começa por um mesmo dono querer diferenciar matérias.

    Esta é pra ricos e instruidos.( Globo neles)

    Esta é pra pobres e analfabetos( Extra neles)

    Essa postura,além de preconceituosa,denigre a imagem das pessoas que dividem o mundo em classes sociais.

    É o mesmo que dizer:Quem lê o Globo é um preconceituoso.Porque não está interessado em assuntos da ”ralé”.

    Não tenho certeza se era do mesmo grupo.Mas em SP, a Folha fez o mesmo com a falecida Notícias Populares..

    Tbm não posso afirmar: Mas me parece que só no Brasil temos essa espécie de preconceito.

    Afinal,é a matéria que relata preconceitos, os são os preconceitos que relatam aonde deve ser noticiados?

  12. Legal e Gepeto,

    Por favor,
    Legal e Gepeto,

    Por favor, leiam a reportagem.

    Nela, diz-que uma professora disse que o menino era “filho do capeta”.

    A vítima, uma criança de 13 anos.

    Não entendo a resistência, quando se trata deste tema.

    Agressão é agressão. E pronto. Sejamos contra sempre. Seja a vítima quem for.

  13. A propósito do comentário do
    A propósito do comentário do Edmilson, estou estranhando o grande tempo de reportagem dispendido pelos jornais da Globo com o desabamento do teto do templo da Igreja Renascer em São Paulo.

    Praticamente em todos os telejornais falam sobe o assuto, desde o dia do sinistro.

  14. o problema da grande midia eh
    o problema da grande midia eh que nao pensa o brasil como ele eh na realidade mas como eh relacao ao publico que quer atingir..

    Isto eh, com diz o chomski, nao ha democracia nos estados unidos porque, entre outros motivos, a midia defende so os interesses dos seus anunciantes…
    A realidade estaria comprometida com os interesses dos grandes grupos economicos, e nao com os da maioria da popuiacao…

    Essa materia do extra mostra como eh importante uma midia ligada com a realidade da maioria.
    Ajuda inclusive aos professores, por exemplo: ao inves de ficar repetindo bbbs e programas sem conteudo, permite que os professores peguem esse material para interpretar a realidade em sala de aula…
    Ou pelo menos quem le vai discutir um assunto que lhe toca de imediato…

    (mas pode ter outro interesse por tras disso: expor indiretamente alguns evangelicos, tipo aquele pastor que chutou a santa e acao contra os candombles baianos ha tempos)…
    As ligacoes seriam obvias)…

  15. A priori, toda a forma de
    A priori, toda a forma de preconceito deve ser combatida.

    É a segunda vez que falo isso num post: não há “criança umbandista” ou “criança católica” ou “criança muçulmana”. Na verdade, são “filhos de umbandistas”, “filhos de católicos” ou “filhos de muçulmanos”. As crianças não possuem maturidade para este tipo de decisão. O que vocês achariam por exemplo, se eu falasse “a criança petista” ou “a criança capitalista”? Parece absurdo não?

  16. CARA SENHORA SIMONE, VOCÊ AO
    CARA SENHORA SIMONE, VOCÊ AO DIZER QUE: “Fico pensando em que momento essas seitas “evangélicas” invadiram as comunidades pobres no Brasil…Os traficantes em aliança com os “evangélicos” das grandes favelas cariocas não permitem a prática do candomblé, expulsando os religiosos da comunidade”, ESTÁ SENDO IRASCIVALMENTE PRECONCEITUOSA. VOCÊ ESTÁ COLOCANDO TODOS OS GATOS NO MESMO SACO, E NÃO É BEM ASSIM. SOU EVANGÉLICO DA “seita” ASSEMBLÉIA DE DEUS E RESPEITO AS DEMAIS CONFISSÓES RELIGIOSAS. ACHO QUE TODOS OS CREDOS DEVAM SER RESPEITADOS E NÃO QUERER PUXAR A “BRASA” PRA UM LADO.
    .

  17. Em materia de Religiões sou
    Em materia de Religiões sou democratico: Tenho preconceito contra todas, igualmente….
    Infelizmente o que vemos é enganação. Isto quando a religião não descamba, ela propria, para o preconceito contra os “hereges”, os “infieis”, os “incredulos”.
    Agora, tenho um “critério” para classificar a arrogância e prepotência das religiões : Quanto mais respostas certas e absolutas tiver e sobre todas as dúvidas humanas, mais farsante será a religião…

    ( Nisso, as que se baseiam em livros – cristãs, islamicas – são imbativeis!!!!).

  18. EMANUEL LIMA:

    A melhor
    EMANUEL LIMA:

    A melhor tirada dos últimos tempos:

    “”Em materia de Religiões sou democratico: Tenho preconceito contra todas, igualmente.””

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    GRANDICISSÍMA SACADA.

    TÔ contigo.

  19. É, pelo nível de alguns
    É, pelo nível de alguns comentários, percebo que boa parte do pessoal aqui adoraria discriminar uma criança que demonstrasse fé religiosa em sala de aula.

    Lamentável.

  20. Palmas para os gregos ao
    Palmas para os gregos ao realizarem uma hecatombe, e cascudo no africano ao realizar uma macumba. Dá pra entender? É a nova lógica, onde o certo é o errado.

  21. John Greff,

    Acho que não me
    John Greff,

    Acho que não me fiz entender. Quando ponho aspas na palavra evangélica é para marcar a diferença entre as $$$eita$$$ às quais me refiro e as confissões religosas protestantes, geralmente chamadas de igrejas evangélicas no Brasil, incluindo a Igreja Evangélica Assembléia de Deus.
    Espero que tenha sido clara dessa vez para que os gatos não sejam confundidos com ratos.

  22. Vejo muita gente falar a
    Vejo muita gente falar a favor da medida de extrema intolerância religiosa contra os muçulmanos praticada nas escolas da França. Aliás, vale lembrar que a França é um celeiro de intolerância contra os muçulmanos. Falaram que a proibição de símbolos religiosos é uma proteção contra a discriminação pela fé, mas os burros esquecem-se que nomes como Mohammed e Ahmed por si só já mostram qual a religião da pessoa. Isso para não falar que uma pessoa com fenótipo arábico não precisa estar com um símbolo muçulmano para sofrer discriminação na França.
    Estão agindo como agiriam os países comunistas ao perseguirem toda e qualquer religião. O que promoverão com isso? Apenas e tão somente mais ignorância e preconceito contra as pessoas por conta de suas religiões.

    Esquecem-se que assim como ser laico significa não ter religião oficial, tsmbém não significa ser ateu ou agnóstico. Significa respeitar a todos do jeito que são, sem forçar que eles se dispam daquilo que são.
    Não queremos isso para o Brasil. Estudei em uma escola com alunos de todas as fés. Não-judeus podiam estranhar o quipá que os judeus ortodoxos usavam, mas sempre os respeitaram, assim como os judeus respeitavam os crucifixos e outros símbolos da fé alheia. Não havia muçulmanos, mas pelo simples fato de não ter havido matrículas de pessoas de tal fé. Jamais alguém brigou lá por conta de religião e os alunos a ostentavam na maior das pazes. E não duvido que um muçulmano fosse perfeitamente respeitado lá tendo a fé que tem. Aqui é Brasil, não nos esqueçamos, e não temos os conflitos religiosos que há em outros lugares.

    O episódio envolvendo os alunos candomblecistas é isolado e é grave, mas temos de pensar que eles devem sim combater isso com as armas de que a lei dispõe. E a lei proíbe intolerância religiosa. Tanto proíbe intolerância religiosa que também proíbe que o estado tenha ingerência sobre a fé alheia, ao contrário do que acontece nas escolas francesas. Por lá, explodem distúrbios e queimam carros na mesma quantidade dos feixes de lenha da fogueira que queimou Joana d’Arc. Distúrbios esses com enorme fundo causado pela repressão aos franceses obrigados pelo estado laico a serem estereótipo de franceses, quando, se fossem deixados em paz e respeitados em suas fés, teriam um motivo a menos para fazerem o que já se notabilizou por aquelas bandas.
    Na mesma França que proíbe a expressão religiosa, muçulmanos são discriminados ao buscar emprego, bem como obrigados a mandar fotos junto a seus currículos, coisa que lhes tira a empregabilidade pelo simples fato de serem o que são, terem os nomes que têm, a aparência que possuem e a fé que professam.

    O tal episódio de repressão aos candomblecistas deve ser analisado como uma ação privada contra certas pessoas e; como tal em um país que não tem religião oficial, muito menos é oficialmente ateu ou agnóstico, bem como respeita a todas as crenças; deve ser combatida, em nome dos brasileiros de religião afro, que merecem todo nosso respeito assim como os brasileiros de qualquer outra fé. Não podemos e não devemos transformar a intolerância religiosa em uma política de estado como a França transformou e impôs aos estudantes de lá, naquela base do “finjam que não são vítimas de discriminação religiosa que nós fingiremos combatê-la com medidas idiotas como essas”.

  23. Eu não entendo a polêmica.
    A
    Eu não entendo a polêmica.
    A criança foi vítima de agressão grave.
    Chamada de filha do capeta.
    Ponto.

    Não nos cabe aqui ficar discutindo se é bom ou não as pessoas portarem seus símbolos religiosos na escola ou onde quer que seja.
    Aqui é livre e não traz problemas.

    Muito menos ficar atacando esta ou aquela religião.
    Há que se respeitar, não precisa gostar.

    Não dependemos de leis tão fortes como as da Turquia – que não permitem o uso de véus em Universidades – porque não há nenhum perigo rondando o Brasil de um fundamentalismo de qualquer religião tomar conta da política de Estado.

    Também defender o que se faz na França é o fim da picada…

    Além do mais, de um cinismo fantástico, resolvemos nos armar contra as religiões no momento que se trata de candomblé…
    O crucifixo e santinhos todos cheios de strass- que 11 entre 10 das amigas de minha filha usam – está na moda – pode?

  24. Eu acho muito razoável que as
    Eu acho muito razoável que as crianças e jovens possam andar nas escolas portando seus símbolos religiosos. É grotesco que alguém se incomode com isso ao ponto de molestar psicologicamente uma criança

    Nesse assunto, eu só faria restrição aos itens que dificultam – efetivamente – a integração da criança no ambiente escolar, ou a sua própria identificação. Por exemplo, seria muito estranho uma criança ir para a escola trajando uma burka, mas não vejo problema nenhum em um lenço em volta dos cabelos, um crucifixo, um kipah, etc.

    Enfim, o fundamentalismo ateísta, que alguns comentaristas professam disfarçado de laicismo, pode ser tão intolerante e agressivo quanto qualquer fundamentalismo religioso.

  25. O artigo não trata da questão
    O artigo não trata da questão como caso isolado e menciona uma estratégia reiterada, em nome de uma religiosidade de fachada, implicada na satanização do candomblé nas FAVELAS do Rio de Janeiro.
    A Constituiçao garante a liberdade religiosa. A penada foi historicamente construída pela convivência de católicos lusos, africanos e imigrantes. A a intolerância religiosa também foi minada pelo jeitinho brasileiro e pela força da diversidade cultural e pela luta dos humanistas.
    Para ser bem específica, a campanha política de Rosinha/Garotinho, durante 10 anos no Rio de Janeiro, constantemente associou o combate da criminalidade aos programas pedagógicos para neles incluir o famigerado ensino religioso. O resultado é a lei comentada por Minc.

    Nessa última eleição, o PAC foi associado ao candidato apoiado pela Igreja Universal do Reino de Deus, no Morro da Providência. A campanha do Gabeira mobilizou a rejeição ao Senador Crivella, polarizando, de um mdo inédito, a zona sul e a zona norte/oeste do Rio.
    Quando digo que é encessário defender o candomblé, isto serve de mote contra a intolerância religiosa que manipula o medo dos cidadãos.
    Defendo Oxóssi do mesmo modo que defenderia uma estátua de Giordano Bruno ou do Buda no Largo da Carioca, observando que os cultos africanos não têm a força dos lobbies. A liberdade de pensamento também é coisa de preto, com farofa de dendê.
    Apesar do papel dos jesuítas na catequese dos índios, referência histórica feita anteriormente, a defesa da tolerância religiosa realizada por grande parte da comunidade católica no Rio de Janeiro é digna de menção. Provavelmente esse é o pensamento de outras correntes religiosas da tradição e dos ateus.

  26. O Canal Futura tem dado
    O Canal Futura tem dado atenção recentemente a assuntos relacionados. Foram levados ao ar dois programas sobre liberdade religiosa (e naturalmente falando também de intolerância), um no final de dezembro e outro agora em janeiro. E o Jornal Futura fez uma série de reportagens sobre manifestações religiosas brasileiras também no fim de dezembro.

  27. O homem natural não entende
    O homem natural não entende as coisas do espírito, porque lhe parece loucura. Frequentemente damos relevo as questões religiosas, alocando-as em compartimentos culturais, desconhecendo por completo suas implicações transcedentais. Um vislumbre meramente cultural , mesmo com todo o seu cabedal estético, ético e antitético, possui uma aura estritamente reducionista. Sem o empirismo factual, continuaremos a endeusar o simplório, romancear o ilusório, descambando para quem sabe, um animismo autóctone. Conhecereis a verdade, e está te trará liberdade.

  28. Os evangelicos tradidionais
    Os evangelicos tradidionais Assembleianos, Batistas, Adventistas etc, estão no Brasil há mais ou menos 100 anos, e nunca houve por parte desses evangelicos , perseguições as religiões afros.

    Muito pelo contrario, no passado os perseguidos eram os evangelicos, muitos tinha medo de dizer que eram evangelicos, por temer represálias.

    Quem começou com esta perseguição as religiões afro, foi a Igreja Universal, que tem como objetivo retirar adptos das religiões afro, para ingressarem na Universal.

    Eles tentaram usar desse artifício com os católicos, (lebram do chute na Nosso Senhora ?), mas as reações foram muito grande e eles desistiram de bater de frente com os católicos, o mesmo não acontece com as religiões afro.

    Hoje a Universal que se diz evangelica, faz seção de descarrego com todos os pastores vestidos de branco.

    Pouca gente sabe, mas o bispo Edir Macedo é um profundo conhecedor das religiões afro, especialmente do Candoblé

    Aqui em casa eu sou Batista (leio Bíblia todos os dias), minha espôsa Católica e meu filho Kardecista, temos um único Deus, mas chegamos a ele de maneira diferente, e vivemos em completa harmonia.

    gas.

    .

  29. “Escola normalmente tem
    “Escola normalmente tem uniforme. Se alguem aparecer por la com outras roupas deveria ser impedido de entrar, qual o problema nisto?”

    Caro Legal,

    Escola pública tem uniforme mas não é obrigatório. Pode-se freqüentar as aulas sem uniforme e não é permitido proibir a entrada do aluno sem uniforme.

  30. Nassif

    É bom lembrar que
    Nassif

    É bom lembrar que existe o preconceito contra os ateus também, muitas vezes maior que contra os adeptos de religiões afro ou espíritas.

    Soube, por exemplo, de professores demitidos de escolas (privadas) porque se declararam ateus (e o dono era católico Opus Dei).

  31. O buraco é bem embaixo e
    O buraco é bem embaixo e exige vigilância constante. Um parente meu era coordenador de uma escola publica em Mesquita, RJ.

    Depois de uns alunos de 3 e 4 anos passarem a usar palavras de ordem, e ditos religiosos entre si. Verificou-se que a professora fazia a recreação dos mesmos em uma espécie de culto e preces.

    O fato trouxe repreendas por parte da direção por duas vezes até esta se sentir coibida, mas mesmo assim muito relutante em admitir que as crianças (ou os pais) poderiam ter outra orientação religiosa já que o Deus dela era único.

    Enfim, baixo nível dos professores, aliado com um sistema educacional precário que necessita de MAIS esta observância. Um caso de mobilização que não sei se a sociedade tem forças para mais esta questão.

  32. Luiz, Não Existe Religião so
    Luiz, Não Existe Religião so Tem dois Caminhos o ceu Atraves de JESUS CRITO FILHO DE DEUS QUE MORREU NA CRUZ DO CALVARIO POR MIM E POR VOCE E POR TODOS AQUELE QUE CONFIAR EM SUAS PALAVRAS ESCRITAS NA BIBLIA SAGRADA ou INFERNO !!!…

  33. Fico indignado com estes
    Fico indignado com estes anuncios de preconceito a religião afro, sendo que o preconceito começa da mesma! . Tanto o Candomble quanto a Umbanda são oriundos de raizes afro, certo?. Mas o próprio Candomble (integrantes), desprezam que tratam os umbandistas como “nada” dentro da religião e cultura afro, digo isto pois já participei de inúmeros candombles e ví a tamanha falta de respeito com umbandistas, tenho 32 anos, e 24 anos de Umbanda, já conheci várias casas de Candomble aqui em SP e
    somente 01 notei o enorme respeito, as demais só “chacotas e piadinhas de que todos umbandista são os chamados por eles de “ekê”( mistificadores), sendo que no candomblé já vi muitos “ekês”! Antes de lutarmos lá fora pelo nossos direitos temos que lutar dentro de nossa própria religião!

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador