O cartel e a blindagem da base aliada na Assembléia Legislativa de São Paulo

Sugerido por Webster Franklin

Do Correio do Brasil

Blindagem tucana a Alckmin e Serra não resiste a um sopro da PF
 
A base aliada do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), na Assembleia Legislativa de São Paulo, conseguiu uma ‘vitória de Pirro’, quando o custo político de uma vitória é maior do que o de uma derrota, ao barrar o escândalo da formação de cartel em contratos de trem e metrô em governos tucanos desde Mario Covas (1998) na Assembleia Legislativa paulista. Para as cameras, Alckmin pediu “rapidez” e “seriedade” nas investigações sobre o esquema de cartel mas seu gabinete determinou que o assunto fosse enterrado na Alesp.
 
Se a abertura da CPI do caso não obteve adesão suficiente de deputados, na Polícia Federal (PF) a investigação segue seu trâmite inabalável. Desde 2008, esta é a quarta tentativa do PT para instalar uma CPI sobre o propinoduto estabelecido entre empresas nos contratos do Metrô paulista e beneficiários ligados às altas esferas políticas dos governos tucanos. As propostas anteriores não passaram pelo mesmo motivo: bloqueio da maioria governista. Para existir, a comissão precisa de 32 assinaturas. Até a manhã desta segunda-feira, a atual proposta contava com 26 adesões.

 
Além disso, dos 28 requerimentos da oposição para convocar autoridades e envolvidos no esquema, apenas três foram ouvidos pelos deputados. São eles: o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e os atuais presidentes do Metrô, Luiz Antonio Pacheco, e da CPTM, Mário Manuel Bandeira. Integrantes de proa da administração tucana, como os presidentes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinicius Carvalho, da Siemens, Paulo Stark, e o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) não responderam à convocação.
 
A comissão ainda não acatou o pedido para ouvir um dos delatores do esquema, Everton Rheinheimer. Ele acusa três secretários de Alckmin – Edson Aparecido, Rodrigo Garcia e José Anibal – de receber propina do esquema. Além disso, envolveu o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) e o estadual Campos Machado (PTB). Outro nome vetado foi o de João Roberto Zaniboni, ex-diretor da CPTM que recebeu US$ 836 mil numa conta na Suíça.
 
Investigação na PF
 
Enquanto a apuração quanto ao propinoduto tucano se arrasta no Legislativo paulista, a Polícia Federal está cada vez mais perto de desvendar o esquema de desvio de recursos do metrô de São Paulo, usado para abastecer o caixa de campanhas políticas do PSDB em São Paulo.
 
De acordo com a PF, Alstom, Siemens, Bombardier e Tejofran teriam repassado esses valores para empresas ligadas aos irmãos Fagali, arrecadadores de campanha do PSDB, a Robson Marinho, ex-secretário da Casa Civil de Mário Covas, e Romeu Pinto Jr., outro empresário ligado aos tucanos. Um dos alvos principais da investigação é a consultoria MCA, de Pinto Jr., que recebeu R$ 45,7 milhões da Alstom, em recursos depositados no Brasil e na Suíça. Depois disso, o dinheiro ou foi sacado em espécie ou movimentado por doleiros, sem que se possa determinar o destino. Outras consultorias investigadas são a ENV e a Acqua-Lux.
 
Outra empresa citada no cartel, a Tejofran, que despontou durante o governo Mario Covas, pagou R$ 1,5 milhão à consultoria BJG, que era controlada pelo ex-secretário estadual de transportes, José Fagali Neto. Próximo a José Serra, ele é investigado desde 2008, quando foram descobertos pagamentos de US$ 6,5 milhões na Suíça – os recursos estão bloqueados por determinação judicial.
 
O advogado Belisário dos Santos Jr., que defende Fagali Neto, argumenta que ele poderá comprovar que prestou serviços de consultoria.
Redação

8 Comentários

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  1. Absolutamente nada de novo no paraiso tucano

    que é o estado de SP, com domínio total do Ministério Público (?), da Assembleia Legislativa (?), e da mídia local (já não é nacional faz tempo).

    O problema de fato é o eleitorado de SP que parece adorar este sistema, apesar de reclamar o tempo todo de pedágios extorsivos, de trens lotados e lentos, de metro com problemas técnicos diários.

    Vai ver que eles acham mesmo que tudo é culpa do lulo-petismo, a versão “moderna” do capeta.

    Pensando “bem” com a influência dos evangélicos na sociedade deve ser esta a razão.

    1. E o pior Lionel, é que para

      E o pior Lionel, é que para os coxinhas o Pt além de swer culpado de tudo, aparelhado tudo com cumpanheiros. Os tucanos são os grandes genios do aparelhamento, disparado! 

      1. Bobagem

        Faça o seguinte André Luis, tome o pulso do povo.

        Ou pergunte para quem lida com o público em geral. Como é o meu caso.

        Verá que Alckimim não tem a menor chance. Pode, inclusive, nem chegar a um segundo turno.

        E escrevo do interior de SP,  reconhecidamente mais conservador do que a grande SP.

  2. ………  os mais refinados

    ………  os mais refinados representantes de BURQUESIA  brasileira se arrepiam so de pensar q esse trem pode andar e pode parar na mesma estaçao AP470, dos amigos petistas.

    mas serah  q nao eh esse o anseio do povo brasileiro classes    F, E, D e C  ??

    como dizia o poeta portugues:  pau q bate em chico tb bate em francisco .

  3. “Não tenho temor de processo.

    “Não tenho temor de processo. Tenho pena dele” Jose Anibal do PSDB

    a ética do psdb nao se basea na sua militancia, e sim na do ministerio publico, judiciario e imprensa

    1. Sem dó

      Já, eu, não tenho  pena deste ladrão, José Anibal.

      Este tem um encontro marcado com uma penitenciária, mas com direito a ler o dia todo, por muitos e muitos anos.

       

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