O escândalo dos outros, por Luciano Martins Costa

O escândalo dos outros

Por Luciano Martins Costa

Do Observatório da Imprensa

Um dos maiores escândalos financeiros de todos os tempos se desenrola na Suíça e tem como epicentro o braço de finanças privadas do HSBC, banco britânico com origem em Hong Kong, e suas repercussões ecoam por quase todo o mundo. Menos no Brasil.

O pedido público de desculpas, distribuído pelo banco a toda a imprensa mundial, foi publicado no domingo (15/2) em jornais, revistas, portais e boletins especializados. No Brasil, pode-se ler uma nota na Folha de S. Paulo de segunda-feira (16/2) citando o assunto. Ainda assim, o texto curto do jornal paulista não faz referência à extensão do caso e, no que se refere ao Brasil, apenas observa que “na lista de contas secretas do banco vazada no Swiss Leaks há ao menos 11 pessoas ligadas ao escândalo da Petrobras”.

Swiss Leaks não é um endereço na internet: é o nome dado à investigação jornalística independente sobre a gigantesca operação de fraude fiscal de que é acusada a subsidiária do HSBC em Genebra. Mais de 180 bilhões de euros teriam passado pelas contas de 100 mil clientes e operadas por 20 mil empresas offshore em transações do banco no período até aqui investigado.

A reportagem foi produzida pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) a partir de vazamentos produzidos por um ex-funcionário do banco, o engenheiro de software Hervé Falciani, e entregue a autoridades da França em 2008 (ver aqui). Desde então, mais de 130 jornalistas vêm trabalhando na apuração dos dados, em 49 países.

Somente esse esforço jornalístico deveria merecer da imprensa brasileira muito mais do que uma nota curta perdida num pé de página ou o interesse restrito em nomes de empreiteiros e doleiros envolvidos na Operação Lava Jato. Se não fosse pela grandiosidade dos números, que revelam a extensão das fraudes que sustentam grandes fortunas por todo o mundo, seria de se esperar que um jornalismo minimamente objetivo se interessasse ao menos por um fato revelado na investigação: são muitos os milionários brasileiros citados nos documentos, e não apenas os 11 nomes ligados de alguma forma ao escândalo da Petrobras.

O mapa da lavagem

O que os jornais brasileiros temem revelar? Não erra quem imaginar que entre as 6.066 contas suspeitas de 8.667 clientes que ligam o banco suíço ao Brasil podem ser encontrados nomes surpreendentes. Sabe-se, por exemplo, que os donos do grupo argentino de comunicação Clarín estão na lista.

Para se ter uma ideia da extensão do escândalo, basta citar que as contas ilegais, pelas quais foram fraudados os tesouros de dezenas de países, incluem políticos da Inglaterra, Rússia, Ucrânia, Geórgia, Quênia, Romênia, Índia, Liechtenstein, México, Líbano, Tunísia, República do Congo, Ruanda, Zimbábue, Paraguai, Djibuti, Senegal, Venezuela, Filipinas e Argélia.

Trata-se de um mapa precioso para o rastreamento de dinheiro desviado por políticos corruptos, ditadores, além de contrabandistas de armas e diamantes e traficantes de drogas.

O banco privado onde circulava esse dinheiro era parte do conglomerado Republic Bank de Nova York, que foi comprado pelo grupo britânico do banqueiro Edmond Safra, judeu de origem libanesa que se naturalizou brasileiro. Safra morreu em dezembro de 1999, quando era finalizada a negociação, em um incêndio provocado por dois supostos assaltantes que invadiram seu luxuoso apartamento em Montecarlo.

O noticiário da época conta que Safra havia informado autoridades dos Estados Unidos que o Republic Bank estava sendo usado pela máfia russa para lavar dinheiro. O enredo inclui ainda agentes do serviço secreto israelense, que treinaram seus seguranças particulares, e outros detalhes instigantes, entre eles o fato de os supostos ladrões terem entrado e saído com facilidade de um dos edifícios mais protegidos da capital do principado de Mônaco.

Mas nada disso parece interessar a brava imprensa brasileira. A mídia nacional não parece curiosa, por exemplo, com o fato de que o Brasil é o nono país na lista dos maiores valores encontrados nas contas suspeitas: US$ 7 bilhões pertencentes a brasileiros ou estrangeiros com negócios no Brasil foram encontrados no HSBC Private Bank.

O texto da reportagem do ICIJ observa que nem todo dinheiro listado nos documentos é ilegal, mas autoridades de vários países estão examinando todos os negócios do banco.

No Brasil, o assunto é acompanhado apenas por um ou outro blogueiro: nossa imprensa entende que esse é um escândalo dos outros.

Redação

32 Comentários

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  1. confirma-se então que não há

    confirma-se então que não há repórter investigativo

    independente e que, segundo mencken

    melhor que roubar um banco, é fundar um.

    1. Bertolt Brecht

      Uns dizem que frase semelhante teria sido dita por um dos protagonistas da Ópera dos Três Vinténs, criada pelo dramaturgo alemão  Bertolt Brecht, cuja tradução aproximada (da intenção) seria

      O que é roubar um banco, comparativamente a fundar um banco?

      Na ópera, em alemão, estaria assim:

      Was ist ein Einbruch in eine Bank gegen die Gründung einer Bank?

      1. obrigado pela

        obrigado pela dica…

        coloquei minha frase no google e, para minha surpresa (ignorancia!),

        apareceu, o nome de brecht como autor da tal frase.

         

        mas a atribuição da frase a mencken parece que virou mito…

        já li em muitos lugares  que isso seria de mencken

        .se é    da ópera dos tres vinténs não tenho certeza….

      2. obrigado pela

        obrigado pela dica…

        coloquei minha frase no google e, para minha surpresa (ignorancia!),

        apareceu, o nome de brecht como autor da tal frase.

         

        mas a atribuição da frase a mencken parece que virou mito…

        já li em muitos lugares  que isso seria de mencken

        .se é    da ópera dos tres vinténs não tenho certeza….

      3. voce teve razão duas vezes:

        voce teve razão duas vezes: eu disse que não tinha certeza só

        pra admitir a minha ignorancia

        mas isso poderia denotar tb que eu estaria desconfiando da sua informação.

        nada disso.

        mas para tirar digamos esse peso de uma desconfiança evidentemente

        não desejada, cliquei a sua frase em alemão e lá apareceu

        a informação de que é mesmo da ópera…

        mas agora me veio  à mente que estaria desconfiando pela segunda vez…

        como isso vai muito longe, só me resta

        pedir escusas….

         

  2. O autor do post poderia

    O autor do post poderia colocar o pedido de desculpas do HSBC, seria interessante para os leitores se informarem sobre a natureza das desculpas, provavelmente vao se desculpar pelo fato do banco exiistir.

    1. Pobres bancos, tendo de pedir

      Pobres bancos, tendo de pedir desculpas pelo fato de existir…

      Não consegui achar o texto completo, mas entre os fragmentos publicados pela mídia, podemos ler:

      “We would like to provide some reassurance and state some of the facts that lie behind the stories. The media focus has been on historical events that show the standards to which we operate today were not universally in place in our Swiss operations eight years ago,”

      “Since 2008, our Swiss private bank has been completely overhauled,”

      “We have absolutely no appetite to do business with clients who are evading their taxes or who fail to meet our financial crime compliance standards.”

      Ou seja:

      a mídia está focada em eventos que ocorreram oito anos atrás na filial suíça;

      a filial suiça foi totalmente reorganizada desde então;

      o HSBC não tem [mais] apetite por negócios com clientes que estão sonegando impostos ou não atendem nossos padrões no que toca a crimes financeiros.

      Portanto, parece claro que eles não estão pedindo desculpas por existir, mas por terem (segundo eles, no passado e exclusivamente no passado), feito negócios com clientes que estavam sonegando impostos ou deixando de apresentar garantias de que não estavam envolvidos em crimes financeiros.

      Não negam que os fatos aconteceram, apenas afirmam que não acontecem mais, por que a filial suíça foi reorganizada (ao que se deduz, exatamente para que tais fatos não continuassem acontecendo), não negam que os fatos foram criminosos (cumplicidade em sonegação fiscal e crimes financeiros em geral) e pedem desculpas.

      Mas, sim, pobre HSBC, tendo de pedir publicamente desculpas por ter feito negócios com sonegadores, traficantes de drogas e armas, organizações terroristas, políticos corruptos, etc. Coitadinhos.

    1. Um banco do antigo Imperio

      Um banco do antigo Imperio Britanico de grande historia, fundado por escoceses na China ao tempo da Imperatriz Viuva e da guerra do opio, sobreviveu a Republica de Sun Yat Sen em 1911, aos senhores da guerra chefiados por Chiang Kai Shek, a invasao japonesa de 1933, a Srgunda Guerra, ao comunismo de Mao, atravessou todas as turbulencias do Seculo XX,, da Guerra Fria, do neoliberalismo, da globalizaçao, do fim do comunismo na China, da crise de 2008,

      esse caso da Suissa para eles e refresco, mesmo com a devoluçao de Hong Kong a  Republica Popular da China continua sendo o emissor do dolar de Hong Kong. Em Sao Paulo e o banco oficial do Consulado Geral da China.,

      que fica quase em frente a agencia  HSBC da Rua Estados Unidos.

       

  3. O PIG sabe que o caso vai

    O PIG sabe que o caso vai pegar seus compadres endinheirados e decidiu não ir atrás da informação.

    Quem sabe não tem um barão da mídia envolvido na safadeza? 

  4. O Mundo vê o Brasil pelo viés

    O Mundo vê o Brasil pelo viés do PIG!

    São eles que produzem a notícias e são IMPLACÁVEIS com as mazelas governistas…

    Então seriam, por extensão impláveis contra corrupção…

    O Le Monde, agora pode refletir um pouco mais sobre o quem é quem no jogo do poder do Brasil!

    Quem é podre e se faz de puro…

    Alguns bons jornalistas MUNDIAIS podem ver com maior clareza o Brasil….

     

  5. Nada que não encrencar, ou

    Nada que não encrencar, ou pelo menos indicar encrenca contra o PT e o governo, merece a atenção da nossa “briosa” e “investigativa” grande imprensa. Ela só existe hoje em função dessas entidades, Se desaparecerem, o vazio existencial dela será tal que provavelmente haverá suicídios em massa. 

    Sobre essas contas suspeitas: se temos de apontar, sem medo de cometer injustiça, o que ao longo do tempo foi o maior cúmplice do crime em todos os escalões, quem vão do tráfico de drogas ao dinheiro da corrupção, será o sistema financeiro o alvo,

    Tudo ao cabo e ao final gira em torno do dinheiro. E este, após certo limite não pode ficar debaixo dos colchões de traficantes, mercadores de mulheres, contrabandistas de armas, políticos. empresários corruptos e sonegadores. Tem que buscar um refúgio seguro. E onde eles estão? 

    Jamais esses crimes serão erradicados, ou pelo menos reduzida as suas dimensões, enquanto for possível essa parceria. 

  6. Na Suissa exitem 360 bancos,

    Na Suissa exitem 360 bancos, todos tem clientes nao suissos, em que e no que o HSBC difere dos outros bancos? O post nao explica qual a natureza do escandalo, tem dinheiro sujo nessa lista de clientes? E preciso entao identificar caso a caso, nao basta publicar uma lista. Ate 2006 os bancos suissos recebiam depositos sem fazer perguntas sobre a origem dos fundos, lembrando que sonegaçao fiscal nao e crime na Suissa,  depois de uma mega pressao do Tesouro dos EUA que identificou 8.000 grandes contribuintes americanos que sonegavam impostos via o banco UBS, acordos de cooperaçao foram assinados pelos dois governos pelos quais os bancos questionam a origem do dinheiro depositado e em muitos casos nao aceitam nao so abrir contas como depositos em continuaçao.

    Uma lista de depositantes de banco nao e um escandalo por si so, e preciso verificar caso a caso, deve haver de tudo inclusive contas perfeitamente legais porque existem mil e uma situaçoes especificas na relaçao banco-cliente.

    Por exemplo, executivos de multinacionais que mudam de Pais com frequencia geralmente tem conta em paraisos fiscais porque nao tem domicilio fiscal permanente, da mesma forma esportistas, artistas, brasileiros que tem domicilio fiscal em outro Pais,  nao e passaporte que rege o domicilio fiscal, um brasileiro pode ter passaporte brasileiro e morar no Canada ha 20 anos, seu domicilio e la e nao no Brasil, ha casos e casos, nao vejo em que ha escandalo so pela divulgaçao de uma lista sem dados fundamentais, como por exemplo, datas e valores.

    Se o nivel desse grupo de jornalistas for igual ao do Amaury Ribeiro a lista realmente nao tem valor algum so vai abaorrecer quem tem nome nela, alias muitos nomes sao inidentificaveis.

    No geral me parece um escandalo para leigos, quem nao tem nenhuma noçao do tema e sabem alguma coisa por ouvir falar. Hoje a Suissa e o ultimo dos paraisos fiscais que alguem com dinheiro vai procurar, o “compliance” dos bancos suissos e o mais policial do mundo., o HSBC nao e um banco importante na Suissa, , o banco e o maior do mundo em ativos mas sua filial suissa nao e significativa no grupo e tampouco na Suissa.

    A materia nao revela valores, fala em 180 bilhoes de Euros,  e o que? O saldo das contas em 2006?  hoje?  , e o total dos depositos entre 1970 e 2006? A expressao “”movbimento”” e um vapor em economia, e a soma do entra e sai? 

    Movimento nunca deveria ser usado em materia economica sem explicar a que se refere, sem definiçao e nada.

    Sem maiores explicaçoes a publicaçao de uma lista de nomes e endereços nao significa coisa alguma a nao  ser fuxico de ma qualidade.

    1. Caríssimo André

      Ao ler até mesmos posts anteriores pude ver que a menção que era meramente uma lista e que clientes com contas perfeitamente normais e legais estava presente. Acredito que o post de hoje menciona mais a ausência de comentários ou reportagens de nossa mídia que, por muito menos, vasculhou, excafrunchou, publicou e destruiu a reputação de muita gente honesta.

      1. então tá

        Vamos lembrar aquele episodio bíblico, o profeta pedindo a Deus poupar a cidade da destruição se apenas tivesse um inocente.

        Na Bíblia acabou daquele jeito, nesta tua suposição visto não existir um amigo de um conhecido do vizinho da empregada etc. de algum membro do PT, a lista definitivamente é de gente honrada enfim todos são inocentes vitimas de assassinatos de reputação.

        A mídia não avança um milímetro nas investigações, já é um indicio de acobertamento de um crime que a casa grande não permite seja investigado.

        Um dito lá na “bota” diz: cane non mangia cane.

        1. Caro Ugo

          Não defendi a não publicação da lista. Além do que a publicação de uma lista não incrimina ninguém. As ilações faça quem quiser e quais quiser. O silêncio às vezes é mais constrangedor (a darf da globo – até por parte da receita- taí para mostrar). 

          Releia o que eu disse, achei que fui claro.

    2. Ódio do capital

       Caro AA,

        Uma lista canalha, o Sr. Falciani, após ter seus 5 minutos de glória, será esquecido, se tornará um bagaço, e quanto a estes “jornalistas” do ICIJ, são todos baratos, dá para adquiri-los somente comprando seus editores, ou mesmo os Le Monde ou Guardians da vida, é só comprar publicidade que eles se calam.

         Confundir evasão fiscal com elisão fiscal ou administração tributária, é algo absurdo, pois se transfiro capital de um país para outro, recolhendo os impostos relativos a ordenação tributária, nenhum imbecil jornalista tem nada a ver com isto, afinal pela própria legislação brasileira – muito restritiva relativamente a “livre movimentaçãode capitais” , qualquer pessoa natural, fisica ou juridica, tem todo o direito de abrir uma conta corrente ou uma off shore, em qualquer lugar do mundo, inclusive pode, é normal – o governo até gosta – que esta off shore de brazucas, utilizem seus dolares/euros em off shore, para comprar titulos de divida brasileiros disponiveis no mercado internacional de dividas soberanas, 11,25% é ótimo.

          O pessoal esquerdoide, um bando de funcionarios publicos, jornalistas “éticos”, professores universitários tipo anos 60, procuradores de “geladeira”, jovens imbecilizados pelo facebook, não entendem, ainda, que para manter o mercado liquido – ter dinheiro circulando, comprando a divida publica – as off shore são fundamentais, os Estados delas dependem.

           Tambem são burros, se querem buscar lavagem de dinheiro ou movimentações anomalas de capital, não é na Suiça, coisa de idoso, procurem no sudeste asiatico, tipo Vietnam, Malasia, Indonésia, Macau, Tuvalu, ou na Europa, tipo Creta, Chipre.

            E meu filho, governo nenhum tem a capacidade de segurar ou controlar a livre movimentação de capitais.

      1. Meu caro Junior, este e um

        Meu caro Junior, este e um tema tecnico-juridico que nao admite simplificaçoes, o debate necessita de uma certa logica

        para nao se falar so bobagem. A partir de uma lista vc criminalizar pessoas sem saber do que se trata?

        E muita leviandade,  seria como dizer que quem vai almoçar em um restaurante muito frequentado por bicheiros entao tambem e bicheiro, ai se entra no mundo das suposiçoes, alguns estrangeiros boçais ouviram falar que no Brasil tem muita mulher facil entao toda brasileira e facil, e uma linha de raciocinio completamente idiota.

         

      2. Até parece que você é o…

        único a conhecer o assunto(sic). Exceto, claro, quanto ao governo gostar de off shore! 

        Querer distocer um fato histórico, qual seja, que as contas numeradas suíças (aliás 90% dessa relação), sempre diveram caráter duvidoso é “achar que pode descrever outras pessoas como você descreveu acima”.

        Mas assim é, aquele que se acha é quem no final é achado!

    3. André

      Voce tem algum razão. Mas só alguma. Em um país onde a imprensa se dedica 24 horas por dia a pregar um moralismo de fachada, é muito estranho que não haja interesse por esse fato. Talvez grande parte dos nomes constantes dessa lista seja mesmo de gente que juntou um “dinheirinho” do qual não precisa agora e então deixa ele lá guardadinho, embora me pareça bem óbvio que o interesse principal seja fugir de impostos, e não essa coisa de domicilio bancario e outras que tais,  o que ao fim e ao cabo também não é ilegal.

      Mas pode ser verdade também que uma parte, mesmo que pequena – e olha que pequena em um universo de de tantos bilhões seja algo que fuja de nossa compreensão – e então nossa imprensa sempre zelosa, trombeteira e guardiã da moral e bons costumes brasileiros, deveria sim ao menos interessar-se pelo fato e divulgar os detalhes bem sordidos que deve haver por tras disso tudo.

       

      E é isto o conteudo do texto reproduzido pelo Nassif. Não se trata de condenar ninguém previamente ( a não ser é claro que seja algum inimigo figadal da valiosa imprensa nacional ) mas esta é uma noticia cujo conteudo é de importancia, não fosse assim a França, por exemplo, já não teria iniciado investigações para saber se tem algum cidadão seu metido em crimes financeiros. Normal.

      Isto posto a diferença entre o que está no texto publicado e seu comentário é apenas uma: a importancia ou não de se investigar a todos não importando se são amigos do rei ou não.

  7. Por que pediram desculpas?

    Se lavagem de dinheiro oriundo de tráfico e de drogas e de desvios de dinheiro públicos não forem crimes?
    Por que o HSBC entnao veio a público pedir desculpa?

    Agora, pelo silêncio da nossa imprensa tudo leva a crer que tem muita gente grauda envolvida nisso, ah, tem e com toda certeza não é ninguém de destaque do governo e nem do PT, pois se fosse gente do PT ou do governo já teriam escancarado. A Globo jea teria enviado o Bonner para a Europa.

     

  8. HSBC E A ESPOSA DO TODO PODEROSO VAZADOR MORO

    O nome de Rosângela Wolff de Quadros Moro passaria despercebido se não fosse por um detalhe :osobrenome “Moro”. Rosângela é esposa de Sérgio Fernando Moro, o Juiz responsável pela Operação Lava Jato, apontado por diversos juristas de nome e renome como o “Rei dos Vazamentos” mas só quando os depoimentos citam alguém do PT e PMDB. É assessora jurídica do vice governador de Beto Richa, o tucano Flávio Arns. Além disso, advoga defendendo interesses da gringa Shell, principal concorrente da nossa Petrobras.

  9. Hipóteses

     

    Nula: nada há de incriminador contra ninguém na lista do HSBC e as operações são legais.

    p: O HSBC é um magnifico cliente do PIG (e outros nem tão PIGs assim) e a sua exposição não é boa para os negócios

    p: Entre os clientes brasileiros que estão na lista, existem nomes de políticos do executivo, legislativo, e/ou judiciário – da oposição.

    p: colocar luzes neste escândalo pode colocar o escândalo do Petrolão em segundo plano. Até 15 de março próximo o “petrolão” deve ser reverberado e ampliado, de forma a criar a revolta necessária ao movimento do “impitiman”, para enfraquecer mais o governo (que … não reage). Como não há  petistas de primeiro ou segundo escalão, e nem membros do governo, não é notícia. (e… isto pode até aumentar a credibilidade do governo).

     

     

     

     

     

     

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