O que Carlinhos Cachoeira e Sérgio Moro têm em comum

Há mais pontos em comum entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o justiceiro Sérgio Moro – o juiz que rompeu com os limites jurídicos na Operação Lava Jato – do que possa supor a vã leitura dos clássicos criminais: ambos dividem a mesma musa.

Na canção “Umas e Outras”, de Chico Buarque, Moro seria “umas”.

Se uma nunca tem sorriso

É pra melhor se reservar

E diz que espera o paraíso

E a hora de desabafar

A vida é feita de um rosário

Que custa tanto a se acabar

Por isso às vezes ela pára

E senta um pouco pra chorar

Que dia! Nossa, pra que tanta conta

Já perdi a conta de tanto rezar

Carlinhos Cachoeira seria “outras””:

Se a outra não tem paraíso

Não dá muita importância, não

Pois já forjou o seu sorriso

E fez do mesmo profissão

A vida é sempre aquela dança

Onde não se escolhe o par

Por isso às vezes ela cansa

E senta um pouco pra chorar

Que dia! Puxa, que vida danada

Tem tanta calçada pra se caminhar

Ao contrário da freira e da prostituta, no entanto, o justiceiro e o chefe de quadrilha são muito mais parecidos, por terem caso com a mesma mulher: a revista Veja. E não propriamente por suas (delas) virtudes.

Veja é a companhia que pediram a Deus (ou ao diabo). Atende a seus interesses – desde que conciliados com os dela; presta-se aos serviços sujos que só as amantíssimas dedicam à pessoa amada; permite que ambos atinjam seus objetivos, quaisquer objetivos, ao falar por eles o que não poderiam dizer em nome próprio e mentir sobre pontos que, não constando dos autos, não poderiam ser ditos por ambos, Moro por submissão à legalidade, Cachoeira por medo da lei.

Ambos estão longe de acreditar nas virtudes excelsas da revista. Pelo contrário, o que os fascina é a falta de escrúpulos, a capacidade de tangenciar seguidamente os limites da legalidade, de manipular informações em favor da parceria, fazendo o trabalho sujo que nem justiceiro nem o bicheiro podem perpetrar à luz do dia, pois coibidos por lei.

O fascínio dos salões

Graças à revista, ambos puderam ser aceitos nos grandes salões, Moro acreditando que de forma permanente, Cachoeira, por sua profissão mais instável, apenas durante algum período, até ser alvo da Operação Monte Carlo da Polícia Federal.

No 9o Fórum Nacional dos Editores de Revista, Moro será recebido pessoalmente por Giancarlo Civita, o dono da Veja, para a palpitante palestra “O jornalismo investigativo de qualidade como pilar da democracia e das instituições brasileiras”.

Externará, em caráter público, o mesmo entusiasmo com o papel ético do “jornalismo investigativo de qualidade” expresso por Cachoeira em caráter privado, apreciando uma capa da Veja – com material que ele havia fornecido – e bradando de peito estufado para seu comparsa Cláudio Abreu: “Nós estamos ajudando a limpar o Brasil”, conforme escuta captada pela PF.

Ou quando, dentro do acordo com a revista, Veja transformou seu afilhado, então senador Demóstenes Torres, em paladino da moral. Graças a essa fama, Demóstenes pode ampliar exponencialmente sua influência em benefício dos negócios da organização criminosa.

A entrevista de Páginas Amarelas com o paladino foi celebrada no bunker de Cachoeira, talvez com a mesma euforia com que, no bunker da Lava Jato, procuradores, delegados e o juiz Moro celebram as capas que emplacam:

CLAUDIO – …”o Combativo Parlamentar diz que o Congresso age bovinamente, o TCU está sobre fogos, os promotores cansados, situação que põe em risco o Estado de direito do Brasil”. Mole, cara?

CARLINHOS – É foda mesmo viu! Fala bem aí?

CLAUDIO – E muito bem,

CARLINHOS e o amigo lá, o Inspetor da Receita hem, me ligando, me parabenizando e agradecendo, me convidando e o pessoal no cerimonial ligando pra me colocar lá no estande de autoridades na destruição dos produtos piratas

CARLINHOS – Você̂ que mais traz né, cara?

CLAUDIO – Como é que é?

CARLINHOS – Você̂ é quem mais traz

CLAUDIO – Faz o que, o viado?

CARLINHOS – Você̂ é o que mais traz

CLAUDIO – Que mais traz?

CARLINHOS – É, uai!

CLAUDIO – Mas eu trago produtos piratas, porra?

CARLINHOS – Ah, pirata não, você̂ traz os produtos, né (…)

CLAUDIO – É, show de bola aqui viu, bicho, show de bola, tá falando bem cara. Eu li a reportagem aqui no IPAD.

O show de bola da Veja é velho conhecido de Moro.

Como especialista em organizações criminosas, certamente acompanhou todos os factoides da revista visando beneficiar Cachoeira, através de ataques a seus adversários. Acompanhou os assassinatos de reputação de inúmeros inocentes.

É certo que justiceiro que se preze não tem que se preocupar com inocentes. Inocentes são apenas paspalhos que estão na hora errada no lugar errado, e que investigações malfeitas colocam na nossa frente apenas para atrasar as condenações dos culpados.

Moro entendeu claramente que o jogo Cachoeira-Veja visava trazer ganhos recíprocos, um ganha-ganha prático, objetivo, direto.

A hipocrisia moralista

Um como oficial da lei, outro como marginal, tanto Moro quanto Cachoeira praticam a mesma hipocrisia moralista que marca a história política não apenas do Brasil, mas das nações em geral.

Historicamente, a denúncia da corrupção sempre fez parte do arsenal da mídia, de acordo com uma métrica traçada pela própria imprensa.

O exercício do poder exige um conjunto de pactos políticos e econômicos, nem sempre transparentes, nem sempre legítimos. O público preferencial da mídia – a classe média – não tem noção mais aprofundada sobre as formas de apropriação do orçamento público pelos diversos grupos políticos, o impacto de operações anti-sonegação anuladas por interferência política, o valor econômico das concessões de rádio e televisão distribuídas como moeda de troca.

Muitas vezes o denuncismo é ferramentas de chantagem, moeda de troca. É como se as irregularidades estivessem expostas em grandes prateleiras, com todo tipo de embalagem. À mídia basta selecionar o alvo recalcitrante, buscar a irregularidade correspondente e tratar de superdimensioná-la com manchetes e interpretações facilmente digeríveis pelos leitores.

Nem se busque minimizar os escândalos da Petrobras. Como diz a Força Tarefa – com toda propriedade – é o maior escândalo de corrupção já descoberto no país.

Ao definir o foco único da corrupção, no entanto, a mídia abre a gaiola para todos os aliados poderem se esbaldar com o queijo público sem serem incomodados. Líderes da oposição poderão preservar as práticas denunciadas em seus adversários, poderão manter contas em paraísos fiscais, em nome de offshores (igualzinho Eduardo Cunha), poderão receber de empreiteiras igualmente beneficiadas por eles, sem serem incomodados.

O pacto exige que delegados, procuradores e o juiz Moro dividam os “bandidos” em dois grupos: para os “bandidos deles”, pau; para os “nossos bandidos”, condescendência total.

E, assim como no pacto Veja-Cachoeira, ambos os lados cumprem o que prometem.

O Estadista Moro

Dizem que os Estadistas são amorais. Fecham acordos com o diabo para alcançar seus objetivos. Aliam-se a criminosos, se for necessário, estendem os limites das leis, tudo o que for necessário para preservar o Poder.

Nesse sentido, Moro é o desenho completo do Estadista sem escrúpulos, que ocupa rigorosa e amplamente todos os espaços legais, vale-se do clamor da turba para ampliar esse espaço, embora não seja claro o tipo de Estado que aspire.

Não se entenda esse “sem escrúpulos” como indício de desonestidade financeira ou coisas menores. Significa que, para atingir os objetivos de Poder (com P maiúsculo), vale tudo: transformar pecador em santo; venal em confiável. E o pior jornalismo da história em “jornalismo investigativo de qualidade”.

No caso da mídia, não há sequer a necessidade de uma delação para se redimir: basta entrar no jogo e Moro fechará os olhos, por exemplo, à capa de Veja sobre o grampo sem áudio, que registrou a conversa camarada entre os ínclitos Gilmar Mendes e Demóstenes Torres, visando derrubar o delegado Paulo Lacerda e o Sérgio Moro da Satiagraha – o juiz Fausto De Sanctis.

Deixará de lado a manipulação grosseira de Veja de relatório denunciando grampo no STF (Supremo Tribunal Federal), inclusive com apresentação de dados falsos  sobre os equipamentos da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência).

Esquecerá a maneira como, com a ajuda inestimável da mídia, foram abafadas as CPIs do Banestado, de Cachoeira.

Para quê se importar com grandes pecados do passado, se os pecados do presente ajudam a viabilizar a Lava Jato e a abrir os salões da capital para o juiz modesto do interior (perdão, Paraná!), que se fez à custa de seu próprio esforço e de uma notável (sem ironia) visão estratégica?

Pouco importa se a revista estimula a intolerância, se blinda os aliados, se ajuda a alimentar um clima que expõe as vísceras do que de pior o país tem. A intolerância é aliada tanto de Moro quanto de Cachoeira, por impedir as filigranas, a divulgação de ângulos que fujam da narrativa criada por ambos.

Na CPI de Cachoeira, um trecho do relatório aborda a necessidade de reconhecimento social por parte de Cachoeira, de ser recebido nos salões, ser considerado. Não conseguirá, como Moro, ser premiado pelo O Globo, ser acolhido por Giancarlo Civita, porque as semelhanças entre eles terminam por aí. Um ainda poderá ambicionar a união estável com papel passado; o outro sempre será a amante oculta.

No fundo, esta é a moeda do suborno, acolhida pelos grandes e seletivos moralistas, o grande instrumento da mídia, quase tão forte como os assassinatos de reputação: o uso despudorado da lisonja, ferramenta que toca o coração dos fracos e amolece a vontade dos fortes.

Luis Nassif

91 Comentários

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  1. Ele não é Estadista pelo

    Ele não é Estadista pelo menos, por um motivo: o Estadista faz o que tem que fazer para o bem final do Estado, seu progresso, sua evolução e ao final, o bem estar da maioria das pessoas, pelo menos. Esse juiz não faz isso, jamais.

  2. Verdadeiramente…

    Verdadeiramente brilhante, Nassif. O arrivista Moro nem sabe que constrói a própria forca; já o terreno onde estas urtigas são plantadas somente dá frutos (?) por causa da covardia da Dilma !!!

  3. “smear campaign” clássico. Você é melhor que isso, Nassif.

    O que Cachoeira e Moro tem em comum?

    A Veja os usou para ganhar dinheiro em cima de seus leitores.

     

    O que Cachoeira e Dirceu tem em comum?

    Ambos usaram Waldomiro Diniz para tirar dinheiro dos Correios.

     

    Tem muito mais de onde veio essa. Mas eu pergunto: é por aí que se pautará o debate neste blog? Vamos mandar a ética às favas e nos transformar numa Veja online? Essa é a resposta que se dá ao mau jornalismo: fazendo outro pior ainda?

    1. Você não tem vergonha de ser

      Você não tem vergonha de ser tão ignorante? Será que o burraldo não se dá conta de que o fato de ter uma ação meritória não dá aval para outras ações criticáveis. Não consegue pensar além do tico-e-teco? Cada crítica a Moro tem que vir acompanhada de notas de rodapé, falando do Dirceu, do Waldomiro.

      Cada cretino das obviedades que dá nesse blog, que nem te conto.

    2. Quem mandou a ética às favas?

      Quem está mandando a ética às favas? Aquele que está referendando o “jornalismo” praticado pela Veja ou aquele que denucia a hipocrisia do “guardião da ética” que aceita lambuzar-se naquele esgoto para atestar a sua pureza?

    3. Quem mandou a ética às favas?

      Quem está mandando a ética às favas? Aquele que está referendando o “jornalismo” praticado pela Veja ou aquele que denucia a hipocrisia do “guardião da ética” que aceita lambuzar-se naquele esgoto para atestar a sua pureza?

  4. Imprensa

    Não discordo, nem concordo, antes pelo contrário. No entanto, na mídia velha, com a nova lei do direito de resposta a afirmação abaixo daria o que falar:

    “A hipocrisia moralista

    Um como oficial da lei, outro como marginal, tanto Moro quanto Cachoeira praticam a mesma hipocrisia moralista que marca a história política não apenas do Brasil, mas das nações em geral “

    sabe-se que hipocrisia é sinônimo de falsidade, imagina-se também que o oficial da lei deve profissionalmente ter uma moral e ética ilibada

     

    1. Meu caro Adailton, se Moro

      Meu caro Adailton, se Moro não é retardado, ignorante e completamente desinformado, e eu tenho certeza de que ele não é, certamente sabe que a Veja não faz “jornalismo investigativo de qualidade”.

      Se vai a um evento promovido (ou co-promovido)  pela revista para falar do “jornalismo investigativo de qualidade”, na verdade estará usando seu prestígio, que deve, em parte, à Veja e a veículos quase tão abjetos quanto a Veja, para referendar o jornalismo marrom que tal panfleto pratica há alguns anos. E assim continuar a ser incensado por Veja e similares.

      Isso é ou não é HIPOCRISIA?

      De qq forma, acho que Nassif, além de brilhante, teve de ser bastante corajoso para escrever e assinar essas verdades sobre o “herói nacional” do momento. 

      Agradeço pelo artigo e torço para que não tragam consequencias desagradáveis ao autor. 

  5. Nassif prepare o bolso, virá

    Nassif prepare o bolso, virá mais processo por aí.

    O Moro não gostará de ser comparado  a um bicheiro bandido.

    Apesar de utilizarem o mesmo modus operandi, o magistrado se sentirá ofendido por ter atingido a sua honra, moral, imparcialidade e blá, blá, blá.

    Ela vai incluir você na Lava Jato.

    Vai alegar que você fez palestra para a firma de um amigo, de um cunhado do primo de 3° grau do Lula, que era pretroleiro, e que trabalhava na plataforma em Campos.

    Está ferrado, se prepare !

  6. Smear Campaign

    https://www.youtube.com/watch?v=niggYMD4LwQ                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           Smear Campaign Album Defender- 1987                                                                                                                                                                                                                          Rory Gallagher                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 The dirty tricks department is working overtime
    Trying to stop the candidate from getting this time
    The wheels are now in motion all the traps are set
    Under this commotion will he walk into this mess
     
    The state’s intoxicated they’re at the starting gate
    He may never make it to the planned TV debate
    He can’t fight off the big bucks of the old brigade
    He’s gotta watch his step in this smear campaign
     
    They called a snap election in the summer heat
    This town is reeling backwards
    Like a drunk man on the streets
     
    Feed those lies
    Bend those minds at any price
    Foul or air
    As long as he’s not there
    Election time
     
    Don’t believe the papers it’s not anybody’s race
    He’s not a rank beginner it’s not a children’s game
    He may get the nomination if he breaks through the chain
    Or they’ll shoot him down on Main street in this smear campaign
     
    Just watch the party faithful fuel the dream machine
    They’ve fudged up all the issues eat that scandal sheet
    The dirty tricks department is nearly half insane
    Trying to stop the candidate with a smear camaign

  7. Por favor, desenhe.

    Sr. Luis Nassif, uma sugestão:

    Transforme o post em um infográfico.

    Tenho a impressão que tanto o Sr. Moro, quanto o Sr. Cachoeira, não tem condições intelectuais de entender o seu texto.

  8. Negação da política

     Nassif, ouvindo o discurso sedutor do procurador Deltan Dallagnol, percebe-se claramente tratar-se de pessoa correta e idealista. Parece ser o caso do juiz Moro também. Não seria lindo um país sem corrupção, onde licitações públicas acontecessem na mais completa lisura, políticos representassem o povo, enfim? Não se sabe se por ingenuidade, ou por esperteza, essas pessoas colocaram-se como viabilizadoras de um novo Brasil. E, certamente, o país precisa deste pensamento. Mas também os nazistas queriam um mundo germânico puro e perfeito, excluindo aqueles considerados impuros da sua sociedade. Não sei por que sempre me lembro deste período da história quando vejo indivíduos por demais apegados a uma profilaxia social. A idéia de exterminar o PT, prender o Lula, ao mesmo tempo em que outros lados do espectro político são absolutamente blindados, bem como esta parceria com uma imprensa suja até o último fio de cabelo, não consegue acomodar tanto idealismo, por mais que as palavras nos levem como o flautista da fábula. Num primeiro momento, podemos pensar em juízes e promotores negadores da política, principalmente no caso do procurador. E a negação da política, que constato a todo o momento entre amigos e parentes informados e inteligentes, sempre causa extrema preocupação pois, em realidade, ela é invíavel e não existe. De fato, num segundo momento, após o encanto inicial, vai formando-se a certeza de que esses não são negadores da política. Por necessidade de apoio à sua operação que, diga-se, é extremamente difícil num País com sistema jurídico tão imperfeito, ou por contaminação ideológica da operação (mais provável em minha opinião), é infame e incompreensível, qualquer que seja o caso, a aliança do juiz com setores inefáveis da mídia. Um abraço.

    1. Política?

      Torres

      Seus amigos, mesmo os inteligentes, não negam a política, eles fazem política,

      Todavia, a política que eles fazem nega a História e isto não é inteligente, a não ser que usem a inteligência para se alienarem.

      Se pretedem a alienação, defendem-se do sistema, também não são inteligentes, a não ser que procurem dissimular, na alienação, as suas defesas racionais do sistema.

      Não há rota de fuga possível, pois seus amigos, negando a História, se depararão, brevemente, com o futuro sem história e com alienação e nada mais sustenta as ideias fascistas do que isto.

      Sugiro ver o filme que o blog do Nassif, através de Antônio Ateu, propôs esta semana ” Perto da Lua”.

      Ajudará a entender o que eu não consegui dizer neste pequeno texto: 

      https://vimeo.com/145072389

  9. Presidente do STF

    Quando o presidente do STF renuncia e ninguém se incomoda e a mídia fica quieta, eu também fico.

    Oh Horácio! Entre o Céu e a Terra há mais mistérios do que a nossa vã filosofia consegue conjurar.

    A saída, dando um palpitaço, é montar uma administração pública que não dê margem a estes desvios e os denuncie de pronto, dando autoridade para quem governa coibir tais práticas.

    Ou seja, um governo confiável!

      1. História

        Na verdade não tinha intenção de ser genérico ou específico aqui.

        O confiável deriva da estrutura de governo que gere toda a administração pública, ou seja, uma estrutura modelada abstratamente na Astrologia, no Tarot e na Geometria e que têm eficiência histórica comprovada entre os humanos por milhares de anos de uso.

        O Brasil não pode se afastar da história.

        Logo, pelo menos, no meu humilde entender, é confiável para  mim a estrutura que proponho  como arcabouço de governança administrativa, que não existe atualmente no Brasil somente por falta de vontade política de implementá-la. Evidentemente que o uso que se faça e os proveitos que se tirem desta ferramenta dependem do compromisso dos que a utilizam, políticas éticas por parte dos gestores normalmente trazem mais benefícios para o povo, mas não necessáriamente, é questão de consenso político e escolhas democráticas para os operadores, mais do que nunca.

        Seria uma ferramenta geradora de confiança, que quanto mais afinada com a sociedade e a nação, mais útil seria. Uma analogia grosseira seria um bom congresso nacional, se os deputados agissem a favor dos interesses do Brasil e não dos seus particulares. No congresso fica difícil de individualizar as responsabilidades, exatamente o oposto do que proponho para os indivíduos que participem desta estrutura de governança.

  10. Ligar-se à revistinha do esgoto é demais
    É triste mas é isso.
    É a versão engravatada dos caminhoneiros, coitados, leitores da revistinha do esgoto. Estes serão multados, outros não.
    Destroem o pais para “limpá-lo”, como pede a podre e definitivamente suja revistinha.
    Nassif, mosqueteiro destemido.

  11. A chegada do PT ao poder

    A chegada do PT ao poder prova que todo o partido político brasileiro chegando ao poder vai lotear o estado – mesmo que isso custe sua eficiência e estoure o orçamento. A operação lava jato, se não mirasse o holofote só pra um lado, serviria pra sociedade brasileira começar a lutar para que o sistema político cuide do país com o mínimo de seriedade. O trágico é que chegaremos em 2018 , provavelmente, sem uma nova liderança política. Isso que eu chamo Terra Devastada ( mas escrita por Gabriel Chalita e não TS Eliot rs  ) 

  12. Nota do pt
    Mentem sob a proteção da toga, nos mais altos tribunais, afrontando a consciência jurídica da Nação em rede nacional de TV. Mentem sob a impunidade parlamentar, disseminando o ódio nas redes sociais. Mentem sob a proteção da autonomia funcional, forjando procedimentos investigatórios sem base alguma, apenas para produzir manchetes. Mentem sob a proteção do anomimato covarde, contrabandeando para a mídia dados parciais e manipulados por meio de vazamentos criminosos”, diz o texto, que contou com o aval de Rui Falcão, presidente da legenda.

    Nada a acrescentar.

  13. Excelente exercício de

    Excelente exercício de comparação e demonstração de fatos históricos recentes. Pena que por causa da honestidade da matéria Nassif acabe acumulando mais dois processos!!

  14. A prisão preventiva

    A prisão preventiva não pode ser utilizada como instrumento de pressão. Enquanto o direito ao Habeas Corpus continua suspenso na Guatánamo do Paraná,  para o desembargador Ney Bello, “a prisão cautelar não é antecipação de pena e deve ser aplicada na exata medida da sua utilidade para o processo penal.”

  15. Tudo bem,

    mas se o Moro é um Estadista, o Lula também não o seria? Ademais, uma pergunta: mesmo que tudo que está acontecendo agora com a administração Dilma, alguém em sã consciência espera realmente melhora, projeto, mão no leme, ou coisas parecidas?

  16. Tá, o juiz vai dar “palestra” para o esgoto

    Mas e daí, quem vai se interessar?

    Lembro Maquiável:

    “Mas a ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma vontade presente, não pensa no mal que daí a algum tempo pode resultar dela.”

  17. Um animal bem mais igual.

    Perfeito, caro Jornalista (com “J”) Luis Nassif. Perfeito. Moro e Cachoeira não passam de dois animais bem mais iguais do que os outros.

  18. Gorou

    Fornecedores de canapés, bebidinhas, flores e serviços de som & imagem do regabofe dos Civita já põem as mãos na cabeça. Como Seu Nassif tem uma bola de cristal infalível, o evento da ANER agendado para 23/11 promete ser um retumbante fracasso. Quem comprou ingresso deveria inventar uma desculpa e pedir a grana de volta enquanto é tempo, para não pagar mico.  

  19. Dúvida semântica:

    Se a ordem natural é:

    1) Os órgãos de investigação investigam,

    2) Os órgãos de investigação vazam para o jornal.

     

    O correto não seria INVESTIGAÇÃO JORNALISTÍCA ao contrário de JORNALISMO INVESTIGATIVO como é citado?

    1. taí……………………..bem pensado

      recentemente andei às voltas com leituras que sugeriam usurpação de função pública

      se quem mais julga e condena no Brasil é a literatura, a imprensa

      e principalmente a televisão

      recentemente também comentei que falar de investigações no Brasil é piada

      1. investigar sempre condenando…

        só no Brasil mesmo

        ou em republiquetas de merda que têm ministro da justiça antes questionador do que nunca executor

  20. muito bom…………………………..parabéns, Nassif

    ao final fui levado a concluir que o bicheiro se aliou e o juiz vai se aliançar de papel passado, definitivamente

    mas como são as alianças que criam elos, aproveito e acrescento que o primeiro quis ter o que o segundo sempre teve e repartiu de forma prostibular. Prostibular por não ter se importado com as ferramentas de má qualidade que estavam sendo implantadas na Veja

    por quem, ninguém sabe ao certo até hoje, mas porque sim, ficamos sabendo

    se não se incomodou com as capas, confirmam-se os elos

    enfim, ao final pude perceber claramente a diferença que existe entre aliar-se e aliançar-se

    parabéns pela sacada, Nassif

    1. quem atua como inovador…

      e é premiado por isso ou visto como tal, mas, por outro lado, sem se incomodar com o que estava e ainda está acontecendo, cria elos podres que podem ser rompidos muito facilmente

      mesmo que sem querer

  21. em tempo…

    recentemente também deixei bem claro para as paredes que a ferramente principal está no judiciário

    a tal que possibilita servir às editoras e a televisão com tons de legalidade nos votos e sentença final e definitiva

    não se esqueçam do seguinte: há sentenças que têm a duração de um governo

    já tivemos várias desse tipo

  22. A deturpação da leitura desse

    A deturpação da leitura desse texto por parte de alguns é um indício de que tem pertinência. Dá-lo como absurdo ou até mesmo como doloso à honra e dignidade do Juiz Moro é passar um atestado de analfabeto em termo de interpretação textual. Isso se não for o mais simples: as paixões políticas-ideológicas se sobrepondo à racionalidade, Não sou perito nesse campo, mas não precisa chegar a tanto quando as inferências, as intertextualidades, as alusões e metáforas estão dispostas a não deixar dúvidas. 

    Quem apreende que o tema do artigo  é traçar ou forçar uma relação de afinidades posturais amplas e fora de um contexto específico, a meu ver está equivocado. Estão bem demarcados os territórios de cada qual e o biombos sobre os quais se escudam, ou escudaram, no caso do bicheiro, as motivações de ambos. A conexão é a VEJA e o contexto é a ambiência política-institucional impregnada de hipocrisia e amoralidades que viceja no país de certo tempo para cá. 

    Com efeito, ao ignorar os princípios, se não explícitos, mas implícitos que norteiam as ações de um magistrado ao aceitar encômios de instâncias suspeitas e interessadas, o Juiz Moro ignorou a Moral; agiu com amoralidade. Encômios com a clara intenção de cooptá-lo através do que temos de mais sensível na dimensão da psique: o ego. Na primeira vez ao receber um tal prêmio de “Homem do Ano” das Organizações Globo. Agora, quando se presta a dar conferência em evento:  1º) Que em nada diz respeito as suas funções e responsabilidades, exceptuando-se o termo “Operação Lava a Jato”;  2º) Valorar uma clara e insofismável iniciativa das duas principais organizações midiáticas do país – Globo e Abril – cujo escopo é a auto-louvação de uma contrafação, no caso o dito “jornalismo” investigativo exercitado pelas seus veículos impressos. 

    Como não qualificar dessa maneira a  concessão de um magistrado que tem sob a sua responsabilidade uma das Ações Judiciais mais substanciosas e complexas já surgidas no horizonte jurídico do país, cujos braços alcançam todos as instâncias da vida nacional, principalmente a política e a econômica, e que tem entre as partes interessadas as Organizações Midiáticas, as mais empenhadas em encaminhar seu desfecho para um determinado fim? 

     

     

     

     

  23. Caros Luís Nassif e

    Caros Luís Nassif e leitores,

    Este é o mais contundente artigo da lavra desse grande jornalista da bela cidade mineira de Poços de Caldas, que li nos últimos anos. Olha que acompanho o que escreve e diz o jornalista há cerca de 30 anos.

    O título, o desenvolvimento, as analogias e comparações são mais do que apropriadas. Quem se comporta como um patife deve ser comparado a patifes. Quem usa a lei de forma manca e caolha, aplicando aos adversários políticos o direito penal do inimigo e aos aliados o acobertamento criminoso não pode ser considerado autoridade judiciária.

    Com este artigo, Luís Nassif colocou sérgio moro, carlinhos cachoeira e o ‘detrito sólido de maré baixa’ onde mercem: no lixo fétido em que a parceria criminosa os iguala e faz por merecer.

  24. Parabéns Nassif!
    Eu iria

    Parabéns Nassif!

    Eu iria escrever que o Brasil é o um país onde a justiça tem partido. Mas lendo o texto é bem pior. Um partido respeitaria a constituição. Que vergonha!

  25. Tudo é relativo

    As empreiteiras , todas elas, contratadas por governo de esquerda e direita, são corruptoras? Ou estariam sendo injustamente acusadas ou poupadas, por razões meramente políticas? Se a resposta à primeira questão for totalmente negativa e a segunda for afirmativa, mais uma noite dormirei tranquilo. Claro que não cabe ao tema tanta simplicidade na sua abordagem. Então senhores, aproveitem e façam uma reflexão objetiva e abrangente sobre o papel destas gigantes parceiras do Estado. Estou entediado de tanto ler sobre o juiz Moro, que faz lembrar-me da célebre dúvida criacionista: quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?

  26. Um artigo que merece não

    Um artigo que merece não cinco estrelas, mas uma constelação.  Vou dividí-lo com  meus amigos e companheiros, para que possam todos testemunhar a competencia, profissionalismo e honestidade jornalística de seu autor.    

  27. Prezado e caro Luis Nassif,

    Prezado e caro Luis Nassif, já pensou na hipótese de que os mencionados rapazes se desagradem de sua análise e o ‘deletem’? Eu não tenho clara a dimensão do que está em jogo, apenas percebo que é enorme e que você se expõe prá carvalho. Que Deus o proteja homem!

  28. MORO, CACHOEIRA E AL

    MORO, CACHOEIRA E AL CAPONE

    1) In GALEANO, Eduardo H. Memória de Fogo. Porto Alegre, RS: L&PM, 2013, p 627-628

     

    “1929

     

    Chicago

     

    AL CAPONE

     

                Dez mil estudante gritam o nome de Al Capone, no campo de esportes da Northwestern University. O popular Capone cumprimenta a multidão com as duas mãos. Doze guarda-costas o escoltam. Na saída, o espera um Cadillac blindado. Capone exibe uma rosa na lapela e um diamante na gravata, mas debaixo leva um colete de aço e seu coração bate contra uma pistola 45.

                Ele é um lider… Patriota fervoroso, sobre sua escrivaninha ostenta retratos de George Washington e Abraham Lincon. Profissional de grande prestígio, não há quem ofereça melhor serviço para romper greves, espancar operários e enviar rebeldes ao outro mundo. Ele está sempre alerta contra a ameaça vermelha (335)

     

    AL CAPONE CONVOCA A DEFESA CONTRA O PERIGO COMUNISTA

     

                O bolchevismo está batendo em nossa porta. Não devemos deixá-lo entrar. Temos de permanecer unidos para defender-nos com plena decisão. A América deve permanecer incólume e incorrupta. Devemos proteger os trabalhadores da imprensa vermelha e da perfídia vermelha, e cuidar que suas mentes se mantenham sadias… (153)”

     

    “Notas:

    335 – Pasley, E. D. Al Capone. Pról. de Andrew Sinclair. Madri, Alianza, 1970

    153 – Enzensberger, Hans Magnus. Política y delito. Barcelona, Seix-Barral, 1968″

     

    2) In GALEANO, Eduardo. De Pernas pro ar. A escola do mundo ao avesso. Porto Alegre, RS: L&PM Editores, 2015, p.1 

     

    Mensagens aos pais

     

                Hoje em dia as pessoas já não respeitam nada. Antes, colocávamos num pedestal a virtude, a honra, a verdade e a lei… A corrupção campeia na vida americana de nossos dias. Onde não se obedece outra lei, a corrupção é a única lei. A corrupção está minando este país. A virtude, a honra e a lei se evaporaram de nossas vidas.

     

    (Declarações de Al Capone ao jornalista Cornelius Vanderbilt Jr. Entrevista publicada na revista Liberty em 17 de outubro de 1931, dias antes de Al Capone ir para a prisão).

     

     

  29. Texto deixou “minha alma


    Texto deixou “minha alma lavada”. Disse tudo o que eu queria dizer e não sabia como. Parabéns Nassif! Mil parabéns. Obrigada por você existir. Agora vamos todos começar a juntar um dinheirinho porque vem “chumbo grosso” por aí.

  30. unanimidade

    O Juiz que teve por sua ordem, presos, todos os grandes empreiteiros do Brasil,

    Terá feito a eles, nos interrogatórios, a mãe de todas as perguntas:

    -Nesse pais existe obra pública que não pague “pau”? 

    Ou como o objetivo é apenas quebrar a Petrobras e o PT junto, -“não vem ao caso”?

  31. aberratio delicti !

    Precisamos olhar mais atentamente os sinais do tempo. De uma maneira ou de outra, já não existe o clamor da turba. Tudo o que foi dito no texto, de uma maneira ou de outra já está caindo no domínio público. É impossível se enganar a muitos por muito tempo.

    Graças à Deus e à internet, o “grande estrategista” está cada dia mais NÚ.

    E como o hábito e os falsos trejeitos não fazem nem o frade, nem a freira, que muitas vezes se revelam totalmente o oposto. E como todos os limites de legalidade foram ultrapassados pelo referido nessa empreitada nauseabunda. Aguardemos : ESSE TIPO DE NUDEZ  QUE EXPÕE DELITOS, SER MERECIDAMENTE CASTIGADA !

    Tomem cuidado com o fermento dos fariseus e saduceus.»  Então eles perceberam que Jesus não tinha falado para tomar

    cuidado com o fermento de pãomas com o ensinamento dos fariseus e saduceus. (Mateus 16, 11b -12)

    * 5-12: Com suas doutrinas, os fariseus e os saduceus manipulavam o povo, a fim de conservar o poder e continuar a exploração. Jesus adverte os discípulos, para que essa opressão, disfarçada em religião, não seja assimilada por eles.

    * 16,1-4: Os fariseus e saduceus não sabem ver os sinais dos tempos, isto é, tudo aquilo que indica a presença do Reino de Deus. Essa presença está clara na pessoa e atividade de Jesus, que cura as doenças e sacia a fome das multidões. Curar e alimentar são sinais já descritos no Antigo Testamento como sinais da chegada do Messias. Quanto ao sinal de Jonas, cf. nota em Mt 12,38-42.

    1. A constituição é clara ao definir salário máximo.
      O que se recebe além disso é anticonstitucional e imoral.
      Algum dia teremos este dinheiro de volta.
      Onde o pig falseando a moral que não destaca nem isso?
      Imoral.

    2. Dr. Moro

      Adorei a prosopopéia da turma.

      Mas o que eu queria mesmo era saber como um juizeco, como o Dr. Moro, ganha R$ 77.000 p/mês????!!!

      Isto num país onde o rendimento médio da população gira em torno de R$ 3.000 p/mês.

      Alguém oode me explicar????

      Desde já agradeço.

  32. “Usufrutuários” ambos, Moro e

    “Usufrutuários” ambos, Moro e Cachoeira, da mesma safadíssima musa, aliás, como diz PHA, detrito sólido de maré baixa. Usam e são usados, consciente e deliberadamente, já que burros não são. Valeu Nassif !

  33. Nassif, conheço você desde

    Nassif, conheço você desde 2003/2004, quando li uma coluna sua no jornal O Dia, do Rio de Janeiro. Talvez, este seja o melhor texto que você escreveu!

    Parabéns! E, parabéns de novo!

    Bravo!

    1. Pior é que não é. Sem nenhuma

      Pior é que não é. Sem nenhuma frescura e bajulação, o Nassif tem sido um admirável defensor da frágil democracia de nosso país, mantendo uma admirável coerência, com as mesmas atitudes corentes e francas, desde quando o PT era oposição e as posições de governo e oposição eram invertidas.

      De novo, sem frescura, talvez dentre outras, destacam-se aí na atuação do Nassif, a coerência, a sabedoria e a bravura. E por dever de consciência vale tembrar ao autor, de todo modo, para a advertência de que os elogios podem fazer um homem se perder.

  34. A cartilha do pt diz tudo
    A cartilha do pt define muito bem quem é o moro. Franca e diretamente o coloca como bandido. Leiam.
    ” Mentem sob a proteção da toga, nos mais altos tribunais, afrontando a consciência jurídica da Nação em rede nacional de TV. Mentem sob a impunidade parlamentar, disseminando o ódio nas redes sociais. Mentem sob a proteção da autonomia funcional, forjando procedimentos investigatórios sem base alguma, apenas para produzir manchetes. Mentem sob a proteção do anomimato covarde, contrabandeando para a mídia dados parciais e manipulados por meio de vazamentos criminosos”.

  35. MAGNÍFICO

    Extraordinário Artigo, muito bom mesmo. Muitas vezes é difícil ao cidadão comum compreender todos os pontos desse novelo em que vivemos. A verdade sobre os fatos. Na maioria das vezes, os fatos falam por si mesmo. Contudo, se a pessoa for desprovida de boa vontade intelectual de discernimento, humildade, tolerância, enfim, realmente ela não vai ver, não adianta.

    Parabéns Nassif, você presta um grande serviço ao Brasil.

    Fique com Deus. 

  36. Moro, o juiz provinciano e

    Moro, o juiz provinciano e deslumbrado, parece seguir o exemplo do ‘professor’ Gilmar Mendes.

    Como se sabe, Gilmar Mendes é o principal articulador do golpe paraguaio contra a presidente eleita, ele se reune pela manhã com os golpistas e à tarde vai dar expediente no STF com a mesma naturalidade de quem vai ao cinema com a namorada.

    Mendes, a aberração, é o grande inspirador dessa nova geração da magistratura que tem grande dificuldade em conviver com a democracia. 

  37. MAGNÍFICO

    Extraordinário Artigo, muito bom mesmo. Muitas vezes é difícil ao cidadão comum compreender todos os pontos desse novelo em que vivemos. A verdade sobre os fatos. Na maioria das vezes, os fatos falam por si mesmo. Contudo, se a pessoa for desprovida de boa vontade intelectual de discernimento, humildade, tolerância, enfim, realmente ela não vai ver, não adianta.

    Parabéns Nassif, você presta um grande serviço ao Brasil.

    Fique com Deus. 

  38. “Jornalismo de Qualidade” e Cortisol

    Nassif, você pode não acreditar, mas a sua clareza e responsabilidade na busca da verdade é fonte de saúde! As reportagens manipuladas, o jogo sujo, praticado pelos principais meios de comunicação, ocasionam um profundo estresse pela falta de condições e mecanismos de estabelecermos a verdade. Nossa corrente sanguínea é invadida pelo cortisol, entre outros hormônios, para lutarmos contra esses dragões que atuam na escuridão, mas é impossível vencê-los, pois, tem ao seu lado o poder econômico e o manto da “liberdade de imprensa”. O resgate da verdade feito por você, traz luz a questão e diminui um pouco o nosso sentimento de limitação e ansiedades. Obrigado!

  39. A vida, sem o viver

    Acho que o primeiro item para se conquistar um espaço de destaque na mídia, talvez seja: não ser de esquerda.

    A seguir, basta se mostrar possuidor de um substancioso, sólido e duradouro patrimônio financeiro, para ser apadrinhado de alguns influentes da corte.

    Contudo, ainda existe outro modo de participar do grande instrumento da mídia e para isso acontecer, o candidato deverá ser possuidor de um raro, desejado e valiosíssimo arquivo de informações bombásticas.

    Qualquer um, nesses casos, receberá como incentivo da corte real a cunha de ótima e valorizada moeda de suborno.

    Todavia, a complexa prática de operar e fazer circular essas moedas exige muita dedicação, bastante atenção e um auto policiamento constante é coisa de doido mesmo; é uma vida sem o viver.

    Faz parecer, que a evolução do malfeito está sendo bolinada e incentivada pela corte da informação.

    Os “afilhados” e “nossos bandidos” (da mídia)  tem o dever e a obrigação de saber, que o exercício da coisa errada e do malfeito tem que ser praticado de forma correta, responsável e profissional. Tem que ficar bem claro que a fidelidade na defesa do poder e do dinheiro é uma questão de vida e de morte.

  40. Gostei da parte que fala da

    Gostei da parte que fala da classe média. Só faltou chamar ela de retardada (com perdão para a generalização que faço), coisa que de fato é. Mas esse tipo de coisa (Moro e Cachoeira) só se cria porque existe gente estúpida o suficiente para nela acreditar. Minha afirmação é óbvia, mas é um fato.

  41. Catilina

    Até quando, Oh Catilina, abusaras da nossa paciência?

    Sergio Moro foi blindado pela Procuradoria Geral da Republica. Se tinhamos duvida de que “lado” o Procurador esta, não se tem mais. Sem a autorização da PGR, ele não teria ido tão longe. A PGR também caminha pelos ditames da imprensa. Preservou e preserva Aécio Neves e alguns outros.

    So se salvam aqueles que não buscam reconhecimento e glorias através do espelho artificial e imoral da imprensa. E esses, no STF, contam-se nos dedos de uma so mão.

  42. o que se criou foi uma rede de bisbilhotagem…

    espionagem mais eficiente que já sofremos

    Vinda de criminosos confessos, você não colhe informação, cria ou seleciona da forme que lhe convém

    fica com tudo para fazer a verdade crescer ou diminuir, E muitas vezes até desaparecer pelo período de dois governos seguidos. Fazendo assim, qualquer reação futura é vista pela maioria dos juízes como revanchismo

    vide FHC, intocável(?)

    como fazem questão de evitar penetrar esta podridão, acredito que não

    muitos já foram pegos na continuação. Podridão é sujeira continuada

  43. Por essa eu não esperava …

    Brilhante e corajosa comparação. Quem se alia com porcos, come farelo. É pra lá de duvidoso, um juiz que se utiliza dos mesmos expedientes do chefe da quadrilha da mafia de jogos ilegais.  A Veja é emblematica, mas no seu papel cabe boa parte da grande imprensa, incluindo a Globo. Arrepiou. 

  44. Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Sérgio Moro

    Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Sérgio Moro: o trio representa, de forma insofismável a essência do Judiciário brasileiro. Caro, elitista, prepotente e profundamente injusto. Parabéns pela coragem, clareza e verve, Nassif. 

  45. Notícia relevante de interesse público!

    O que Carlinhos Cachoeira e Sérgio Moro têm em comum

    Uma leitura minuciosa e paciente da árvore genealógica fonte primária corpo 12 – lá nos escaninhos lusitanos da Torre do Tombo – de doutor Carlinhos Cachoeira e juiz Sérgio Moro desvendara à luz da informação relevante de interesse público que ambos são cripto cristãos-novos descendentes de ilustres famílias parentais judaico-ibéricas antepassadas, nos serviços reais de notórios saberes econômico-financeiros y médico-jurídicos, na então corte real de Dom Manuel o Venturoso y Afortunado (1469-1521).

    1. É isso, Ralph, onde o Nassif

      É isso, Ralph, onde o Nassif vê um “justiceiro” ou “oficail da lei”; pra valer mesmo, num país que seja sério, só existe mesmo um servidor público a ser punido e exonerado.

      E, interessante que o Nassif diz ali num trecho:  “Não se entenda esse ‘sem escrúpulos’ como indício de desonestidade financeira ou coisas menores. Significa que, para atingir os objetivos de Poder (com P maiúsculo), vale tudo.” Deu uma dourada na pílula. Talvez, o Moro seja mesmo sem escrúpulos. Sem precisar dizer que é no bom sentido. Sem escrúpulos, simplesmente.

      E mais, e ainda parece que ele ganha um dinheirinho sim, seja com adendos para chegar a R$ 77 mil, ou pelo cônjuge, trabalhando no PSDB e numa empresa concorrente da Petrobrás, a qual ele “bem intencionado” faz de tudo para prejudicar.

       

  46. A investigação do culpado pronto

    Do Tijolaço

    A investigação do culpado pronto

     

    gato

    A deflagração, agora cedo, a 20ª fase (vigésima!!) da Operação Lava Jato, com mandados de busca e de detenção de pessoas no Rio e na Bahia, não pode deixar de fazer algumas considerações sobre os métodos da força-tarefa de procuradores e do juiz Sérgio Moro.

    Velhos jornalistas, que acompanham noticiário policial há décadas, sabem que não é normal que operações policiais resultantes de investigações ocorram desta forma. Em geral, espera-se reunir uma massa considerável de informações e indício de crimes e, só então, dá-se o “bote”, porque a surpresa é elemento essencial destas ações, permitindo que buscas e apreensões “rendam” provas concretas da culpa ou participação de pessoas e empresas em negócios escusos.

    Está claro, porém, que a Operação Lava Jato segue métodos diferentes.

    Define-se o “alvo”, aqueles a quem se quer “pegar”. E, então, vai-se juntando o que sustente a persecução penal dos “alvos”. Degrau por degrau – parece que o “da vez” é o ex-presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli – em direção a um objetivo pronto, que todos sabem quem é: Lula.

    Algo como definir o “culpado” e aí então procurar as culpas. Se se não acharem, castiga-se com meses, anos de suspeitas espalhadas nos jornais.

    É isso o que denuncia uma ação autoritária, não uma ação de autoridade republicana, que parte dos fatos para apurar sua materialidade e seus autores.

    É próprio dos que têm a distorção mental do perseguidor, daquele que usa o poder para fazer o que deseja, não o que, com sua responsabilidade pública, tem o dever de fazer e nada mais.

    Conduz-se-a como um enredo de novela, onde há um “vilão” que o público vai identificando e “torcendo” para que, ao final, seja “castigado”.

    E os métodos são os de todo autoritário: a pressão, a chantagem moral, o “acuse ou ficará preso o resto da vida”.

    Hoje, a Veja dá a seguinte nota cínica:

    Investigadores que atuam na Lava-Jato preveem uma condenação a 100 anos de prisão para o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, caso ele não feche um acordo de delação premiada. Mesmo que a pena seja essa, o máximo que uma pessoa pode cumprir em regime fechado são 30 anos. Para Marcelo Odebrecht, a previsão está na casa dos 20 anos.

    Mas, se disse tudo o que querem, sai barato, como saiu para Alberto Youssef, que já ficou livre depois da roubalheira do Banestado e Paulo Roberto Costa, que já está em casa, e até sendo aplaudido, segundo ele próprio, que vai sendo entronizado como “São Ladrão”.

    E assim seguem os investigadores dos culpados prévios, conseguindo acusações, transformando conversa em crime, bandido em oráculo e se servindo de qualquer meio para que se encontre qualquer transação que possa ser apresentada como “prova” de que todos são corruptos na política. Ou de um dos lados da política.

    Porque do outro, não vem ao caso.

    http://tijolaco.com.br/blog/a-investigacao-do-culpado-pronto/

  47. Aonde está Principio da Razoabilidade da Duração do Processo?

    Quero agradecer ao Nassif e aos comentaristas o serviço prestado à construção da democracia no planeta; pois o Brasil será cada vez mais referência e laboratório pela específica  representatividade de sua formação social num planeta cada vez mais com a cara dos livros de Plínio Marcos. O nosso icônico prato feijoada é a síntese da globalização na forma e conteúdo: traficando pessoas juntou-se couve portuguesa, arroz asiático, feijão africano farinha ameríndia, pimenta indiana e a cachaça inventada na primeira vila brasileira e local da primeira eleição americana na cidade de São Vicente-SP (num empreendimento do maior milionário europeu e fundador de Buenos Aires- Flugel) em 1532, exatamente no local do primeiro discurso ecológico em 5 de junho- dia do Meio Ambiente em SP- do primeiro santo brasileiro, Santo Anchieta. A elite americana é lusófona, como a esposa do nobel  Al Gore, um quase presidente fraudado, pois muitos executivos trabalharam no Brasil instigados pela capacidade de uma sociedade tão desigual funcionar em superinflação. Aqui, o Quarto Poder consegue colocar uma faca na garganta dos agentes públicos e políticos, além de uma subcultura estamental capaz de aparelhar o Estado para uma visão de mundo corporativa, o que coloca a faca na garganta da sociedade. Talvez isso explique o porquê do Princípio Jurídico da Razoabilidade da Duração do Processo estar sendo esquecida pelos fiscalizadores da Lava a Jato, pois através dessa interminável sequencia de fases e delações à conta gotas, vai se mantendo presos provisórios num ad aeternum muito propício a seus escandalosos e manipuladores vazamentos em detrimento aos bens jurídicos liberdade e o direito à imagem. Às vezes, penso haver mouros  na costa de um gigante (de olho no Pré sal) fazendo-se Torquemadas.

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