O que virou Taques, o precursor de Dallagnol

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Pedro Taques, o governador de Mato Grosso e seu primo e ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques. Foto: Reprodução
 
Jornal GGN – Ex-chefe da Casa Civil e primo do governador Pedro Taques, do PSDB, Paulo Taques começou a sentir o peso da prática recorrente de abuso de poder. Ele foi afastado pela Justiça da função política que exercia Mato Grosso graças à investigação de um esquema de grampos ilegais instalado no Estado, envolvendo um núcleo de policiais militares. Taques, o primo, chegou a ser preso por ter cometido uma série de desvios, como usar a máquina para espionar a ex-amante, políticos e jornalistas, mas já conseguiu um habeas corpus.

 

Do Olhando A Notícia

Taques é proibido de visitar secretarias e inteligência da PM

A desembargadora Antônia Siqueira Gonçalves manteve as medidas restritivas determinadas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Reynaldo Soares da Fonseca, ao ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, solto nesta sexta-feira (11). Paulo foi preso no dia 4 de agosto por determinação do desembargador Orlando Perri em decorrência das investigações de um suposto esquema de escutas clandestinas no Estado.

O pedido de habeas corpus do ex-secretário foi aceito na noite de quinta-feira. Porém, o ex-secretário foi liberado  somente no início da tarde dessa sexta-feira (11). A demora ocorreu devido ao feriado do “Dia do Advogado” no judiciário.

Dentre as medidas restritivas impostas ao ex-secretário está não ausentar do país sem autorização da Justiça; a proibição de ingressar em prédios públicos da governadoria, assim como na secretaria de Estado de Segurança Pública, na secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, da Casa Civil, da Casa Militar e também da Polícia Militar.

Paulo Taques ainda deve comparecer em juízo e está proibido de se comunicar com qualquer integrante do serviço de inteligência do Estado. Ele não foi submetido ao uso de tornozeleira eletrônica e não possui restrições para sair a noite ou aos fins de semana.

GRAMPOS ILEGAIS

Paulo é investigado de participar do esquema de escutas e grampear por mais de 1 ano a ex-amante, a publicitária Tatiana Sangalli. Além dela, políticos, jornalistas, médicos também foram alvos de escutas ilegais.

O magistrado ainda pontuou que Paulo Taques poderia destruir provas relacionadas ao inquérito que apura o esquema no Estado. Perri colocou que o ex-chefe da Casa Civil estaria usando do prestígio político que ainda detém para interferir nas investigações.

Além dele, foram presos por conta das escutas ilegais o ex-comandante-geral da PM, Zaqueu Barbosa, o ex-secretário da Casa Militar, coronel Evandro Lesco, o ex-adjunto, Ronelson Barros, e ainda o cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz Correia Junior.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Acho que a materia supoe que

    Acho que a materia supoe que o leitor saiba como e por que o P.TAques é precursor de Dalagnol. Não é claro. Ou nao percebi?

  2. Eis a história da da pena e da galinha

    Alguns acanalhados e acovardados do STF – dentre eles Luiz Edson Fachin  Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes – e golpistas do MPF, como Rodrigo Janot, usaram clichês e frases de efeito como “Puxamos uma pena e vem uma galinha”, em referência investigações sobre atos e corrupção cometidos por agentes da Política. Esse caso dos Taques, tanto Pedro como Paulo, mostra que se houvesse alguma instituição disposta a investigar para valer as ações de procuradores, policiais federais ( e de outras polícias) e juízes, ao se puxar uma pena não viria apenas uma galinha, mas o galinheiro inteiro que representam essas instituições hoje repletas de criminosos e de ORCRIMs intitucionais, de que a Fraude a Aato é apenas o exemplo mais desavergonhado e acintoso.

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