Os erros de Cardoso no processo do impeachment

Apesar do brilhantismo de sua defesa de Dilma Rousseff, na sessão de julgamento do Senado, a estratégia geral de José Eduardo Cardoso, contra o impeachment, foi considerada desastrosa por advogados que estudaram o processo.

O cerne da questão estava no STF (Supremo Tribunal Federal) aceitar o julgamento do mérito do impeachment – e não apenas dos procedimentos adotados. A lógica era a de que o Senado poderia ser o juiz dos atos da presidente, mas não da Constituição. Como o guardião da Constituição é o Supremo, não haveria como fugir da análise de mérito, já que a Constituição exige crime de responsabilidade para proceder ao impeachment.

Os deputados petistas Wadih Damous e Paulo Teixeira se anteciparam e provocaram o Supremo sobre o tema. A decisão do Supremo é que ainda não era hora de discutir porque não havia o chamado “periculum in mora” – ou seja, risco de dano em adiar o julgamento, já que o caso ainda não chegara ao Supremo.

Apesar de muito criticado por Cardoso, o Ministro Luiz Facchin deu o voto favorável ao julgamento de mérito na hora adequada. Coube ao Ministro Luis Roberto Barroso a defesa dos procedimentos, posição que abriu as portas para o impeachment.

Com a brecha aberta por Fachin, era questão de aguardar a aprovação da admissibilidade pelo Senado para entrar com o mandado de segurança. Advogados paulistas chegaram a preparar a minuta e se combinou que o PCdoB entraria com o mandado.

Por alguma razão, Cardoso não levou a estratégia em frente. Faltando um dia para o Senado votar o impeachment, pediu para os advogados assinarem o mandado. Era tarde. Havia perdido o timing.

Pelas conversas com juristas brasilienses envolvidos com a defesa, ficou a impressão de que o veto partiu da própria Dilma, que acreditava cegamente no conhecimento de Cardoso.

Dias atrás, com o fato consumado, Cardoso entrou com um mandado de segurança de inacreditáveis 500 páginas para que o Supremo analisasse o mérito. Ora, quando se pede o reconhecimento de um direito líquido e certo, cita-se a doutrina e expõe-se o direito sem firulas. A ideia inicial era citar a doutrina, os escritos de Gilmar Mendes e mencionar o direito. Tem-se ou não o direito. Se é cristalino, não tem cabimento 500 páginas de argumentos.

De qualquer modo, agora o Supremo poderá se safar alegando o fato consumado e o desinteresse de Dilma de questionar o impeachment no momento adequado.

No campo jurídico, os desacertos do Planalto não ficaram nisso.

Por ocasião da vacância de um cargo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), juristas aliados do governo insistiram no nome de Admar Gonzaga, um advogado que, embora com vínculos com o DEM de Santa Catarina, sempre teve comportamento legalista impecável, sendo dos poucos a enfrentar as estripulias de Gilmar Mendes. O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, chegou a se locomover até Brasília para alertar.

Não adiantou. Fernando Neves, irmão de Henrique Neves, procurou o chefe da Casa Civil, Aloisio Mercadante, e Henrique acabou indicado, enfraquecendo Dilma no Tribunal logo após as eleições. Ela não foi impugnada apenas porque, na hora fatal, o TRE de São Paulo encontrou os mesmos argumentos nas contas de Geraldo Alckmin. Impugnando Dilma, teria que se impugnar Alckmin. Foi o que levou Gilmar Neves a recuar.

Luis Nassif

67 Comentários

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  1. Promotor do MP SP. Passa da
    Promotor do MP SP. Passa da hora de pararmos de dar valor a esses concurseiros. Muitos não tem formação cultural alguma, vide Dallagnol.

  2. Dificil elencar todos

    Dificil de elencar todos  os dele e da Dilma que o manteve inerte por seis anos.

    Nem me importei com sua defesa, já nao havia mais tempo pra nada mesmo.

    Foi um péssimo MJ.

  3. Tem hora que acho ele um

    Tem hora que acho ele um baita de um quinta coluna… É muito estranho ter trabalhado como advogado de defesa do Daniel Dantas.. Sei que ele já negou ser próximo ao orelhudo, mas tudo o que fez deu errado (como pode?) e depois de descobrir que o Leandro Daiello tinha antiga relação com o ministro Alexandre de Moraes e foi mantido no cargo, entende-se porque a PF não tinha comando (tinha, mas comando externo ao governo!). Foi trocar ele por um ministro da justiça de verdade que aceleraram o golpe.

  4. Não acredito que o “timing” certo revertesse o tsumani
    Com a lava jato espancando o partido do governo afinadinha com a agenda política, com o Gilmar mandando ministro recém nomeado de volta pra casa, com o juiz de primeira instância fustigando a boiada amarela para a rua com ajuda da mídia sempre que o governo esboçava uma reação..  Não acho que um melhor timing do José Eduardo Cardozo pudesse represar o tsunami golpista.

     

  5. > Pelas conversas com

    > Pelas conversas com juristas brasilienses envolvidos com a defesa,
    > ficou a impressão de que o veto partiu da própria Dilma, que acreditava
    > cegamente no conhecimento de Cardoso.

     Também não podemos nos esquecer que foi ele, como Ministro da Justiça, que permitiu que chegássemos a este estado policialesco — com o apoio de Dilma, que, aparentemente, tem uma confiança cega no ex-Ministro.  

  6. José Eduardo Cardoso é
    José Eduardo Cardoso – assim como grande parte da classe média – é daqueles que acreditam que abanando a Casa Grande, será ouvido por ela.

    Esse foi o seu comportamento como ministro da Justiça, essa foi a sua orientação metodológica na defesa de Dilma.

    É um mestre no “faz de conta”.

    Mas, é fato que nada impediria a derrubada de Dilma.

    Nem a forte mídia internacional, nem os governos dos BRICs, nem os intelectuais brasileiros e internacionais conseguiram influenciar para estancar o movimento golpista.

    Nem a população, vide o resultado das eleições do domingo passado.

    Querem responsabilidades?

    Conhecem a avaliar desde a Carta aí povo brasileiro, de Lula.

    Na avaliação, perceba o que motivou a expulsão do PT de tantos políticos aguerridos.

    Encaixe na observação os motivos da briga de Gushiken com eminência do partido. Aqui você passa por Daniel Dantas.

    Você também entenderá o porquê do mesmo núcleo dos mensalões, tucano e petista – Marcus Valério, BMG, Banco Rural.

    Passe por Ana Maria Braga, dos colares de tomate à rever Dilma dos omeletes.

    É fato, nunca um governo conseguiu se manter por tanto tempo e com intenso bombardeio como no período Dilma. Vide os exemplos da nossa história.

    Para concluir,

    golpes são gestados em longos períodos que antecedem, inclusive, o próprio governo, formando uma onda, um Tsunami, incapaz de ser contido.

    no Brasil, a vitória de governos populares se dá por concessão da elite, que com a corda no pescoço, depois de períodos de espoliação, cede para se rearticular e voltar com mais força.

    sabe a elite brasileira que se não retomar o Poder pelas urnas, o fará pelos golpes – midiático, político, armado, ou pelos tapetões do judiciário – isso está gravado na nossa história.

    as causas dos golpes foram as mesmíssimas que provocaram o suicídio de Vargas, a renúncia de Jânio, e a derrubada de Goulart, pode incluir nesse rol o curtíssimo período de Tancredo como Primeiro Ministro.

    a história comparada nos mostra que o Brasil está entre os poucos países que não se libertou da imposição de classe. Por aqui nunca a classe média teve o discernimento de entender que está submissa e refém da elite, não tem o conhecimento de ver que as democracias pelo mundo só avançaram com políticas de social democracia.

    o brasileiro não captou que a história mundial nos ensina que sem rompimento não houve avanços em países arcaicos como o nosso.

    1. “Por aqui nunca a classe

      “Por aqui nunca a classe média teve o discernimento de entender que está submissa e refém da elite, não tem o conhecimento de ver que as democracias pelo mundo só avançaram com políticas de social democracia. O brasileiro não captou que a história mundial nos ensina que sem rompimento não houve avanços em países arcaicos como o nosso.” 

      Perfeito! Esta é a grande questão. A nossa classe média, midiotizada e baba-ovo dos ianques e seu “American Way of Life” (que nem lá tem estado muito em moda), continua a pensar estar a um passo da elite e a 200 dos “pobres” simplesmente por ter um carro e uma casa financiados em trocentas parcelas e às vezes ir ao Louvre (sem nem gostar de artes, mas pq é chique) ou à Disney tirar selfie com o Pateta. E infelizmente, isto nunca irá mudar, não ao menos enquanto houver o PIG e o simples fato da pessoa possuir um diploma (por mais insignificante ou péssima seja sua formação, do ponto de vista técnico mesmo) transformá-la em “elite intelectual” (mesmo que seja uma besta-quadrada ambulante)… 

  7. Nao saberia apontar um acerto

    Nao saberia apontar um acerto desse rapaz,em qualquer coisa que tivesse feito.As minhas consideracoes faco depois.

  8. Estratégia equivocada?

    Nem o Papa como testemunha teria salvo a Dilma. O golpe já tinha sido decretado. A Globo ganhou e tutelou o voto do povo, de deputados e senadores. Logo de uma defesa brilhante conseguimos apenas perder dois senadores na hora da votação final.

    A prova disso aconteceu agora agora, nestas eleições. O PT perdeu base política e não conseguiu acabar com a rede Globo. Fizeram da Dilma um novo Collor e do PT um partido nanico. A culpa é do JE Cardoso?

  9. Cardozo foi um dos desastre

    Cardozo foi um dos desastre de Dilma. Um bom advogado não se faz apenas com boa oratória ou retórica. De traidora à traída, Dilma se entregou à oritentação néscia de Cardoso.Perdeu-se um sonho de uma Brasil mais justo. 

  10. Gilmar Neves…

    Na última frase do texto, Nassif mostra como Gilmar se incorporou ao PSDB de modo definitivo.

    Que Mendes, que nada: Gilmar Neves.

    Que, aliás, em outra época foi denominado apropriadamente de Gilmar Dantas por um colunista da Globo.

  11. Nassif, Cardoso foi

    Nassif, Cardoso foi irrelevante. Este curto período de mando Lula-Dilma que podemos chamar de popular só aconteceu pelo desgaste das forças políticas tradicionais depois do período de mando militar. Nunca foi de fato estimulado por verdadeira vontade popular. Não foi obra de nenhum Mao Tse Tung. 2016 foi só o fim de uma ilusão. Vamos continuar nossa caminhada sob o mando de marginais oportunistas e um judiciário cooptado pela “elite” através da manutenção de polpudos vencimentos vitalícios. Aqui a história se repete como um fim de novela desenhada pela groubo

  12. Diga-me qual é o seu ministro

    Diga-me qual é o seu ministro da justiça e eu direi se sofrerás ou não impeachment. 

    Comparem-se dois casos = MTB e Lula na época do mensalão e  Dilma e Cardoso. O primeiro soube como livrar Lula – enquanto a cúpula petista representada por MErcadante chorava no depoimento de Duda. No segundo caso, bem, pra que sofrer lembrando o que não pode ser mudado?

  13. Cardoso no Impeachment ainda

    Cardoso no Impeachment ainda foi umas mil vezes melhor do que como Ministro da Justiça.

    Isso, porém, nem de longe é salvo-conduto para que se pense que ele foi impecável e/ou muito bem no julgamento.

    Ele não errou apenas no momento “pós-voto” do Faccin. Seus discursos longos, cansativos e demorados, várias e várias vezes dados perderam o efeito.

    Deveria ter escolhido um momento próprio, ido poucas vezes, ter sido mais incisivo, bater não só na legalidade, mas no aspecto político também. Queira ou não o impeachment é um julgamento político.

    Agora a “cereja do bolo” foi o Mandado de Segurança com 500 (meu deusssss!) páginas.

    Eu sempre digo, salvo situações bastante, mas bota bastante específicas um mandado de segurança que ultrapasse umas 50 páginas já tem algum problema.

    É direito líquido e certo que precisa se escrever TANTO assim para ser defendido, não é direito líquido e certo.

    Então nesse caso ele errou em tudo: momento, tamanho, texto, os cambaus.

    Pior, depois do fato consumado e enterrado. Tenha paciência.

  14. O único porém ao post é que,

    O único porém ao post é que, mesmo que Cardoso houvesse acertado em tudo, ainda assim o STF respaldaria o impeachment, seja qual fosse o mérito ou circunstância.

  15. Dos erros mais graves de

    Dos erros mais graves de Dilma, um deles foi permanecer com Eduardo Cardoso como ministro por tanto tempo, se ele não fez nada no sentido de coibir os abusos da PF. Tomando como eempl o que o novo governo tem feito, com seu ministro da justiça, pode-se ver ainda melhor o que não fez Eduardo. Um zero à esquerda foi esse camarada, e, se pensarmos bem, muito poderia ter sido evitado para que Dilma não tivesse enfrentado o que enfrentou.

    Como se não bastassem tantos enganos e erros, a Mulher, num dos momentos políticos graves do País, em que ela enfrentava um impeachment, quem resolve ter como advogado?

    Tudo que fez Eduardo Cardoso como advogado de Dilma, outro bom advogado teria feito melhor, sobretudo por não ser político, mas advogado apenas, e, portanto, sem chance de sofrer as mazelas que Eduardo teve que penar, afinal o passado dele, de ministro pequeno o desmerecia como advogado.

     

  16. Sei não mas acho que nem o

    Sei não mas acho que nem o próprio Pontes de Miranda, um dos maiores juristas brasileiros, saindo da sepultura salvaria o mandato de Dilma da sanha golpista.

    Não nos iludamos o golpe sairia de qualquer jeito; globo, MP, PF, OAB e judiciário unidos contra um partido político e a presidente é o retrato mais fiel de que o Brasil nunca deixou de ser uma republiqueta de bananas ombreando com o Paraguai o título de país de terceiro mundo clássico.

    Se algo positivo podemos tirar da crise foi a ‘descoberta’ do nível de conservadorismo e golpismo do poder judiciário em suas diferentes instâncias, o STF teve uma atuação vergonhosa não protegendo o país do retrocesso golpista noves fora a instauração oficial do estado de exceção pelo TRF4.  

     

  17. Creio ser inútil qualquer
    Creio ser inútil qualquer discussão em torno desse aspecto técnico. Um golpe é um golpe, havendo ou não veleidades de manter aparências de legalidade.
    A derrubada de Dilma, bem como a destruição do PT, são processos que tramitam caminhos paralelos.
    Parece que todos já esqueceram da mais escabrosa revelação das gravações do Jucá, ou seja, o envolvimento do Supremo no golpe.

  18. Só não entendi …

    Só não entendi porque alguém que não aceita uma corte luta nesta em todas as instâncias , Dilma deveria ter se recusado a nomear “adevogado” e deixar o Congresso nomear um , seria um senhor advogado pois a Congresso faria questão disto e a OAB também pressionaria , teria uma ótima defesa e não aceitaria a corte ao mesmo tempo , lutando na corte e denunciando o processo ao mesmo tempo caiu em uma contradição.

    Minha mui modesta opinião.

     

  19. Cardoso é profano ou não? Se

    Cardoso é profano ou não? Se não profano, seguiu o script sob o ronco das potentes motos em todos os municípios enroladas na bandeira brasileira. No combate para valer da corrupção, os motoqueiros não aguentam. No MT houve aposentadorias compulsórias após desvios dos tribunais profanos. Alguns devem ter ido nas passeatas contra a corrupção.

    Sem contar que, no Brasil, os estuprados são considerados sempre culpados por provocarem o estupro.

  20. Nada que tivesse feito

    Nada que tivesse feito salvaria Dilma. Ela, Lula e o PT são vítimas de uma grande campanha de desconstrução de imagem da esquerda no Brasil e na América Latina.

    Essa  campanha de ódio contra o PT só pode ser comparada á campanha nazista contra os judeus.  A diferença é que ela utilizou a internet para criar boatos para causar indignação nas pessoas, mesmo naquelas com alto grau de instrução.

    Lula ainda conseguia se sair bem com sua retórica, mas mesmo esse sofreu ataques em alguns pontos específicos e sua fala sempre foi desviada do contexto para provocar ódio.

    Dilma já iniciou o governo enfrentando todo tipo de picuinha e mentiras. A simples escolha do título de Presidenta, embora considerado correto por todos professores de português, ainda hoje, é alvo de piadas.

    Lula deu o primeiro passo, mostrou que o  que é tido como “impossível” é possível, conseguiu acabar com a fome no nordeste, mal secular da resignação. Ele plantou a semente da esperança de uma grande nação. No momento, as flores cairam dos galhos, mas os frutos ainda estão por vir.

     

     

     

     

  21. Finalmente
    A doença advocatícia ( bem à voga, hoje ) : o cliente sai estropiado. O advogado muito e bem, na foto. Existe sim uma ética mais profunda, na profissão de defender. Defender o cliente, não sair bem na foto…

  22. A Tragédia Anunciada

    Nassif: por quê esse chororô todo? Agora, “Inês é morta”. E Haddad, uma das últimas esperanças, também.

    Você sabe que a atuação do ex-ministro da Justiça sempre foi chocha e insonsa. Prá ajudar, uma aparente apatia da ex-Presidenta parece ter contribuido.

    O erro foi, a partir de 2005, não botar os blocos nas ruas. Pensou haver conciliado água e óleo. Como se o Bem e o Mal fossem uma só coisa, juntinhos. Lobo é lobo. Ovelha é ovelha. Cada qual na sua.

    O pessoal agora alojado no Jaburu (dizem, vão para o Planalto. Mudam na calada da noite para o Alvorada) parece que levou isto em conta, na montagem do golpe democrático-judicial.

    O diabo disso tudo não é prender Lula e outros. Não são as mudanças radicais que FHC deva estar arquitetando contra o trabalhador. Não é ver o senador Serra cumprir suas promessas de campanha de 2014 com os do exterior.

    O difícil é ver os 2/3 dos bandidos do Congresso juntarem-se a multidão de ladrões oriundas do Executivo, juntamente com os lambe-botas do Judiciário.  É sentir toda uma Nação retroceder mais de 60 anos, no tempo e no espaço.

    Difícil é, em nome da crise dos ricos, ver os milhões que conseguiram ascender para a pobreza agora  retrocederem ao seu status de miseráveis.

  23. Tudo isso é grave

    O que se pode deduzir desse artigo: Cardozo foi inepto, perdeu o tempo de agir porque tinha outra estratégia ou ainda por temer algo no STF ou, grave, mas não menos grave que incompetência nesse nivel, traiu a presidenta Dilma?

  24. Cardozo é traidor !!! Sempre

    Cardozo é traidor !!! Sempre foi !!! 

    Lembrando que ele é provável fonte da Isto é contra Dilma.

    Vejam o que a namoradinha dele escrevia, chamando a presidenta de maluca para baixo…

    As vezes tenho até vontade de chama-lá de presidanta, pela confiança depositada no Cardozo.

    Zé da Justiça, Mercadante e Ruim falcão estarão na lata de lixo da História. Dilma eu não sei o que vai prevalecer, se a coragem e a retidão pessoal, ou os péssimos julgamentos e a incompetência atroz que destruiram o futuro do país. Dilma deixou o país ser destruído para sair bem na foto, mas não sei se é possível acabar com um país de 200 milhões de habitantes e ficar bem na foto.

  25. Às vezes tenho a impressão de

    Às vezes tenho a impressão de que, consciente ou inconscientemente, o que o PT fez foi dar um jeito de tentar escapulir do assédio do capital baseado no dólar que sabia que chegaria ao Brasil. Não teria sido sem tentativa de manter-se no poder, e o convite a Levy para a Fazenda seria prova disso. Mas quando percebeu que a força desse capital era muito grande e que ele inevitavelmente viria para cima da gente, e o pior, tremendamente irritado e raivoso (“Que história é essa de BRICS, tratados latino-americanos, etc.?! Quem os escravos pensam que são tentado fugir dessa forma?!”), deu-se um jeito de sair fora, omitir-se e deixar que a bomba estourasse nas mãos dos golpistas.

    O PT, assim, teria dado um jeito para que a imagem de seus líderes não passasse para a história como tendo sido entreguistas, como está acontecendo com Hollande na França e com Tsipras, na Grécia para ficar em apenas dois exemplos. A força do capital baseado no dólar é muito grande, muito maior do que qualquer governo pode resistir… nem a população ou o governo dos EUA, berço desse dólar, conseguiu resistir. Não creio que alguém duvide de que esse capital é que pauta os governos dos estados nacionais onde se permitiu que ele se instalasse. E a vantagem seria conseguir manter a imagem de herói injustiçado.

    E essa impressão me ocorre toda vez que esvazio as pessoas de seus sentimentos. Algo como faz Carl Sagan naquele filminho em que o nosso planeta vira apenas um grão ínfimo de areia. Ou quando ouço “Evita”, do Andrew Lloyd Weber. Anglos são mestres em esvaziar sentimentos… dos outros. Talvez por isso escondam seus próprios sentimentos.

    Mas essa impressão evanesce quando penso que todas as pessoas têm sentimentos, paixões, alegrias, tristezas, compromissos consigo mesmas, que não são apenas personagens de si mesmas e que são capazes de matar ou morrer por uma causa. E até de chorar!

    (Mas que quem opera o capital baseado no dólar não está nem aí para sentimentos, pelo menos enquanto está operando tal capital, disso não tenho dúvida, tanto quanto não tenho a menor dúvida da força e da brutalidade desse capital.)

    ***

    “Ok, Carlos. Mas não faltou falar dos sentimentos, não? Sentimentos só são legítimos quando são os seus?”

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=HRlQ1_KRCCw%5D

  26.  A lógica era a de que o

     A lógica era a de que o Senado poderia ser o juiz dos atos da presidente, mas não da Constituição. Como o guardião da Constituição é o Supremo, não haveria como fugir da análise de mérito, já que a Constituição exige crime de responsabilidade para proceder ao impeachment.

     

    Nassif comete um erro crasso com essa afirmação. Ora, o julgamento se houve ou não crime de responsabilidade é de competência privativa do Senado, faz parte da análise do mérito da acusação. Imaginar que o STF possa analisar o mérito significa que ele estaria invadindo a competência do Senado e refazendo o julgamento, o que, evidentemente, não tem suporte constitucional

  27. 13×1

    Dilma já estava condenada a priori. 

    Como eles “explicaram”: os processos “trazem problemas inétidos e exigem soluções inéditas”

    Eles são o árbitro, donos do campo e da bola. 

    Apelar para quem?

  28. Quero mais é que se dane o que Cardoso fez ou deixou de fazer

    Ando meio sem saco para discutir os erros do PT, ANTES de discutir o crime de lesa-pátria que a oposição ao Brasil cometeu ao dar o Golpe de Estado. A decisão do Senado colocou o país em regime político de exceção. Embora as aparências de normalidade, estamos vivendo em exceção.

    Nessa perspectiva, erros de Lula ou Dilma, do PT ou das esquerdas são aceitáveis, afinal todo mundo erra. O CRIME é que é inaceitável. O CRIME que Temer, Congresso e Poder Judiciário cometeram ao dar o GOLPE com apoio da Mídia e do Empresariado é uma ignomínia inaceitável.

    Portanto: quero mais é que se dane o que Cardoso fez ou deixou de fazer.

  29. Sobre os erros do professor Cardoso

    Prezado Nassif, li os comentários e sigo com alguns deles. Realmente, no caso, inês é morta. Timing envolve também uma dose de subjetividade. E outra, que considero mais importante, é a questão da narrativa, pois sigamos com o seguinte raciocínio: e se a presidenta Dilma estivesse cansada disso tudo? Mais ainda, é preciso deixar index espalhados para que historiadores no futuro saibam referenciar e continuar na promoção progressista, algo como que o “horizonte de expectativas” do grande acadêmico Kosseleck.

    Eu sigo mais essa linha… toda uma narrativa de golpe: a guerra é antes de tudo, semântica. Os jornalistas de ambos os lados políticos estão atuando fortemente nisso. Com o detalhe: quem está no poder, com essa narrativa… é feio, está uma descrição feia, típica de folhetim de baixíssima qualidade.

    Abraços fraternais, com a ressalva que pretendo enviar-lhe umas partituras de choro para sua apreciação. 😀

  30. vejo analistas avisando a horas

    O site conversaafiada.com.br já alerta dos erros desse ex-ministro a pelo menos 5 anos.  Um oportunista. Um ator.

  31. Apenas uma personagem
    Apenas uma personagem secundária que topou fazer o papel de palhaço no circo montado do julgamento.

    Alguém com um mínimo de lucidez acreditou em um julgamento equilibrado, justo e limpo?

    E ele, sempre, na fleugma tupiniquim.

    Um Sancho Pança pensando ser um Dom Quixote.

    Um títere a serviço do jogo do faz de conta.

    Um bom moço.

    A Casa Grande o adora.

  32. A situação era bem mais
    A situação era bem mais complicada. Se Cardoso, antes do julgamento no Senado, acionasse o supremo no merito da acusacao e perdesse o destino de Dilma no Senado estaria selado, eles teriam carta branca para julgar como quisessem sem preocupação com consequências no supremo. Deixar o stf como último recurso foi uma estratégia racional. Apenas demoraram para entrar com a acao depois do fim do julgamento. Deveram te-lo feito no mesmo dia do julgamento.

  33. E o STF está esperando o quê

    E o STF está esperando o quê para parar de pisotear a Constituição e anular esse impeachment falso?

    A Globo mandar?

  34. Conversa para boi dormir!!

    Acho que o Cardoso deve ter cometido alguns erros, mas o cerne do problema sempre foi a visão do Lula e da Dilma a respeito do complexo Júridico-Policial (Judiciário + MPs + Policia Federal). Que consideravam orgãos republicanos.

    Desde o caso Lunus sabe-se que setores poderosos da polícia federal atuam a favor do PSDB. É uma verdadeira polícia política que ficou na tocaia durante os anos Lula esperando pelo momento favorável. O Lula até acertou no começo com o Paulo Lacerda, mas em uma manobra do Ministro Gilmar Mendes, que poderia ser caracterizado como um blefe, o Lula queimou o delegado. Aí já ficou claro que o Lula não entendia nada do que se passava pela cabeça do establishment Jurídico-Policial, principalmente do Gilmar Mendes. Achou que poderia estabelecer um pacto de convivência pacífica com eles e nunca compreendeu que eram inimigos viceráis. Neste sentido, acho que o grande problema do Lula é sempre ter aprendido a fazer negociações sindicais e políticas, em que as partes costumam ter muito a perder e tem que chegar a um denominador comum. No caso do judiciário e dos MPs, eles tem muito pouco a perder com suas manobras. O salário é garantido, são muito blindados pela legislação e pela própria corporação. Os custos para este complexo do país entrar em parafuso é muito baixo. O Sergio Moro, os promotores de Curitiba, os Ministros do Supremo estão pouco se lixando se o desemprego aumentar, se a miséria aumentar, se empresas começarem a quebrar. O salário deles demorará muito para começar a cair e não dependem do voto do povo.

    Logo, a única estratégia possível para ter lidado com eles seria ter indicado para os tribunais superiores e para a chefia do MPF pessoas com mais compromisso com o espírito democrático, com a legalidade e, porque não, com o próprio PT. A única indicação neste sentido foi o Toffolli, que não foi uma má indicação, mas quando percebeu para onde sopravam os ventos, assumiu uma postura de auto preservação. 

    Neste sentido, acho que precisamos deixar claro que o STF, o poder judiciário como um todo, os MPs e a PF, foram e estão sendo elementos importantes do golpe, acho até, como dito no começo, que o Eduardo Cardoso pode ter cometido alguns erros, mas não creio que isto mudaria alguma coisa no defecho final. O que não podemos aceitar de maneira nenhuma é que o STF queira agora empurrar a culpa para a Dilma ou para o Eduardo Cardoso, com este tipo de colocação. Ah! Mas se tal coisa tivesse sido feita o golpe não teria acontecido. Nos do STF não tivemos culpa nenhuma. Não fomos demandados no momento certo. Perderam o “timing”.

    Nassif, isto é conversa para boi dormir.

    1. Concordo e acrescento o papel

      Concordo e acrescento o papel da mídia de forma a “guiar” tais instituições. Não fosse a “grande” imprensa e uma certa força tarfe seria simplesmente chacota nacional. O triste papel do judiciário é o de capanga, capataz… (e ai dos que dali de dentro ousam agir diferente!).

       

      No mais, também acredito que o golpe era irresistível. Fossem outros personagens e outras circusntâncias, obviamente eles também teriam se adaptado e mudado de estratégia. Ou alguém duvida que o impeachment ocorrerria de forma muito mais rápida, brutal e traumática caso o PT tivesse composto com o Cunha?

       

      Enfim, o momento pede estratégia para destruir os elos que os fortalecem. Essa relação mídia-judiciário que favorece um lado só e sempre tem de ser exposta e combatida. Não há chance de equilibrar o jogo enquanto acusadores encontrarem espaço infinitamente maior na mídia que defensores. É parcial, precoce e injusto o julgamento que advém daí com toda a pressão da opinião pública.

      1. Impeachment

        Concordo com a análise do Nassif, sempre correta e brilhante, e com sua ponderação a respeito das imprensas. O impeachment ocorreria, pois é uma articulação do Departamento de Estado, das invasões nas comunicações do

        Planalto e da Petrobrás, no treinamento, subornos e ameaças ao judiciário (latu senso: magistratura e ministério

        público), em interesses das burguesias, escravagista e ignorante, mas, tem sempre um mas, os ministros Cardoso e

        Mercadante nunca estiveram a altura de seus cargos: foram incompetentes, pois não quero pensar o pior. Talvez

        fosse mais fácil ver de fora os seus continuados erros, mas quem pagos foi principalmente o PT.

      2. Eu acho que o golpe de 64 era

        Eu acho que o golpe de 64 era irresistível. Talvez na época alguns não tenham entendido isso, mas os anos futuros na América-LAtina de fato provaram que o golpe era irresistível, já que ocorreram golpes semelhantes em quase toda a América Latina.

        Pq sofremos um golpe em 64 ??? Pq ele não deu certo em 54 e nos anos aanteriores. E se não tivesse acontecido o golpe em 64 ?? Ele teria acontecido depois, aí chamaríamos dele golpe de 65, golpe de 69, golpe de 72, etc…

        O Futuro talvez nos revele o quanto o golpe era inevitável. Diante da derrocada de Macri, a Argentina é um bom local para observarmos. Se Macri inviabilizar a direita Argentina nas Urnas e houver um golpe em consequencia disso, aí vou dizer que o golpe era inevitável (tenho que ressaltr que lá pela Argentina andm acontecendo coisas estranhas como aconteceram aqui, eventos como a Morte daquele procurador (Aqui a morte do Eduardo Campos)). Aqui vale uma pergunta. Se Macri tivesse perdido, o seu adversário chegaria no fim do mandato ??

        A diferença do Brasil é que talvez espérassemos mais dele. Lula querendo fazer parte do conselho da ONU, o país sediando grandes eventos, se comportando como um país grande e continental, mas a inteligência e defesa contra inimigos externos nunca foi compatível com a importância que o Brasil achava que tinha.

        OS golpistas não nos tornaram uma república bananeira. Na verdade, nunca deixamos de ser. 

  35. NÃO FOI ERRO, FAZ PARTE DO ENREDO DO GOLPE.

    Eu diria que DILMA dormiu com o inimigo em alusão ao título do filme “Dormindo com o inimigo”. Ele nunca defendeu DILMA, só fingia para ganhar tempo para o GOLPE, não tem outra explicação quem tiver outra por favor explique. E mesmo que ele acertasse o STF consideraria errado, o GOLPE é sumário e transforma tudo num faz de conta. Nada adianta, chega de ingenuidade.

  36. Conversa para boi dormir

    Não adianta vir com esse papo furado contra José Eduardo Cardozo. Se havia a brecha para contestar o mérito do golpe de estado travestido de impedimento, e certamente havia e há, bastava que qualquer deputado federal, senador ou dirigente do PT, do PC do B, do PDT, do PSOL ou de qualquer outro partido entrasse com este pedido no momento que entendesse ser adequado.

    Se José Eduardo Cardozo avaliou mal o “timing” isso não justifica que as agremiações, que tem competência para tanto, não tenham entrado com o pedido para avaliar o mérito do golpe quando entendiam ser necessário. 

    José Eduardo Cardozo colocou um 38 na fuça dos dirigentes do PSOL, do PT, do PDT ou do PC do B, impedindo que eles entrassem no Supremo Tribunal Federal para contestar o mérito do golpe de estado? A resposta é muito simples: não. 

    Se reclamam da perda do “timing” é porque hoje estão fazendo um mea culpa por eles próprios não terem entrado com a dita ação. Não havia NADA que os impedisse de entrar com o Mandado de Segurança solicitando, segundo avaliação deles próprios, um direito líquido e certo contra o golpe de estado. 

    O resto é conversa para boi dormir. Os omissos querem agora lavar a sua omissão malhando a cabeça de José Eduardo Cardozo? Pois que contem outra porque essa NÃO COLA.

  37. O advogado é o primeiro juiz

    O advogado é o primeiro juiz da causa.

    A relação de confiança entre ele e seu cliente é privada. 

    Nenhum leigo pode obrigar o advogado a fazer ou deixar de fazer algo.

    Apenas o cliente pode revogar o mandato que atribuiu ao defensor que escolheu.

    Se se sentir lesado, o cliente pode representar o advogado na OAB e processá-lo no Judiciário.

    A publicidade dado ao caso não autoriza ninguém a crucificar o advogado por ter usado suas prerrogativas profissionais.

     

  38. Relembrando Joel em tempos de

    Relembrando Joel em tempos de FORA TEMER.Se paulista eu fosse,pederia imediatamente a separacao do Brasil.Tenho ate um nome.A Republica Paulista do Tucanistao.

  39. Advogado

    O mais interessante foi uma declaração de quando era Secretário-Geral do Partido dos Trabalhadores à revistinha veja: “Houve mensalão”. Imagine os advogados que defendiam a tese em contrário. Pode, num caso sub judice, um advogado declarar abertamente que seu cliente foi quem praticou o crime sem a sua anuência?  Outro exemplo foi quando saiu, feito de uma República de Plutão, da caverna institucional do ministério da justiça para declarar, à revistinha época, que a “lei é para todos”. A face a cobrir a capa inteira em um fundo de escuridão. Era essa a luz da razão do fim do túnel? Perguntas de um advogado que leu Brecht…

  40. Lá vai o Nassif…o sujeito

    Lá vai o Nassif…o sujeito foi formidável mas cometeu erros…perdeu o timing…entrou com um pedido de liminar de 500 páginas…

    O discurso do advogado foi vazio. não apresentou provas, teceu argumentos. Foi um ato de vingança do cunha, o mesmo que não aceitou outra dezena de pedidos de afastamento? meta anual, relatórios não serviam para verificar evolução do processo…

    O PCdoB esteve na linha de defesa da ex-presidente o tempo todo. Porque não tiveram a iniciativa de entrar com o pedido? Até porque isso pouparia a ex-presidente e o advogado de serem acusados de judicialização.

    Podia ser um decreto, dez ou mil, isso não importa. O crime de responsabilidade está ali, claro na lei, se a meta não estivesse sendo atendida (e isso podia ser observado nos relatórios), remete-se os decretos para a camara aprovar ou não. Mas a prepotencia de agir aparte o legislativo deu nisso.

    Sobre a questão do safra, ficou obvio que ao não pagar os bancos públicos, gastou-se em ano eleitoral nas rubricas ditas sociais, o que não se gastou nos anos ateriores e a pancada vei pesada no ano seguinte. Quando deixou de pagar os bancos públicos e os pagou com juros e correção, ela utilizou os bancos como um empréstimo velado. É simples de enxergar.

    Se outros fizeram o mesmo, é preciso lembrar que os outros não tinham lei de responsabilidade fiscal em vigencia, salvo o lula e ele tinham uma base ampla de apoio no congresso.

  41. Cardoso
    Depois negam que as “supremas cortes” não estão aparelhadas!! . Não foi erro do Cardoso, foi excesso de confiança, alfinal estavam todos comprometidos com com a causa: livrar Dilma. Só q náo!!!!!

  42. Interessante análise de

    Interessante análise de bastidores. Parece aquelas análises de pós-jogo detalhando as bobagens do time que perdeu, do técnico. Se o jogo do impechment acabou, o jogo do golpe  mal começou. Dividiram os times da pelada do golpe, um deles com 17 jogadores, torcida organizada e juiz comprado. Resta aos três jogadores do outro time resistir e dificultar ao máximo a tropa de choque.

  43. faltou o extrategista

    Não vou entrar nas questãoes do Direito, assunto que não gosto e nem entendo.

    Para mim falou um extrategista politico com grande conhecimento e sem medo e audaz.

    Dá para entender agora porque o Jose Dirceu e Genoino entre outros foram presos no chamado mensalão?

    Estava tudo pensado e o Dr Ccardoso  achando que estava tratando com barnabés.

  44. O maior erro foi ser ministro

    O maior erro foi ser ministro por 5 anos. Em 2016 o zé cardoso e a dilma ja tinham mandado o governo pro buraco.

  45. “Coitado” do Zé!

    É sempre assim: a culpa pelo direito ser negado é unicamente do advogado!

    Qual o momento adequado para provocar o STF: com a admissão, pela Câmara, dos trâmites do processo, que chamaram de “aceitação da denúncia”; com a admissão do processo pelo Senado, que chamaram de “pronúncia”; ou com o julgamento propriamente?

    E isto tudo com os ministros do STF sempre dizendo aos ventos que não examinariam o mérito, porque o Senado, nesse caso específico, era o único juiz da causa, ou seja, o intérprete único da Constituição!

    Cabe mandado de segurança agora? Em tese sim, porque, até o final do julgamento, poder-se-ia alegar ameaça ao direito, uma vez que faltava a decisão final do Senado; agora, a alegação pode ser no sentido de que o direito foi violado.

    Se denegarem agora, por certo que denegariam o mandado de segurança antes.

    Perda do objeto não pode ser fundamento para agora denegarem a segurança.

    Quero ver até onde vai essa mente inventiva.

     

    1. Na verdade, eu nem critico o

      Na verdade, eu nem critico o Zé da Justiça pelos erros como advogado de Dilma ou como AGU. Ele pode os ter cometido, como é do ser humano.

      Agora, os erros dele como ministro da justiça foram infinitamente maiores e mais graves. 

  46. Vocês ainda gastam bits e

    Vocês ainda gastam bits e bytes com este cidadão?

    Grande parte do que vivemos e viveremos é resposnabilidade da inépcia dele e daquela que o manteve em funções para as quais ele não tinha capacidade suficiente: Dilma.

  47. impedimento da presidente

    Dilma e José E. Cardoso podeiram ter feito até um pacto com o diabo que não teriam chance de vitória…

    Eu só queria saber quando foi tratado com o atual presidente o modos operandi para se conseguir o impedimento???…

    Isso ninguém vai nunca me responder…

  48. impedimento da presidente

    Dilma e José E. Cardoso podeiram ter feito até um pacto com o diabo que não teriam chance de vitória…

    Eu só queria saber quando foi tratado com o atual presidente o modos operandi para se conseguir o impedimento???…

    Isso ninguém vai nunca me responder…

    1. Na verdade, o diabo ofereceu

      Na verdade, o diabo ofereceu o pacto a Dilma, a tal “Ponte Para o Futuro”. Como ela não aceitou, sofreu o impeachment. ISso ouvido da boca do próprio diabo.

  49. 1g A MENOS NA ~NOSSA~ CONSCIÊNCIA, NASSIF!

    Olha, Nassif…

    Se tem um pesinho que posso tirar da minha consciência é ter feito, daqui do outro lado do mundo!, tudo que me foi possível para ajudar na luta contra o golpe.

    E isso inclui a minha “estréia” aqui no GGN, quando nem blog próprio tinha ainda.

    Coloquei nos comentários a um post seu o mini-parecer abaixo, exatamente com o argumento que vc menciona acima.

    Ao que saiba, fui a primeira pessoa com formação jurídica a fazê-lo, em dobradinha com você, por ter sido provocado pelo seu post para tanto, onde vc intuía a mesma coisa.

    Tudo em algumas poucas horas numa madrugada angustiada… lembrando apenas de cabeça de lições do meu ex-professor de Direito Constitucional, o Min. Barroso (!), há quase 20 anos (para vc ver como a questao é elementar):

    *

    >> Por que o STF precisa apreciar o impeachment, por Romulus
     

    ROMULUS
     TER, 12/04/2016 – 07:20
     ATUALIZADO EM 12/04/2016 – 08:02

    Premissas, princípios e regras constitucionais

    Por Romulus

    Ref. ao post Porque o Supremo precisa analisar o mérito do impeachment

    Amigos do blog,
    Perdoem o comentário extenso, mas creio que o assunto assim o pede. Sempre me proponho a escrever quatro ou cinco linhas mas o Brasil atual não me permite. Paciência!

    INTRODUÇÃO:

    Evidentemente o tema é polêmico e dividirá juristas – e o próprio STF.

    É evidente que eventual cognição pelo STF não será plena, mas a questão se resolve por ponderação de princípios constitucionais e técnicas de interpretação.

    Vou tentar traduzir em termos jurídicos o que o Nassif percebe intuitivamente, no paralelo com a moção de desconfiança do Parlamentarismo. Vou fazê-lo da forma mais simples possível, pois além de um adepto do “menos é mais”, quero que todos os leigos possam acompanhar o raciocínio.

    PREMISSAS, PRINCÍPIOS E REGRAS CONSTITUCIONAIS:

    1) A Constituição prevê que ao Senado compete julgar o Presidente por crime de responsabilidade.

    2) ao mesmo tempo elenca no texto constitucional rol taxativo de crimes de responsabilidade.

    3) Por fim determina que o STF é o guardião da Constituição.

    – a técnica de interpretação sistemática determina que se interprete a Constituição como um todo, como um sistema harmônico, embora não livre da presença de princípios conflitantes.

    – em se detectando conflito entre dois princípios constitucionais, há que se proceder à ponderação dos mesmos. Isto é: ao julgador compete achar a combinação dos dois, diante do caso concreto, que potencialize a realização máxima de ambos ao mesmo tempo. Ou seja, o que em um gráfico de economia seria achar o ponto ótimo onde as duas curvas se cruzam, ambas com o maior valor possível.

    Ex: a livre iniciativa e a propriedade privada podem ser conflitantes com a função social da propriedade. Todos esses princípios estão no capítulo que trata da ordem econômica na Constituição. Às leis e ao juiz compete realizar uma ponderação entre esses princípios de forma que ambos vijam o máximo possível ao mesmo tempo. Assim, por exemplo, há regras que preveem a desapropriação de imóveis por interesse público (função social da propriedade) mas para isso impõe requisitos a serem observados (garantindo proteção ao direito de propriedade). Ambos os princípios são modulados para que não sejam mutuamente excludentes.

    – por fim, outro princípio de interpretação da Constituição é aquele que determina a máxima efetividade do texto constitucional. O que isso significa? Que se deve privilegiar a interpretação do texto que seja efetiva, ou seja, que produza efeitos na realidade. Na Constituição não pode haver palavras vazias. A todas se deve dar sentido.

    RACIOCÍNIO:

    Em se conjugando os pressupostos (1), (2) e (3) e aplicando os princípios de interpretação e a técnica de ponderação de princípios elencados acima, chega-se à conclusão de que deve sim haver uma apreciação pelo STF da configuração ou não de crime de responsabilidade. Ainda que em uma cognição limitada.

    Por quê? Bem,

    – ao Senado compete julgar o crime;

    – mas a Constituição elenca – exaustivamente – quais são esses crimes.

    E se o Senado, nesse julgamento, não observar a disciplina da Constituição sobre o que é crime?

    – Então cabe ao STF, como guardião final da Constituição, fazer com que o princípio da efetividade máxima não seja pisoteado. Ou seja, o STF terá de impedir que que os mandamentos constitucionais sobre o que constitui ou não crime de responsabilidade não sejam efetivos. Tem o STF de garantir que eles terão sim efeito na realidade.

    Dessa forma, em termos práticos, ao STF cabe estar em “stand by”. Se o Senado não observar os mandamentos constitucionais quanto à definição de crime de responsabilidade, uma vez provocado, o STF deverá fazer com que tais mandamentos sejam efetivos.

    Isso se traduz na verificação jurídica de se há ou não os elementos previstos no texto constitucional. A partir daí, se o STF decidir que não os há, o processo deveria morrer. Se, ao contrário, decidisse que os há, liberaria o Senado para julgar o presidente, considerando-o culpado ou não em juízo mais político que jurídico.

    Ou seja, ao Senado ainda caberia a decisão final, mas apenas na hipótese de esse dar efetividade às regras constitucionais sobre o impeachment. Tal efetividade, como exposto acima, seria garantida em último caso pelo STF.

    É evidente que o Constituinte não previu a realidade esdrúxula que vivemos hoje. Quem poderia prever um Eduardo Cunha presidindo a Câmara dos Deputados e uma oposição golpista, ambos mancomunados com o vice-Presidente da República e com outros órgãos do Estado em uma conspirata? Nem nos meus maiores pesadelos…

    Mas diante desse mundo (para lá de) imperfeito, devemos garantir a vigência da Constituição. Em seu grau máximo possível. E o titular maior dessa responsabilidade é o STF.

    CONCLUSÃO:

    Ponderando:

    (1) a prerrogativa do Senado de julgar; com

    (2) a efetividade máxima das regras constitucionais sobre o impeachment; e com

    (3) o papel de guardião da Constituição do STF,

    O resultado em que todos vigem concomitantemente em seu grau máximo é a atuação “casada” entre o STF e o Senado, como apontado acima. A – eventual – cognição limitada do STF visa apenas a garantir que parte do texto constitucional não será na realidade jogado na lata do lixo.

    NOTA FINAL:

    Sobre a questão de a matéria dever ser regida por lei especial que não foi editada.

    Tenho certeza de que tal argumento não emanou da Profa. Flávia Piovesan, a quem já tive o prazer de ouvir. É um argumento bastante primário e discussão completamente superada no Direito Constitucional brasileiro. Em primeiro lugar, a Lei de 1950, embora ordinária, foi recepcionada – naquilo que não a contraria – pela Constituição de 1988. O processo de recepção faz com que a lei anterior automaticamente passe a ter status equivalente ao que a Constituição reserva para a disciplina daquela matéria.

    Exemplo corriqueiro dado em aulas de Direito Constitucional é o velho Código Tributário Nacional – CTN. Foi ele editado como lei ordinária em sua origem. No entanto, a superveniente Constituição de 1988 reservou a disciplina da matéria a Lei Complementar. No que não conflitava com a Constituição o CTN foi recepcionado pela mesma, agora com status equivalente ao de Lei Complementar, como prevê a CF/88 para matéria tributária. Caso se queira alterá-lo é necessário que se o faça por meio de…

    Lei complementar!

    Da mesma forma, é pacífico que ao Judiciário cabe suprir eventuais lacunas da Lei.

    Assim, não consigo – nem com muita boa vontade – ver qualquer mérito nesse argumento de a lei que a Constituição previa para disciplinar o impeachment não ter sido editada. Terá sido proposto por um leigo “bem” intencionado cheio de iniciativa? Assim espero. Mas não com certeza. Porque no Brasil de Cunha, Temer e Gilmar parece valer tudo. O Direito? O que é o Direito para eles?

    P.S.: Agradeço ao Professor – e Ministro – Barroso pelos 2 encontros semanais durante 2 anos na graduação. Espero não ter feito o mestre passar vergonha com o que vai acima. Todos os equívocos aí presentes são meus, evidentemente.

    *   *   *

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    *

    Quando perguntei, uma deputada suíça se definiu em um jantar como “uma esquerdista que sabe fazer conta”. Poucas palavras que dizem bastante coisa. Adotei para mim também.

    1. “XADREZ” – material de pesquisa para historiadores

      Nossa!

      Isso foi em março (a data de publicaçao mudou depois para a do dia de abertura do meu blog pessoal no GGN).

      Parece que foi há 2, 3, anos…

      Tanta coisa aconteceu de lá pra cá.

      Infelizmente tudo cantado em verso e prosa antecipadamente.

      Principalmente por vc na série “Xadrez”.

      Nao tenha duvida: ela será material de pesquisa para historiadores nas decadas (séculos?) que virão.

  50. Jacaré em cima de árvore..

    .. dei uma “limpada” nos meus posts no Facebook, fui até 2014, revi algumas coisas e a minha grande e pertubadora dúvida é a seguinte: foi mesmo um erro? As coisas estão se encaixando de uma forma tal, que me faz pensar talvez existir um planejamento para chegarmos até aqui.. vou citar alguns detalhes: Joaquim Levy (aliás, a Dilma compôs um ministério de direita e chutou os movimentos sociais para escanteio), veto da Dilma à auditoria da dívida pública, lei anti-terror, toda a inação da Dilma que em vários momentos deixou de agir contra ilegalidades cometidas por agentes do governo (quem não lembra dos delegados da PF fazendo campanha escandalosa contra a presidenta), e também os vários momentos em que ela simplesmente deveria ter virado a mesa, mas ficou inerte, como o vazamento de suas conversas com o Lula.. em 2013 Glenn Greenwald alertou o governo brasileiro sobre a espionagem dos EUA, entre outras análises indicando o Brasil como o próximo alvo americano, e a Dilma não fez nada.. o país não tem um serviço de inteligência? Ela nunca desconfiou dos caras dentro do judiciário? Todos os militares são golpistas? Duvido. Eu não me conformo (até agora não) com a entrega do país para bandidos assim tão facilmente, sem luta, essa que é a verdade. Tento imaginar o que russos e chineses pensam sobre nós, devem nos achar idiotas, no mínimo..

  51. A estratégia que a defesa

    A estratégia que a defesa adotasse teria o mesmo destino: NADA, zero, fracasso.

    O supremo é extremamente político, mais até que o congresso. O fato do voto dos ministros serem apoiados na legislação não diminui a politicagem mais rasteira que é o Supremo. Senão se todos são profundos conhecedor das Leis porque raramente os ministros tem o mesmo voto. Porque o voto de hoje num processo irrelevante é a base para um voto amanhã numa questão mais importante ($).

    Acreditar que os ministros são menos corruptos que os deputados e senadores é o pecado original da democrácia. Todos falam de um certo ministro que manda no supremo, mas o que ele, senão um corrupto como o Cunha.

    O maior ensinamento da Lava Jato é que não existem advogados melhores que os outros, e sim advogados que conseguem agradar melhor o juiz. E quando o juiz, no caso o Moro não quer se agradado não adianta 100 advogados mostrar 1 milhão de argumentos que se o juiz não quiser ele vai mostrar 1 argumento fraco mas existente mostrando o contrário. É isso que acontece hoje. Os escritórios, as bancas de advogados perderam a sua maior arma: o agrado ao juiz, sem isso eles não passam de estagiários.

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