Padilha não diz à PF se Temer negociou pessoalmente os R$ 10 milhões da Odebrecht

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
 
Jornal GGN – O ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, não quis informar à Polícia Federal se o presidente Michel Temer participou do momento em que foi acertado com a Odebrecht, em 2014, o pagamento de R$ 10 milhões, valor investigado pela Lava Jato como possível repasse de propina.
 
Segundo informações da Folha, o jantar no Jaburu foi objeto de uma das 14 perguntas que a PF direcionou a Padilha durante seu interrogatório.
 
“Confirma que nessa reunião foi reafirmado um pedido de Michel Temer para Marcelo Odebrecht relacionado a R$ 10 milhões para a campanha do PMDB?”, indagou a corporação.
 
“À PF, porém, Padilha se calou”, publicou a Folha, nesta segunda (3).
 
Na visão da PF, há uma “divergência” nos depoimentos dados por executivos da Odebrecht sobre o episódio. 
 
“Marcelo Odebrecht afirmou aos procuradores que o presidente se levantou da mesa na hora em que o valor foi firmado.”
 
“Já Claudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira, disse que Temer acompanhou a negociação.”
 
Para ambos, contudo, Temer tinha conhecimento de que o valor seria repassado.
 
O presidente só não é investigado pela Procuradoria Geral da República porque tem imunidade quanto a fatos anteriores ao seu mandato. 
 
Segundo delatores, parte dos R$ 10 milhões foi entregue em um escritório de Padilha e outra, no escritório do ex-assessor de Temer José Yunes.
 
Rodrigo Janot pediu ao Supremo Tribunal Federal mais 30 dias para a PF concluir esse inquérito. O relator Edson Fachin ainda não decidiu.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

1 Comentário

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  1. Padilha apenas exerceu seu direito ao silêncio

    Por mais que a malta ou mesmo algusn que desejam ver Eliseu Padilha punidos pelos crimes cometidos – que não são poucos e que remontam as era de FHC no Planalto, quando ‘MT’ e outros caciques do PMDB fizeram o “príncipe” entubar Padilha, Geddel outros rapineiros, para que a compra de votos para emenda da reeleição não virasse processo contra 

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